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GUIA MECÂNICO PARA CORREDORES PARALÍMPICOS DAS PROVAS DE 200M E 400M

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Academic year: 2021

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Rev. Augustus | Rio de Janeiro | v.23 | n. 46 | p. 82-87 | jul./dez. 2018 82

GUIA MECÂNICO PARA CORREDORES PARALÍMPICOS DAS PROVAS DE 200M E

400M

Lorrano de O. Alves Ana Carolina Zachi

UNISUAM UNISUAM lorranofelix@gmail.com anacarolina.zachi@gmail.com

Ariane Martins Fernando de O. Gomes

UNISUAM UNISUAM

ari_martinss@hotmail.com fernandodeogomes@gmail.com

Saulo Renan F. Nunes

UNISUAM saulorenan@gmail.com

RESUMO

O presente artigo aborda a situação do atleta paralímpico em provas de atletismo na categoria T11, T12 e T13 masculinas e femininas. Faz análise de alguns casos ocorridos em provas de paralimpíadas. Explicita a atual situação do atleta paralímpico, e seu guia, que em alguns casos atrapalha o desenvolvimento do atleta na competição. O artigo sugere a substituição do guia humano pelo guia mecânico, através de estruturas metálicas e coletes que ligaram os atletas a essas estruturas fazendo com que as mesmas os guiem.

Palavras-chave: atleta, atleta paralímpico, paralimpíadas, competição.

GUIDE MECHANICAL CORRIDORS OF PARALYMPIC OF 200M and 400M

EVIDENCE

ABSTRACT

This article discusses the actual situation of paralympic athlete in track and field events in the T11 category, T12 and T13 male and female. It makes analysis of some cases in paralimpíadas evidence. Explains the current situation of the paralympic athlete, and his guide, which in some cases hinders the development of the athlete in the competition. The article suggests replacing the human guide the mechanical guide through metal structures and jackets that have linked athletes these structures making the same guide them.

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Saulo Renan F. Nunes

Rev. Augustus | Rio de Janeiro | v.23 | n. 46 | p. 82-87 | jul./dez. 2018 83 1 INTRODUÇÃO

O Guia mecânico para os corredores cegos de 200m e 400m, foi criado para assegurar que o desempenho do atleta paralímpico seja de único e exclusivo mérito do próprio já que ele não facilita ou prejudica o atleta na hora da competição.

Após pesquisa feita visando competições como as Paralímpiadas percebeu-se que o guia na prova de atletismo deverá ter um desempenho tal qual seu atleta já que o mesmo deve percorrer todo o trajeto ao seu lado assegurando seu bem estar físico e seu desempenho adequado, o guia deve então ter o mesmo comprometimento do atleta para treinos e para a competição.

Mas não estamos na geração de inclusão e independência dos portadores de deficiência? Então porque em uma competição o atleta paralimpíco deve depender de seu guia para disputar uma competição? Com base nestas questões e em casos específicos onde o guia atrapalhou o atleta, foi desenvolvido o Guia Mecânico para as competições de atletismo para corredores de 200M e 400M.

2 DESENVOLVIMENTO

O esporte paraolímpico tem crescido muitos nos últimos anos no mundo inteiro, vários cientistas e estudantes têm realizados pesquisas e elaborado ideias para facilitar a locomoção dos atletas tanto na hora da competição como depois, ou antes, da mesma, alguns exemplos são: a perna mecânica, a mão mecânica, a cadeira de roda adaptada, entre outros. Portanto, todas as ideias tem a mesma finalidade, facilitar a vida do atleta na hora das competições e de seus treinamentos para que ele possa sempre se esforçar ao máximo sem nenhum empecilho e ajudam a prática de alguns esportes.

A alguns anos atrás nas paralimpiadas de Londres, houve um acontecimento infeliz para o esporte paralímpico brasileiro, a paulistana Terezinha Guilhermina depois de conquistar o ouro nos 200m, perdeu a chance de ganhar mais uma medalha na paralimpíada de Londres ao perceber o seu atleta-guia tropeçar e cair na pista. Após a atitude, Terezinha e Guilherme se levantaram e terminaram a prova. "A gente forma uma dupla. Eu não tinha

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Rev. Augustus | Rio de Janeiro | v.23 | n. 46 | p. 82-87 | jul./dez. 2018 84 noção de onde estava na prova. Quando vi que o Guilherme soltou a cordinha e caiu, resolvi cair junto com ele. Eu o perdoo, com certeza. Agora é pensar na minha próxima prova", explicou a brasileira, em entrevista ao canal SporTV. Já Guilherme Santana se mostrou decepcionado por ter atrapalhado a prova de sua companheira. “Infelizmente, a corda que me ligava a ela estava muito presa. Tentei soltar sem prejudicá-la, mas não foi possível. Foi uma pena ter acontecido isso. Mas sou humano, estou suscetível a erros”, destacou o guia de 29 anos.

Foto: Fernando Borges / Terra

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Saulo Renan F. Nunes

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Pensando nisso foi elaborada a Guia Mecânica. Esse equipamento terá a função de facilitar os corredores cegos de 200m e 400m, em corridas de velocidade fazendo com que os atletas possam dar o melhor de si, sem precisar do guia para acompanhá-lo na corrida, possibilitando a eles uma maior autonomia e um melhor desempenho, já que correrão sozinhos.

O equipamento será montado na própria pista de corrida. O produto será uma estrutura de metal para servir de base com tubos resistentes que terão um rasgo no sentido do comprimento para cada raia, em cada um destes, terá uma esfera perfurada, onde passará um parafuso para fixação do cabo elástico o qual será preso no colete do atleta, guiando-o e contribuindo para segurança do atleta numa suposta queda.

Os itens serão compostos por:

1 – Cabo elástico

1 – Colete de segurança 1 – Mosquetão de aço 1 – Esfera com furação

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Saulo Renan F. Nunes

Rev. Augustus | Rio de Janeiro | v.23 | n. 46 | p. 82-87 | jul./dez. 2018 86 8 - Tubos de aço no tamanho ¾

Descrição dos materiais:

Cabo Elástico – Esse cabo elástico é exclusivo para saltos de Bungee jump, feito em látex e fita de segurança em nylon com resistência de 22 KN. Sua elasticidade é de 200% com carga de trabalho de 30 à 115 Kg, com capacidade de até 1500 saltos ou 1 ano de uso.

Colete de segurança – Colete para trabalhos em altura tipo paraquedista com regulagens. Utilizado em atividades com mais de 2 metros de altura onde possa haver risco de queda. Deve ser utilizado em conjunto com talabartes, confeccionado em fita de poliéster de alta tenacidade. Esse colete possui 3 fivelas para ajuste, sendo 1 na cintura e 2 nas pernas. Possui também uma argola de ancoragem em formato de D nas costas. Fabricado no Brasil.

Mosquetão de aço – Mosquetão para múltiplos usos, inclusive ancoragens, com trava automática tipo twistlock. Sua resistência é de 23 KN com capacidade de até 70 Kg, certificado pela UIAA e em conformidade com a norma.

Com o intuito de buscar sempre um melhor entendimento do atleta, elaboramos também um manual de uso para o Guia Mecânico

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Saulo Renan F. Nunes

Rev. Augustus | Rio de Janeiro | v.23 | n. 46 | p. 82-87 | jul./dez. 2018 87 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do trabalho é proporcionar ao atleta paralímpico mais autonomia na hora das provas, pois deixa que o mesmo corra sem o guia humano, mas sim com o guia mecânico, que da ao atleta a sensação de estar correndo sozinho contando somente com seu próprio planejamento e o deixando livre para tomar suas decisões sozinho na hora da prova para que atinja o máximo do seu desempenho, fazendo com que o resultado seja de mérito exclusivo do atleta.

REFÊRENCIAS

GLOBO.COM. Guia cai, e Terezinha, solidária, abre mão da disputa por pódio nos 400m Disponível em: http://globoesporte.globo.com/paralimpiadas/noticia/2012/09/guia-cai-e-terezinha-solidaria-abre-mao-da-disputa-por-podio-nos-400m.html

ESPN. Guia cai, Terezinha se joga no chão e fica sem medalha nos 400m T12. Disponível em: http://espn.uol.com.br/noticia/279582_guia-cai-terezinha-se-joga-no-chao-e-fica-sem-medalha-nos-400m-t12

ADRENA, ESPORTE E AVENTURA. Guia cai, Terezinha se joga no chão e fica sem medalha nos 400m T12. Disponível em:

Referências

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