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Terceirização que mata Página 7

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Academic year: 2021

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Renovação: novos diretores

tomam posse

Página 3

Terceirização

que mata

Página 7

Transpetro: 19 anos de

operação e pouco a comemorar

Página 8

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Em carta encaminhada aos petroleiros na última segunda fei-ra (22/05) Pedro Parente tenta demonstfei-rar que a atual admi-nistração está conduzindo a empresa para uma recuperação, que na realidade é totalmente falsa, pois a Petrobrás continua a mesma que sempre foi, lucrativa e forte geradora de caixa. Começa dizendo: “Temos um plano estratégico sólido e que vem sendo implementado com resultados bastante positivos”. Plano estratégico sólido? Na realidade um plano estratégico ridículo, cujo único objetivo é forçar o atingimento de um in-dicador de alavancagem de 2,5 imaginário, estabelecido em Wall Street, totalmente desnecessário, objetivando justificar venda de ativos valiosos.

Venda de ativos altamente lucrativos que, somente em 2016, atingiram mais de US$ 13 bilhões, num momento de mer-cado inadequado, feitas sem a devida divulgação, sem con-corrência, em negociatas diretas, totalmente fora da lei, que certamente serão contestadas (e já estão sendo) na justiça. Resultado bastante positivos para quem? Para o grupo Ultra, que comprou a Liquigás por um preço inferior ao valor das botijas de gás existentes ( com logo Liquigás ) e distribuídas no mercado? (vide estudo AEPET). Para a canadense Brook-field que comprou a NTS a preço de banana nanica? Para o Banco Itaú, que é sócio do grupo Ultra e participou também do consórcio da Brookfield? Para a estatal norueguesa Sta-toil, cujos dirigentes até hoje comemoram a compra de Car-cará, cujas reservas, segundo o geólogo Luciano Seixas Cha-gas que avaliou o campo, são pelo menos duas vezes o que foi considerado na venda?

E Parente continua: “Registramos lucro no primeiro trimestre e os nossos indicadores operacionais e financeiros mostram que a Petrobrás está começando a consolidar uma virada”. Registraram um lucro de R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre e chamam isto de “consolidar uma virada”? Esquecem, ou não conhecem a história desta empresa, que deu lucro cons-tante desde 1991, o que só foi interrompido em 2014 com o início do “festival” de impairments. Impairments que são ajustes contábeis que não foram feitos por nenhuma grande petroleira. Que não tem nenhum efeito no caixa da empresa e estão sendo contestados em diversos processos na CVM.

Mesmo no período em que a Petrobrás subsidiava a venda de combustíveis no mercado brasileiro, os lucros trimes-trais eram bem superiores ao apresentado no 1º trimestre de 2017. Como a seguir: 2011 – R$ 33,3 bilhões, 2012 – R$ 21,2 bilhões e 2013 –R$ 23,6 bilhões.

A Petrobrás é, e sempre foi, financeiramente forte e equili-brada. Isto está muito bem demonstrado no recente artigo: ”Petrobras é muito mais rentável que grandes petroleiras americanas” (vejam no google). Mas Pedro Parente insiste: “A nossa geração operacional de caixa (Ebitda) no primeiro trimestre deste ano teve um expressivo aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior”.

*De fato o Ebitda Ajustado que no 1º trimestre de 2016 foi de R$ 21,18 bilhões subiu para R$ 25,65 bilhões em 2017, uma variação de R$ 4,46 bilhões. Mas Parente, como sempre, faz afirmações sem analisar o que fala. Ora, alguns fatores não operacionais contribuiram para melhorar o resultado em 2017, tais como :

• Menores gastos com fretes, devido a apreciação do real fren-te ao dólar e menor provisão para devedores duvidosos no se-tor elétrico. Só aqui tem uma diferença de R$ 1,36 bilhões. • Menores gastos com baixa de poços secos R$ 0,86 bilhões • Menores gastos com paradas não programadas R$ 0,69 bilhões

• Menor depreciação do Dólar sobre a exposição passiva li-quida em Euro R$ 1,15 bilhões

•Reversão de gastos com PIDV por desistência do participan-te R$ 0, 28 bilhões.

Só no listado acima temos uma diferença de R$ 4,34 bilhões causada por fatores fora do controle da empresa. Então por que esconder os fatos? O objetivo é enganar a quem? E Pa-rente finaliza num arroubo de emoção só visto na carta tes-tamento de Vargas, e sai da realidade para entrar na ficção : “É com serenidade de uma firme visão de futuro que garan-timos que a Petrobrás siga no caminho de sua recuperação” Seria Odorico Paraguassu? O cinismo é tanto que Pedro Pa-rente quer que os petroleiros aceitem suas cartas, das quais não são permitidas cópias e muito menos admitidos comen-tários, como se fossem um diálogo.

mais uma vez pedro parente envia carta

tentando iludir os petroleiros

oPinião

Cláudio oliveira

Economista aposentado da Petrobras

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No dia 13 de maio, os petroleiros e petroleiras capixabas presenciaram a posse de uma nova diretoria para o Sindipetro-ES. A chapa Mais Renovação, Transparência e Luta foi eleita pela categoria e estará à frente dos trabalhos em defesa dos petroleiros e petroleiras capixabas pelos próximos três anos.

Eleitos com 410 votos, os novos diretores e diretoras se comprometeram com a categoria em seguir com o projeto de construção de um sindicato

cada vez mais forte, combativo e representativo.

Renovação

DIRETORES E DIRETORAS TOMAM POSSE PARA A

gESTãO 2017-2020 DO SINDIPETRO-ES

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O dia 24 de maio foi um dia atípico na capital federal. Na-quela manhã de quarta-feira, mais de 200 mil homens e mulheres vindos de diversas partes do país ocuparam as ruas de Brasília e protagonizaram a maior marcha já regis-trada. Foi um dia histórico para os movimentos sindicais e populares que serão lembrados pelos próximos anos. Organizada pelas principais centrais sindicais e apoiada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a marcha reuniu milhares de brasileiras e brasileiros que mesmo com suas diferenças políticas e ideológicas se uniram com uma pauta comum: saída imediata do presidente ilegíti-mo Michel Temer, realização de eleições diretas e se po-sicionaram contra as reformas trabalhista, da previdência e a terceirização, propostas que retiram direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora.

Dezenas de ônibus saíram do Espírito Santo em direção a Brasília levando centenas de trabalhadores para compo-rem o ato e os petroleiros e petroleiras capixabas também marcaram presença e fortaleceram a manifestação. Os di-retores Wallace Ouverney, Rodolfo Paiva, Reinaldo Alves, Telma Matos, Adão de Souza e o coordenador-geral do Sindipetro-ES, Paulo Rony, também viveram o dia histórico.

Mais de 200 mil marcham pelas ruas

da CaPiTal fedeRal

Wallace Ouverney - Diretor de Formação Política e Sindical

O ato teve uma adesão em massa dos trabalhadores. Todos com a mesma pauta: Fora Temer e Diretas Já! As principais centrais sindicais estiveram lutando do

mesmo lado em defesa dos trabalhadores. E essa é a verdadeira função dos sindicalistas: defender os direitos da classe trabalhadora”

A manifestação foi histórica

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“Mesmo com a repressão da polícia, resistimos e seguimos firmes”, conta o coordenador-geral do Sindipetro-ES, Paulo

Rony. “Com ordens de Rodrigo Rollemberb [governador de

Brasília], os militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo e deram tiros de balas de borracha, mas ainda assim resis-timos até o fim”, complementa. Três petroleiros ficaram

fe-ridos: o conselheiro fiscal do Sindipetro-ES, Adão de Souza, foi atingido por balas de borracha e teve as hastes dos ócu-los quebradas com o impacto; o diretor do Sindipetro Bahia, Ivo Saraiva, também foi atingido por uma bala de borracha na perna e o coordenador do Sindipetro Norte Fluminense, Marcos Breda, ficou ferido por uma bomba de efeito mo-ral quando tentava socorrer uma manifestante ferida. Essa ação de Michel Temer de reprimir com polícia militar e Forças Armadas um movimento legítimo de manifestação popular só demonstra ainda mais a fragilidade e imaturi-dade desse governo que insiste em não atender ao pedido dos trabalhadores e trabalhadoras que persistem com a pauta de Diretas já! O “Ocupa Brasília” de maio ainda não acabou, a classe trabalhadora se organiza agora para uma nova greve geral no final de junho.

RePRessão

A marcha seguia pacífica pela Esplanada dos Ministérios quando de repente, os trabalhadores foram recebidos com toda a truculência da polícia militar que os alvejou com centenas de balas de borracha, bombas e gás lacri-mogêneo. Além de policiais militares, as forças armadas também foram acionadas pelo golpista Michel Temer na justificativa de conter os manifestantes que protestavam de forma pacífica. “O ato foi muito positivo, apesar da

truculência da polícia. Mostramos para o governo o nosso poder de mobilização. Incomodamos tanto que a polícia precisou utilizar de violência para tentar dispersar o mo-vimento. A truculência foi do início ao fim do ato. A forma com que ela agiu foi totalmente desproporcional e desne-cessária”, relata o diretor do Sindipetro-ES, Rodolfo Paiva.

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No dia 23 de maio, um acidente no campo de produção terrestre de Serraria, interior do Rio grande do Norte, matou mais um trabalhador terceirizado da Petrobrás. A vítima foi Alexandre Rodrigues Dantas, funcionário da g&E Manutenção e Serviços Ltda, uma das empresas que presta serviços para a estatal em áreas Onshore. Segun-do o Sindipetro-RN, o trabalhaSegun-dor estava operanSegun-do um caminhão munck, manejando um conjunto de tubula-ções com o guindaste, quando foi atingido pelas peças. O sindicato requisitou participação na Comissão que irá apurar as causas do acidente.

Esta é a terceira morte registrada por acidente de traba-lho ocorrida somente este ano no Sistema Petrobrás. No dia 31 de março, outros dois trabalhadores terceirizados

TERCEIRIzAçãO QUE MATA:

três mortes já foram registradas este ano

também foram vítimas de um acidente em área de pro-dução terrestre, na Bahia. Mais de 80% das vítimas da insegurança na Petrobrás são trabalhadores terceiriza-dos. Só nos últimos três anos, 34 terceirizados perderam a vida a serviço da empresa.

De 1995 para cá, dos 371 petroleiros mortos em acidentes de trabalho na Petrobrás, 301 eram de empresas presta-doras de serviço. Com a lei que amplia a terceirização para as atividades-fim, sem garantias que preservem de fato os direitos e a vida dos trabalhadores, a precarização cresce-rá consideravelmente. A redução dos direitos trabalhistas, que está em tramitação no Senado, permitirá a oficializa-ção do trabalho precário, aumentando ainda mais os ris-cos de acidentes. A luta em defesa da vida é constante.

Com informações da FUP

No dia 29 de maio, os novos conselheiros fiscais se reuniram pela primeira vez como membros da gestão 2017-2020. Par-ticiparam da reunião os conselheiros Sebastião Carvalho, Ro-naldo Menezes Junior. Adão Souza e Wanderley Araújo. Durante a reunião, foi acordado um calendário em que fi-cou decidido que as reuniões do Conselho Fiscal serão rea-lizadas bimestralmente. O Conselho propôs ainda que cada diretor faça sua própria gestão financeira de maneira a já começarem a realizar seus gastos conforme previsto em or-çamento. Isso facilitará o pagamento feito pela Secretaria de Finanças e a fiscalização realizada pelo Conselho Fiscal. Os meses de janeiro a maio serão atualizados preferen-cialmente até o final do mês de julho. Ainda serão reali-zadas três reuniões nos dias 07, 08 e 09 de junho com os conselheiros para análise de algumas pendências.

novos ConselheiRos fisCais

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neste mês de junho, dia 12, a Transpetro

com-pleta 19 anos de atuação e em 2016 foi eleita

pela revista Transporte Moderno como a melhor

empresa de logísticas marítima e fluvial do Brasil.

Presente em 20 estados brasileiros, ela é

compos-ta por mais de 14 mil quilômetros de oleodutos e

gasodutos, 47 terminais (20 terrestres e 27

aqua-viários), 56 navios e 6.435 petroleiros.

a companhia realizou R$ 1,236 bilhão em

in-vestimentos só em 2016. A maior parte desses

recursos foi destinada à construção de navios no

país, com destaque para a entrada em operação

de quatro embarcações no exercício: três

gasei-ros e um suezmax. A Transpetro é a principal

li-gação entre a produção, o refino e a distribuição

dentro do sistema Petrobrás, além de atender

outras empresas de petróleo e derivados.

Transpetro completa 19 anos de atuação

No entanto, mesmo com o título de melhor empresa do ano, a Transpetro está associada a algumas irregularida-des que vem ocorrendo dentro de empresas contratadas por ela. A secretaria de petroleiros terceirizados e setor privado do Sindipetro-ES recebeu graves denúncias sobre duas grandes prestadoras de serviços para a companhia. A empresa New Cozin, de São Paulo, que prestava servi-ços de alimentação nos terminais, está com uma série de pendências trabalhistas. Em 1º de fevereiro deste ano, a empresa encerrou seu contrato e não pagou os direi-tos trabalhistas dos trabalhadores contratados. Além de burlar a lei, a empresa simplesmente sumiu do mapa. O mais grave é que alguns trabalhadores nem efetivaram “baixa” na carteira de trabalho o que impede o trabalha-dor até de buscar outro emprego.

Outra empresa que tem apresentado irregularidades é a Litoral Med - Serviços Médicos, que presta serviços de socorrista e ambulância de suporte básico. A empresa ganhou contrato para ambulâncias com condutor e en-fermeiro no TNC e TABR, porém, iniciou as atividades pa-gando um salário abaixo do piso da categoria.

De acordo com os sindicatos da categoria, Sindmaes - Sindicato dos Motoristas Condutores de Ambulância do Estado do Espírito Santo e Sindienfermeiros, os salários dos dois profissionais estão abaixo do piso previsto na Convenção Coletiva das categorias. A diretoria do Sindi-petro-ES, por meio de ofício solicitou agendamento de reunião junto a Transpetro afim de apurar e sanar as ir-regularidades. Porém, até o fechamento desta matéria, a Transpetro não se posicionou.

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Expediente

i

e

- 1.500

ConfUP

O Congresso Regional é um importante espaço de formação política e fortalecimento da categoria. Du-rante o congresso, serão levantadas as pautas para serem levadas ao 17º ConFUP, Congresso Nacional da FUP, que este ano acontece em Salvador, Bahia, entre os dias 02 e 06 de agosto

inscrições Congrepes

As inscrições serão online e feitas através de um formulário que será divulgado no site da entidade. Fiquem atentos e atentas as atualizações do site www.sindipetro-es.org.br e também das redes so-ciais do sindicato. O formulário de inscrição para o 26° Congrepes estará disponível em: sindipetro.type-form.com/to/QyIjmD

No mês de julho, os petroleiros e petroleiras capixabas irão participar do 26º Congrepes - Congresso Regional dos Petroleiros do Espírito Santo que este ano terá o tema “Fortalecer a luta para combater o retrocesso” como eixo central. A atividade será realizada no dia 1º no auditório do Bristol Easy Hotel, que fica na Avenida Nossa Senhora da Penha, em Santa Luiza, Vitória. O 26º Congrepes terá mesas de debates sobre temas atuais como a conjuntura política-econômica do país e a or-ganização dos movimentos sociais e populares diante do cenário de retirada de direitos históricos da classe trabalhadora brasileira. A categoria também vai eleger a nova diretoria da FUP.

Para fazer a análise de conjuntura, foram convidados a economista do Dieese, Sandra Bortolon, e o ex-diretor do Sindipetro-ES e economista aposentado da Petro-brás, Cláudio Oliveira. Na mesa de movimentos sociais,

“fortalecer a luta para combater o retrocesso”

SERá O TEMA DO 26º CONgREPES

a União da Juventude Socialista, o Levante Popular da Juventude e o Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB irão trazer os apontamentos e reflexões sobre a articulação dos movimentos sociais na atual conjuntura. As mesas de debates acontecerão na parte da manhã. Já na parte da tarde, serão realizadas três importantes palestras para os petroleiros e petroleiras.

A primeira palestra será com o presidente do Sindipetro - RS, Fernando da Costa Maia que irá falar so-bre a reforma da previdência e seus efeitos na Petros. A segunda será ministrada por Ana Carla Magni, repre-sentante do IBgE que irá falar sobre as consequências da terceirização. A terceira e última palestra será com Rosângela Maria, coordenadora do Coletivo de Mulheres Petroleiras. Rosângela irá debater com os petroleiros e petroleiras capixabas políticas de igualdade de gênero.

Lorraine Paixão

Tir

ag

em - 1000

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