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LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

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Academic year: 2021

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Aulas 05 a 08

LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

Alcance

Lei nº 9.296/1996 (Escuta telefônica)

Interceptação de comunicações telefônicas

(sistemas de informática e telemática), de

qualquer

natureza,

para

prova

em

investigação

criminal

e

em

instrução

processual penal (art. 1.º).

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LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

Requisitos

1. Indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal (art. 2.º, I); 2. Impossibilidade de outros meios de prova

(art. 2.º, II);

3. Fato apenado com reclusão (art. 2.º, III);

4. Decisão do juiz competente (deve descrever com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada - art. 1.º c/c art. 2.º, parágr. único).

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LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

Iniciativa (art. 3.º)

• A interceptação pode ser determinada pelo juiz, de ofício, ou a requerimento da autoridade policial (investigação criminal) ou do MP (investigação e instrução processual penal).

• Se houver requerimento, este deve ser fundamentado, tanto quanto à sua necessidade, quanto com relação aos meios que serão utilizados.

• Exceção: pedido verbal, que será reduzido

a termo (art. 4.º, § 1.º).

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LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

Prazo da interceptação (art. 5.º)

• Prazo da interceptação: 15 dias,

prorrogável por igual período.

• Tanto a concessão do requerimento quanto a renovação precisam ser fundamentadas.

• É possível prorrogar por mais de uma vez? Há divergência. O STF já decidiu no sentido da possibilidade, desde que seja de forma fundamentada (

RHC 85575 / SP,

Min. Rel. Joaquim Barbosa).

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LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

Interceptação autorizada

• Caso seja deferido a pedido da autoridade policial, o MP será cientificado e poderá acompanhar (art. 6.º);

• Se for possível a gravação de conversas, estas serão transcritas (art. 6.º, § 1.º);

• Ao término, a diligência é encaminhada ao juiz, com auto circunstanciado.

• Ao término, a diligência que correu em sigilo será apensada em apartado aos autos de IP ou Processo Crime.

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LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

Cooperação

• Para realizar as diligências, é possível requisitar serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público (art. 7.º).

(7)

LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

Gravações irrelevantes

• Serão inutilizadas, com a presença do MP, FACULTADA a presença do acusado s/ou seu representante legal.

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LEI DE ESCUTA TELEFÔNICA

CRIME

• Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

• Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

(9)

ESTATUTO DO IDOSO - LEI

10.741/2003

Quem é idoso?

• Pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

(10)

ESTATUTO DO IDOSO

Doutrina da proteção integral

•Também houve adoção da doutrina da proteção integral, bem como do princípio da absoluta prioridade;

•Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação ao Estatuto que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento (art. 6.º).

(11)

ESTATUTO DO IDOSO

Medidas específicas de proteção

•I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo de responsabilidade;

•II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;

•III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;

(12)

ESTATUTO DO IDOSO

Medidas específicas de proteção

•IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação;

•V – abrigo em entidade; •VI – abrigo temporário.

(13)

ESTATUTO DO IDOSO

CUIDADO!!

•Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.

•A lei 9099/95 é aplicada somente no tocante

(14)

ESTATUTO DO IDOSO

CRIMES

•Todos os crimes são de ação penal pública incondicionada!

•Não se aplicam as regras dos arts. 181 e 182 do Código Penal (isenção de pena nos crimes contra o patrimônio por conta do grau de parentesco).

(15)

ESTATUTO DO IDOSO

CRIMES

(16)

ESTATUTO DO IDOSO

Questões

•CESPE - 2013 - TJ-DF

•O Estatuto do Idoso impõe a todo cidadão que tenha testemunhado violações aos preceitos estabelecidos nesse estatuto ou que delas tenha tomado conhecimento o dever da delatio criminis perante a autoridade competente.

(17)

ESTATUTO DO IDOSO

Questões

ACAFE - 2008 - PC-SC:“Crácio” encontrou o ancião “Mévio”, 80 anos de idade e inválido, ferido em conseqüência de um desabamento, sem condições de socorrer-se por suas próprias forças. Dolosamente, deixou de prestar-lhe assistência, embora fosse possível fazê-lo sem risco pessoal, na expectativa de que outrem o socorresse. Da omissão resultou a morte de “Mévio”. “Crácio” responderá por:

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ESTATUTO DO IDOSO

Questões

• a) modalidade especial de omissão de socorro prevista no Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03), qualificada pelo resultado morte (preterdolo).

• b) crime de omissão de socorro, qualificado pelo resultado morte (preterdolo), previsto no Código Penal.

• c) crime de abandono de incapaz, qualificado pelo resultado morte (preterdolo), previsto no Código Penal.

• d) crime de homicídio culposo, com aumento de pena, pois a vítima era maior de 60 (sessenta) anos.

(19)

ESTATUTO DO IDOSO

Questões

CESPE - 2010 - DPE-BA. Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso são vedadas a aplicação das medidas despenalizadoras da composição civil dos danos e da transação, bem como a incidência das imunidades penais absolutas ou escusas absolutórias.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Definição de org. criminosa:

Art. 1.º, § 1.º: “associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional”.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Tipo penal

Art. 2.º: “Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”.

§ 1.º: Equiparação: pessoa que impede ou embaraça investigação;

§ 2.º: Arma de fogo (pena aumenta da metade);

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Tipo penal

Art. 2.º, § 4.º: Aumento de 1/6 a 2/3, envolvendo:

a)Criança ou adolescente;

b)Concurso de funcionário público;

c)Conexão com outras org. criminosas;

d)Produto ou proveito encaminhado para o exterior;

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Tipo penal

Art. 2.º, § 5.º: Havendo indícios de que Func. Públ. Integra a org. criminosa: afastamento, s/ prejuízo da remuneração.

§ 6.º: Se condenado o Func. Público, este perde a função, cargo, emprego ou mandato eletivo e ficará inabilitado pelos 8 anos subsequentes ao cumprimento da pena.

§ 7.º: Policial envolvido: Corregedoria instaura IP e comunica o MP.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Investigação e meios de prova

I - colaboração premiada;

II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

III - ação controlada;

IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Investigação e meios de prova

Art. 3.º: Investigação e meios de prova

V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica;

VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;

VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Investigação e meios de prova

VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Juiz pode:

a)Conceder perdão judicial; b)Reduzir a pena em até 2/3; c)Substituir a PPL por PRD.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Delação de ser voluntária e efetiva, desde que tenha um ou mais dos seguintes resultados: I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa;

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Delação de ser voluntária e efetiva, desde que tenha um ou mais dos seguintes resultados: V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.

Ainda que do acordo não conste, o MP e a Autoridade Policial podem requerer ou representar pelo perdão judicial.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Até o término das medidas de colaboração, o prazo para oferec. da denúncia pode ser suspenso por até 6 meses, prorrogáveis por igual período.

MP pode deixar de oferecer a denúncia quando:

a)O colaborador não for o líder; b)Este for o 1.º a colaborar.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Quando a colaboração ocorrer após a sentença, esta pode levar à:

a)Redução da pena;

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

IMPORTANTE: O juiz não participa da homologação, apenas a homologa se não houver qualquer irregularidade.

Atentar ainda para o § 10.º, que traz a previsão da retratação da proposta. Neste caso, as provas não podem ser utilizadas exclusivamente em desfavor do colaborador.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Quando ouvido, o colaborador renunciará ao direito ao silêncio e fará compromisso legal de dizer a verdade.

A sentença condenatória não poderá utilizar unicamente fundamentos do colaborador.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Direitos do colaborador:

I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica; II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados; III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e partícipes; IV - participar das audiências sem contato visual com os outros acusados; V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito;

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Colaboração Premiada (Delação)

Direitos do colaborador:

VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Ação controlada

Art. 8.º

Trata-se de hipótese de flagrante protelado ou retardado.

Necessita de prévia comunicação ao juiz, com todas as circunstâncias que envolvem o fato.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Infiltração de agentes

Art. 10.º

Necessita de autorização do juiz; Sempre deverá ser ouvido o MP;

Prevalece o critério da excepcionalidade: só será considerada caso nenhum outro meio de prova seja suficiente.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Infiltração de agentes

Art. 13! Importantíssimo!

O agente será punido apenas pelos excessos! No entanto, não será punido pela prática de crime, quando for inexigível conduta diversa.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Infiltração de agentes

Direitos do agente:

I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada; II - ter sua identidade alterada [...], bem como usufruir das medidas de proteção a testemunhas; III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão judicial em contrário; IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia autorização por escrito.

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L. de Org. Criminosas- L. 12850/13

Crimes específicos

Arts. 18 a 21.

Art. 22: Prazo para encerramento da instrução: 120 dias, prorrogável por até igual período, quando o caso for complexo ou a defesa tenha protelado o andamento do feito. Alteração do crime de quadrilha do Código Penal – Art. 288, CP.

Referências

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