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ESTÃO
Vitória | ES:
Rua Aleixo Netto 1702 | sl 02 | Praia do Canto
CEP: 29055-260
Fone: (27) 3019—5005
Carta de gestão
Retrospectiva. Em nossa última “conversa” chamamos atenção ao fato do mercado dar foco ao evento Reforma da Previdência e deste ser o ponto chave para o mês de abril. Inclusive adicionamos um calendário (elaborado pela equipe de Análise da XP) de possíveis datas para a tramitação da reforma no congresso. O que aconteceu?
O calendário se mostrou “furado” e pouca coisa ou quase nada saiu do papel. O mercado gastou o mês de abril concentrado nos ruídos em torno do possível avanço da reforma, e nos desdobramentos políticos de delações e tudo mais. Algo deveras angustiante especialmente para quem vive o dia-dia de mercado. Nesse cenário a bolsa e o dólar encerraram o período com variações margi-nais, mas acima de tudo, com muitos altos e baixos.
“O” Evento do Ano. Seguimos acreditando ser esse “O” evento do ano capaz de atrair capital estrangeiro e gerar novas valorizações na bolsa. Entretanto a discussão em torno da precisão e timming acerca desse é uma discussão inócua e porque não dizer quase esotérica. Talvez a lua nos ajude a entender o que se passa na cabeça dos que decidirão a matéria. Ainda assim, acreditamos que a Reforma da Previdência terá evolução em maio, podendo finalmente ser levada a Congresso e ter algum desfecho. Dito isto, cabe a nós interpretar os possíveis impactos disso. Logo chegamos a 3 cenários possíveis: (i) a reforma passa do jeito que está, já “desidratada” em certos aspectos, mas mantendo mais de 50% de seu texto original; (ii) a reforma segue sofrendo ajuste e é apro-vada contendo não mais que 30% de seu texto original; (iii) a reforma não é aproapro-vada. Vemos o cenário “ii” como marginalmente negativo, e o “iii” como bastante negativo para ativos de risco e para economia do país. Temos como cenário base o primeiro e entendemos que a boa articulação política do atual governo sustente essa tese (vide a questão da Reforma Trabalhista que acabou sendo aprovada, como exemplo). Logo seguimos otimistas com o cenário para bolsa e cada vez mais confiantes que estamos che-gando num ponto de decisão e possível inflexão para os ativos de risco.
Outros pontos. O que fundamenta nosso otimismo, é que temos comentado que o ano conta com 3 pilares que farão preço nos ati-vos. E a boa notícia é que os outros 2 pontos seguem muito bem, obrigado. Recapitulando...além das reformas que dependem do contexto político (nosso pilar 1), temos: (2) queda de juros; (3) retomada da atividade econômica.
Juros. Na última reunião do Copom tivemos um corte de 1 p.p. na taxa de juros trazendo a Selic para 11,25% e com uma ata que deixa aberta para novos cortes da mesma magnitude ou ainda a acentuação do ritmo de corte. Nós da Valor Gestora seguimos trabalhando com um cenário de juros no fim de 2017 em 9%, muito por conta do nosso histórico de elevadas taxas e de incertezas políticas sendo “ajustados” na taxa de juros. Mas tudo indica que o ciclo de corte vai continuar em 2018 - um destaque para o último Boletim Focus que prevê uma Selic encerrando em 8,5% em 2017. Independentemente do nível final, de acertarmos ou não “na vírgula” o fato é: os juros seguirão em queda!
Atividade. Mas o que mais nos deixa animado no momento é ver que de fato está havendo uma melhora na economia com a retoma-da retoma-da ativiretoma-dade econômica e inflação sobre controle. Podemos citar como exemplo: a sequência de queretoma-das do IPCA, queretoma-da no indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getúlio Vargas; a melhora nos indicadores de confiança da economia (comércio, indústria); aumento da utilização de
capaci-dade instalada da indústria; os dados do Sistema Fi-nanceiro de Habitação que mostram que houve au-mento expressivo de 61% no financiaau-mento imobiliário em março; vendas no varejo farmacêutico que tiveram crescimento nominal de 17,5% em março ante março de 2016, entre outros.
Para exemplificar isso vamos fazer uso do gráfico ao lado, que foi o último dado reportado pelo IBC-Br (indicador que pode ser visto como uma proxy para o PIB produzido pelo Banco Central). Tal indicador mos-trou expansão da atividade em 1,31% em fevereiro ante janeiro, ou seja, melhora na atividade econômica Junto a isso temos observado na safra de balanços do 1T17 que diversas empresas estão conseguindo repor-tar bons resultados, o que corrobora o sentimento de “o pior já passou”.
No cenário internacional destacamos novamente 2 grandes temas:
(i) EUA. Últimos dados da economia americana vem decepcionando os agentes e mostrando que sua economia não deverá crescer tanto quanto inicialmente se estimava. Isso é muito relevante para o Brasil por 3 motivos: (a) porque reduz a expectativa de eleva-ção de juros por lá, (b) enfraqueceu o dólar frente a outras moedas, (c) torna os EUA menos atrativo a investidores, ou seja, tudo mais constante, nos torna mais atrativos relativamente aos EUA. Vamos seguir observando a evolução disso, pois pode ser fator de atração de capitais internamente.
(ii) Geopolítica. Mês passado comentamos o risco acerca da eleição francesa. Tal questão parece bem encaminhada e um tema pro-eminente tem sido as discussões e ameaças no campo ainda diplomático entre EUA e Coréia do Norte, ou ainda, na questão da Síria e Rússia. Tais discussões tem potencial nocivo aos ativos de risco e ficam no radar para maio.
BOLSAENOSSOSCLUBES.
Como já dissemos na página anterior, os últimos dias tem sido de altos e baixos na bolsa. Até o dia 27/04 (último dado disponível quando escrevemos essa carta) houve saída de R$ 136 milhões do investidor estrangeiro (no ano o saldo ainda é positivo em R$ 3,4 bilhões. Em termos setoriais a ideia de juros mais baixos aliado a uma percepção de melhora na economia fez preço nos ativos do setor de consumo, que foram destaques de alta nas últimas semanas (já considerando os 2 primeiros dias de maio) - o ICON apresentou alta de mais de 9% ante os cerca de 2% do Ibovespa. Outro destaque também para as ações consideradas Small Caps que tiveram alta agregada de mais de 5%.
Ai Vale
O clube AiVale fechou o mês de abril com alta de 1% ante 0,6% do Ibov, acumulando cerca de 11% no ano. Considerando sua ele-vada participação na carteira, as ações do Itaú (ITUB4) foram destaque com uma alta de 3,6%; na ponta oposta BM&F Bovespa (BVMF3) com -1,5%. Para esse mês rebalanceamos a carteira buscando uma maior diversificação face os riscos que se apresen-tam no mês.
Mazoni e Folk
O clube Mazoni encerrou o mês praticamente em linha com o Ibovespa +0,5% ante +0,6% já descontado todos custos de opera-ção. Já o Folk ficou levemente aquém, apresentando queda de 0,1%, ao que atribuímos a captação de recursos que fez com que comprássemos determinadas ações a preços diferentes aos do Mazoni, ainda que ambos sigam uma mesma estratégia.
Considerando sua elevada participação na carteira, as ações da Itaúsa (ITSA4), a holding que controla o banco Itaú, foi destaque positivo com alta de 4,1% no mês; na ponta oposta, nosso investimento em Gerdau (GGBR4) não foi bem, apresentando queda de 10%.
O que fizemos?
Acreditamos que o cenário para renda variável é positivo, logo elevamos nossa posição comprada (reduzindo a posição de caixa) em ambos os clubes para algo próximo a 100% da carteira. Adicionalmente colocamos ativos que entendemos que apresentem maior risco e volatilidade, caso da Gerdau citada acima, ou ainda Vale, a qual também não ajudou em termos de performance. O racional por trás disso é que ativos de maior “beta” tendem a ter movimentos mais amplos que o Ibovespa, logo se nosso cenário base se materializar e virmos a bolsa como um todo andar, acreditamos que estamos posicionado em ativos que podem surfar bem tal movimento. No entanto, não foi o que observamos até agora. Seguimos monitorando.
Ao longo do mês também elevamos posição em Lojas Americanas (LAME4) como nosso veículo de investimento a melhor percep-ção com o varejo brasileiro. Suas ações tiveram um bom desempenho ao longo de abril e mais ainda nesse início de maio apresen-tando alta de 6%.
Performance e Composição
A
I
V
ALE
CLUBES VALOR GESTORA:
Valor de Aplicação Inicial: R$ 10.000,00 Valor Mínimo de Movimentação: R$ 500,00 Saldo Mínimo de Permanência: R$ 2.000,00
F
OLK
Valor Gestora de Recursos
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