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Gestão Eficiente de Energia nas Escolas Públicas do Vale Araranguá (1).

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Gestão Eficiente de Energia nas Escolas Públicas do Vale Araranguá

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.

Jorge Luiz Angeloni(2); Iury Cechinel da Rosa(3) ; Wilerson Sturm, Adriano Willian da Silva,

Eduardo Cesconeto de Souza, Moacir Daniel(4).

Resumo Expandido

(1) Trabalho executado com recursos do Edital PROEX - APROEX nº 01/2013/PROEX, da Pró-Reitoria de Extensão e

Relações Externas.

(2) Professor; Instituto Federal de Santa Catarina; Araranguá, SC; jorge.angeloni@ifsc.edu.br; (3) Estudante; Instituto

Federal de Santa Catarina; (4) Pesquisador; Instituto Federal do Paraná; Curitiba; PR; wilerson.sturm@ifpr.edu.br;

Professor; Instituto Federal do Paraná; Curitiba; PR; adriano.willian@ifpr.edu.br; Gerente Regional, Centrais Elétricas de Santa Catarina; Joinville; SC; eduardocs@celesc.com.br; Engenheiro Responsável; Cooperativa de Eletrificação Sul Catarinense; Turvo; SC; moacir.daniel@cersul.com.br .

RESUMO: O combate ao desperdício e a busca de uso eficiente das diversas formas de energia devem ser

incentivados, pois levam à economia de recursos, possibilitando a postergação de investimentos em sistemas de energia elétrica (geração, transmissão e distribuição), além de contribuir com a preservação do meio ambiente. Diante deste enfoque, este projeto teve como objetivo otimizar o consumo de energia (kWh) através de um diagnóstico energético o que permitiu reduzir o consumo de energia atual das escolas públicas do Vale Araranguá. Entre outros resultados esperados durante a execução do projeto destacamos uma considerável economia significativa em Reais (R$) por mês na fatura de energia elétrica de cada uma das escolas visitadas, além de proporcionar oficinas energéticas e palestras para os estudantes e professores de cada instituição afim de conscientização para a preservação do meio ambiente através do uso racional de energia elétrica.

Palavra Chave: Eficiência energética, meio ambiente, educação ambiental.

I.INTRODUÇÃO

Eficiência energética e meio ambiente segundo Panesi (2006) são dois aspectos que estão totalmente associados, ou seja, podemos preservar o nosso habitat através de medidas de preservação e combate aos desperdícios de energia, reduzindo impactos ambientais advindos da oferta de energia. Uma gestão energética tem como objetivo principal o uso racional dos recursos naturais, adotando o princípio do desenvolvimento sustentável.

O uso eficiente de energia se constitui num pressuposto essencial para a concretização de uma

estratégia energética em bases sustentáveis, e foi com este fim que durante a implantação do projeto de extensão a primeira iniciativa ou ação objetivou a redução dos custos com a energia elétrica em uma escola pública, Resende (2004).

De acordo com a Cemig (2006), foram executadas algumas metas como a análise, o acompanhamento e o tratamento dos dados técnicos do consumo de energia elétrica e da utilização de energia elétrica através de ações e controles sobre os recursos humanos, materiais econômicos e eficientes, colaborando com a efetiva redução dos índices globais e específicos da quantidade de energia elétrica necessária para a

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obtenção do mesmo resultado ou serviço.

Durante o período de execução do cronograma nas escolas públicas - E.E.B. Profa.

Julieta Aguiar Bertoncini; E.E.B. Jacinto Machado; E.E.B. Manoel Gomes Baltazar; E.E.B. Catulo da Paixão Cearaense; E.E.B. Timbé do Sul; e E.E.B. Jorge Schutz -, segundo Naspolini et. Al. (2006),

realizamos o diagnóstico energético dos equipamentos que consomem energia elétrica para funcionar e das instalações elétricas, e em seguida iniciamos as atividades de análise das potencialidades de redução do consumo (kWh) de energia elétrica. O que em função dessa análise, estabelecemos metas consideráveis de redução de energia, sem interferências manuais nas instalações elétricas, apenas acompanhando e observando todo o diagnóstico.

Além do que, coordenamos atividades específicas quanto ao uso racional de energia elétrica nas escolas públicas através de oficinas e palestras, mostrando aos estudantes, professores, servidores e à comunidade externa como é possível mensurar e obter significativas economias ou simplesmente reduzindo as potências de alguns equipamentos, por exemplo, a iluminação incandescente pela compacta fluorescente, e/ou o tempo de uso destas tanto em horas/dias quanto em dias/mês, Sória e Filipini (2010). Quando da apresentação de relatórios/gráficos, tínhamos como objetivo a todos os interessados e ouvintes a visualização dos números mapeados, coletados e estudados visando subsidiar a tomada de decisão, com bom senso, em gestão energética das escolas públicas.

II. METODOLOGIA DO PROJETO

Na implantação do projeto, foram analisados e estabelecidos metas de redução do consumo (kWh) de energia elétrica a partir do diagnóstico energético. De posse dos dados de demanda (potência elétrica) e de tempo em hora do uso dos

equipamentos elétricos ligados na rede de energia elétrica, foram elaborados gráficos e relatórios do sistema atual (diagnóstico energético), e estabelecido metas de redução do consumo de energia elétrica a partir destes dados. Estas informações foram apresentadas num sistema proposto (pós-diagnóstico energético) o que influenciou e muito na maneira e nas boas práticas de eficiência energética onde os estudantes, os professores e à comunidade externa puderam aplicar tanto nas escolas quanto em suas próprias residências obtendo com isso, economias significativas na utilização final da energia elétrica.

Sob a orientação do coordenador do projeto, os bolsistas do IFSC Campus Araranguá elaboraram e apresentaram as metas de redução propostas, através de gráficos e relatórios para à comunidade das escolas públicas envolvidas, conforme verificamos na (Figura 1), a apresentação da gestão eficiente de energia na E.E.B. Jacinto Machado, a seguir.

Figura 1 – E.E.B. Jacinto Machado

Diagnóstico Energético nas Escolas

Durante o mapeamento do sistema atual realizado nas Escolas de Ensino Básico (E.E.B.) -Profa. Julieta Aguiar Bertoncini do município de Araranguá-SC; Jacinto Machado do município de Jacinto Machado-SC; Manoel Gomes Baltazar do município de Maracajá-SC; Catulo da Paixão Cearense do município de Sombrio-SC; Timbé do Sul do município de Timbé do Sul-SC; e Jorge

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Schutz do município de Turvo-SC -, foi realizado o diagnóstico energético dos dados de consumo de energia elétrica das lâmpadas, dos ventiladores, dos ares-condicionados e dos computadores principalmente nas salas de aulas.

A (Tabela 1) apresenta a gestão eficiente de energia realizada na E.E.B. Profa. Julieta Aguiar Bertoncini considerando o valor da tarifa de consumo de energia elétrica aproximadamente de R$ 0,43 por kWh, o consumo atual mensal diagnosticado foi de 1.689,63 kWh/mês, e o consumo proposto com as ações de eficiência energética foi de 1.306,72 kWh/mês, resultando uma economia significativa no consumo desta escola de 383,11 kWh/mês, ou seja, aplicando a tarifa média de R$ 0,43 a economia em (R$) por ano foi de R$ 1.976,84.

Tabela 1 – E.E.B. Profª Julieta Aguiar Bertoncini Diagnóstico energético Atual Proposto Total consumo/mês 1.689,83 1.306,72 Economia consumo 383,11 Economia R$/Ano 1.976,84 Fonte: dados mapeados na escola.

Na (Tabela 2) verifica-se somente as economias de consumo (kWh/Mês) e as economias em Reais (R$) por Ano através das ações de eficiência energética realizadas nas escolas de ensino básico.

Tabela 2 – Gestão Eficiente de Energia nas E.E.B. E.E.B. Economia kWh/Mês Economia R$/Ano Jacinto Machado 418,80 2.161,01 Manoel G. Baltazar 522,86 2.697,95 Catulo P. Cearense 689,52 3.557,92 Timbé do Sul 375,72 1.938,71 Jorge Schutz 723,78 3.734,70 Fonte: dados mapeados nas escolas.

As economias apresentadas acima ajudaram na conscientização de realizar a gestão

energética nas escolas públicas.

III.RESULTADOS DA GESTÃO EFICIENTE DE ENERGIA NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Analisando com bom senso os dados mapeados inicialmente com o pré-diagnóstico energético e estabelecendo metas de redução do consumo de energia sem subtrair o conforto do ambiente, verificou-se uma significativa diferença positiva no consumo de energia em cada escola pública visitada.

A (Figura 2) a seguir nos apresenta o quanto esta diferença mostrou-se significante durante a análise dos dados mapeados no pré-diagnóstico quanto para o pós-diagnóstico com o estabelecimento das metas nas escolas públicas.

Figura 2 – Consumo atual versus consumo otimizado das Escolas de Ensino Básico.

Percebe-se na (Figura 2) acima que a gestão eficiente de energia nas escolas públicas foi muito bem aplicada, pois os resultados mostram que em todas houve uma considerável economia no consumo de energia, ou seja, de todos os equipamentos mapeados todos mereceram atenção para otimizar seu uso quando em funcionamento. Por exemplo, as lâmpadas tubulares fluorescentes de 40W foram orientadas a sua substituição por lâmpadas tubulares Led de 18W, e o tempo de uso que normalmente era de 13 horas por dia, foi reduzido para 10 horas por dia. Com esta redução de potência (W) e de tempo (horas) foi muito impactante para todos os ambientes que utilizam lâmpadas nas escolas desde do gabinete da diretora da escola até as salas de aulas.

Quanto aos ares-condicionados e ventiladores instalados em algumas salas de aulas destas escolas a análise foi realizada com base nas informações do zelador de cada escola e também no seu uso sazonal, ou seja, os mesmos entram em

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funcionamento somente na estação de verão, o que causa um consumo de energia ainda maior em cada escola. Ainda assim, os dados mapeados destes equipamentos entraram na avaliação geral da gestão eficiente de energia por um período de três meses.

A (Figura 3) a seguir, nos mostra a relação das economias que foram obtidas durante a gestão eficiente de energia nas escolas entre o consumo de energia por mês e o quanto se paga por este mensalmente.

Figura 3 – Economias mensais do consumo versus Reais (R$) das E.E.B.

E por fim, na (Figura 4) a seguir verifica-se as economias em valores (R$) estimadas nas faturas de energia de cada escola tanto mensalmente quanto anualmente.

Figura 4 – Economias em R$/mês versus R$/ano das escolas públicas otimizadas.

Se cada escola programar uma gestão eficiente de energia em seus estabelecimentos aplicando coerentemente a metodologia do projeto poderá utilizar o saldo positivo das economias para outros fins como praticar na sua comunidade hábitos inteligentes de consumo de energia, substituir equipamentos que consomem muito energia por outros mais eficientes os quais hoje estão disponíveis facilmente no mercado com o selo PROCEL o qual identifica quais equipamentos são econômicos dos que gastam mais energia para funcionar.

IV.CONCLUSÕES

V.ASAÇÕESREALIZADAS COMOUM TODO PROPORCIONOU À DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS BOLSISTAS PARA OS ESTUDANTES E PROFESSORES DAS ESCOLAS SOBRE O USO RACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA DOS EQUIPAMENTOS E DAS INSTALAÇÕESELÉTRICASNASESCOLASPÚBLICASDIAGNOSTICADAS DURANTE A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO. TAMBÉM FOI DESENVOLVIDADURANTENOSSAS REUNIÕESCOMOS BOLSISTASE A EQUIPE EXECUTORA UMA METODOLOGIA PARA ESTABELECIMENTOS DE METAS MENSURÁVEIS, O QUE CONSEQUENTEMENTE TIVEMOS OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS ALCANÇADOS PARA A OTIMIZAÇÃO DO CONSUMO EFICIENTE DE ENERGIAELÉTRICA. NODECORRER DASOFICINASENERGÉTICASE PALESTRAS NAS ESCOLAS APRESENTAMOS O MEDIDOR DE CONSUMO DE ENERGIA, CONFORME A (FIGURA 5) QUE FOI CONSTANTEMENTE UTILIZADO PARA MEDIR O CONSUMO REAL DE CADA EQUIPAMENTO EM FUNCIONAMENTO, PARA TODA A COMUNIDADE INTERNA E EXTERNA DAS ESCOLAS PÚBLICAS AOS QUAIS FICARAMVISLUMBRADOS COMAOPORTUNIDADE DE PODER REALIZAR EM SUAS RESIDÊNCIAS TAIS MEDIÇÕES QUE OPORTUNIZAMASECONOMIASSIGNIFICATIVAS.

VI. VII.

VIII.FIGURA 5 – MEDIDORDECONSUMODEENERGIA.

IX. X.

XI.REFERÊNCIAS XII.

BARROS, B.F.; BORELI; GEDRA, R.L. Gerenciamento de energia – ações administrativas e técnicas de uso adequado da energia elétrica. 1 ed. São Paulo: Érica, 2012.

XIII.

COTRIM, A.A.M.B. Instalações elétricas prediais. 5.ed. São Paulo: Pearson, 2009.

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ELETROBRAS/PROCEL. Gestão energética. 1 ed. Rio de Janeiro: ELETROBRAS, 2005.

ELETROBRAS/PROCEL. Manual de prédios eficientes em energia elétrica. 1 ed. Rio de Janeiro: IBAM/ELETOROBRAS/PROCEL, 2002.

HINRICHS, R.A.; KLEINBACH, M. Energia e meio ambiente. 3 ed. São Paulo: Thomson, 2003.

PANESI, A.R.Q. Fundamentos de eficiência energética. 1 ed. São Paulo: Ensino Profissional, 2006. RESENDE, I. Dieta para reduzir custos com energia elétrica – conceitos gerais. 1 ed. Rio de Janeiro: Studiodigital, 2004.

SÓRIA, A.F.S.; FILIPINI, F.A. Eficiência Energética: manual do professor. 1 ed. Curitiba: Base Editorial, 2010.

CAMARGO, C.; SCHINDEN, N.B.C.; GOMES, M.B.; NASPOLINI, H.F.’GOLFETTO, R. Eficiência energética em sistemas de iluminação de estabelecimentos escolares: avaliação técnico-econômica sob a ótica do consumidor. In: VIII Congresso Brasileiro de Planejamento Energético. Curitiba, 2012. Anais.

ANEEL. Manual para elaboração de eficiência energética. Disponível em: HTTP://www.aneel.gov.br. Acesso em 04 jun. 2014.

PROCEL – Programa Nacional de Conservação de

Energia Elétrica. Disponível em:

www.eletrobras.com/procel . Acesso em 16 jun. 2014

Referências

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