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O USO DO CONCEITO DO VISAGISMO NA DISTORÇÃO DA IMAGEM FACIAL E CORPORAL

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O USO DO CONCEITO DO VISAGISMO NA DISTORÇÃO DA IMAGEM FACIAL E CORPORAL

Rubia Dessirre Caioa Bettega1, Silvani Emiliano2

1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR);

2 Professora Orientadora da Universidade Tuiuti do Parana. Bacharel em Design de Moda, Especialista e Arte Educação e Visagismo.

Endereço para correspondência: rubia_dessirre@hotmail.com

___________________________________________________________________ RESUMO: O conceito de beleza vem mudando de tempos em tempos, gerando conflitos entre a beleza real e beleza ideal imposta pela mídia, que estimula a busca de soluções, pelas mulheres, como dietas e cirurgias plásticas, muitas vezes prejudiciais à saúde física e mental. O objetivo desse artigo de revisão foi destacar as contribuições do visagismo na harmonização da imagem pessoal de mulheres com distorção de imagem corporal. Visagismo é uma arte que tem como objetivo harmonizar e valorizar a imagem pessoal a partir de uma “analise investigativa”, aplicado a estruturas físicas, estilo de vida e beleza do indivíduo. Desse modo busca-se fazer com que pessoa perceba que cada beleza é única, e nenhuma pessoa é igual a outra, e quanto acontece esse encontro, o mesmo passara a se sentir completo, com sua imagem adequada ao seu estilo vida, a seus interesses, de forma customizada, sem comparações e padronizações.

Palavras-chave: imagem pessoal, visagismo, autoimagem

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ABSTRACT: The beauty model is changing from time to time, generating conflicts between the real beauty and ideal beauty imposed by the media, which stimulates the search for solutions by women as diets and plastic surgeries often harmful to physical and mental health. The aim of this article is to highlight the benefits of cosmetology in harmonizing the personal image of women with body image distortion. Visagism is an art that aims to harmonize and enhance personal image from an "investigative analysis" applied to physical structures, lifestyle and beauty of the individual. Thus the aim is to make people realize that every beauty is unique and no one is like another, and that happens this meeting, it had become feel complete with its proper image to your lifestyle, your interests , in a customized manner, without comparisons and standards

Keywords: personal image, cosmetology, auto image

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INTRODUÇÃO

Ao longo da história, sempre foi evidente a influência da cultura no comportamento humano. O indivíduo é socializado no seio de uma cultura determinada, e é inevitável que o mesmo partilhe e interiorize um conjunto de atitudes, crenças, valores e comportamentos, que são transmitidos de geração em geração e comuns a todos os indivíduos dessa sociedade. Consequentemente, o indivíduo molda as suas ações em função daquilo que é “normal” e aceitável no seu meio social, na procura incessante de preencher os requisitos exigidos pela cultura à qual pertence (ALVES, et al., 2009).

A imagem corporal é hoje um tema em evidência no mundo corporativo. Vários estudos vêm sendo realizados, dada a relevância do problema em nível nacional. O modelo de beleza vem mudando de tempos em tempos, gerando conflitos entre a beleza real e beleza ideal imposta pela mídia, que estimula a busca de soluções, pelas mulheres, como dietas e cirurgias plásticas, muitas vezes prejudiciais à saúde física e mental (SECCHI, et al., 2009). A construção da imagem do indivíduo, está ligada com a aceitação de suas características pessoais físicas e comportamentais, e para que esteja satisfeito com a sua imagem primeiramente deve-se aceita-la (TAVARES, 2003).

E nesse contexto entra as técnicas e conceitos do visagismo, que visa trazer harmonia e a beleza individual, através do autoconhecimento, das cores, formas, e temperamento, adequando “eu“ interior com o exterior, valorizando as qualidades pessoais de cada ser humano, de forma personalizada e customizada (HALLAWELL, 2011).

O objetivo desse artigo de revisão foi destacar as contribuições do visagismo na harmonização da imagem pessoal de mulheres com distorção de imagem corporal.

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3 Autoimagem e imagem corporal

Autoimagem é uma descrição que a pessoa faz de si, a forma como ela se vê, estando esta percepção também relacionada ao modo como os outros a percebem. É uma avaliação que o sujeito faz de si (MENDES, et al., 2012).

A autoimagem desenvolve-se paralelamente a identidade do indivíduo e do corpo. É um processo em constante construção, no qual participam as experiências da infância e as vivências presentes. A imagem do indivíduo sobre influências, inclusive provenientes do meio social. Os corpos passam por uma aprendizagem, na qual constroem hábitos e a aceitação do corpo interfere na construção da imagem e identidade (BELING, 2008).

A autoimagem é o que denomina percepções de si mesmo, envolvendo personalidade crenças e opiniões, sendo reais ou ilusórias, negativamente ou positivamente, a autoimagem pode gerar boa auto estima, quando o que vemos é agradável aos nossos olhos e ao das outras pessoas que são de total relevância em alguns casos (MENEZES, 2008).

A concepção da imagem corporal se dá, então, como resultado da interação entre as pessoas, numa junção de aspectos, biológicos, emocionais, relacionais e contextuais. Ou seja, são interações permeadas por informações advindas do contexto cultural que perpassam as barreiras grupais, familiares e alcançam o espaço individual. Quando há desequilíbrio na intensidade da demanda relacionada à aparência física as pessoas são pressionadas em numerosas circunstâncias a concretizar em seu corpo, o corpo ideal da cultura do meio em que estão inseridas (TAVARES, 2003).

Distorção de imagem corporal

Distorção da imagem, se caracteriza como um transtorno, se dá ao indivíduo que tem preocupação excessiva com um defeito verdadeiro ou ilusório em seu corpo (MENEZES, et al., 2013).

A distorção da imagem corporal se caracteriza pela diferença do tamanho do corpo que se tem a o que gostaria de possuir, um julgamento negativo em ralação ao corpo (BENNINGHOVEN, 2007 apud COELHO, 2013).

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4 A relação entre corpo e mente está sempre em desarmonia no indivíduo com a distorção de imagem corporal, tais como, cor da pele, rugas, manchas, cicatrizes, acnes, boca, orelhas, tamanho ou formato de nariz, corpo assimétrico ou desproporcional, enfim qualquer parte anatomicamente pode ser levada por queixas as pessoas com distorção da imagem corporal, geralmente apresentam comportamentos típicos, se isola tem comportamentos agressivos algumas vezes, e procuram por mudanças constantemente (GRECO, 2010).

Na maioria das vezes não se sentem satisfeitas com o que veem em relação ao corpo, o que gera sofrimento em alguns casos. O transtorno dismórfico corporal é o mais comum entre os distúrbios de imagem, é caracterizado por um defeito imaginário no corpo, e apresentam total insatisfação, que geralmente levam o indivíduo a procura de cirurgias plásticas, e na maioria das vezes não se sentem satisfeito com os resultados, pelo fato de enfatizarem defeitos (MULKENS, 2012 apud COELHO, 2013).

Apesar das mulheres se preocuparem mais com a aparência os homens da mesma forma sofrem com o transtorno. As causas não são bem conhecidas, mas por apresentar uma obsessão em apontar os próprios defeitos imaginários ou reais, se caracteriza, por um distúrbio compulsivo relacionado com o psicológico, ou seja, enxergar uma imagem através do que se imagina, o que gera senso crítico de imperfeições (ASSUMPÇÃO, 2007).

Em relação as características de pessoas com distorção de imagem corporal, imaginar o sobrepeso, é o principal dentre outras características do transtorno, acomete também atletas pois ser magro tem total importância já que avalia seu desempenho muitas vezes profissional. O transtorno normalmente ocorre quando há uma auto cobrança de si mesmo para melhora da imagem (COSTA, et al., 2007).

A forma ou tamanho do corpo é sempre comparada com modelos ilustradas pela mídia (SECCH, et al., 2009).

A distorção de imagem corporal, é um dos fatores que acometem cada vez mais pessoas a desenvolvem distúrbios alimentares, como anorexia, que se dá pela busca incessante de restringir alimentos pelo medo da ganha de peso, e a bulimia, que se caracteriza por ingestão descontrolada de alimentos seguida por vômitos de

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5 modo de descompensar alimentos, visa busca incessante pelo emagrecimento (CUBRELATI, et al., 2014).

Muitas vezes portadores desse transtorno descobrem de forma indireta, vão ao médico no intuito de analisar outras intervenções como dietas, cirurgias plásticas sem necessidade, que na maioria das vezes são consequência da distorção de imagem corporal, e acabam tendo consciência que sofrem de defeitos ilusórios e imaginários no corpo (GRECO, 2010).

Por se tratar de defeitos ilusórios o diagnóstico se torna difícil, em algumas vezes é utilizado o que chamam de (BSQ) questionário forma do corpo, que foi desenvolvido por Cooper et al, (1978). É um questionário que busca a avaliação da autoconstrução corporal, são 34 perguntas e 6 opções de respostas, por fim na soma de pontos pode se caracterizar por ausência, leve, moderada, ou grave, distorção de imagem, as perguntas são todas relacionadas a imagem corporal (CUBRELATI, et al., 2014).

Na grande maioria das vezes estudos para analisar distorção de imagem corporal tem o foco voltado para a obesidade, transtornos alimentares, mas há um aumento de indivíduos sem essas características que vem sofrendo também gradativamente com distorção da imagem corporal, ou seja não é necessário ter sobrepeso, nem mesmo distúrbios alimentares, para que tenha a distorção de imagem corporal (LEONHARD, 1998 apud LAUS; COSTA; ALMEIDA, 2009).

A distorção da imagem corporal muitas vezes esta ligada juntamente com a baixa auto estima, e quanto mais longe o corpo que se enfatiza ideal está do real, mais possibilidade tem de gerar a distorção de imagem corporal (CUBRELATI, et al., 2014).

A baixa autoestima leva a pessoas a uma guerra íntima de conflitos com a imagem, passa a desconhecer o seu potencial verdadeiro, levando a pessoa a um conflito do que é, e do que gostaria de ser (FLORIANE; MARCANTE; BRAGGIO, 2010).

Fatores que levam a distorção de imagem corporal

A estética corporal se tornou um grande fator cultural nos dias atuais, fatores que conduzem homens e mulheres a ficarem insatisfeito com a imagem que

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6 passam, isso acontece quando há preocupação excessiva com a imagem, é natural se preocupar com a aparência mais isso pode acabar levando a insatisfação por muitas vezes pelo acesso de preocupação (JUNIOR; JUNIOR; SILVEIRA, 2013).

A imagem está em constante evolução, construindo semelhança com a oposição, por fatores sociais e psicológicos, deixando uma opinião acarretar dificuldades na socialização de um grupo por exemplo (FORTES, 2012).

Ao longo da vida cada individuo constrói seu meio social, onde vive sobre uma determinada cultura, valores crenças, todos esses fatores levam a um determinado comportamento, isso faz o individuo molde o que é normal, então vive nas exigências que acha normal pela sua cultura, desta forma os valores culturais podem influenciar na sua imagem, enfatizando e achando que não está dentro dos padrões requisitados (PINTO, et al., 2009).

A cultura de boa aparência, em algumas vezes leva a rejeição por algumas pessoas, através de analises do outro, pela percepção de que a pessoa não é bela suficiente para se adequar em algumas situações como de um emprego por exemplo (PADILHA, 2002 apud FLORIANI; MARCANTE; BRAGGIO, 2010).

As sociedades impõem que a boa forma física, para a maioria das mulheres são valor de medida pessoal, deixando ter total importância em sua vida, isto causa um impacto, o conflito entre imagem apresentadas e o desejo de querer alcançá-las leva a distorção da imagem, com insatisfação corporal (VIEIRA, et al., 2009).

O conceito de beleza muda conforme o estilo corporal, apresentado as pessoas, que sempre será ideal para quem segue o papel de estar insatisfeito com a própria imagem. Este método entre o real e ideal, estimula mulheres a procurar cada vez mais cirurgias plásticas. Na atualidade não estar com a imagem perfeita em relação a beleza pode levar a insatisfação e com ela uma série de problemas (SECCH, et al., 2009).

Fatores como temor a obesidade e a procura incessante pela boa forma física gera uma insatisfação para aquela pessoa que se julga não estar dentro dos padrões visto pala sociedade, o que gera falta de encorajamento, e desenvolvimento, que leva a uma série de rejeições perante a auto analise de si próprio (NUNES, 2012).

A busca pelo padrão de beleza nos dias atuais dependendo da cultura seguida se caracteriza no corpo musculoso, apresentando a prática excessiva de

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7 atividades físicas, em alguns casos, com padrões alimentares apresentando dietas hiperproteica combinados de suplementos para o rendimento físico, essa busca incessante pode levar a práticas prejudiciais à saúde e vida social. Esteroides anabolizantes são associados a prática de atividade física em alguns casos, acarretando uma série de problemas a saúde. Essa busca abusiva de exercícios físicos em associação com anabolizantes leva a distorção da imagem corporal (VASCONCELOS, 2013).

Nos últimos anos a imagem para a forma do corpo ganhou atenção redobrada, principalmente voltadas para o cuidado, como dietas cirurgias plásticas, mas principalmente musculação, e em conjunto vem a insatisfação e o consumo de anabolizantes, que são substancias sintetizadas em laboratórios com relação a hormônios masculinos, com função de produzir efeitos anabólicos, como o ganho da massa muscular. No Brasil, são muitos os danos que essa substância causa a saúde, e pouco tem sido feito para a prevenção do uso dessa substancia (IRIART; CHAVES; ORLEANS, 2009).

Meios de comunicação são de grande influência nesses casos, como exemplo a televisão que cria relações entre presente passado e futuro. A força de uma imagem é tão evidente que se torna difícil não haver comparações, geram novidades a serem copiadas, assim permitindo a total influência do mesmo em sua vida (VIDIGUEIRA, 2006).

Quando uma imagem é associada a mídia geralmente está ligada a uma constante reação de felicidade, quanto mostram por exemplo uma modelo magra ela está enfatizando felicidade, pois a cultura torna de certa forma um símbolo que representa muitas coisas, logo a obesidade representa sinônimo de fraqueza e decepções e infelicidade (COSTA, et al., 2007).

No mundo atual pessoas sofrem quando não conseguem o corpo que a mídia ilustra, algumas vezes por motivos financeiros, o que faz se sentir inferior aos padrões da mídia, gerando angustia e sofrimento. O que não se leva em conta e deveria ser analisado é o fato que existe outras dimensões que mudam constantemente, que não existe somente um corpo e sim uma mente que vive e sofre diversas modificações (CAMPOS, 2002).

A insatisfação corporal tem como a ser percebida primeiramente pela perda de confiança de si próprio e é percebida quando o corpo não esta adequado com o

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8 que a sociedade impõe, tornando a imagem negativa ocasionando baixa auto estima (CASTILHO, 2001 apud JUNIOR; JUNIOR; SILVEIRA, 2013).

Para que haja uma boa imagem pessoal é preciso ter boa auto estima em conjunto, já que vivemos em um mundo capitalista onde imagens são colocadas em primeiro lugar em algumas situações, conduzidas por mídias que rotula padrões de beleza prejudicando a autoimagem do ser humano (CAMPOS, 2002).

Visagismo

Visagismo é uma arte que tem como objetivo harmonizar e valorizar a imagem pessoal a partir de uma “analise investigativa”, aplicado a estruturas físicas, estilo de vida e beleza do indivíduo (TRINDADE, 2013). Para o visagismo, o importante não á apenas estar bonito, mas estar bem com suas características (KAMIZATO, 2014).

Para que o visagismo seja realizado o perfil pessoal deve ser investigado, e deve se ter cuidados com personalidade e características de cada pessoa, os profissionais trabalham com a imagem o que gera efeitos psicológicos positivos ou negativos, pois nenhuma pessoa é igual a outra, deste modo é preciso cuidado ao avaliar uma pessoa. O visagismo procura buscar a beleza que muitas vezes só é percebida quando as qualidades interiores são descobertas (HALLAWELL, 2009 apud FISCHER; PHILLIP; MACEDO, 2010).

O visagismo utiliza os princípios básicos da linguagem visual, é como esculpir um rosto, onde não se veem beleza, fazendo aproveito de todas as características pessoais, fazendo com que o fato da pessoa ser única lhe traga características e formas e individuais (KOWALSKI, 2009).

O visagista visa cada caso de uma maneira especifica, visando modificações que mais se adequa em cada trabalho realizado, esta interligado com a moda, com o belo, indicam possibilidades de mudança na imagem correções para cada caso, visando formas, linha, cores, analisando característica físicas e psicológicas. Utiliza o conhecimento da visualização para dar forma ao seu trabalho utilizando suas técnicas, mostrando suas qualidades, pois muitas vezes pessoas só se veem da forma que a outra pessoa há avaliam, podendo ser negativamente, deste modo fica claro a precisão que o visagista tem em conhecer o interior da pessoa (CRUZ; MARQUES, 2014).

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9 Desta forma o visagista é reconhecido por harmonizar a imagem pessoal, na forma de construir imagem e beleza em conjunto, valorizando e potencializando imagens pessoais (NUNES, 2015).

As técnicas do visagismo consiste em usar efeitos como de luz, sombra, aumentar ou diminuir volumes, trabalhar com diferentes cores, maquiagens, corte e cor de cabelo, harmonia corporal usando as roupas, assim como ressalta o comportamento da pessoa através do temperamento predominante deste, potencializando ou amenizando, estes são os conhecimentos de algumas técnicas que um profissional visagista utiliza para customizar uma a imagem pessoal (apud HALLAWELL, 2008 apud KOWALSKI, 2009).

Técnicas de visagismo

Entre as técnicas de visagismo esta a de temperamentos, visa ressaltar as características pessoais do indivíduo através do estudo dos 4 temperamentos humanos conforme a quadro 01 abaixo, isso possibilita conhecer os pontos fracos e fortes da pessoa, podendo auxiliar no equilíbrio da imagem, usando cores, formas e autoconhecimento (HALLAWELL, 2011);

Quadro 01- Os quatro temperamentos

Temperamentos Pontos fortes Pontos fracos Características físicas Sanguíneo Extrovertida Comunicativa Energizada Espontânea Inovadora Pouco concentrada Desorganizada Gênio forte Desagradável Comunicativa Rosto hexagonal Cabelos castanhos ou loiro dourado Sorriso atraente Colérico Objetiva Concentrada Luxuosa Ágil Sem rancor Impaciente Intolerante Autoritária Boa postura maneiras de se expressar firmes Rosto quadrado ou hexagonal Cabelos ruivo castanho ou marrom avermelhado Melancólico Criadora Organizadora Detalhista Vulnerável Exigente Tímido Nervosa Tendência de ser magra rosto e características alongadas e ou finas

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10 Agradável Passiva Adaptável Acomodada Pouca criatividade com a aparência Movimentos e maneira de se vestir simples e lenta

Fonte: FISCHER; PHILLIPI; MACEDO, 2010

Identificar a coloração pessoal

No visagismo, as peles brancas são classificadas de acordo com a temperatura e, esta é dividida em estações: verão e inverno para peles frias e primavera e outono para as peles quentes (KAMIZATO, 2014). Para aplicar essa técnica é preciso que a cliente passe por uma ficha de anamnese, em seguida pelo teste cromático, que tem como objetivo ressaltar as cores que a beneficia nos cabelos, maquiagem e vestuário, no quadro 02 abaixo ressalta-se cada tipo de pele e exemplos de cores que harmonizam o tipo de pele.

Quadro 02- coloração pessoal

Tipo de pele Cores que harmonizam

Pele fria – Verão Azul claro acinzentado, azul celeste, rosa, lilás, lavanda, amarelo claro.

Pele fria – Inverno Preto, braco, azul marinho, marrom, vermelho vivo, rosa, roxo, verde.

Pele quente – primavera Pessego, bege, amarelo, dourado, marrom, verde abacate, turquesa, marfim, verdes iluminados e coral.

Pele quente – outono Verde natureza, laranja, bege, marrom forte, cinza dourado, amarelho queimado, vermelho vivo.

Fonte: HALLAWELL 2011.

Avaliação dos formatos de rostos e feições

Com a avaliação dos formatos de rostos e feições o visagista consegue ressaltar a maquiagem, o corte de cabelo de acordo com a imagem que o cliente deseja passar, ou somente adequar os formatos com linhas mais harmônicas, conforme pode ser observado no exemplo do quadro 03 abaixo (HALLAWELL, 2011). As feições são partes importantes para desenvolvimento de uma maquiagem adequada. Abaixo exemplos de correções utilizadas na maquiagem visagista.

Quadro 03-formato de rosto

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11 característica Corte de cabelo e maquiagem ideal

Rosto quadrado As laterais devem ser escurecidas e afinadas levemente, iluminar região frontal e mento. O corte de cabelo deve ser bem redistribuído, para tirar a atenção da angulação natural, evitar cortes simétricos. Rosto oval

Concentrar o blush na região do zigomático, em direção as orelhas, e seguir com o produto em direção ao mento. Em relação ao cabelo, fica bom vários tipos de cortes, devem seguir o papel de diminuir a simetria do rosto, com franjas.

Rosto redondo O objetivo da maquiagem é alongar o rosto, utilizar blush nas laterais do rosto, marcar com blush o zigomático e intensificar com iluminador, passar iluminador também na região frontal. O corte de cabelo não deve ser arredondado, desfiados atrás alongam o pescoço franjas laterais diminuem a simetria do formato.

Rosto hexagonal Iluminar laterais da região frontal e maxilar inferior, e escurecer o maxilar superior. São muitos os cortes que combinam com este formato de rosto, em especial, franjas, repicados e curtos.

Rosto triangular Escurecer laterais do maxilar inferior, e região frontal, se o formato for triangulo invertido, escurecer a região do mento. Cabelos com franja

levemente repicados no comprimento são ótimos.

Fonte: FISCHER; PHILLIPI; MACEDO, 2010.

As feições são partes importantes para desenvolvimento de uma maquiagem adequada. Abaixo exemplos de correções utilizadas na maquiagem visagista.

Quadro 04- feições

Feição Sugestão de correção

Olhos caídos Lápis, sombra, delineador na base dos cilios superiores e esfume a pálpebra superior seguindo o concavo, a parte inferior dos olhos fica sem maquiagem. Sombrancelha arqueada para levantar o olhar.

Olhos pequenos Contornar a base dos cilios inferiores e esfumaçar, podendo fazer o mesmo na parte superior, reforçar o rímel na parte superior e inferior.

Olhos próximos Reforçar o canto externo superior e inferior com sombra escura, passar lápis nas linhas internas e externas dos cílios, somente do centro para os cantos externos, reforçar o rímel no canto externo superior, outra opção é trazer uma cor escura do canto externo e ir clareando o concavo para o canto interno. Olhos afastados Esfumar o canto interno dos olhos com cor escura, esfumar a base dos cílios

inferiores, iniciar a sombra dos cantos internos até o centro.

Nariz grande Passar corretivo ao longo do nariz, usar um corretivo com dois tons acima do seu

Nariz largo

Iniciar a correção na sombrancelha passando rente ao conto dos olhos, e descendo nas laterais do nariz.

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12 Lábios grossos Para diminuir o contorno da boca, passar lápis no contorno interno da boca.

Lábios finos O lápis deve contornar a borda externa da boca, aplicar gloss no centro da boca.

Lábios finos em cima e grosso em baixo

Utilizar as duas técnicas, em baixo contornar internamente, afim de equilibrar.

Fonte: FISCHER; PHILLIPI; MACEDO, 2010.

Avaliação dos formatos de corpo

As formas físicas variam a cada indivíduo, o mesmo número pode vestir corpos diferentes, a variedade étnica e a miscigenação influenciam nas formas do corpo. Outro fator a ter importância é a idade que muda o corpo da maioria das pessoas. Para o cliente estar bem vestido é fundamental analisar com cuidado o tipo físico escondendo as partes menos interessantes, e valorizando o que ele tem de melhor, CARVALHO (2008). Com avaliação do formato de corpo e suas características, o visagista pode indicar as formas, texturas do vestuário que mais harmoniza a imagem da cliente. Os diferentes formatos de corpo podem ser observados no quadro 05 abaixo.

Quadro 05 - Formatos de Corpo

Formato Característica

Ampulheta Ombros e quadril da mesma largura, cintura bem definida, costas largas, coxa volumosa.

Triangulo invertido Tem bastante busto, ombros largos, quadril estreito Triangular Quadril e coxas mais largos que os ombros.

Retangular A cintura não é definida mesma medida de ombro e quadril, braços e pernas finos em relação ao corpo, poucas curvas. Oval De formas arredondadas, volume nos quadris, cintura e busto,

com barriga proeminente. Fonte: CARVALHO, 2008.

Para buscar a harmonia visual, é importante que busque vestuários que favoreçam seu formato de corpo. No quadro 06 abaixo podem ser observadas algumas técnicas para a valorização da imagem corporal, MORELLI (2012).

Quadro 06 – Sugestão de vestuário

Ampulheta Objetivo: valorizar a cintura, camisas, blusas, saias, bem marcadas na altura da cintura.

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13 Triangulo invertido Objetivo: equilibrar o volume entre ombro e quadril, saias

rodadas, calças com volume na parte de baixo, regatas de alças finas.

Triangular Objetivo: chamar atenção para os ombros, esconder o quadril, golas volumosas, blusas de ombros caídos, cintos na altura da cintura, casacos com corte retos.

Retangular Objetivo: criar ilusão de cintura, vestido de cintura baixa, calças com barras largas, blusas e camisas cinturadas, calças

pantalona, decotes.

Oval Objetivo: chamar atenção para rostos e ombros, casacos de cortes retos na altura dos joelhos, vestidos com cintura baixa, calças de corte reto, blusas ou camisetas largas.

Fonte: MORELLI, 2012.

METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com publicações entre os anos de 2002, há 2015, por meio de site da Bireme para consulta de seus acervos de dados como Lilacs, Medline, PubMed, e Scielo

DISCUSSÃO

A satisfação com a face, corpo e mente está relacionada mais comumente com a autoestima do que com a beleza física, como pode se observar no desenvolvimento dessa pesquisa, aí que se tem a importância de individualmente analisar a beleza, pois a busca pela perfeição é o que reflete em frustações, que quanto maior, menor a auto estima, (PEREIRA, 2013). Um dos principais fatores que fazem com que ocorra a distorção da imagem é a baixa autoestima, a falta de reconhecimento de si próprio, desta forma as pessoas com a autoestima elevada reconhecem suas características (PETROSKI; PELEGRINI; GLANER, 2010).

Na contemporaneidade, a sociedade tem sido qualificada por uma cultura que visa o estereótipo como uma forma de identidade. Por meio dos veículos de mídia, que conduz propagandas com imagens de corpos irreais, e começa a existir uma busca por uma figura aparentemente perfeita, o que induz as pessoas a se distanciarem cada vez mais de sua imagem real. Sob essa aparência, os indivíduos passam a acreditar que, para ser aceito no meio social, é preciso que a sua autoimagem esteja de acordo com os padrões estabelecidos socialmente (JUNIOR, et al., 2014).

Sendo assim muitas pessoas enfrentam um dia o temido descontentamento com sua aparência. E é nesse momento que entra os serviços dos profissionais

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14 ligados à consultoria de imagem pessoal e aperfeiçoamento da mesma (TRINDADE, 2013). E o trabalho do visagista é revelar qualidades interiores da pessoa, amenizar pontos negativos e ressaltar os pontos positivos, desta forma antes do visagista começar seu trabalho tem que ter o conhecimento de quem a pessoa é de fato, somente assim irá conseguir revelar o belo no individuo, fazendo com que sua autoestima se eleve (CRUZ; MARQUES, 2014).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme pode ser observado no desenvolvimento dessa pesquisa, o profissional tecnólogo em estética e cosmética habilitado a prestar serviços como visagista utilizando todos as técnicas e conceitos do visagismo poderá fazer como o indivíduo visualiza-se todas suas características pessoais que vai desde de seu formato de rosto, feições, geometria corporal, e temperamento, com a intenção de que compreenda seu “eu interior “ e suas qualidades físicas. Desse modo busca-se fazer com que pessoa perceba que cada beleza é única, e nenhuma pessoa é igual a outra, e quanto acontece esse encontro, o mesmo passara a ser sentir completo, com sua imagem adequada ao seu estilo vida, a seus interesses, de forma customizada, sem comparações e padronizações.

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Referências

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