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Processo do Trabalho TRT da 8ªRegião Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões CESPE PROFESSORA: Déborah Paiva

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Olá Pessoal,

O Edital do concurso do TRT da 8ª Região já foi publicado. A banca será CESPE!

Espero que estejam todos bem e com muita disposição para o estudo e para os concursos.

Estamos com muitas oportunidades na área dos Tribunais Regionais do Trabalho para esse ano de 2013!

Para aqueles que não me conhecem, o meu nome é Déborah Paiva. Eu sou advogada, especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e professora de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, aqui no Ponto dos Concursos.

Ministrei, aqui no Ponto, 60 cursos de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho com foco nos concursos do Ministério Público da União (MPU), Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) e dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT).

Sou autora de livros na área trabalhista com foco em concursos públicos.

1º. ”Noções de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho com Teoria e Questões – 2ª edição”;

2º. “Direito do Trabalho e Processo do Trabalho – Questões comentadas FCC”;

3º. “Provas comentadas ESAF – Direito do Trabalho e Processo do Trabalho”.

4º “TST PARA CONCURSOS”. Volume I – Editora Gen-Método – 1ª edição.

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Estarei aqui com vocês para ministrar este curso de Direito Processual do Trabalho para o TRT da 8ª Região, com teoria e questões CESPE. O Curso será desenvolvido através da resolução de questões das provas da CESPE e aulas teóricas.

A CESPE é uma banca doutrinária e jurisprudencial!

Utilizarei o entendimento doutrinário dos juristas Carlos Henrique Bezerra Leite e Mauro Schiavi.

Eventualmente, poderei apresentar resolução de questões de outras bancas e as questões serão comentadas com apresentação de anexo sem comentários, ao final para que vocês possam treinar a matéria. Utilizarei a técnica da repetição. Assim, haverá repetição em alguns casos e comentários. Sempre colo os dispositivos legais e jurisprudenciais para facilitar o estudo de vocês.

Questões Objetivas

CESPE

Processo do Trabalho

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Direito Processual do Trabalho: Justiça do Trabalho: organização e competência. Varas do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. Serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: secretarias das Varas do Trabalho; oficiais de justiça avaliadores federais; oficiais de justiça ad doc. Ministério Público do Trabalho: organização. Processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). Atos, termos e prazos processuais. Distribuição. Processo Judicial Eletrônico na Justiça do Trabalho. Custas e emolumentos. Partes e procuradores; do jus postulandi; substituição e representação processuais; assistência judiciária; honorários de advogado. Nulidades. Exceções. Audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; Notificação das partes; arquivamento do processo; revelia e confissão. Provas. Dissídios individuais: forma de reclamação e notificação; reclamação escrita e verbal; legitimidade para ajuizar. Procedimento ordinário e sumaríssimo. Procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória e mandado de segurança. Sentença e coisa julgada; liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa. Execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. Citação; depósito da condenação e nomeação de bens; mandado e penhora; bens penhoráveis e impenhoráveis; impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). Embargos à execução; impugnação à sentença; embargos de terceiros. Praça e leilão; arrematação; remição; custas na execução. Recursos no processo do trabalho.

Irei dividir o conteúdo programático a partir de nossa primeira aula. Apresentação do curso: O curso será dividido em 08 aulas + uma aula demonstrativa.

Conteúdo

programático:

Edital

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Vejamos o cronograma de aulas: Aula 01: 29/07 Aula 06: 26/06 Aula 02: 05/08 Aula 07: 29/08 Aula 03: 12/08 Aula 08: 02/09 Aula 04: 19/08 Aula 05: 22/08

Vamos dar início a nossa aula demonstrativa! Tema: Audiência Trabalhista

Iniciarei esta aula apresentando todo o trâmite até chegar à audiência e estabelecendo o conceito de audiência, com a apresentação de um breve resumo sobre como as partes participam das audiências trabalhistas.

Vamos lá!

Assim que o autor (reclamante) apresenta a sua petição inicial, o réu (reclamado) será notificado para comparecer à primeira audiência desimpedida dentro de cinco dias.

Vejamos, então, todo este procedimento!

Forma de Reclamação: O juiz, somente, pode prestar a tutela jurisdicional, ou seja, dar uma solução a um conflito de interesses entre as partes, quando for provocado pela parte. Trata-se do princípio da Inércia da Jurisdição!

E como ocorrerá esta provocação?

Será através da petição inicial, que recebe o nome de reclamação trabalhista no processo do trabalho e poderá ser de forma escrita ou verbal.

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Art. 840 da CLT A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Juiz da Vara da Vara de trabalho a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.

VERBAL: Quando a reclamação for verbal, ela deverá ser distribuída antes mesmo de sua redução a termo. (A redução a termo é um ato processual realizado por um servidor da Vara de Trabalho).

A petição inicial verbal deverá observar, quando couber , os requisitos exigidos para a petição inicial escrita que estão elencados no parágrafo 1º do art. 840 da CLT (art. 840, parágrafo 2º da CLT).

DICA: É oportuno ressaltar que a distribuição da reclamação trabalhista somente ocorrerá, nas localidades onde existirem mais de uma Vara do Trabalho.

ESCRITA: A petição inicial do Dissídio Coletivo (art. 856 da CLT) e do inquérito para apuração de falta grave deve ser necessariamente escrita (art. 853 da CLT).

O art. 840 § 1º da CLT elenca os requisitos para a apresentação da reclamação trabalhista, são eles:

 A designação do Juiz Presidente da Vara ou do Juiz de Direito a que for dirigida;

 A qualificação do reclamante e do reclamado;

 A breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio;  Data e assinatura do reclamante ou do seu representante;  O pedido.

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É importante falar que o pedido é o objeto da ação, ou seja, é aquilo que se pede ao Poder Judiciário. No direito processual, o pedido é sinônimo de mérito.

Aditamento da petição inicial: Antes do recebimento da notificação citatória pelo réu, ao autor é facultado modificar o pedido através de um “aditamento” da petição inicial.

O aditamento do pedido está previsto no art. 294 do CPC que é aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho por força do art. 769 da CLT. O art. 294 do CPC estabelece que antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas, em razão desta iniciativa.

No processo do trabalho, o autor não sofrerá qualquer sanção processual pelo fato de aditar a petição inicial, não se aplicando a parte final do art. 294 do CPC.

Depois da notificação citatória do réu o aditamento somente poderá ocorrer com a concordância dele (art. 264 do CPC).

Indeferimento da petição inicial: O art. 295 do CPC prevê as hipóteses em que a petição inicial será indeferida, ou seja, será recusada pelo juiz.

As hipóteses de indeferimento da petição inicial são: a) quando for inepta;

b) quando a parte for manifestamente ilegítima; c) quando o autor carecer de interesse processual; d) quando o juiz verificar a decadência ou a prescrição;

e) quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação, caso em que só não será indeferida se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal;

f) quando não atendidas as prescrições dos artigos 39, parágrafo único, primeira parte e 284 do CPC.

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Inepta é aquela petição que falta um pedido ou uma causa de pedir, ou aquela que contiver pedidos juridicamente impossíveis ou incompatíveis entre si. Também será considerada inepta a petição inicial de cuja narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão.

Emenda da petição inicial: O art. 284 do CPC prevê a possibilidade de o juiz, quando verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais, determinar que o autor a emende ou complete em 10 dias. Se no prazo legal o autor não emendar a petição inicial, o juiz irá indeferi-la.

Legitimidade para ajuizar:

A petição inicial da ação trabalhista pode ser formulada:

 Pelos sujeitos da relação de emprego ou por seus representantes legais;

 Pelos Sindicatos em defesa dos interesses ou direitos coletivos ou individuais da categoria que representam;

 Pelo Ministério Público do Trabalho, nos casos previstos em lei.

Atenção: Com a ampliação da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda Constitucional 45/2004, a petição inicial também poderá ser apresentada:

 Por outros titulares da relação de trabalho (estagiário, autônomo, voluntário, eventual, etc.);

 Pela União na ação de cobrança das multas impostas aos empregadores pela Delegacia Regional do Trabalho;

 Pelos Sindicatos quando ocorrer conflitos entre os Sindicatos ou entre estes e os associados;

 Pelos tomadores de serviço ou pelos empregadores. BIZU DE

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DICA: O artigo abaixo transcrito é muito cobrado em provas de concurso, pois quando o menor de 18 anos não tiver representante legal, ou seja, pai, mãe ou tutor ele poderá ser representado pelos entes descritos no art. 793 da CLT.

Art. 793 da CLT A reclamação trabalhista do menor de 18

anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em Juízo

DICA: Geralmente as bancas de concurso dizem que os empregados poderão ser representados pelo Ministério Público Federal, o que está errado, porque o art. 793 da CLT menciona Ministério Público Estadual.

Atenção: A Procuradoria da Justiça do Trabalho é órgão do Ministério Público do Trabalho (MPT) que é um dos ramos do Ministério Público da União. Assim, se na prova vier na assertiva o Ministério Público do Trabalho estará correto, pois ele poderá propor a reclamação trabalhista conforme o art. 793 da CLT.

Notificação das partes: Na petição inicial trabalhista não é necessário o pedido de citação do réu, uma vez que o art. 841 da CLT diz que a simples notificação para o comparecimento à audiência é ato automático realizado pelo servidor da Vara de Trabalho, independente de pedido do autor.

Na reclamação trabalhista não há citação do reclamado, mas notificação via postal do mesmo por meio de remessa automática do servidor de secretaria da vara, em 48 horas, do recebimento da ação, notificando o reclamado a comparecer para a primeira audiência desimpedida em:

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• 05 dias para os reclamados em geral

• 20 dias para União, estado, DF, municípios, autarquias e

fundações públicas federais, estaduais, municipais que não explorem atividades econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que o prazo do art. 841da CLT será quádruplo).

Art. 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o

escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.

§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.

§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.

A notificação poderá ser: a) por registro postal em regra; b) por edital quando o réu não for encontrado ou criar embaraços ao recebimento da reclamação.

O Edital será publicado em um jornal oficial ou em expediente forense e somente na falta destes será afixado na sede ou juízo.

Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário.

A notificação postal será feita com o aviso de recebimento para que se possa verificar se ocorreu ou não a citação.

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No processo do trabalho a citação somente será pessoal em sede de execução, sendo assim bastará a entrega da citação no endereço indicado.

Caberá à parte comprovar que não a recebeu no prazo devido.

Audiências:

Juiz Secretário de audiências Testemunhas

Advogado do reclamado Advogado do reclamante Reclamado ou preposto Reclamante

A audiência é um ato processual praticado sob a direção do juiz, que tem poder de polícia, devendo manter a ordem.

Audiência é o momento em que os juízes ouvem as partes, ou seja, é marcada uma sessão e nesta as partes, envolvidas no conflito, comparecem perante o juiz.

O reclamante-autor deverá sentar-se sempre à esquerda do juiz, e o reclamado-réu, à direita do juiz.

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Assim que todos estiverem presentes, o juiz proporá a conciliação, e, caso esta ocorra, será lavrado o termo de conciliação com eficácia de título executivo judicial, somente, podendo ser atacado por ação rescisória. Este termo de conciliação será irrecorrível, exceto, para as parcelas devidas à Previdência Social (artigos 831 e 832 da CLT e Súmula 259 do TST).

Dicas importantes:

 As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.

 O juiz poderá, em casos especiais, designar outro local para a realização das audiências através da fixação de Edital na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 horas.

 O juiz poderá convocar audiências extraordinárias, quando julgar necessário, desde que respeite o prazo mínimo de antecedência de 24 horas.

 O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.

 O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais. Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que o requererem.

 De acordo com o art. 814 da CLT os escrivães ou chefes de secretaria deverão estar presentes às audiências.

 Observem o que estabelece o art. 815 da CLT! BIZU DE

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Art. 815 da CLT À hora marcada, o juiz ou presidente

declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.

Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a

hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o

ocorrido constar do livro de registro das audiências.

DICA: Este prazo de 15 minutos de tolerância para atraso em audiência é concedido ao juiz e não às partes.

DICA: O parágrafo segundo do artigo 843 da CLT fala da possibilidade do empregado poder fazer-se substituir em audiência, quando por doença ou motivo ponderoso não puder comparecer. Neste caso, quem deverá substituí-lo será outro empregado que pertença à mesma profissão ou o Sindicato.

Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverão estar

presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.

§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

O empregador poderá ser representado na audiência por gerente ou preposto que tenha conhecimento do fato. O preposto precisará trazer

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uma carta de preposição na audiência na qual o empregador o nomeia para representá-lo na audiência.

O preposto deve ser empregado do reclamado, apenas sendo admitida a exceção do empregador doméstico e do micro e pequeno empresário que não precisarão ser representados por prepostos empregados.

Neste tema, a Súmula 377 do TST é a tendência das bancas de concursos públicos.

Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Procedimento de audiência:

Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento;

Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes;

Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes;

Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante;

Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver;

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 A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação;

Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma.

 Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão;  Os tramites de instrução e julgamento da reclamação, serão

resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão.

A ata será pelo juiz devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento.  Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por

seu representante, na própria audiência;

 No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841;

§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.

Atenção: A audiência de acordo com a CLT deverá ser contínua e única. Entretanto, por força do costume, a audiência trabalhista passou a ser dividida em três partes:

1ª Audiência inaugural ou de conciliação; 2ª Audiência de instrução;

3ª Audiência de julgamento; BIZU DE

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a) Audiência de conciliação ou inaugural: Nesta fase o réu irá apresentar a sua defesa que poderá ser verbal em 20 minutos ou escrita e o juiz fará a primeira proposta de conciliação obrigatória, antes de receber a defesa.

Não havendo acordo o juiz marcará a data para a audiência de instrução para a qual as partes ficarão desde logo intimadas.

O empregador poderá ser representado por preposto e o empregado poderá ser substituído por outro empregado da mesma profissão. Quando o reclamante não comparecer o processo será arquivado e quando o reclamado não comparecer para apresentar a sua contestação será considerado revel e confesso quanto à matéria de fato.

b) Audiência de instrução: As partes que deverão comparecer nesta audiência, sob pena de confissão (Súmula 74 do TST).

Nesta fase é que as provas serão produzidas no processo. O juiz ouvirá o depoimento pessoal das partes, ouvirá as testemunhas e encerrados os depoimentos as partes poderão aduzir razões finais orais em 10 minutos para cada parte.

Após as razões finais o juiz renovará a proposta de conciliação e caso não haja possibilidade de acordo o juiz marcará uma data para a audiência de julgamento.

c) Audiência de julgamento: Nesta fase o juiz proferirá a sua sentença, solucionando o conflito de interesses das partes que lhe foi submetido.

No Procedimento Sumaríssimo a audiência deverá ser una, ou seja, única, não podendo ser dividida em fases. Assim, a sentença do juiz no procedimento sumaríssimo será proferida na mesma audiência.

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Resumo esquemático sobre audiência:

Audiência una Audiência fracionada

Pregão Pregão

1ª proposta conciliatória 1ª proposta conciliatória

Leitura inicial Leitura inicial

Defesa em 20 minutos Defesa em 20 minutos

Adiamento Depoimento pessoal das partes e

das testemunhas

Instrução

Testemunhas e meios de prova

Razões finais em 10 minutos para cada parte

Razões finais

2ª proposta conciliatória 2ª proposta conciliatória

Adiamento

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Atenção: É importante falar da distinção entre o processo e o procedimento.

O processo é o sistema adotado pelo Estado para o exercício da Jurisdição, ele é o instrumento utilizado pela jurisdição para fazer valer o direito material quando este for violado.

O procedimento é a forma como o processo irá desenvolver-se, são os atos seqüenciais do processo.

O Procedimento ou Rito Ordinário está regulado pelos artigos 837/852 da CLT. Neste tipo de procedimento a audiência poderá ser una ou dividida nas três fases acima apresentadas.

Vamos relembrar a distinção entre o procedimento ordinário e o procedimento sumaríssimo:

Procedimento Ordinário Procedimento Sumaríssimo Até 03 testemunhas para cada

parte Até 02 testemunhas para cada parte

Relatório é exigido na sentença Relatório é dispensado

Permite-se citação por Edital Não se admite citação por Edital Aplica-se às pessoas jurídicas de

direito público Não se aplica às pessoas jurídicas de direito público Parecer oral ou escrito dos

membros do MPT nos recursos Parecer oral dos membros do MPT nos recursos

Não há exigência de pedido certo e

determinado Há exigência de pedido certo e determinado.

Procedimento Sumaríssimo: Com o objetivo de trazer maior celeridade para os processos julgados pela Justiça do Trabalho, a BIZU DE

PROVA

BIZU DE PROVA

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lei 9.957 de 2000, introduziu o procedimento sumaríssimo no Processo do Trabalho.

O procedimento ou rito sumaríssimo está previsto nos artigos 852-A/852- I da CLT, que serão comentados abaixo:

Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não

exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.

Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.

Pela leitura literal do artigo, verificamos que o procedimento sumaríssimo não se aplica aos dissídios coletivos, uma vez que, o caput do artigo acima transcrito fala em dissídios individuais.

Para verificar se os pedidos ultrapassam a 40 vezes o salário-mínimo, a data limite para o cálculo é a data do ajuizamento da ação.

Este tipo de procedimento não será aplicado nas demandas em que figurarem como parte a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal, as Autarquias e as Fundações Públicas Federais.

Art. 852-B da CLT - Nas reclamações enquadradas no

procedimento sumaríssimo:

I- o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;

II- não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;

III- a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.

§ 1º - O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da

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reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.

§ 2º - As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.

O pedido deverá ser certo ou determinado, uma vez que esta é a forma de verificar se a causa ultrapassa ou não os quarenta salários-mínimos. Caso o reclamante não faça pedido certo ou determinado e nem indique na petição inicial o endereço e nome correto do reclamado, o processo será arquivado e ele será condenado ao pagamento das custas calculadas sobre o valor dado à causa.

A audiência será una e realizar-se-á nos quinze dias, do ajuizamento da reclamação trabalhista.

Art. 852-C da CLT - As demandas sujeitas a rito

sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.

Art. 852-D da CLT - O juiz dirigirá o processo com

liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.

Art. 852-E da CLT - Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as

partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.

A sessão mencionada, neste artigo, é a audiência. Neste tipo de procedimento, não há a obrigatoriedade de duas propostas de conciliação, mas o juiz a qualquer tempo deverá tentar conciliar o conflito.

Art. 852-F da CLT- Na ata de audiência serão registrados

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das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal.

Os depoimentos das partes e das testemunhas serão resumidos na Ata de audiência pela secretária de audiência.

Art. 852-G da CLT - Serão decididos, de plano, todos os

incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.

Com o objetivo de celeridade nos julgamento das causas submetidas ao procedimento sumaríssimo, todos os incidentes processuais ou exceções serão resolvidos de imediato.

Art. 852-H da CLT - Todas as provas serão produzidas na

audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.

§ 1º - Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.

§ 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.

§ 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.

§ 4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.

§ 5º - (VETADO)

§ 6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.

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§ 7º - Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.

Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não

exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.

Art. 852-I da CLT- A sentença mencionará os elementos de

convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência,dispensado o relatório.

§ 1º - O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.

§ 3º - As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.

O juiz não precisará elaborar o relatório ao proferir a sua sentença, bastando que faça um breve resumo dos fatos ocorridos na audiência uma que forem relevantes para o julgamento da causa.

Como a audiência é una (única), as partes serão consideradas intimadas da sentença na própria audiência em que o juiz prolatou a sua sentença, contando-se a partir daí o prazo recursal.

As principais características do procedimento sumaríssimo são:  Não poderá ser aplicado o procedimento sumaríssimo nas causas

em que figuram os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional. (Pessoas jurídicas de direito público)

 Aplica-se o procedimento sumaríssimo às empresas públicas e sociedades de economia mista. (Pessoas jurídicas de direito privado).

 As ações submetidas ao procedimento sumaríssimo deverão ser apreciadas num prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento.

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 O processo submetido ao procedimento sumaríssimo deverá ser instruído e julgado em audiência única, exceto se a critério do juiz for impossível não interromper a audiência quando a parte contrária tiver que manifestar-se sobre documentos juntados pela outra parte.

 O Procedimento sumaríssimo somente terá lugar nas ações trabalhistas individuais, cujo valor da causa seja inferior a 40 salários mínimos.

 Nas ações enquadradas no procedimento sumaríssimo o pedido deverá ser certo ou determinado indicando o valor correspondente.

 Não se fará citação por edital nas ações submetidas ao procedimento sumaríssimo.

 O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do reclamado.

 Todos os incidentes e exceções que puderem interferir no prosseguimento das audiências e do processo deverão ser decididos de plano.

 Cada parte somente poderá apresentar até duas testemunhas. Só haverá intimação de testemunhas que comprovadamente convidada pela parte não comparecer a audiência.

 A prova pericial somente será cabível quando a prova do fato a exigir ou for legalmente imposta como por ex. o art. 195 CLT.  O juiz é dispensado de fazer o relatório nas sentenças sujeitas ao

procedimento sumaríssimo.

 Solução imediata de incidentes e exceções que interfiram no prosseguimento do processo.

 Prazo comum de cinco dias para manifestação sobre o laudo pericial.

Arquivamento, revelia e confissão:

Em relação a este tema é importante esclarecer que quando o reclamante não comparece à primeira audiência o processo será arquivado. Já quando o reclamado não comparece à primeira audiência ele será considerado revel e confesso quanto à matéria de fato.

A revelia da Reclamada/ré, somente, poderá ser elidida, ou seja, afastada na hipótese da Súmula 122 do TST.

(23)

Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

Vejamos o que diz o art. 844 da CLT!

Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à

audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.

Na verdade, a denominação técnica para o termo “arquivamento” mencionado na CLT é extinção do processo sem julgamento do mérito.

É importante ressaltar que quando a audiência for fracionada, o não comparecimento do reclamante ou do reclamado à segunda audiência na qual deveriam depor acarretará a aplicação da pena de confissão. Não há que se falar em revelia.

Súmula 74 do TST com nova redação!

Súmula 74 do TST I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder\dever de conduzir o processo.

BIZU DE PROVA

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Questões de prova comentadas:

1. (FGV - EXAME de Ordem UNIFICADO - 2010.2) No dia 23.05.2003, Paulo apresentou reclamação verbal perante o distribuidor do fórum trabalhista, o qual, após livre distribuição, o encaminhou para a 132ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Entretanto, Paulo mudou de idéia e não compareceu à secretaria da Vara para reduzi-la a termo. No dia 24.12.2003, Paulo retornou ao distribuidor da Justiça do Trabalho e, decidido, apresentou novamente a sua reclamação verbal, cuja livre distribuição o encaminhou para a 150ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Desta vez, o trabalhador se dirigiu à secretaria da Vara, reduziu a reclamação a termo e saiu de lá ciente de que a audiência inaugural seria no dia 01.02.2004. Contudo, ao chegar o dia da audiência, Paulo mudou de idéia mais uma vez e não compareceu, gerando o arquivamento dos autos.

Diante desta situação concreta, é correto afirmar que:

a) Paulo não poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vez que a CLT proíbe o ajuizamento sucessivo de três reclamações desta modalidade.

b) Paulo poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vez que somente a segunda foi reduzida a termo, gerando apenas um arquivamento dos autos por ausência do autor na audiência inaugural.

c) Paulo não poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vez que deu ensejo à perempção prevista no CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho.

(25)

d) Paulo poderá ajuizar nova reclamação trabalhista, mas apenas na forma escrita e assistido obrigatoriamente por advogado.

Comentários: Letra B. A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo, tendo o reclamante 05 dias para apresentar-se no cartório para reduzi-la a termo, sob pena de perder por seis meses o direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho (art. 731 da CLT). Entre a data da primeira reclamação e a data da segunda reclamação decorreram mais de seis meses. Sendo assim, Paulo poderá interpor nova reclamação verbal. Nesta nova reclamação o não comparecimento de Paulo acarretará a extinção do processo sem o julgamento do mérito. Art. 786 da CLT - A reclamação verbal será distribuída antes de

sua redução a termo.

Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731.

2. (CESPE - Exame de Ordem – OAB-MG/2008) Sobre a audiência trabalhista, é INCORRETO dizer:

a) Apesar de as audiências serem públicas, o juiz manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.

b) De acordo com a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente ou qualquer preposto que tenha conhecimento dos fatos, desde que seja empregado do réu, salvo em se tratando de ação de empregado doméstico ou se o réu for micro empresa ou empresa de pequeno porte.

c) Existe previsão legal tolerando atraso de até 15 (quinze) minutos no horário de comparecimento do juiz à audiência, garantido o mesmo direito às partes em face do princípio da isonomia entre juiz e jurisdicionados.

(26)

d) O réu, por si ou por seu advogado, tem o prazo de vinte minutos para apresentar a defesa oral.

Comentários: Letra C. A tolerância de 15 minutos é um prazo estabelecido para o juiz e não para as partes. Neste sentido temos a Orientação Jurisprudencial 245 da SDI-1 do TST estabelecendo que inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência.

Art. 815 da CLT À hora marcada, o juiz ou presidente

declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.

Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a

hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o

ocorrido constar do livro de registro das audiências.

Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

3. (CESPE – Analista Judiciário – TRT 17.ª Região/ES - 2009) Julgue os itens subsequentes, relativos ao processo judiciário do trabalho.

95 Nos dissídios a respeito da estipulação de salários, são estabelecidas condições que, assegurando justos salários aos trabalhadores, permitem também justa retribuição às empresas interessadas.

96 É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.

Comentários: 95. CERTA. 96. CERTA. A banca repetiu dispositivos consolidados.

Art. 766 da CLT Nos dissídios sobre estipulação de salários, serão

(27)

trabalhadores, permitam também justa retribuição às empresas interessadas.

Art. 764 da CLT Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à

apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.

§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título.

§ 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.

4. (CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) A respeito da conciliação no processo trabalhista, assinale a opção correta.

A) Sob pena de nulidade, a conciliação tem de ser buscada antes do oferecimento da defesa pelo réu e antes do julgamento do feito.

B) O juiz deve propiciar a conciliação tão logo dê início à audiência; caso não seja esta alcançada, deve o magistrado passar à instrução e ao julgamento sem permitir nova possibilidade para a composição das partes.

C) Encerrado o juízo conciliatório, as partes não mais podem celebrar acordo ante a ocorrência da preclusão.

D) A decisão que homologa o acordo é irrecorrível para qualquer das partes e, quando for o caso, para a previdência social.

Comentários: LETRA A. Os artigos 846 e 850 da CLT mencionam as propostas conciliatórias.

O erro da letra “B” é que ela menciona que não haverá nova proposta de conciliação. Ao passo que o erro da letra “C” é que o acordo poderá ser celebrado a qualquer tempo.

Na letra “D” o erro está no fato de que o art. 831 da CLT estabelece que a decisão não será irrecorrível para a Previdência Social.

(28)

Art. 831 da CLT A decisão será proferida depois de rejeitada pelas

partes a proposta de conciliação. Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.

Art. 846 da CLT Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a

conciliação.

§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.

§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo.

Art. 850 da CLT Terminada a instrução, poderão as partes aduzir

razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.

5. (FGV - EXAME de Ordem UNIFICADO - 2011.1) Em audiência de conciliação, instrução e julgamento, o reclamado não respondeu ao pregão, mas compareceu o seu advogado, munido de procuração e dos atos constitutivos da empresa. Dada a palavra ao reclamante, seu advogado requereu que a empresa fosse considerada revel e confessa, pelo que o juiz indeferiu a juntada da defesa escrita que o advogado da parte reclamada pretendia apresentar. Assinale a alternativa correta, indicando como deve o advogado da parte reclamada proceder.

(29)

a) Deve lançar em ata o protesto, alegando que, no processo do trabalho, a revelia decorre da falta de apresentação de defesa, pelo que a presença do advogado, munido de procuração, supre a ausência da parte.

b) Deve conformar-se, pois, no processo do trabalho, a revelia decorre da ausência da parte ré, importando em confissão quanto a qualquer matéria, pelo que a presença do advogado da parte ausente, munido de procuração e defesa, é irrelevante.

c) Deve lançar em ata o protesto, alegando que, no processo do trabalho, a revelia decorre da ausência da parte ré, importando em confissão quanto à matéria de fato, pelo que o juiz deve receber a defesa apresentada pelo advogado da parte ausente, desde que munido de procuração, para o exame das questões de direito.

d) Deve conformar-se, pois, no processo do trabalho, a revelia tanto pode decorrer da ausência da parte ré quanto da falta de apresentação da defesa, estando ou não presente o advogado da parte ausente (ainda que munido de procuração) e sempre importa em confissão quanto a qualquer matéria, de fato ou de direito.

Comentários: Letra C. A banca abordou a Súmula 122 do TST e a parte doutrinária da matéria que entende que a revelia acarretará a pena de confissão quanto à matéria de fato.

Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

(30)

Questões de prova sem comentários:

1. (FGV - EXAME de Ordem UNIFICADO - 2010.2) No dia 23.05.2003, Paulo apresentou reclamação verbal perante o distribuidor do fórum trabalhista, o qual, após livre distribuição, o encaminhou para a 132ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Entretanto, Paulo mudou de idéia e não compareceu à secretaria da Vara para reduzi-la a termo. No dia 24.12.2003, Paulo retornou ao distribuidor da Justiça do Trabalho e, decidido, apresentou novamente a sua reclamação verbal, cuja livre distribuição o encaminhou para a 150ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Desta vez, o trabalhador se dirigiu à secretaria da Vara, reduziu a reclamação a termo e saiu de lá ciente de que a audiência inaugural seria no dia 01.02.2004. Contudo, ao chegar o dia da audiência, Paulo mudou de idéia mais uma vez e não compareceu, gerando o arquivamento dos autos.

Diante desta situação concreta, é correto afirmar que:

a) Paulo não poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vez que a CLT proíbe o ajuizamento sucessivo de três reclamações desta modalidade.

b) Paulo poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vez que somente a segunda foi reduzida a termo, gerando apenas um arquivamento dos autos por ausência do autor na audiência inaugural.

c) Paulo não poderá ajuizar uma nova reclamação verbal, uma vez que deu ensejo à perempção prevista no CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho.

d) Paulo poderá ajuizar nova reclamação trabalhista, mas apenas na QUESTÕES

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forma escrita e assistido obrigatoriamente por advogado.

2. (CESPE - Exame de Ordem – OAB-MG/2008) Sobre a audiência trabalhista, é INCORRETO dizer:

a) Apesar de as audiências serem públicas, o juiz manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.

b) De acordo com a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho, é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente ou qualquer preposto que tenha conhecimento dos fatos, desde que seja empregado do réu, salvo em se tratando de ação de empregado doméstico ou se o réu for micro empresa ou empresa de pequeno porte.

c) Existe previsão legal tolerando atraso de até 15 (quinze) minutos no horário de comparecimento do juiz à audiência, garantido o mesmo direito às partes em face do princípio da isonomia entre juiz e jurisdicionados.

d) O réu, por si ou por seu advogado, tem o prazo de vinte minutos para apresentar a defesa oral.

3. (CESPE – Analista Judiciário – TRT 17.ª Região/ES - 2009) Julgue os itens subsequentes, relativos ao processo judiciário do trabalho.

95 Nos dissídios a respeito da estipulação de salários, são estabelecidas condições que, assegurando justos salários aos trabalhadores, permitem também justa retribuição às empresas interessadas.

96 É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.

4. (CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) A respeito da conciliação no processo trabalhista, assinale a opção correta.

A) Sob pena de nulidade, a conciliação tem de ser buscada antes do oferecimento da defesa pelo réu e antes do julgamento do feito.

(32)

B) O juiz deve propiciar a conciliação tão logo dê início à audiência; caso não seja esta alcançada, deve o magistrado passar à instrução e ao julgamento sem permitir nova possibilidade para a composição das partes.

C) Encerrado o juízo conciliatório, as partes não mais podem celebrar acordo ante a ocorrência da preclusão.

D) A decisão que homologa o acordo é irrecorrível para qualquer das partes e, quando for o caso, para a previdência social.

5. (FGV - EXAME de Ordem UNIFICADO - 2011.1) Em audiência de conciliação, instrução e julgamento, o reclamado não respondeu ao pregão, mas compareceu o seu advogado, munido de procuração e dos atos constitutivos da empresa. Dada a palavra ao reclamante, seu advogado requereu que a empresa fosse considerada revel e confessa, pelo que o juiz indeferiu a juntada da defesa escrita que o advogado da parte reclamada pretendia apresentar. Assinale a alternativa correta, indicando como deve o advogado da parte reclamada proceder.

a) Deve lançar em ata o protesto, alegando que, no processo do trabalho, a revelia decorre da falta de apresentação de defesa, pelo que a presença do advogado, munido de procuração, supre a ausência da parte.

b) Deve conformar-se, pois, no processo do trabalho, a revelia decorre da ausência da parte ré, importando em confissão quanto a qualquer matéria, pelo que a presença do advogado da parte ausente, munido de procuração e defesa, é irrelevante.

c) Deve lançar em ata o protesto, alegando que, no processo do trabalho, a revelia decorre da ausência da parte ré, importando em confissão quanto à matéria de fato, pelo que o juiz deve receber a defesa apresentada pelo advogado da parte ausente, desde que munido de procuração, para o exame das questões de direito.

d) Deve conformar-se, pois, no processo do trabalho, a revelia tanto pode decorrer da ausência da parte ré quanto da falta de apresentação da defesa, estando ou não presente o advogado da

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parte ausente (ainda que munido de procuração) e sempre importa em confissão quanto a qualquer matéria, de fato ou de direito.

---Bem, chegamos ao final de nossa aula de hoje! Gostaria de lembrá-los que estou à disposição de vocês para dúvidas ou sugestões em relação ao curso no fórum ou no e-mail deborah@pontodosconcursos.com.br

Antes de encerrar esta aula, quero dar algumas dicas para vocês:

DICA 01: Como vocês puderam observar a jurisprudência do TST (Súmulas e Orientações Jurisprudenciais) são cobradas em provas e concursos públicos de duas maneiras:

1ª. A primeira forma de abordagem é aquela na qual o caput da questão não informa que o tema refere-se à jurisprudência do TST. 2ª. A segunda forma de abordagem é aquela na qual o caput, expressamente, informa que o assunto refere-se à jurisprudência do TST.

Aguardo vocês, com força total, para a nossa primeira aula rumo à aprovação no TRT da 8ª Região - 2013. Até lá!

Muita Luz! Um forte abraço a todos! Déborah Paiva

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