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Academic year: 2021

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MEDIDA DA INFESTAÇÃO DE CIDADES E DE ÁREAS MENORES, UTILIZANDO A ARMADILHA ADULTRAP® QUE

CAPTURA ADULTO DE Aedes aegypti.

A expansão territorial de Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE) no Brasil já ocupa 2/3 dos municípios, sendo que desde 1995 programas oficiais foram implantados, sem que representassem barreira efetiva contra a infestação e prevenção de epidemias de Dengue. Dentre as inúmeras variáveis envolvidas na persistência vetorial e transmissão desta doença, a questão vetorial tem um papel relevante. Mesmo assim, não se assistiu uma evolução no uso adequado da Vigilância Entomológica, sendo o inseto visto apenas como alvo que as diferentes formulações de inseticidas seriam capazes de controlá-lo. Esta experiência não trouxe os benefícios esperados, até mesmo porque não estava subsidiada por uma medida de infestação mais representativa de A. aegypti na cidade. Portanto, os programas de controle da Dengue buscam alternativas mais eficientes e eficazes para vigilância do A.

aegypti.

A forma alada do mosquito deixou de ser avaliada pela falta de metodologia eficaz, barata e operacionalmente exeqüível. Para atender essa necessidade e desenvolver metodologias de monitoramento da infestação deste vetor, prevista no Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), desenvolveram-se os trabalhos em Foz do Iguaçu com a armadilha ADULTRAP®, sempre visando uma ferramenta que subsidiasse e avaliasse a qualidade da intervenção.

A armadinha ADULTRAP®, fabricada pelo senhor João Edson Donatti para captura de fêmeas do A. aegypti, foi apresentada à Secretaria de Estado de Saúde (SESA) do Paraná que entendeu a necessidade de testes para comprovação de sua eficácia para uso em saúde pública. Os testes no Paraná foram realizados em Foz do Iguaçu, através da parceria entre SESA, Secretaria Municipal da Saúde de Foz do Iguaçu (SMS/PMFI), através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e sob a orientação do Professor Almério Castro Gomes da Faculdade de Saúde Pública da USP. Utilizando-se três protocolos de pesquisa, o grupo constatou que a armadilha é promissora para medida de infestação por A. aegypti. Estendeu-se novas observações no Rio de Janeiro, a pedido do Ministério da Saúde do Brasil, onde as pesquisas foram conduzidas pelo Dr. Ricardo Lourenço de Oliveira, do Instituo Oswaldo Cruz (Fiocruz), que teve o apoio logístico da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

A ADULTRAP® é uma ferramenta para diagnóstico da infestação, com isso não tem o propósito de atuar como controle, mas ser um indicador que informe o nível de infestação e avalie se a intervenção atingiu seu objetivo. O princípio da necessidade de ações de controle do vetor passaria agora a depender mais da resposta da ADULTRAP®, para qualificadamente atingir os alvos mais importante da reprodução da espécie. Desta forma, a armadilha passou a ser incorporada às medidas da infestação conjuntamente com o índice de infestação larvário.

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Este relatório não tem como prerrogativa a apresentação de um trabalho científico, uma vez que as publicações com este cunho já foram realizadas em meios apropriados e seguem como material anexo a este documento, mas sim a de apresentar os resultados da aplicação prática da ferramenta de vigilância entomológica desenvolvida neste município pelo grupo de pesquisadores que constam das publicações. Com isso, a linguagem é simples e direta e tenta retratar os resultados e avanços do Programa Municipal de Controle da Dengue em Foz do Iguaçu (fundamentado no PNCD), a partir da utilização da ADULTRAP®.

Desta forma, almejamos colaborar com os colegas que participam da luta nacional para controle da infestação por A. aegypti, conseqüentemente da Dengue, da Febre Amarela e outras encefalites que têm este inseto como vetor.

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4   

Unidade I

Conclusões dos Protocolos de Pesquisas para Validação da Armadilha como ferramenta de Vigilância Entomológica do Aedes aegypti

¾ A armadilha captura predominantemente fêmea de Aedes aegypti grávida mesmo em momentos de baixa densidade do vetor e baixos índices larvários;

¾ O princípio para captura e apreensão é mecânico, baseado na arquitetura do equipamento e não utiliza produtos adesivos ou elétricos. A isca indicada é água, o que dispensa gastos com produtos atraentes e trabalhos com a produção, aquisição e substituição da isca, apesar de poder ser utilizada com outras substâncias ao invés da água, tais como, solução de infusão de feno, isca sintética e outros;

¾ O período de exposição de 24 horas é suficiente para gerar capturas; ¾ Exposta por 24 horas, a armadilha representa a infestação do imóvel;

¾ O peridomicílio é o local indicado para instalação, preferindo-se locais ao abrigo do sol e livres da queda de folhas;

¾ Pode ser instalada desde a altura do solo até a um metro dele;

¾ O inseto é coletado íntegro, o que possibilita a identificação do vetor no local de captura.

¾ Com o recolhimento da armadilha 24 horas após ser instalada, e o fato do inseto ser coletado íntegro e vivo, há possibilidade de envio para exame de isolamento viral ou outros que necessitem do inseto neste estado de conservação;

¾ O equipamento foi projetado com sistema de biossegurança, com isso não se transforma em criadouro;

¾ É possível a captura de outras espécies de acordo com a isca; ¾ É operacionalmente viável;

¾ Pode ser utilizada simultaneamente com o LIRAa, aproveitando a mesma amostra e o mesmo programa informatizado e gera índices complementares entre formas imaturas e adultos do mosquito;

¾ O trabalho é realizado pela mesma equipe de campo do programa, sem adicional de recurso humano ou prejuízo ao serviço;

¾ É capaz de avaliar em 24 horas o impacto de ações de bloqueio de transmissão, feitos com UBV Costal e Pesada sobre a infestação de Aedes

aegypti adulto.

¾ Possibilita a visualização da distribuição espacial do vetor e a orientação de ações de controle vetorial;

¾ Os índices gerados pela ADULTRAP® não representam uma

mera ampliação dos gerados pelo LIRAa, uma vez que a

armadilha é capaz de registrar índices significativamente

altos mesmo quando os informados pelo LIRAa são

extremamente baixos. Somado ao fato da capacidade de

avaliação da dispersão vetorial e a minimização da influência

da pendência na geração dos índices, já que diferente do

estágio larvário, os mosquitos infestam imóveis mesmo

quando os criadouro não estão presentes neles.

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Unidade II

ADULTRAP® + LIRAa: Avaliação da infestação por adultos de Aedes

aegypti utilizando-se a ADULTRAP® simultaneamente à atividade de

Leitura de Índice Rápido prevista para avaliar a infestação por formas imaturas (larvas e pupas) de Aedes aegypti (LIRAa)

Os resultados obtidos nas pesquisas com a armadilha ADULTRAP® utilizada simultaneamente ao LIRAa em Foz do Iguaçu permitiram organizar atividades de avaliação e monitoramento da infestação por Aedes aegypti em duas das suas fases de vida. Na rotina de serviços para estas duas atividades, há aproveitamento da mesma lógica de trabalho proposta pelo Ministério da Saúde para o LIRAa (Leitura de Índice Rápido para Aedes aegypti), utilizando-se a mesma amostra sorteada, o mesmo programa informatizado, a mesma equipe e o mesmo tempo programado, porém com a vantagem da geração de diferentes indicadores de infestação que se complementam.

A implantação desta metodologia para vigilância de Aedes aegypti não onera o município com outros gastos além da aquisição da armadilha (exclusivamente do equipamento, pois a isca preferencial é água e não utiliza produtos adesivos para apreensão do inseto). Assim, é coerente com as necessidades técnicas e limitações financeiras do mesmo, e faz com que o custo-benefício da operação e os resultados alcançados, sejam justificados, principalmente se comparados a outros métodos para leitura de índices de infestação por Aedes aegypti na fase adulta.

Dentre as vantagens do método citam-se algumas: - A equipe que produz a informação é a mesma de campo;

- O gerenciamento das informações é feito pelo próprio coordenador municipal sendo de propriedade do município;

- Não ocorrem gastos com iscas;

- A informação da infestação é gerada em 24 horas;

- Oferece a visão da distribuição espacial da infestação em fases distintas da vida do vetor (Imatura e Adulta);

- Dispensa gastos com laboratório e criação de equipe para verificação da infestação;

- Possibilita a coleta do inseto íntegro;

- Permite a avaliação das atividades de tratamento e a orientação das mesmas; - É uma ferramenta de vigilância entomológica relevante em áreas de alto ou baixo índice de pendência;

- É sensível ao ponto de caracterizar a infestação por adultos de A. aegypti mesmo em áreas com baixa densidade vetorial e/ou índices de infestação larvária abaixo de 1%.

De março de 2006 a fevereiro de 2007 utilizou-se a ADULTRAP® em Foz do Iguaçu junto ao LIRAa em área de 10.000 imóveis por um ano com leitura mensal (Tabela 1 e Gráfico 1). Em agosto de 2007 a área trabalhada foi de 30.000 imóveis (três estratos do LIRAa). A partir de outubro do mesmo ano e até abril de 2008 a área trabalhada passou a ser de 50.000 imóveis (cinco estratos do LIRAa), sem comprometer a programação de rotinas previstas pelo PNCD. Em Outubro de 2008 toda a cidade passou a ser trabalhada com esta estratégia.

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6   

A infestação larvária informada pelo LIRAa é percentual (IIP%- LIRAa), assim como a infestação por adultos gerada pela armadilha (IPA% - ADULTRAP®). Neste método (LIRAa), além destes índices, é possível obter os Índices larvários de Breteau (IB) e o de depósitos (ID) e também os índices de mosquitos (Aedes aegypti fêmea alimentada) por imóvel (IMI-ADULTRAP®) e por habitantes (ISA-ADULTRAP®) através da utilização da armadilha, sendo estes capazes de avaliar a densidade vetorial na área.

A ADULTRAP® junto ao LIRAa, ou não, permite acompanhar a flutuação sazonal e a distribuição geográfica da infestação por A.aegypti (Figuras 1 e 2), o que pode ser interpretado como resultado da atividade de tratamento.

Traduzindo em termos práticos: A utilização da ADULTRAP® junto ao LIRAa permite a economia de recursos humanos e material, otimização do tempo com resposta rápida e visualização da distribuição espacial da infestação, permitindo direcionar trabalhos de tratamento de forma mais eficaz e avaliar este trabalho ao longo do tempo (Gráficos 8 a 19). Em área de alta ou baixa infestação, independente do índice de pendência (imóveis fechados ou recusa à visita), a ADULTRAP® é capaz de registrar a infestação por A. aegypti e sinalizar a presença de criadouros, o que gera a necessidade de visitas mais criteriosas. Com esta estratégia de utilização da armadilha, criadouros não convencionais ou localizados em imóveis fechados foram descobertos (Unidade III), para os quais houve possibilidade de solução (Unidade IV), uma vez que passaram a ser identificados, mesmo em áreas onde a leitura de índice larvário não os tinha revelado.

Curiosidade: Alguns funcionários apelidaram a ADULTRAP® de “lente de aumento” ou “óculos” outros de “bússola”, uma vez que melhorou a capacidade de visão dos problemas voltados aos criadouros do mosquito e facilitou a orientação para solucioná-los.

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Ano de 2006

TABELA 1 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para as espécies Aedes aegypti e

Aedes albopictus, verificados mensalmente em área de 10.000 imóveis (um

estrato do LIRAa) de Março de 2006 a fevereiro de 2007 em Foz do Iguaçu, Paraná. LIRAa ADULTRAP® IIP (%) IPA (%) ANO MÊS Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus Março 2.6 0.2 14.1 0.3 Abril 4.4 0 15.1 0 Maio 0 0 7.3 0 Junho 1.3 0 3.9 0 Julho 1.1 0 4.3 0 Agosto 0.9 0 3.2 0 Setembro 0.9 0 2.2 0 Outubro 4 0 7.4 0 Novembro 3.5 0.2 15.5 0 2006 Dezembro 3.6 0 10.3 0 Janeiro 4.8 0 17.3 0 2007 Fevereiro 5 0 13.6 0

GRÁFICO 1 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRA® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa para Aedes aegypti, verificados mensalmente em área de 10.000 imóveis (um estrato do LIRAa) de Março de 2006 a fevereiro de 2007 em Foz do Iguaçu, Paraná.

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FIGURA 1 – Distribuição espacial de imóveis positivos para Aedes aegypti adultos e positivos para larva, na pesquisa ADULTRAP® + LIRAa, no mês de março de 2006, em um bairro de Foz do Iguaçu – PR.

FIGURA 2 – Distribuição espacial de imóveis positivos para Aedes aegypti adultos e positivos para larva, na pesquisa ADULTRAP® + LIRAa, no mês de maio de 2006, em um bairro de Foz do Iguaçu – PR.

8   

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ANO 2007 AGOSTO

TABELA 2 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti e Aedes

albopictus, em área de 30.000 imóveis (três estratos do LIRAa), verificados na

atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em agosto de 2007 em Foz do Iguaçu, Paraná.

LIRAa ADULTRAP® IIP (%) IB IPA (%) ESTRATO Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus 1 0.20 0.00 0.20 0.00 0.70 0.00 7 0.70 0.20 0.70 0.20 0.00 0.00 11 0.40 0.00 0.70 0.00 0.70 0.00 MÉDIA 0.43 0.07 0.53 0.07 0.47 0.00

GRÁFICO 3 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti, em área de 30.000 imóveis (três estratos do LIRAa), verificados na atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em agosto de 2007 em Foz do Iguaçu, Paraná.

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OUTUBRO

TABELA 3 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti e Aedes

albopictus, em área de 50.000 imóveis (cinco estratos do LIRAa), verificados na

atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em outubro de 2007 em Foz do Iguaçu, Paraná. LIRAa ADULTRAP® IIP (%) IB IPA (%) ESTRATO Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus 1 0.50 0.00 0.50 0.00 4.70 0.00 3 1.60 0.00 1.60 0.00 3.40 0.00 5 1.60 0.00 1.60 0.00 4.10 0.00 7 0.70 0.00 0.70 0.00 3.00 0.00 10 1.20 0.00 1.20 0.00 4.40 0.00 MÉDIA 1.12 0.00 1.12 0.00 3.92 0.00

GRÁFICO 4 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti, em área de 50.000 imóveis (cinco estratos do LIRAa), verificados na atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em outubro de 2007 em Foz do Iguaçu, Paraná.

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ANO 2008 JANEIRO

TABELA 4 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti e Aedes

albopictus, em área de 50.000 imóveis (cinco estratos do LIRAa), verificados na

atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em janeiro de 2008 em Foz do Iguaçu, Paraná.

LIRAa ADULTRAP® IIP (%) IB IPA (%) ESTRATO Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus 1 2.1 0.5 2.6 0.5 8.2 0.2 3 3.3 0.2 3.7 0.2 12.6 1.2 5 1.8 0 1.8 0 19.1 0 7 3.2 0 3.9 0 21 0 10 1.1 0 1.1 0 11.3 2.7 MÉDIA 2.30 0.14 2.62 0.14 14.44 0.82

GRÁFICO 5 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti, em área de 50.000 imóveis (cinco estratos do LIRAa), verificados na atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em janeiro de 2008 em Foz do Iguaçu, Paraná.

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ABRIL

TABELA 5 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti e Aedes

albopictus, em área de 50.000 imóveis (cinco estratos do LIRAa), verificados na

atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em abril de 2008 em Foz do Iguaçu, Paraná.

LIRAa ADULTRAP® IIP (%) IB IPA (%) ESTRATO Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus 1 3.20 0.00 3.80 0.00 11.00 0.20 3 3.00 0.20 4.30 0.20 6.80 0.00 5 1.50 0.00 1.50 0.00 7.50 0.20 7 2.70 0.00 2.90 0.00 4.10 0.00 10 3.20 0.20 3.80 0.20 8.70 0.00 MÉDIA 2.72 0.08 3.26 0.08 7.62 0.08

GRÁFICO 6 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti, em área de 50.000 imóveis (cinco estratos do LIRAa), verificados na atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em abril de 2008 em Foz do Iguaçu, Paraná.

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OUTUBRO

TABELA 6 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti e Aedes

albopictus, em área de 110.422 imóveis (onze estratos do LIRAa), verificados

na atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em Outubro de 2008 em Foz do Iguaçu, Paraná. LIRAa ADULTRAP® IIP (%) IB IPA (%) ESTRATO Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus Aedes aegypti Aedes albopictus 1 2,18 0,22 2,18 0,22 2,18 0,00 2 1,29 0,00 1,29 0,00 2,15 0,00 3 1,06 0,00 1,06 0,00 1,06 0,00 4 0,88 0,00 0,88 0,00 2,84 0,00 5 1,94 0,00 2,16 0,00 1,73 0,00 6 1,34 0,00 1,34 0,00 2,90 0,00 7 1,05 0,00 1,26 0,00 1,68 0,00 8 1,58 0,00 1,58 0,00 1,58 0,00 9 0,42 0,00 0,85 0,00 1,69 0,00 10 0,21 0,00 0,21 0,00 1,49 0,00 11 1,88 0,00 2,09 0,00 1,67 0,00 MÉDIA 1,25 0,02 1,35 0,02 1,90 0,00

GRÁFICO 7 – Índices de Infestação Predial para mosquitos, gerados pela ADULTRAP® (IPA% - ADULTRAP®), somados aos Índices de Infestação Predial para larvas gerados pelo LIRAa, para espécie Aedes aegypti, em área de 110.422 imóveis (onze estratos do LIRAa), verificados na atividade de leitura de índices de infestação prevista na rotina do Programa de Controle da Dengue e realizada em Outubro de 2008 em Foz do Iguaçu, Paraná.

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MONITORAMENTO DOS ÍNDICES DE INFESTAÇÃO POR Aedes aegypti NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU – PARANÁ

GRÁFICO 8 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos de

Aedes aegypti no Estrato 1 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

2,2 0,2 0,5 0,5 2,1 3,2 2,2 3,8 2,6 0,2 14   

GRÁFICO 9 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos de

Aedes aegypti no Estrato 2 do município de Foz do Iguaçu, Paraná. 8,2 4,7 0,7 11,0 2,2 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

IIP% - LIRAa IB% - LIRAa IPA% - ADULTRAP®

1,3 1,3 2,2 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

(15)

RÁFICO 11 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos e Aedes aegypti no Estrato 4 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

adultos e Aedes aegypti no Estrato 5 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

GRÁFICO 10 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos de Aedes aegypti no Estrato 3 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

3,0 3,3 1,6 1,1 3,7 4,3 1,1 1,6 1,1 3,4 12,6 6,8 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

IIP% - LIRAa IB% - LIRAa IPA% - ADULTRAP®

G d 0,9 1,1 2,8 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

IIP% - LIRAa IB% - LIRAa IPA% - ADULTRAP®

GRÁFICO 12 – Comportamento da infestação predial por larvas e por d 1,5 1,8 1,6 1,9 1,8 1,5 2 1,6 1,7 19,1 0,0 5,0 15,0 20,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2, 7,5 4,1 10,0 25,0 2007 2008

(16)

16   

GRÁFICO 13 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos de Aedes aegypti no Estrato 6 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

GRÁFICO 14 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos de Aedes aegypti no Estrato 7 do município de Foz do Iguaçu, Pa ná. ra

GRÁFICO 15 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos de Aedes aegypti no Estrato 8 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

1,3

1,6 2,9

0,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 2007 2008

IIP% - LIRAa IB% - LIRAa IPA% - ADULTRAP®

2,7 3,2 0,7 0,7 1,1 0,7 0,7 1,71,5 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 3,9 2,9 4,1 3,0 21,0 0,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

IIP% - LIRAa IB% - LIRAa IPA% - ADULTRAP®

1,6 1,6 1,6 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 0,0 0,2

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

(17)

GRÁFICO 16 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos

dultos e Aedes aegypti no Estrato 10 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

o Estrato 11 do município de Foz do Iguaçu, Paraná. de Aedes aegypti no Estrato 9 do município de Foz do Iguaçu, Paraná.

0,4

GRÁFICO 17 – Comportamento da infestação predial por larvas e por a d

GRÁFICO 18 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos de Aedes aegypti n 0,8 1,7 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

IIP% - LIRAa IB% - LIRAa IPA% - ADULTRAP®

0,2 1,2 1,1 3,2 1,2 0,4 3,8 1,1 11,3 4,4 8,7 1,5 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

IIP% - LIRAa IB% - LIRAa IPA% - ADULTRAP®

1,9 0,4 2,1 0,7 0,0 1,7 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

2007 2008

(18)

18   

RÁFICO 19 – Comportamento da infestação predial por larvas e por adultos e Ae

Após leituras de índices realizadas no mês de janeiro de 2008 as ações e controle foram intensificadas em ordem de prioridade conforme os índices e infestação para adultos, observando-se como prioritárias as áreas com os aiores índices, associados à notificação de suspeitos de Dengue. A ordem de riorida foram os estratos 07 (IPA= 21,0%), 05 (IPA= 19,1%), 03 (IPA=12,6%) e 0 (IPA=11,3%). Após o tratamento destas áreas observou-se a redução da

festação por adultos por meio da leitura de índices realizada em abril ráficos 14, 12, 10 e 17).

Observou-se que a infestação por adultos de Aedes aegypti para o mês e outubro de 2007 diminuiu quando comparado ao mesmo mês do ano 2008

ráfico 19). G

d des aegypti no município de Foz do Iguaçu, Paraná (índice geral ou

médio da cidade). d d m p 1 in (G d (G 2,7 2,3 1,1 0,4 1,3 0,5 2,6 3,3 1,4 1,1 1,9 5 0,0 2,0

AGOST O OUT UBRO JANEIRO ABRIL OUT UBRO

7,6 0, 3,9 4,0 6,0 8,0 14,4 10,0 12,0 14,0 16,0 2007 2008

(19)

Unidade III

xemplos de problemas descobertos e solucionados em função do E

monitoramento da infestação de adultos com a ADULTRAP®

Apresentam-se nesta seção alguns exemplos de problemas descobertos solucionados em função do monitoramento da infestação de adultos com a DULTRAP®. Nestas situações a infestação larvária sinalizava ausência de riadouros, porém havia “dificuldade operacional” no momento da leitura (Ex.: asas fechadas; Criadouros incomuns; Etc.). O conhecimento da infestação or adultos demandou inspeção mais criteriosa da área que levou a detecção os problemas.

iguras – Fotos de criadouros encontrados em áreas onde o índice de festação por larvas apontava para ausência de infestação e a armadilha DULTRAP® sinalizava a presença de mosquitos, o que levou a necessidade e melhor investigação. e A c C p d F in A d Caixa D`água no Forro Caixa D`água no Forro  Caixa de Gordura Caixa de Gordura 

(20)

20   

Caixa d`água sem tampa Caixa  d`água  tampada, mas  com  frestas  que  permitiam  a  entrada  de mosquito. Calha em área de difícil acesso  Calha em área de difícil acesso Piscina localizada no interior de  imóvel abandonado.  Piscina localizada em imóvel abandonado. Poço  tampado,  mas  com  frestas  que 

permitiam a entrada de mosquito.

Cisterna tampada, mas  com  frestas  que  permitiam  a  entrada  de mosquito.

(21)

Boca‐de‐lobo

Laje de imóvel abandonado

(22)

22    Fossa desativada  (Identificação e correção de problema)  Fossa desativada  (Identificação e correção de problema) 

(23)
(24)

24   

Unidade IV

Alguns dados das rotinas de serviço implantadas para solução de problemas identificados após o índice gerado pela ADULTRAP®

necessidade de uma investigação mais minuciosa e a adoção de medidas, tais como:

• Aquisição de escadas;

• Intimação de imobiliárias e proprietários de imóveis fechados para venda, aluguel ou abandonados;

• Aquisição de “bombas de suc piscinas;

• Inclusão de caminhão dotado de equi de-lobo” (esgotamento de água pluvial); • Correção do desnível das “bocas-de-lobo”; • Obstrução mecânica de fossas e

passagem de gás);

A percepção da presença de mosquitos pela armadilha gerou a

ção to de

pamento para limpeza de

“bocas-caixas de gordura (permitindo a

ravalha” em bromélias;

ão de capas e tampas. ” destinadas ao esgotamen

• Adequação e limpeza de calhas; • Utilização de “serragem e ma

• Ingresso em imóveis abandonados; • Substituição de caixas d`água ou utilizaç

Além de outras soluções propostas em função de dezenas de tipos de riadouros ou condições que permitiam a proliferação de mosquitos e que na tina de serviço eram ignorados, pois os índices larvários apontavam ausência u índice muito baixo de infestação por formas imaturas (larvas e pupas).

Fotos de algumas das rotinas de serviço implantadas para solução de roblemas identificados após leitura do índice de adultos IPA%-ADULTRAP®: c ro o p Adequação do itinerário do caminhão de  limpeza de boca‐de‐lobo à rotina de serviço 

do Programa de Controle da Dengue. Utilização de escadas na rotina de serviço do 

(25)

Vedação de Cisternase Poços

Aquisição de bombas de sucção para  esgotamento de alagados e piscinas 

Barreira física em Fossa 

Serragem e Maravalha em Bromélia  Tampa e Capa em Caixa D`água

Aterramento de fossas.

Correção do nível do fundo  das bocas‐de‐lobo. 

(26)

26   

Unidade V

ÁREAS DE BLOQUEIO DE TRANSMISSÃO DE DENGUE (CASOS NOTIFICADOS): ADULTRAP® como ferramenta para orientação (direcionamento) das ações de aplicação de inseticida com pulverizador costal motorizado e avaliação dos resultados após pulverização.

Diante da necessidade de tomada de decisão de forma rápida quanto às ações de aplicação de adulticida, decidiu-se utilizar a armadilha ADULTRAP® e assim criar um método capaz de orientar e avaliar a atividade com pulverizador costal motorizado. O método de avaliação da infestação por A. aegypti foi o indicador denominado Índice de Positividade de Adultos (IPA%) gerado pela armadilha ADULTRAP®. Foram instaladas 50 armadilhas por área de bloqueio de transmissão composta por 9 (nove) quarteirões. A instalação foi feita no peridomicílio, desde a altura do solo a no máximo 80 cm do mesmo, sendo 24 horas antes da aplicação, quando as armadilhas foram retiradas e realizada a leitura da infestação. Duas horas depois da aplicação do adulticida as armadilhas tornaram a ser instaladas, ficando sempre expostas por período de 24 horas, seguindo-se a leitura da infestação após aplicação de inseticida. A isca utilizada foi água de torneira e o agente de endemias que instalou foi o mesmo responsável pela realização do trabalho de rotina (tratamento focal). Foram testadas duas áreas, Tratamento 1 com aplicação de inseticida em três ciclos e Tratamento 2 com aplicação de inseticida em um ciclo. Nestas áreas ocorreram casos notificados de Dengue (suspeitos) e a aplicação de inseticida seguiu a orientação das Normas Técnicas do Ministério da Saúde. Para os dois tratam

ão existiam casos notificados de Dengue. Na área de Tratamento 1, os Índices de Positividade de Adultos (IPA´s%) foram de 24,67% antes da aplicação de

estemunha para o referido tratamento os A`s foram de 23,45%, 16,20%, 9,46% e 23,08% (Gráfico 20). No Tratamento , os IPA`s foram de 4,20% antes e 3,60% após a aplicação. Na área estemunha os IPA`s foram de 3,39% e 3,19% (Gráfico 21). Nestas atividades ercebeu-se que um ciclo de aplicação de inseticida com equipamento costal ão é suficiente para diminuir significativamente o índice de infestação por dultos, podendo não alcançar seu objetivo que é a interrupção da circulação iral. Houve atividade de tratamento focal com eliminação de criadouros e

itura de índice larvário de formas imaturas (larvas e pupas) antes e depois da tividade de tratamento focal (eliminação de criadouros) nas áreas tratadas ao asso que nas áreas testemunhas só houve leitura de índices em período orrespondente às leituras realizadas nas áreas tratadas. O Índice de

festação Predial (IIP%) foi o escolhido para esta avaliação. No Tratamento 1 IIP% antes do tratamento foi de 5,00% e Zero depois e na área testemunha este tratamento foi de 5,00% antes e igual valor depois (na área tratada

alizou-se tratamento focal além da pulverização de inseticida). No ratamento 2 o IIP% foi de 0,60% antes e Zero depois do tratamento focal na área tratada e 0,80% antes e igual valor depois na área testemunha (áreas Testemunha não receberam tratamento voltado a eliminação de criadouros).

entos houve área Testemunha correspondente, sem aplicação de inseticida e onde apenas se realizou a leitura de índice, uma vez que n

adulticida, 16,67 após o primeiro ciclo de aplicação, 24,00% após o segundo e 6,00% após o terceiro. Na área T

IP 2 T p n a v le a p c In o d re T

(27)

Os IPA’s foram verificados 48 horas após a última aplicação de inseticida nas áreas Tratamento 1 e área Testemunha para este tratamento.

emonstrar tanto

ição dos mesmos ao longo

RÁFICO 20 – Índices de Positividade de Adultos (IPA%– ADULTRAP®) nas áreas Tratamento 1 e Testemunha.

G

GRÁFICO 21 – Índices de Positividade de Adultos (IPA% – ADULTRAP®) nas áreas Tratamento 2 e Testemunha.

A ADULTRAP® mostrou-se eficiente e eficaz para avaliar a aplicação de adulticida com pulverizador costal motorizado, sendo capaz de d

a baixa efetividade da aplicação do inseticida sobre a diminuição dos índices após uma aplicação, quanto demonstrar diminu

das aplicações de inseticida na área com três ciclos de pulverização. Assim como foi capaz de perceber a flutuação do índice de infestação por adulto deste vetor em área sem aplicação de inseticida.

(28)

28   

A informação da infestação em 24 horas possibilita agilidade no direcionamento de ações de controle do Aedes aegypti na fase adulta e a avaliação do impacto das mesmas sobre a infestação pelo vetor.

Observou-se na avaliação dos dois modelos de aplicação (o que prevê um ciclo mediante caso suspeito e outro que prevê três ciclos), que uma única aplicação de inseticida não é capaz de diminuir significativamente a infestação da área, o que pode dificultar ou invia ilizar a interrupção da transmissão de Dengue.

Não houve custo adicional de recursos humanos nem prejuízo à produção, uma vez que a avaliação foi feita pelos próprios agentes de campo na sua rotina de serviço.

A técnica é uma ferramenta de diagnóstico capaz de verificar e melhorar

os resultados do programa de controle de controle do

vetor para bloqueio de transmissão viral.

O índice de Infestação Predial p ra larvas não deve ser utilizado para avaliar risco de transmissão de Dengue ou caracterizar a qualidade da aplicação de adulticida a curto prazo.

A pendência resultante de imóveis fechados pode interferir na infestação, o que prejudica as atividades de aplicação de inseticida.

Deve-se investigar a resistência a inseticidas e sugere-se a repetição do teste em outras realidades sócio-econômica e ambiental.

Concluiu-se que a técnica é uma ferramenta de diagnóstico capaz de orientar as ações além de verificar e melhorar os resultados do programa de controle da Dengue na atividade de bloqueio de transmissão viral.

b

da Dengue na atividade a

(29)

Unidade VI

ADULTRAP® para monitoramento da Infestação por Aede aegypti em áreas estratégicas

ial por larvas e adultos. A empresa foi dividida em 13 setores, nos qu

are (ha).

RÁFICO 22 – Índices de Positividade de Adultos (IPA% – ADULTRAP®) e índice de Infestação Predial (IIP%), medidos nos setores de uma empresa em Foz do Iguaçu, Paraná.

a 04 que foi percebida pela ADULTRAP®, o que gerou a ecessidade de melhor investigar a área, onde se encontrou o foco em local de difícil acesso.

Em Foz utiliza-se este método também para monitoramento de Pontos Estratégicos e áreas adjacentes.

Algumas áreas, pela importância epidemiológica, necessitam ser monitoradas permanentemente para avaliação de risco e tomada de decisão. Em Foz do Iguaçu, uma dessas áreas é uma empresa de grande concentração e circulação de pessoas, na qual há monitoramento para verificação da infestação pred

ais foram instaladas 100 armadilhas, numa relação de quatro a cinco armadilhas por quarteirão ou hect

G

Nesta avaliação constatou-se que as áreas 04, 08 e 12 estavam infestadas por Aedes aegypti, porém o método de leitura larvária não detectou a infestação da áre

(30)

30   

Unidade VII Isolamento Viral

Pela possibilidade de coleta do inseto íntegro e vivo, em Foz, realizaram-se coletas, e os mesmos foram enviados para realização de isolamento viral, para os quais se aguardam os resultados. A conservação foi feita em Nitrogênio Líquido.

(31)

Unidade VIII Publicações

ADULTRAP®: DESCRIÇÃO DE ARMADILHA PARA ADULTO DE Aedes

i_arttext)

SPECIFICIDADE DA ARMADILHA ADULTRAP® PARA CAPTURAR ÊMEAS DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)

PECIFICITY OF ADULTRAP® - TRAP FOR CAPTURING FEMALES OF

edes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE) (Artigo Publicado na Revista da

ociedade Brasileira de Medicina Tropical 40 (2):216-219, mar-abr, 2007). ttp://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v40n2/a14v40n2.pdf)

STIMAÇÃO DA INFESTAÇÃO PREDIAL POR Aedes aegypti

IPTERA: CULICIDAE) POR MEIO DA ARMADILHA ADULTRAP® (Artigo ublicado na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde – Revista do Sistema nico de Saúde do Brasil, Volume 17 – N° 4 – Outubro / Dezembro de 2008 –

SN 1679-4974).

.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/rev_epi_vol17_n4.pdf) 

MA NOVA ARMADILHA PARA CAPTURAR ADULTO DE Aedes aegypti. IX Congresso Brasileiro de Parasitologia em Porto Alegre – RS).

VALIAÇÃO DA ESPECIFICIDADE RAP® PARA CAPTURAR

DULTOS DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE). (XIX Congresso

:

aegypti (DIPTERA: CULICIDAE). (Comunicação científica publicada na

Revista Brasileira de Entomologia 51(2): 255-256, julho 2007). (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0085-56262007000200019&script=sc E F S A S (h E (D P Ú IS (http://portal U (X A DA ADULT A

Brasileiro de Parasitologia em Porto Alegre – RS).

STUDO DA PARIDADE EM FÊMEAS DE Aedes aegypti (DIPTERA E

CULICIDAE) CAPTURADA PELA ARMADILHA ADULTRAP®. (XIX Congresso Brasileiro de Parasitologia em Porto Alegre – RS).

(32)

32   

ANEXOS

I - INSTRUÇÕES PRÁTICAS PARA USO DA ADULTRAP® (Manual de Instruções Práticas - Centro de Controle de Zoonoses de Foz do Iguaçu) - ADULTRAP®: DESCRIÇÃO DE ARMADILHA PARA ADULTO DE

Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE).

I - ESPECIFICIDADE DA ARMADILHA ADULTRAP® PARA CAPTURAR FÊMEAS DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)

- ESTIMAÇÃO DA INFESTAÇÃO PREDIAL POR Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE) POR MEIO DA ARMADILHA ADULTRAP®. - RESUMOS APRESENTADOS EM CONGRESSO NO RIO GRANDE DO

SUL: UMA NOVA ARMADILHA PARA CAPTURAR ADULTO DE Aedes

aegypti; AVALIAÇÃO DA ESPECIFICIDADE DA ADULTRAP® PARA

CAPTURAR ADULTOS DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE). E ESTUDO DA PARIDADE EM FÊMEAS DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE) CAPTURADA PELA ARMADILHA ADULTRAP®.

I - TRABALHO REALIZADO PELA FIOCRUZ/RJ (Relatório Apresentado à Secretaria de Vigilância em Saúde): Avaliação comparativa da eficiência de armadilhas para captura de adultos de Aedes aegypti.

II - COMPARAÇÃO ENTRE AS ARMADILHAS ADULTRAP® E

OVITRAMPA. II II IV V V V

 

(33)
(34)

INSTRUÇÕES DE USO DA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Uma nova armadilha para captura de 

Aedes aegypti.” 

 

Página 1/11 

(35)

Metodologia:

1° Passo: Preparação da Base Geográfica do Município

Para municípios com número maior que 8.100 (oito mil e cem imóveis):

Organização da base geográfica do município de acordo com a metodologia do LIRAa que prevê divisões em estratos.

Estrato Equipe E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 TOTAL

Nº Quart. 317 343 292 397 322 273 297 266 297 205 221 3,230

Imóveis para

Trabalho do LIRA 8,530 8,386 9,129 9,312 9,397 8,166 8,714 8,307 8,438 8,551 7,867 94,797

Nº Imóveis 8,612 8,541 9,290 9,701 9,614 15,648 10,330 9,871 9,020 9,333 8,029 107,989

E

ESSTTRRAATTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO PPAARRAA RREEAALLIIZZAAÇÇÃÃOO D

(36)

2º Passo: Capacitação das equipes

- Capacitar uma equipe de campo ou mais (conforme a necessidade),

para instalação e manuseio da Adultrap® (captura dos alados), identificação de

Aedes aegypti adulto e coleta de larvas.

- Capacitar os digitadores e agentes para utilização do LIRAa, pois é a

partir deste programa que serão sorteados os quarteirões a serem trabalhados, e os imóveis a trabalhar. Neste programa também serão lançadas as informações para geração dos índices, com pequena adaptação para geração do índice de adultos (IPA % – ADULTRAP®).

2 – Treinamento para retirada dos mosquitos capturados.

1 – Colocação da Isca (água de torneira).

3 – Identificação de criadouros.

4 – Coleta de formas imaturas (larvas e pupas).

5 - Página de entrada no Programa de Leitura de índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), cedido pelo Ministério da Saúde) .

(37)

3º Passo: Organização do território

Escolher a localidade a ser trabalhada e dividi-la em partes iguais entre os agentes (se possível). Em cada “setor” (área de responsabilidade de um agente), deve-se achar um P.A. ( P.A. = Ponto de Apoio), de preferência bem centralizado. Cada agente terá até 16 armadilhas sob sua responsabilidade, para o caso de equipe com 10 pessoas, e esta equipe ficará responsável por uma área de 10.000 imóveis, para trabalho em até cinco dias. Em caso de maior número de agentes e/ou área menor, o tempo conseqüentemente diminui. Deve-se localizar também os pontos estratégicos da área.

4º Passo: Instalação e leitura da Adultrap® + LIRAa

Quantidade de armadilha Adultrap®: Serão necessárias de 120 a 160 armadilhas por estrato de em média 10.000 imóveis, para realização desta atividade em 4 (quatro) a 5 cinco dias, com dez agentes.

Cada Agente pode recolher e realizar leitura em até 16 armadilhas por dia e reinstalar as mesmas para leitura no dia posterior, da seguinte forma:

Na 2ª feira (1º DIA), instalam-se até 16 armadilhas pela manhã para leitura na 3ª feira (figuras 1 e 2). Na parte da tarde a equipe deverá ser deslocada para outra atividade.

Na 3ª feira pela manhã recolhem-se as armadilhas instaladas na segunda, procede-se a retirada dos mosquitos das mesmas, acondicionando-os em tubacondicionando-os de ensaio plásticacondicionando-os com tampa (figuras 3, 4, 5 e 6). Após recolhimento e retirada dos mosquitos instalam-se as armadilhas para leitura na 4ª feira e repete-se esta lógica até encerrar a área. (Esquema 1).

(38)

Esquema 1:

1

2

3

4

Página 5/11 

(39)

5

No último dia (que pode ser a parte da tarde de sexta), os agentes deverão recolher as armadilhas que não tenham sido recolhidas porque o imóvel estava fechado. A seguir, os agentes devem limpar as armadilhas e organizar o P.A. para a próxima vez em que a atividade será realizada.

No período da tarde do primeiro ao quinto dia os agentes podem ser deslocados para atividade de tratamento nos quarteirões não sorteados para o LIRAa + ADULTRAP, ou pode haver um maior aproveitamento da equipe para leitura de índices, simplesmente atribuindo a um agente a responsabilidade que caberia a dois, ou seja, destinar duas áreas (setores) próximas (os) ao mesmo agente, que trabalhará em uma área (setor) no período da manhã e em outra no período da tarde.

Para cidades ou áreas com número inferior a 8.100 imóveis, por exemplo, 2000 imóveis, a amostra do LIRAa prevê um número mínimo amostral de 222 imóveis para inspeção. Nesta situação o número mínimo de armadilhas a serem utilizadas passa a ser de 100 unidades, por período de exposição do aparelho de 22 a 24 horas, e a rotina de instalação deve contar com dois lotes de 12 armadilhas por agente, que passa a instalar intercalando os lotes em dia sim e dia não (recolhe e lê 12 armadilhas e instala mais 12 do outro lote na área adiante para leitura no dia seguinte). Será necessário um agente para cada área de 500 imóveis. Portanto, neste exemplo de área de 2000 imóveis serão necessários 4 (quatro) agentes para leitura em cinco dias. Essa necessidade pode diminuir se aumentar a produtividade dos agentes para leitura de mais de 12 armadilhas por dia. A diferença ocorre porque proporcionalmente aumenta a relação imóveis a inspecionar/ imóveis da área, quando comparada a mesma relação em área com mais de 8.100 imóveis, que naquela situação é de 0,05 imóveis a inspecionar/ imóveis da área e nesta, de área com número de 2000 imóveis, é de 0,11 imóveis a inspecionar/ imóveis da área.

Deve-se instalar, de forma aleatória, 10% a mais de armadilhas para compensar a possibilidade de imóveis fechados no momento da retirada e leitura, e que assim não haja prejuízo ao mínimo amostral.

As armadilhas devem ser instaladas preferencialmente em locais que

simulem ambientes apropriados à proliferação do vetor, a exemplo dos que seguem ilustrados:

(40)

Todas as armadilhas devem ser abertas para inspeção e retirada do mosquito capturado e a técnica empregada utiliza um “Capturador de Castro” modificado (um por agente), um tubo de ensaio com tampa (“tubito”) por armadilha e um saco plástico transparente onde a armadilha deve ser introduzida e aberta e o inseto retirado com o capturador e colocado no tubito.

A critério das equipes de trabalho, o “Capturador de Castro” pode ser dispensado e a retirada do mosquito feito com o próprio tubo de ensaio ou com aspirador elétrico (Figuras A a F).

A

(41)

C

E

Leitura de Índice de Infestação (Método LIRAa)

Em todos os imóveis, no mesmo momento da visita para instalação da

Adultrap®, deve ser feita a inspeção em busca de criadouros e a coleta de larvas para identificação e criação do índice larvário.

5º Passo: Criação dos índices de infestação

Os tubitos (com larvas ou adultos) e os boletins deverão ser recolhidos todos os dias pelo supervisor da equipe e encaminhados ao laboratório para identificação e para digitação da informação no Centro de Processamento de Dados. Para maior agilidade do processo, recomenda-se que o supervisor

(42)

tenha um veículo, como recomenda o programa da Dengue, porém não é imprescindível. Os mosquitos adultos não necessitam ser enviados ao laboratório para identificação, pois a mesma pode ser feita pelo próprio agente de campo, uma vez que o inseto é capturado íntegro, o que dá maior agilidade ao processo de criação de índice de infestação para adulto e maior economia, pois dispensa a estrutura laboratorial (Fica a critério do município o envio ao laboratório).

Dentre as vantagens observadas da estratificação do município para realização do método LIRAa + Adultrap® estão:

• A possibilidade de realização de leitura rápida de todo o município, para avaliação das áreas de maior infestação e risco;

• O direcionamento das ações e a possibilidade de se fazer leitura de cada estrato após realização das atividades de campo para avaliação do impacto do tratamento;

Tudo utilizando o mesmo recurso humano e sem custo com aquisição de

produtos, além da armadilha, para funcionamento da técnica.

OBSERVAÇÕES:

Para que seja alcançado êxito no controle do Aedes aegypti, utilizando a armadilha ADULTRAP® na vigilância entomológica deste vetor, os parâmetros abaixo devem ser seguidos:

A metodologia de utilização da armadilha ADULTRAP® foi elaborada

considerando os parâmetros pré-estabelecidos pelo Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), no que diz respeito ao controle do vetor. Com objetivo de ser incorporada ao programa sem a necessidade de modificação dos seus fundamentos ou a agregação de atividade paralela em virtude da geração da necessidade de equipes e custos adicionais de manutenção.

Pressupõe-se de igual forma que o indicador gerado pela armadilha

serve para direcionar ações e avaliá-las, ou seja, a ADULTRAP® é uma ferramenta para diagnóstico da infestação por Aedes aegypt. Com isso não tem o propósito de substituir o princípio da necessidade de ações de controle do vetor em todas as áreas do município e sim para garantir que estas ações alcancem êxito. Desta forma, reafirma-se, deve ser utilizada dentro da rotina das atividades previstas pelo PNCD, servindo como ferramenta dentro das rotinas estabelecidas e não em substituição às suas orientações. Assim sendo, para utilização da armadilha ADULTRAP® como ferramenta de vigilância entomológica para o controle do Aedes aegypti na rotina do PNCD, alguns parâmetros iniciais devem ser observados, tais como:

- A área deve dispor de equipe mínima responsável pelas ações de controle do vetor no serviço casa à casa, que devem manter as atividades de controle durante todo o ano e fazê-la com correção, observando a necessidade de se alcançar as metas, eliminar criadouros, diminuir pendências, utilizar a quantidade mínima necessária de inseticidas, utilizar instrumentos legais, dentre outras. Lembrando que a armadilha é uma ferramenta de vigilância

(43)

entomológica, mas o que garante a diminuição da infestação da área são as técnicas de tratamento, que passam a ser mais bem orientadas e avaliadas pelas informações geradas pela ADULTRAP®.

- Deve-se manter a rotina de vigilância epidemiológica da área.

- Deve-se registrar dados demo-geográficos da área pertinentes às ações de controle da Dengue.

- Deve-se fazer uso das planilhas elaboradas para acompanhar o aparelho (ADULTRAP®) que permitem a criação dos índices de infestação gerados a partir da captura dos mosquitos pela armadilha (Índice de Positividade de Adultos (IPA%-ADULTRAP®): Armadilhas positivas/armadilhas lidasX100 e Índice de Mosquitos por Imóvel (IMI- ADULTRAP®): Mosquitos capturados/imóveis trabalhados).

A metodologia de utilização da ADULTRAP®, visando leitura de índices de infestação para grandes áreas, seguiu a lógica operacional do LIRAa, onde a armadilha é utilizada na mesma amostra de imóveis e o trabalho realizado simultanemante à leitura larvária. Portanto deve-se antes de iniciar as atividades, delimitar a área ou estrato, dividi-la em sub-áreas ou bairros e numerar os quarteirões para viabilizar o sorteio da amostra.

A armadilha deve ficar exposta, ou seja, em atividade, por período de 22 à 24 horas, sendo imediatamente recolhida, procedida a abertura, retirada do mosquito (caso haja captura) e leitura, conforme material anexo.

Para cidades ou áreas que possibilitam a divisão em estratos de 8.100 a 12.000 imóveis a amostra do LIRAa prevê um número mínimo amostral de 450 imóveis para inspeção, com isso o número mínimo de armadilhas a serem utilizadas é de 150 unidades, por período de exposição do aparelho de 22 a 24 horas, seguindo a rotina estabelecida neste material.

A armadilha deve ser utilizada para leitura dos índices de infestação a

cada dois meses, em toda a área, conforme preconizado para leitura de índice larvário no PNCD e deve ser feita conforme amostra do LIRAa.

Deve-se utilizar a armadilha na rotina dos serviços para orientação dos trabalhos, em área alvo de no máximo 9 (nove) quarteirões, em situações eventuais, em períodos entre as leituras previstas para toda área, onde o coordenador pode estabelecer a área a ser analisada, de acordo com a necessidade que o leva a buscar saber a infestação, e fazer instalação de até 50 cinqüenta armadilhas distribuídas de forema equivalente nos 9 (nove) quarteirões.

Exemplo: Em um caso suspeito de Dengue notificado na área, a necessidade é de 45 a 50 armadilhas para 9 (nove) quarteirões que é a área de bloqueio de transmissão prevista. Com isso o coordenador de serviço pode levantar os índices de infestação 24 horas após o conhecimento da notificação de caso e antes da aplicação de inseticida. Duas horas após aplicação de adulticida com equipamento UBV costal, pode-se reinstalar as armadilhas e obter os índices de infestação por adultos e com isso avaliar a aplicação do inseticida.

(44)

Página 11/11 

Estas atividades complementares em períodos entre leitura em 100% da área devem ser realizadas para garantir a orientação, avaliação e integração dos serviços de controle do vetor.

Orienta-se que as armadilhas permaneçam armazenadas em Pontos de Apoio (PA) localizados estrategicamente na área para evitar gastos com veículos para deslocamento e garantir agilidade quando houver necessidade da instalação.

Em períodos entre leitura em 100% da área, os agentes devem desenvolver habilidade e ganhar autonomia para utilização do equipamento, com isso o mesmo passa a ter conhecimento da situação da infestação da sua área para agregar qualidade ao seu trabalho de rotina.

Como a exposição por 24 horas representa a infestação do imóvel optou-se por se criar um índice percentual, e como o sorteio feito pelo LIRAa seleciona quarteirões próximos, há possibilidade de se utilizar poucas armadilhas, uma vez que a representação da infestação do quarteirão pode ser estendida aos outros adjacentes, já que encontram-se no raio de dispersão do vetor, o que gera a informação da distribuição espacial da infestação.

(45)

Revista Brasileira de Entomologia

Print ISSN 0085-5626

Rev. Bras. entomol. vol.51 no.2 São Paulo 2007

doi: 10.1590/S0085-56262007000200019

COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

Adultrap: descrição de armadilha para

adulto de Aedes aegypti (Diptera, Culicidae)

Adultrap: description of adult trap of Aedes

aegypti (Diptera, Culicidae)

João Edson DonattiI; Almério de Castro GomesII

IRua Curitiba 1924, Bairro Zona 2, 87200-000 Cianorte-PR, Brasil IIDepartamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Av. Dr. Arnaldo 715, 01246-904, São Paulo-SP, Brasil. agcastro@usp.br

RESUMO

A Adultrap é uma nova armadilha para capturar Aedes aegypti. Esta tem forma cilíndrica, cor escura, formando três compartimentos, sendo um para isca, um para entrada do adulto e outro para retê-lo dentro da armadilha. Tanto no laboratório quanto no campo, os ensaios mostraram que a armadilha apresentou positividade na captura de adulto de Ae. aegypti. Esses ensaios sugerem mais estudos para avaliar a especificidade da Adultrap para capturar esta espécie.

Palavras-chave: Adultos; armadilha; mosquitos.

ABSTRACT

The Adultrap is a new kind of trap for capturing Aedes aegypti. It has a spherical shape and dark color. It consists of three chambers: one for the bait, one for entrance of the adult mosquito, and another one to keep the mosquitoes inside the trap. Either laboratory and field works showed that the trap presented positivity for Ae. aegypti adult. The test suggested more studies to evaluate the especificity of the trap to catch this species.

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Os mosquitos utilizam vários estímulos para identificação e localização de seus hospedeiros, abrigos e recipientes para oviposição. Esses estímulos são desencadeados pelas características físicas, cor, textura do substrato, odor químico, luminosidade, temperatura e presença de água (Bentley e Day e 1989 Bowen 1991). As armadilhas com iscas gás carbônico, luz, animal ou estímulo visual, usualmente são seletivas e orientadas para capturar mosquito que estão voando (Service 1993). Portanto, a escolha do método ou armadilha para uma espécie alvo envolve opção no uso de um ou mais desses atrativos, para maximizar o número de mosquito adulto capturado (Service 1993). Esta nova armadilha visa capturar adultos de Aedes aegypti (Adultrap) utilizando a água como isca atrativa, semelhantemente a armadilha de oviposição (ovitrampa), dado que esta apresenta elevada sensibilidade na detecção de Aedes aegypti e Aedes albopictus (Chadee et al. 1993). A forma arredondada e a cor escura estão sendo consideradas estímulos visuais, pois simulam local tranqüilo para repouso dos mosquitos adultos, da mesma forma que a presença da água representa a condição para oviposição.

O objetivo deste relato é apresentar a descrição da Adultrap, acompanhada de dois ensaios preliminares, um de laboratório e outro de campo.

Teste de laboratório: Confeccionou-se uma gaiola com

dimensões de 0.50 X 0.50 X 0.50 m. Duas Adultraps foram colocadas dentro da mesma. Uma contendo água de torneira e outra água fenada a 10% (Chadee et al. 1995). Em seguida, foram colocadas 61 fêmeas ingurgitadas com sangue de hamster e 22 machos. A partir do dia seguinte, a gaiola foi examinada diariamente, durante duas horas, para verificar se nela havia Ae.aegypti. Teste de campo: Num bairro da cidade de Foz de Iguaçu, Estado do Paraná, Brasil, com Índice de Infestação Predial em torno de 1,5%, 120 casas foram selecionadas por meio de sorteio baseado no cadastro existente no Banco de Reconhecimento Geográfico da Prefeitura. As Adultraps, com água de torneira foram instaladas no peridomicílio de 60 casas. Noutros 60 as Adultraps tinham água fenada. O período do ensaio foi de 17 a 19 de março de 2004. As Adultraps ficaram expostas pelo tempo de 24 horas ininterruptas. A identificação das espécies de mosquito foi realizada no laboratório.

A armadilha trata-se de uma peça côncava com ponto de fixação (A) e um diâmetro de 24 cm (B). Na parte central tem uma abertura de 7 cm de diâmetro e uma borda de 4 cm de altura voltado para parte interna (C) que serve de conexão à peça D. Esta é formada por quatro cones transparentes (E), contendo orifícios centrais, com diâmetro de 1,0 cm e inclinados para as laterais da armadilha. Uma tela fina com 54 orifícios/cm2 (F) isola a água ou a isca atrativa do corpo da armadilha, separando as peças D e G. Este recipiente tem diâmetro superior de 14,5 cm e uma base de 8,5 cm

com capacidade para 600 ml de água (Figura 1). A lateral da

armadilha está composta de quatro placas da mesma tela (I) medindo 15 cm de comprimento e 10,5 cm de largura fixadas em colunas de plástico mais rígido (H).

Seus orifícios minúsculos permitem passagem de ar e um certo grau de luminosidade natural. O diâmetro dessa peça mede 24 cm completando o corpo da armadilha. O conjunto e a montagem de

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todas as peças resultam na formação de dois compartimentos. O primeiro serve para a entrada do mosquito e o segundo para retê-los entre os cones e a parede de tela. Uma alça (J) externa serve para fixá-la no domicílio ou transportá-la manualmente ao laboratório.

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O resultado da captura de adultos Ae. aegypti pelas Adultraps do laboratório foi de 34 (73,9%) para fêmeas na armadilha com feno e 12 (26,1%) para macho. Na Adultrap com água de torneira foram 22 (75,8%) fêmeas e 7 (24,9%) machos. Cinco fêmeas e três machos morreram dentro da gaiola. No campo, as Adultraps com feno capturaram 9 fêmeas, e a com água de torneira 15. Machos não foram encontrados dentro das mesmas. Essas informações mostram a positividade da adultrap para adulto de Ae. aegypti, particularmente fêmeas, suscitando novos estudos para avaliar sua especificidade na captura desta espécie e de Ae. albopictus.

Agradecimentos. Agradecemos as equipes de entomologia da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Paraná e do Centro de Zoonoses do Municipal de Foz de Iguaçu, pelos ajustes na confecção da adultrap.

REFERÊNCIAS

Bentley, M. D. & J. F. Day. 1989. Chemical ecology and behavioral aspects of mosquito oviposition. Annual Review Entomology 34: 401–421. [ Links ]

Bowen, M. F. 1991. The sensory physiology of host-seeking behavior in mosquitoes. Annual Review Entomolology 36: 139– 158. [ Links ]

Chadee, D. D.; A. Lakhan; W. R. Ramdath & R. C. Persad. 1993. Oviposition response of Aedes aegypti mosquitoes to different concentrations of hay infusion in Trinidade, West Indies. Journal of

American Mosquito Control Association 9: 346–

348. [ Links ]

Chadee, D. D.; P. S. Corbet & H. Talbot. 1995. Proportions of eggs laid Aedes aegypti on different substrates within an ovitrap in Trinidad, Westy Indies. Medical and Veterinary Entomology 9: 66–70. [ Links ]

Service, M. W. 1993. Sampling the adult resting population, p. 210–290. In: Service, M. W. Mosquito ecology: field sampling

methods. 2ª ed. London, Elsevier Applied Science. 989

p. [ Links ]

Recebido em 10/01/2007; aceito em 23/04/2007

© 2008 Sociedade Brasileira De Entomologia Caixa Postal 19030

81531-980 Curitiba PR Brasil Tel./Fax: +55 41 3266-0502

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Revista da Sociedade Brasileira de Medicina

Tropical

Print ISSN 0037-8682

Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.40 no.2 Uberaba Mar./Apr. 2007

doi: 10.1590/S0037-86822007000200014

ARTIGO ARTICLE

Especificidade da armadilha Adultrap para

capturar fêmeas de Aedes aegypti (Diptera:

Culicidae)

Specificity of the Adultrap for capturing females of Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)

Almério de Castro GomesI; Nilza Nunes da SilvaI; Regina

Tomie Ivata BernalI; André de Souza LeandroIII; Natal Jataí

de CamargoII; Allan Martins da SilvaII; Adão Celestino

FerreiraIII; Luis Carlos OguraIII; Sebastião José de OliveiraIII;

Silvestre Marques de MouraIII

IFaculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP

IICentro de Saúde Ambiental, Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Curitiba, PR

IIICentro de Controle de Zoonoses, Secretaria Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, Foz do Iguaçu, PR

Endereço para correspondência

RESUMO

A Adultrap é uma nova armadilha feita para capturar fêmeas de Aedes aegypti. Foram realizados testes para avaliar sua especificidade tendo como referência a técnica da aspiração da espécie em abrigos artificiais. A Adultrap ficou exposta por 24 horas no intradomicílio e peridomicílio de 120 casas sorteadas em dois bairros da Cidade de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná. O teste estatístico foi o modelo log-linear de Poisson. O resultado foi a captura de 726 mosquitos Culicidae, dos quais 80 eram Aedes aegypti. A Adultrap capturou apenas fêmeas desta espécie, enquanto o aspirador os dois sexos de Aedes aegypti e mais cinco outras espécies. A Adultrap capturou Aedes aegypti dentro e fora das casas, mas a análise indicou que no peridomicílio a armadilha capturou significantemente mais fêmeas do que a aspiração. Também, ficou evidenciada a sensibilidade da Adultrap para detectar Aedes aegypti em situação de baixa freqüência.

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ABSTRACT

The Adultrap is a new trap built for capturing females of Aedes aegypti. Tests were carried out to evaluate the specificity of this trap in comparison with the technique of aspiration of specimens in artificial shelters. Adultraps were kept for 24 hours inside and outside 120 randomly selected homes in two districts of the city of Foz do Iguaçú, State of Paraná. The statistical test was Poissons log-linear model. The result was 726 mosquitoes captured, of which 80 were Aedes aegypti. The Adultrap captured only females of this species, while the aspiration method captured both sexes of Aedes aegypti and another five species. The Adultrap captured Aedes aegypti inside and outside the homes, but the analysis indicated that, outside the homes, this trap captured significantly more females than aspiration did. The sensitivity of the Adultrap for detecting females of Aedes aegypti in low-frequency situations was also demonstrated.

Key-words: Aedes aegypti. Surveillance. Adultrap.

A forma alada de Aedes aegypti dispersa-se por todo o ambiente domiciliar e tem ação direta na transmissão dos sorotipos do dengue, mas na medida da infestação urbana usa-se apenas o levantamento dos criadouros de larvas/pupas como ferramenta entomológica principal5.

As armadilhas freqüentemente consistem de combinações de atrativos que os mosquitos respondem, porém sabe-se que diferentes espécies não são igualmente atraídas pelos mesmos estímulos8. Para Aedes aegypti existem inúmeras armadilhas para capturar adultos, obviamente cada uma com suas vantagens e desvantagens2 4 13.

Reconhecer a necessidade de um método para aperfeiçoamento de vigilância do dengue, particularmente em situação de baixo nível de infestação, é uma meta a ser alcançada. A armadilha de oviposição (ovitrampa) apresenta esta sensibilidade, mas é apenas preconizada para vigilância de áreas ainda não infestadas por Ae aegypti, além de requerer um laboratório de apoio10. O método isca humana, conhecido como o mais produtivo na captura de fêmeas de Ae aegypti12, tem restrição ética por expor o operador à infecção pelo vírus. Para superar essas dificuldades, foram elaboradas diferentes armadilhas que empregam vários tipos de estímulos atrativos para adultos de Ae aegypti e outros culicídeos, todavia, a opção com melhor resultado tem sido a aspiração realizada em abrigos domiciliares, ainda que este método capture quaisquer outros mosquitos alados em abrigos naturais e artificiais12. Barata e col1 mostraram que a técnica aspiração é um método que permite uma boa avaliação da distribuição da população de Ae aegypti em área urbana. A Adultrap insere-se neste contexto como uma nova opção para captura de adultos da espécie.

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