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PROFESSOR >>> SAEPE Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco MATEMÁTICA

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(1)

PROFESSOR

revista do

>>> SAEPE 2016

Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

MATEMÁTICA

entrevista

O trabalho focado na escola é um instrumento poderoso para a melhoria dos resultados

o programa

O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 1948-560X

Teatro de Santa Isabel

(2)
(3)

ISSN 1948-560X

PROFESSOR

revista do

>>> SAEPE 2016

Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

(4)

FICHA CATALOGRÁFICA

PERNAMBUCO. Secretaria de Educação de Pernambuco.

SAEPE – 2016/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Matemática. ISSN 1948-560X

(5)

Governador de Pernambuco Paulo Câmara Vice-Governador de Pernambuco Raul Henry Secretário de Educação Frederico Amancio

Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação Ana Selva

Secretário Executivo de Educação Profi ssional Paulo Dutra

Secretário Executivo de Gestão de Rede João Charamba

Secretário Executivo de Planejamento e Coordenação Severino Andrade

Secretário Executivo de Administração e Finanças Ednaldo Moura

Gerente de Avaliação e Monitoramento das Políticas Educacionais Marinaldo Alves

(6)

Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora

Marcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEd

Lina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de Pesquisa

Tufi Machado Soares

Coordenação de Análises e Publicações

Wagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da Comunicação

Rômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da Informação

Roberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de Avaliação

Renato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas Educacionais

Wellington Silva

Coordenação de Monitoramento e Indicadores

Leonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de Avaliação

Rafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de Documentos

(7)

sumário

resultados

25

Os resultados alcançados em 2016

27

Resultados da escola

29

Roteiros de leitura e análise

de resultados

41

Resultados por turma

padrões e níveis

46

Padrões e níveis de desempenho

47

5º ano do Ensino Fundamental

65

9º ano do Ensino Fundamental

88

3º ano do Ensino Médio

sugestões pedagógicas

120

Sugestões para a prática pedagógica

entrevista

9

O trabalho focado na escola é

um instrumento poderoso para a

melhoria dos resultados

o programa

15

O Sistema de Avaliação Educacional

de Pernambuco – SAEPE

(8)
(9)

apresentação

P

rofessor, esta revista é para você. Pensada e feita para possibilitar seu uso no cotidiano pedagógico. Nela, você encontra os resultados da sua escola no SAEPE 2016. Com esses resultados, você obtém um diagnóstico do desempenho de seus estudantes nos testes de proficiência. A par-tir disso, potencialidades e fragilidades podem ser identificadas no processo de ensino-aprendiza-gem, permitindo uma ampla reflexão sobre as prá-ticas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o SAEPE e as infor-mações que o constituem: os dados fornecidos pela avaliação, bem como os dados da realidade escolar, os quais compõem esse grande cenário que é o Sistema de Avaliação Educacional de Per-nambuco.

A partir de uma análise do panorama do sistema de avaliação, desde sua criação, no ano de 2008, até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, apresentamos os dados do programa, dando ênfa-se aos ganhos experimentados pela rede estadual e redes municipais de ensino no que diz respeito aos resultados.

Em seguida, trazemos os resultados da avalia-ção de 2016. Junto às informações pertinentes aos resultados – participação, proficiência média, percentual de estudantes pelos padrões de de-sempenho, percentual de acerto por habilidade avaliada –, oferecemos a você um roteiro que pode ajudá-lo a ler e a compreender as informa-ções produzidas pelo SAEPE, de modo que você

possa utilizá-las para sistematizar estratégias para a melhora do desempenho dos estudantes. Esse roteiro propõe algumas atividades, cujo objetivo é fornecer ferramentas que permitam a interpreta-ção pedagógica dos resultados.

Além dos resultados obtidos nos testes reali-zados pelos estudantes, você tem acesso a algu-mas informações sobre o contexto da sua escola, como o Índice Socioeconômico (ISE). É importan-te ressaltar que, além dos resultados apresentados nesta revista, as escolas do estado de Pernambuco possuem o Índice de Desenvolvimento da Educa-ção de Pernambuco (Idepe) como indicador de qualidade da educação.

Por fim, apresentamos sugestões para a prática pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-zação dos resultados da avaliação, para que ações pedagógicas sejam planejadas e executadas em sua escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu intuito não é outro senão incentivá-lo a tratar os dados da avaliação como parte do projeto político -pedagógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma visão geral da avaliação externa e dos resultados obtidos por sua escola no SAEPE. Esses resultados devem ser amplamente debatidos, com o envolvi-mento de toda a comunidade escolar. Esperamos que este material atinja esse propósito.

(10)

Nascido em Paulo Afonso (BA), Frederico da Costa Aman-cio é formado em Administração pela Universidade de Per-nambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernam-buco, com pós-graduação em Economia Aplicada à Gestão Fiscal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás pela FGV do Rio de Janeiro. Servidor público estadual desde 1995, está à frente da SEE desde 2014.

Frederico da Costa Amancio

Secretário de Educação

entrevista

F

ocado na melhoria dos indicadores educacionais, o estado de Pernambu-co, por meio da Secretaria de Educação, busca, a partir da gestão por re-sultados, sistematizar a apropriação da avaliação externa pelos profi ssionais da rede e pelas famílias. O secretário de Educação, Frederico da Costa Amancio, comenta o trabalho, enfatizando o pacto pela aprendizagem.

O trabalho focado na escola é um

instrumento poderoso para a melhoria

dos resultados

Historicamente, o estado está comprometido com a gestão por re-sultados. Como esse trabalho vem sendo desenvolvido na área da edu-cação e qual a importância da avalia-ção externa nesse contexto?

O estado de Pernambuco tomou a decisão de adotar como política o modelo de gestão por resultados, para todas as áreas. A educação, es-pecifi camente, foi tida como uma das prioridades. Nesse contexto, na ado-ção do que chamamos de pacto pela aprendizagem, com a política de ges-tão por resultados e o monitoramen-to das escolas, a avaliação tem sido extremamente importante para que possamos planejar melhor não só as ações da Secretaria, mas também as ações de cada escola. Termos o siste-ma de avaliação é essencial, pois rece-bemos informações detalhadas, não apenas o resultado geral da rede ou da escola, mas o resultado de cada aluno, em nível de acerto por descritor.

Pernambuco tem apresentado, cada vez mais, melhora do indicador de qualidade da educação brasileira, o Ideb, atingindo, em 2015, as metas em todas as etapas. Na sua opinião, qual é a contribuição do SAEPE para esse resultado?

Sem dúvida, a existência do siste-ma e da série histórica nos permite conhecer os pontos de avanço e os de observação, em relação aos quais precisamos construir estratégias para a melhoria dos resultados. Percebe-mos que isso trouxe, de imediato, progressos bastante expressivos no ensino médio e agora vem trazendo no ensino fundamental. Isso é fruto de um trabalho que estamos fazendo, não só de fortalecimento da rede es-tadual, mas de apoio às redes munici-pais e às suas ações. Esse trabalho é focado na escola, e tem sido um ins-trumento poderoso rumo à melhoria, para melhor planejamento de ações.

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Nascido em Paulo Afonso (BA), Frederico da Costa Aman-cio é formado em Administração pela Universidade de Per-nambuco e em Direito pela Universidade Federal de Pernam-buco, com pós-graduação em Economia Aplicada à Gestão Fiscal pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás pela FGV do Rio de Janeiro. Servidor público estadual desde 1995, está à frente da SEE desde 2014.

Frederico da Costa Amancio

Secretário de Educação

entrevista

F

ocado na melhoria dos indicadores educacionais, o estado de Pernambu-co, por meio da Secretaria de Educação, busca, a partir da gestão por re-sultados, sistematizar a apropriação da avaliação externa pelos profi ssionais da rede e pelas famílias. O secretário de Educação, Frederico da Costa Amancio, comenta o trabalho, enfatizando o pacto pela aprendizagem.

O trabalho focado na escola é um

instrumento poderoso para a melhoria

dos resultados

Historicamente, o estado está comprometido com a gestão por re-sultados. Como esse trabalho vem sendo desenvolvido na área da edu-cação e qual a importância da avalia-ção externa nesse contexto?

O estado de Pernambuco tomou a decisão de adotar como política o modelo de gestão por resultados, para todas as áreas. A educação, es-pecifi camente, foi tida como uma das prioridades. Nesse contexto, na ado-ção do que chamamos de pacto pela aprendizagem, com a política de ges-tão por resultados e o monitoramen-to das escolas, a avaliação tem sido extremamente importante para que possamos planejar melhor não só as ações da Secretaria, mas também as ações de cada escola. Termos o siste-ma de avaliação é essencial, pois rece-bemos informações detalhadas, não apenas o resultado geral da rede ou da escola, mas o resultado de cada aluno, em nível de acerto por descritor.

Pernambuco tem apresentado, cada vez mais, melhora do indicador de qualidade da educação brasileira, o Ideb, atingindo, em 2015, as metas em todas as etapas. Na sua opinião, qual é a contribuição do SAEPE para esse resultado?

Sem dúvida, a existência do siste-ma e da série histórica nos permite conhecer os pontos de avanço e os de observação, em relação aos quais precisamos construir estratégias para a melhoria dos resultados. Percebe-mos que isso trouxe, de imediato, progressos bastante expressivos no ensino médio e agora vem trazendo no ensino fundamental. Isso é fruto de um trabalho que estamos fazendo, não só de fortalecimento da rede es-tadual, mas de apoio às redes munici-pais e às suas ações. Esse trabalho é focado na escola, e tem sido um ins-trumento poderoso rumo à melhoria, para melhor planejamento de ações.

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Em que medida o SAEPE pode aju-dar a administração pública a defi nir ações adequadas e efetivas?

A partir dos resultados e excedendo o interesse apenas no resultado geral, o que nos permite comparação com outros estados e comparação com os resultados do Saeb. O nosso grande objetivo de manter esse investimento, a avaliação anual, inclusive aplicada às redes municipais, serve exatamente para termos informações mais deta-lhadas, de cada escola, turma e estu-dante, de forma a nos permitir o pla-nejamento de ações. É o instrumento que usamos para isso, e estamos, cada vez mais, buscando maneiras de avan-çar no seu uso.

No sistema de ensino público do estado, temos o BDE, o Bônus de De-sempenho Educacional. Qual é a fi na-lidade desse bônus e a que ele serve?

O objetivo é atrelar o SAEPE à estra-tégia de gestão por resultado. O SAEPE nos permite, primeiramente, o conheci-mento mais detalhado, para o aprofun-damento e o planejamento de ações, a partir das informações provenientes do sistema. Assim, conseguimos fazer um trabalho mais focado na melhoria dos resultados de cada escola. Em segundo lugar, a partir do SAEPE, percebemos efetivamente a evolução para constituir a gestão por resultados, com objetivos e metas. Como forma de incentivo para toda a rede, para que todos estejam en-volvidos na melhoria dos resultados, o BDE é um instrumento importante para reconhecer os resultados alcançados.

Como a avaliação externa em lar-ga escala, com vistas ao diagnóstico da qualidade, contribui para o atendi-mento de necessidades relacionadas à aprendizagem de crianças e adoles-centes estudantes da rede pública de ensino?

A importância da avaliação externa é fornecer informações detalhadas de cada escola, turma, estudante. A avalia-ção permite maior planejamento não só do trabalho, das ações de cada escola ao longo do ano, mas das formações da Secretaria. A avaliação comporta, claro, a comparação entre escolas, re-gionais e, eventualmente, até com ou-tros estados, inclusive com o próprio sistema nacional.

Qual é a sua percepção acerca da apropriação dos resultados da avalia-ção pelos educadores do estado, para intervenções efetivas no “chão da es-cola”?

Nossas escolas apresentam estágios diferenciados de apropriação. Temos escolas em um estágio no qual perce-bemos ser presente a cultura da avalia-ção: não só por parte do gestor escolar, mas por toda a escola, que dispõe de dinâmica para se apropriar das informa-ções e construir toda a sua estratégia, o seu planejamento. Temos várias nesse nível, envolvendo o gestor da escola, os professores e os estudantes. Temos escolas em outro estágio, no qual per-cebemos o gestor da escola, os profes-sores e os estudantes, reconhecendo a importância das informações, mas não as explorando em todas as suas

possi-Precisamos

ampliar essa

ideia para todas

as escolas: a

importância da

avaliação e da

apropriação dos

resultados.

bilidades. É, de certa forma, algo que requer nossa atenção. Por fi m, temos escolas em um estágio no qual acredi-tamos ser o gestor escolar aquele mais envolvido no processo. São escolas nas quais precisamos avançar. Em ge-ral, as escolas no primeiro estágio não só têm melhores resultados como apresentam melhor evolução. Preci-samos ampliar essa ideia para todas as escolas: a importância da avaliação e da apropriação dos resultados.

Quais aspectos merecem desta-que no cenário atual, o desta-que inclui a instituição da Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do ensino mé-dio, quando tratamos de avaliação?

Os aspectos são o fortalecimento do sistema nacional e dos sistemas estaduais, para ampliação e mesmo avaliação de outros componentes, como ciências, e o desenvolvimento de um trabalho que não tenha impac-to apenas no planejamenimpac-to da esco-la, de cada ano, mas no dia a dia, de maneira efetiva. Outro aspecto é o alinhamento dos sistemas com a Base e a Reforma [ensino médio], eles pre-cisam estar atrelados, o que inclusive representa signifi cativo avanço para fi ns de comparação entre estados e de estratégia nacional para a educa-ção. Teremos oportunidade de elevar também a qualidade das avaliações.

Para encerrar, algum recado para os educadores de Pernambuco?

Primeiramente, o agradecimento a todos que contribuíram para alcan-çarmos bons resultados. Transmito a alegria de perceber que a nossa rede, os nossos gestores e educadores veem na avaliação e na gestão por resultados não apenas números, mas que isso efetivamente tem sentido na melhoria da qualidade da escola; veem que a avaliação contribui para que continuemos a avançar. Estamos trabalhando nisso, esperamos ter mais novidades em 2017, para facilitar o tra-balho de todos, para que estejamos juntos e contribuindo, cada vez mais, para o avanço da educação.

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Em que medida o SAEPE pode aju-dar a administração pública a defi nir ações adequadas e efetivas?

A partir dos resultados e excedendo o interesse apenas no resultado geral, o que nos permite comparação com outros estados e comparação com os resultados do Saeb. O nosso grande objetivo de manter esse investimento, a avaliação anual, inclusive aplicada às redes municipais, serve exatamente para termos informações mais deta-lhadas, de cada escola, turma e estu-dante, de forma a nos permitir o pla-nejamento de ações. É o instrumento que usamos para isso, e estamos, cada vez mais, buscando maneiras de avan-çar no seu uso.

No sistema de ensino público do estado, temos o BDE, o Bônus de De-sempenho Educacional. Qual é a fi na-lidade desse bônus e a que ele serve?

O objetivo é atrelar o SAEPE à estra-tégia de gestão por resultado. O SAEPE nos permite, primeiramente, o conheci-mento mais detalhado, para o aprofun-damento e o planejamento de ações, a partir das informações provenientes do sistema. Assim, conseguimos fazer um trabalho mais focado na melhoria dos resultados de cada escola. Em segundo lugar, a partir do SAEPE, percebemos efetivamente a evolução para constituir a gestão por resultados, com objetivos e metas. Como forma de incentivo para toda a rede, para que todos estejam en-volvidos na melhoria dos resultados, o BDE é um instrumento importante para reconhecer os resultados alcançados.

Como a avaliação externa em lar-ga escala, com vistas ao diagnóstico da qualidade, contribui para o atendi-mento de necessidades relacionadas à aprendizagem de crianças e adoles-centes estudantes da rede pública de ensino?

A importância da avaliação externa é fornecer informações detalhadas de cada escola, turma, estudante. A avalia-ção permite maior planejamento não só do trabalho, das ações de cada escola ao longo do ano, mas das formações da Secretaria. A avaliação comporta, claro, a comparação entre escolas, re-gionais e, eventualmente, até com ou-tros estados, inclusive com o próprio sistema nacional.

Qual é a sua percepção acerca da apropriação dos resultados da avalia-ção pelos educadores do estado, para intervenções efetivas no “chão da es-cola”?

Nossas escolas apresentam estágios diferenciados de apropriação. Temos escolas em um estágio no qual perce-bemos ser presente a cultura da avalia-ção: não só por parte do gestor escolar, mas por toda a escola, que dispõe de dinâmica para se apropriar das informa-ções e construir toda a sua estratégia, o seu planejamento. Temos várias nesse nível, envolvendo o gestor da escola, os professores e os estudantes. Temos escolas em outro estágio, no qual per-cebemos o gestor da escola, os profes-sores e os estudantes, reconhecendo a importância das informações, mas não as explorando em todas as suas

possi-Precisamos

ampliar essa

ideia para todas

as escolas: a

importância da

avaliação e da

apropriação dos

resultados.

bilidades. É, de certa forma, algo que requer nossa atenção. Por fi m, temos escolas em um estágio no qual acredi-tamos ser o gestor escolar aquele mais envolvido no processo. São escolas nas quais precisamos avançar. Em ge-ral, as escolas no primeiro estágio não só têm melhores resultados como apresentam melhor evolução. Preci-samos ampliar essa ideia para todas as escolas: a importância da avaliação e da apropriação dos resultados.

Quais aspectos merecem desta-que no cenário atual, o desta-que inclui a instituição da Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do ensino mé-dio, quando tratamos de avaliação?

Os aspectos são o fortalecimento do sistema nacional e dos sistemas estaduais, para ampliação e mesmo avaliação de outros componentes, como ciências, e o desenvolvimento de um trabalho que não tenha impac-to apenas no planejamenimpac-to da esco-la, de cada ano, mas no dia a dia, de maneira efetiva. Outro aspecto é o alinhamento dos sistemas com a Base e a Reforma [ensino médio], eles pre-cisam estar atrelados, o que inclusive representa signifi cativo avanço para fi ns de comparação entre estados e de estratégia nacional para a educa-ção. Teremos oportunidade de elevar também a qualidade das avaliações.

Para encerrar, algum recado para os educadores de Pernambuco?

Primeiramente, o agradecimento a todos que contribuíram para alcan-çarmos bons resultados. Transmito a alegria de perceber que a nossa rede, os nossos gestores e educadores veem na avaliação e na gestão por resultados não apenas números, mas que isso efetivamente tem sentido na melhoria da qualidade da escola; veem que a avaliação contribui para que continuemos a avançar. Estamos trabalhando nisso, esperamos ter mais novidades em 2017, para facilitar o tra-balho de todos, para que estejamos juntos e contribuindo, cada vez mais, para o avanço da educação.

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Aprender é um direito de todos. A materialização desse direito é um enorme desafi o para professores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-res que estão relacionados à formação do ser huma-no e à construção de uma sociedade justa, demo-crática e solidária. Essa é a complexidade da ação pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-tações curriculares e a implementação do projeto político-pedagógico no interior de cada escola são elementos essenciais para garantir o êxito do pro-cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de cada escola, em particular, e na rede de ensino, de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-menta para que o direito de aprender seja garantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é um dos pilares para a construção de uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse olhar que professores e gestores devem analisar e se apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-textualizados, considerando vários fatores que estão relacionados com os resultados obtidos pela escola no processo de avaliação em larga escala. São um ponto de partida, um convite à análise e ao plane-jamento para promover a equidade e melhorar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas complementam o trabalho diário da escola e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-do estudasen-do pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar aqueles internos à vida da escola: as características da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-tos característicos do processo educativo e que são importantes para um bom desenvolvimento das ati-vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-na, interesse e motivação, organização e seguran-ça; uma gestão democrática comprometida com a qualidade da educação; professores comprometi-dos com o sucesso escolar e com a viabilização do direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses aspectos refl etem uma concepção de escola e de educação, perpassando toda a dinâmica da escola, inclusive na forma como a avaliação é concebida e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto político-pedagógico da escola, a partir de um mar-co referencial que trabalha a formação de valores e, portanto, a importância da educação na vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAEPE 2016 devem ser apropriados pela comunidade escolar, como um diagnóstico importante para as revisões necessárias ao processo pedagógico desenvolvido. Devem ser analisados em conjunto com as ativida-des curriculares e com os processos de avaliação interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de busca permanente pela equidade, além de transmitir os conhecimentos historicamente acumulados. E é com o olhar de educador que enfrenta esses desa-fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta que convidamos você a acompanhar os relatos a seguir.

Aprender - Direito de Todos

Na escola, o número reduzido de estudantes anuncia o encerramento do ano letivo. Numa sala, prova fi nal. Há tensão em alguns rostos, alívio em outros. No papel, a medida do conhecimento! Mas o professor atesta que “cobramos apenas o que da-mos em sala...”. Sem burburinho, mas concentração, barulho de ventilador. O turno segue nesses metros quadrados, e também nas outras salas.

Do lado de fora, o vai e volta do “terceirão”. O grupo do 3º ano do ensino médio se prepara para deixar a escola. É a galera do Enem! Estão confi an-tes na aprovação do vestibular. “Se não der, tenta de novo”. Os professores preocupam-se em preparar os estudantes para os conteúdos cobrados, com a organização de “aulões”, mas também têm atenção voltada à escolha profi ssional. “Buscamos, parale-lamente às aulas, institucionalizar a pesquisa sobre profi ssões, desde o 2º ano [do ensino médio]. Então, cada um pode saber mais sobre a atuação, o mer-cado de trabalho, a ênfase na formação, ao longo dessa etapa”, explica o professor orientador, espécie de conselheiro de turma, responsável por conduzir o projeto e convidar profi ssionais para palestras de esclarecimento.

É intervalo. Os mais novos se misturam aos mais velhos. Funcionários distribuem sorrisos e cumpri-mentos no corredor e organizam o serviço da me-renda escolar. Fila nos bebedouros. Faz calor, água gelada ninguém dispensa. Os professores dirigem--se à sala dos professores que também é da gesto-ra. Pode isso? Sim, aqui pode. Aqui a gestão é tão democrática que não tem sala própria. “Querem sa-ber onde está minha sala, minhas gavetas? E sou lá de ter gavetas? Faço tudo aqui, junto deles, se for num atendimento mais particular, com um aluno ou professor, damos um jeito”. No encontro diário dos educadores, há troca e satisfação. Hoje tem tapioca de queijo com coco e bolo de rolo, para o belisco. Bom, bom. Suco de cajá. Bom, bom.

O fi m do ano letivo é o começo do planejamento escolar, momento de olhar para trás e ver o que deu certo e o que não deu. “Conversamos sobre tudo. Não dá para virar o ano com rusga. Todo mundo pode colocar tudo para fora, até os descontenta-mentos. Começamos leve”.

Boa notícia: vem projeto novo aí. Na verdade, apenas a reunião formal de alguns já realizados, encampados nesse novo. Dentre eles, tem um es-pecial, aquele que trata o aluno no centro: o Jo-vem Protagonista nada mais é do que a atenção ao personagem principal das ações na escola, sejam de gestão ou pedagógicas, com ênfase também no desenvolvimento social. “Recebemos os novos alunos, damos conselhos, ajudamos a organizar as atividades dos professores, até a música e a progra-mação dos eventos escolhemos. Organizamos a feira de ciências. Mas aula, não. Aula quem dá são os monitores, eles sabem mais e podem começar a exposição, passar a matéria”, explica o jovem que é protagonista. Já o monitor, bem, o monitor pode-ria ser o aluno com as melhores notas”, mas não. Ele é apenas um estudante comum, ou nem tanto. Destaca-se por ser líder nato, diplomático, sociável. “Ajudamos o professor a dar o tempo [de aula] até ele chegar, passando matéria e organizando as apre-sentações de trabalho e até avaliando os colegas, comentado se está bom e o que pode melhorar”, conta uma monitora. “Não escolhemos o moni-tor por desempenho, mas precisa ter perfi l, não é o mais comunicativo, mas também não pode ser o mais reservado”, justifi ca a professora responsável pelo grupo.

A conversa segue boa, mas o ano está acabando. Tudo 100% por aqui: só a biblioteca, que “poderia ter um acervo maior”, diz uma estudante. Hum... bom saber que vocês leem! A quadra também ainda não está como queremos, pois “poderia ser coberta”. Sim, sim. Como diria o mestre Luiz Gonzaga, “No

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Aprender é um direito de todos. A materialização desse direito é um enorme desafi o para professores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-res que estão relacionados à formação do ser huma-no e à construção de uma sociedade justa, demo-crática e solidária. Essa é a complexidade da ação pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-tações curriculares e a implementação do projeto político-pedagógico no interior de cada escola são elementos essenciais para garantir o êxito do pro-cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de cada escola, em particular, e na rede de ensino, de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-menta para que o direito de aprender seja garantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é um dos pilares para a construção de uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse olhar que professores e gestores devem analisar e se apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-textualizados, considerando vários fatores que estão relacionados com os resultados obtidos pela escola no processo de avaliação em larga escala. São um ponto de partida, um convite à análise e ao plane-jamento para promover a equidade e melhorar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas complementam o trabalho diário da escola e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-do estudasen-do pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar aqueles internos à vida da escola: as características da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-tos característicos do processo educativo e que são importantes para um bom desenvolvimento das ati-vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-na, interesse e motivação, organização e seguran-ça; uma gestão democrática comprometida com a qualidade da educação; professores comprometi-dos com o sucesso escolar e com a viabilização do direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses aspectos refl etem uma concepção de escola e de educação, perpassando toda a dinâmica da escola, inclusive na forma como a avaliação é concebida e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto político-pedagógico da escola, a partir de um mar-co referencial que trabalha a formação de valores e, portanto, a importância da educação na vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAEPE 2016 devem ser apropriados pela comunidade escolar, como um diagnóstico importante para as revisões necessárias ao processo pedagógico desenvolvido. Devem ser analisados em conjunto com as ativida-des curriculares e com os processos de avaliação interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de busca permanente pela equidade, além de transmitir os conhecimentos historicamente acumulados. E é com o olhar de educador que enfrenta esses desa-fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta que convidamos você a acompanhar os relatos a seguir.

Aprender - Direito de Todos

Na escola, o número reduzido de estudantes anuncia o encerramento do ano letivo. Numa sala, prova fi nal. Há tensão em alguns rostos, alívio em outros. No papel, a medida do conhecimento! Mas o professor atesta que “cobramos apenas o que da-mos em sala...”. Sem burburinho, mas concentração, barulho de ventilador. O turno segue nesses metros quadrados, e também nas outras salas.

Do lado de fora, o vai e volta do “terceirão”. O grupo do 3º ano do ensino médio se prepara para deixar a escola. É a galera do Enem! Estão confi an-tes na aprovação do vestibular. “Se não der, tenta de novo”. Os professores preocupam-se em preparar os estudantes para os conteúdos cobrados, com a organização de “aulões”, mas também têm atenção voltada à escolha profi ssional. “Buscamos, parale-lamente às aulas, institucionalizar a pesquisa sobre profi ssões, desde o 2º ano [do ensino médio]. Então, cada um pode saber mais sobre a atuação, o mer-cado de trabalho, a ênfase na formação, ao longo dessa etapa”, explica o professor orientador, espécie de conselheiro de turma, responsável por conduzir o projeto e convidar profi ssionais para palestras de esclarecimento.

É intervalo. Os mais novos se misturam aos mais velhos. Funcionários distribuem sorrisos e cumpri-mentos no corredor e organizam o serviço da me-renda escolar. Fila nos bebedouros. Faz calor, água gelada ninguém dispensa. Os professores dirigem--se à sala dos professores que também é da gesto-ra. Pode isso? Sim, aqui pode. Aqui a gestão é tão democrática que não tem sala própria. “Querem sa-ber onde está minha sala, minhas gavetas? E sou lá de ter gavetas? Faço tudo aqui, junto deles, se for num atendimento mais particular, com um aluno ou professor, damos um jeito”. No encontro diário dos educadores, há troca e satisfação. Hoje tem tapioca de queijo com coco e bolo de rolo, para o belisco. Bom, bom. Suco de cajá. Bom, bom.

O fi m do ano letivo é o começo do planejamento escolar, momento de olhar para trás e ver o que deu certo e o que não deu. “Conversamos sobre tudo. Não dá para virar o ano com rusga. Todo mundo pode colocar tudo para fora, até os descontenta-mentos. Começamos leve”.

Boa notícia: vem projeto novo aí. Na verdade, apenas a reunião formal de alguns já realizados, encampados nesse novo. Dentre eles, tem um es-pecial, aquele que trata o aluno no centro: o Jo-vem Protagonista nada mais é do que a atenção ao personagem principal das ações na escola, sejam de gestão ou pedagógicas, com ênfase também no desenvolvimento social. “Recebemos os novos alunos, damos conselhos, ajudamos a organizar as atividades dos professores, até a música e a progra-mação dos eventos escolhemos. Organizamos a feira de ciências. Mas aula, não. Aula quem dá são os monitores, eles sabem mais e podem começar a exposição, passar a matéria”, explica o jovem que é protagonista. Já o monitor, bem, o monitor pode-ria ser o aluno com as melhores notas”, mas não. Ele é apenas um estudante comum, ou nem tanto. Destaca-se por ser líder nato, diplomático, sociável. “Ajudamos o professor a dar o tempo [de aula] até ele chegar, passando matéria e organizando as apre-sentações de trabalho e até avaliando os colegas, comentado se está bom e o que pode melhorar”, conta uma monitora. “Não escolhemos o moni-tor por desempenho, mas precisa ter perfi l, não é o mais comunicativo, mas também não pode ser o mais reservado”, justifi ca a professora responsável pelo grupo.

A conversa segue boa, mas o ano está acabando. Tudo 100% por aqui: só a biblioteca, que “poderia ter um acervo maior”, diz uma estudante. Hum... bom saber que vocês leem! A quadra também ainda não está como queremos, pois “poderia ser coberta”. Sim, sim. Como diria o mestre Luiz Gonzaga, “No

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Nordeste imenso, quando o sol calcina a terra, não se vê uma folha verde na baixa ou na serra”. Mais uma boa notícia: a escola vai ser contemplada com o Programa Quadra Viva e aí vai fi car “top”. Que beleza, não?

E a qualidade da educação ofertada? Ora, ora, sobre isso não po-demos esquecer. A qualidade está em evidência a partir do diagnós-tico da rede, pelo SAEPE. Na avaliação externa não dá para marcar bobeira! Só participar não é o sufi ciente. Claro, é sim importante. “Ah, esse ano eu vi professora chamando um menino para dentro de sala, motivando-o a entrar, era fulano ligando para beltrano e sicrano – ‘hoje tem SAEPE, onde você está?’ – todo mundo participando”, lembra a gestora, que logo explica: “Precisamos garantir que todo mundo participe, para depois nos apropriarmos dos resultados. Os professores estudam os resultados da sua disciplina e os outros pro-fessores também, para entender. Porque uma difi culdade em física pode ser, na verdade, em matemática, ou em língua portuguesa, de interpretação de texto”.

Nesse ano, na escola, fi zeram diferente, colocaram todo mundo para ler e analisar os resultados – professor e aluno – dos boletins do pessoal do 3º ano do ensino médio. Isso mesmo, a turma viu “tintim por tintim” quais eram as difi culdades dos colegas formados e conseguiu também se ver nelas. “O bacana disso é eles perceberem a importância e a validade de avaliar para desenvolvermos um bom trabalho”, orgulha-se um professor que complementa ser “essencial a análise minuciosa, que observa ‘onde estamos e aonde queremos chegar’ para melhorar”. Todo o planejamento pautado nos resultados também passa por avaliação. “Vemos o que deu certo e o que deu errado, durante e depois do processo. E também nos perguntamos – ‘Por que deu errado? Por que alguém não fez a sua parte?’ – já que todo mundo tem que fazer”, expõe a gestora.

Na escola, há o encontro geral com todos os segmentos profi s-sionais para comentários amplos sobre o ano letivo, numa autoava-liação institucional. O comprometimento do grupo é singular, não à toa estamos contando para você. Não ser escola de referência, mas reunir exemplos, ser muita dedicada, estar aberta às novidades propostas pelo sistema de ensino têm feito a diferença para a educa-ção pernambucana. Porque, como dizia Chico Science, “Um passo à frente e você já não está mais no mesmo lugar”.

O Sistema de Avaliação Educacional de

Pernambuco – SAEPE

o programa

A

qui, você encontra um pouco da história do SAEPE, das principais mu-danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela rede estadual e pelas redes municipais de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, prin-cipalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens pernambucanos.

Em 2000, o estado de Pernambuco, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco, o SAEPE. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre as redes públicas do estado, permitindo a identifi cação de problemas e virtudes, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.

Inicialmente, o SAEPE apresentou uma periodicidade diferente da que encontramos em seu modelo atual. Em 2000, 2002 e 2005, foram aplicados testes padronizados, de língua portuguesa e matemática, aos alunos do 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio (e normal médio). Em língua portuguesa, leitura e escrita foram avaliadas. Essas três primeiras edições do SAEPE serviram para que o programa pudesse ser reconfi gurado.

2000

2002

2005

2006

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O Sistema de Avaliação Educacional de

Pernambuco – SAEPE

o programa

A

qui, você encontra um pouco da história do SAEPE, das principais mu-danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela rede estadual e pelas redes municipais de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, prin-cipalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens pernambucanos.

Em 2000, o estado de Pernambuco, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a uma educação de qualidade, criou o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco, o SAEPE. Seu objetivo primordial é, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir diagnósticos sobre as redes públicas do estado, permitindo a identifi cação de problemas e virtudes, subsidiando assim ações e políticas públicas que visem a enfrentar os obstáculos encontrados.

Inicialmente, o SAEPE apresentou uma periodicidade diferente da que encontramos em seu modelo atual. Em 2000, 2002 e 2005, foram aplicados testes padronizados, de língua portuguesa e matemática, aos alunos do 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio (e normal médio). Em língua portuguesa, leitura e escrita foram avaliadas. Essas três primeiras edições do SAEPE serviram para que o programa pudesse ser reconfi gurado.

2000

2002

2005

2006

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A partir de 2008, o SAEPE tornou-se um sistema de avaliação com periodicidade anual. Dessa maneira, os diagnósticos produzidos a partir dos instrumentos avaliativos passaram a possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas de forma mais célere e contínua. Língua portuguesa e matemática permaneceram sendo os componentes curriculares avaliados no sistema de avaliação e as etapas de escolaridade avaliadas na primeira avaliação, em 2000, também foram mantidas.

Desde 2010, o SAEPE tem avaliado cerca de 380 mil estudantes, das redes municipais e estadual. Ao longo do período, entre 2010 e 2015, o percentual de participação geral da rede estadual passou de 73% para 92%, um valor muito expressivo. Isso signifi ca que os estudantes com participação prevista na avaliação estão, de fato, realizando os testes.

Em 2016, uma mudança signifi cativa ocorreu no SAEPE, no que diz respeito aos anos avaliados. O 2º ano do ensino fundamental, e não o 3º, passou a ser avaliado. O intuito é produzir informações sobre o desenvolvimento do processo de alfabetização, em língua portuguesa e em matemática, a tempo de desenvolver ações capazes de ajustar eventuais problemas identifi cados ao longo desse processo.

Uma participação signifi cativa, como a do SAEPE em 2015, dá maior solidez à mensuração do desempenho estudantil. Em relação às redes municipais, para o mesmo período, o percentual de participação geral variou entre 81% e 87%.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Percentual de Participação ESTADUAL MUNICIPAL

2008

2013

2009

2014

2010

2015

2011

2016

2012

O que mostram os resultados do SAEPE em relação ao desempenho estudantil?

Para todos os anos avaliados, com exceção do 9º ano do ensino fundamental, observamos melhoria dos resultados, nas redes municipais e estadual e nos componentes curriculares avaliados.

Os resultados gerais para o 3º ano do ensino fundamental mostram um aumento signifi cativo da profi -ciência nos quatro últimos ciclos, particularmente quando observamos os ciclos de 2014 e 2015.

No 5º ano do ensino fundamental, a melhora apresenta-se contínua em língua portuguesa, desde 2010, ao passo que, em matemática, a melhora volta a ser signifi cativa entre 2014 e 2015, visto que, entre 2011 e 2014, os resultados não sofreram mudanças signifi cativas.

O 3º ano do ensino médio apresenta avanços na profi ciência ainda mais expressivos. Para os compo-nentes curriculares avaliados, as profi ciências médias mostraram melhoras contínuas entre 2010 e 2015, tanto na rede estadual quanto nas redes municipais. É o que apresentam os gráfi cos a seguir, relativos aos resultados do ensino médio.

240 248 250 255 259 266 229 234 240 245 251 255 100 150 200 250 300 350 400 2010 2011 2012 2013 2014 2015 P ro fic iên c ia e m L ín g u a P o rt u g ue sa

LÍNGUA PORTUGUESA - 3EM

ESTADUAL MUNICIPAL 246 252 256 258 265 267 234 237 242 243 254 258 100 150 200 250 300 350 400 2010 2011 2012 2013 2014 2015 P ro fic iência e m M at e m ática MATEMÁTICA - 3EM ESTADUAL MUNICIPAL

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A partir de 2008, o SAEPE tornou-se um sistema de avaliação com periodicidade anual. Dessa maneira, os diagnósticos produzidos a partir dos instrumentos avaliativos passaram a possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas de forma mais célere e contínua. Língua portuguesa e matemática permaneceram sendo os componentes curriculares avaliados no sistema de avaliação e as etapas de escolaridade avaliadas na primeira avaliação, em 2000, também foram mantidas.

Desde 2010, o SAEPE tem avaliado cerca de 380 mil estudantes, das redes municipais e estadual. Ao longo do período, entre 2010 e 2015, o percentual de participação geral da rede estadual passou de 73% para 92%, um valor muito expressivo. Isso signifi ca que os estudantes com participação prevista na avaliação estão, de fato, realizando os testes.

Em 2016, uma mudança signifi cativa ocorreu no SAEPE, no que diz respeito aos anos avaliados. O 2º ano do ensino fundamental, e não o 3º, passou a ser avaliado. O intuito é produzir informações sobre o desenvolvimento do processo de alfabetização, em língua portuguesa e em matemática, a tempo de desenvolver ações capazes de ajustar eventuais problemas identifi cados ao longo desse processo.

Uma participação signifi cativa, como a do SAEPE em 2015, dá maior solidez à mensuração do desempenho estudantil. Em relação às redes municipais, para o mesmo período, o percentual de participação geral variou entre 81% e 87%.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Percentual de Participação ESTADUAL MUNICIPAL

2008

2013

2009

2014

2010

2015

2011

2016

2012

O que mostram os resultados do SAEPE em relação ao desempenho estudantil?

Para todos os anos avaliados, com exceção do 9º ano do ensino fundamental, observamos melhoria dos resultados, nas redes municipais e estadual e nos componentes curriculares avaliados.

Os resultados gerais para o 3º ano do ensino fundamental mostram um aumento signifi cativo da profi -ciência nos quatro últimos ciclos, particularmente quando observamos os ciclos de 2014 e 2015.

No 5º ano do ensino fundamental, a melhora apresenta-se contínua em língua portuguesa, desde 2010, ao passo que, em matemática, a melhora volta a ser signifi cativa entre 2014 e 2015, visto que, entre 2011 e 2014, os resultados não sofreram mudanças signifi cativas.

O 3º ano do ensino médio apresenta avanços na profi ciência ainda mais expressivos. Para os compo-nentes curriculares avaliados, as profi ciências médias mostraram melhoras contínuas entre 2010 e 2015, tanto na rede estadual quanto nas redes municipais. É o que apresentam os gráfi cos a seguir, relativos aos resultados do ensino médio.

240 248 250 255 259 266 229 234 240 245 251 255 100 150 200 250 300 350 400 2010 2011 2012 2013 2014 2015 P ro fic iên c ia e m L ín g u a P o rt u g ue sa

LÍNGUA PORTUGUESA - 3EM

ESTADUAL MUNICIPAL 246 252 256 258 265 267 234 237 242 243 254 258 100 150 200 250 300 350 400 2010 2011 2012 2013 2014 2015 P ro fic iência e m M at e m ática MATEMÁTICA - 3EM ESTADUAL MUNICIPAL

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Outro ponto que merece destaque para todos os anos avaliados – exceção mais uma vez feita ao 9º ano do ensino fundamental, cujos resultados permanecem estáveis ao longo do tempo –, no período compreendido entre 2010 e 2015, é que o percentual de estudantes nos padrões de desempenho elemen-tar I e elemenelemen-tar II diminuiu, ao passo que o percentual no padrão desejável aumentou. Isso ocorreu para ambos os componentes curriculares e ambas as redes, de forma mais discreta em matemática. A seguir, os exemplos do 3º ano do ensino fundamental, para a rede estadual.

37% 44% 40% 38% 41% 27% 27% 29% 35% 35% 34% 46% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 LÍNGUA PORTUGUESA 3EF - Rede Estadual

Elementares Desejável 62% 58% 59% 57% 45% 16% 17% 15% 19% 27% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2011 2012 2013 2014 2015

MATEMÁTICA 3EF - Rede Estadual Elementares Desejável

Os dados de fl uxo e rendimento também são extremamente importantes para que possamos traçar um perfi l da rede de ensino. Os gráfi cos 1 e 2, por exemplo, que compreende a série histórica de 2010 a 2015, apresentam o número de matrículas das redes estadual e municipais do estado do Pernambuco. Esses dados são apresentados para cada segmento: anos iniciais do ensino fundamental, anos fi nais do ensino fundamental e ensino médio.

Na rede estadual, percebe-se uma queda no número de matrículas no decorrer da série histórica, para os dois segmentos do ensino fundamental, o que pode ser explicado pela expansão do processo de munici-palização dessa etapa da educação básica. No ensino médio, há uma diminuição do número de matrículas entre os anos de 2010 e 2013, elevando-se em 2014 e voltando a declinar no ano de 2015.

Gráfi co 1:

Número de matrículas na Rede Estadual

Gráfico 1: Número de matrículas na Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016. 59.935 49.239 32.131 21.367 15.283 11.875 299.051 293.935 268.060 240.246 204.683 177.871 367.813 350.531 334.449 331780 332017 316036 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, encontramos uma queda do número de matrículas nos anos iniciais do ensino fun-damental e no ensino médio, no decorrer da série histórica avaliada. Nos anos fi nais do ensino funfun-damental, por outro lado, percebemos aumento no número de estudantes matriculados a partir do ano de 2013. Gráfi co 2:

Número de matrículas nas Redes MunicipaisGráfico 2: Número de matrículas nas Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016. 585.214 570.999 568.247 563.720 555.713 538.661 288.705 281.817 280.754 285.155 290.365 297.597 5.663 4.138 3.369 2135 1374 971 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000 550.000 600.000 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

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Outro ponto que merece destaque para todos os anos avaliados – exceção mais uma vez feita ao 9º ano do ensino fundamental, cujos resultados permanecem estáveis ao longo do tempo –, no período compreendido entre 2010 e 2015, é que o percentual de estudantes nos padrões de desempenho elemen-tar I e elemenelemen-tar II diminuiu, ao passo que o percentual no padrão desejável aumentou. Isso ocorreu para ambos os componentes curriculares e ambas as redes, de forma mais discreta em matemática. A seguir, os exemplos do 3º ano do ensino fundamental, para a rede estadual.

37% 44% 40% 38% 41% 27% 27% 29% 35% 35% 34% 46% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 LÍNGUA PORTUGUESA 3EF - Rede Estadual

Elementares Desejável 62% 58% 59% 57% 45% 16% 17% 15% 19% 27% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2011 2012 2013 2014 2015

MATEMÁTICA 3EF - Rede Estadual Elementares Desejável

Os dados de fl uxo e rendimento também são extremamente importantes para que possamos traçar um perfi l da rede de ensino. Os gráfi cos 1 e 2, por exemplo, que compreende a série histórica de 2010 a 2015, apresentam o número de matrículas das redes estadual e municipais do estado do Pernambuco. Esses dados são apresentados para cada segmento: anos iniciais do ensino fundamental, anos fi nais do ensino fundamental e ensino médio.

Na rede estadual, percebe-se uma queda no número de matrículas no decorrer da série histórica, para os dois segmentos do ensino fundamental, o que pode ser explicado pela expansão do processo de munici-palização dessa etapa da educação básica. No ensino médio, há uma diminuição do número de matrículas entre os anos de 2010 e 2013, elevando-se em 2014 e voltando a declinar no ano de 2015.

Gráfi co 1:

Número de matrículas na Rede Estadual

Gráfico 1: Número de matrículas na Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016. 59.935 49.239 32.131 21.367 15.283 11.875 299.051 293.935 268.060 240.246 204.683 177.871 367.813 350.531 334.449 331780 332017 316036 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, encontramos uma queda do número de matrículas nos anos iniciais do ensino fun-damental e no ensino médio, no decorrer da série histórica avaliada. Nos anos fi nais do ensino funfun-damental, por outro lado, percebemos aumento no número de estudantes matriculados a partir do ano de 2013. Gráfi co 2:

Número de matrículas nas Redes MunicipaisGráfico 2: Número de matrículas nas Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016. 585.214 570.999 568.247 563.720 555.713 538.661 288.705 281.817 280.754 285.155 290.365 297.597 5.663 4.138 3.369 2135 1374 971 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000 550.000 600.000 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

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Os dados referentes às taxas de aprovação no período compreendido entre 2010 e 2015, para as redes estadual e municipais, estão representados nos gráfi cos 3 e 4. Conforme pode ser observado no gráfi co 3, a taxa de aprovação dos anos fi nais do ensino fundamental e do ensino médio da rede estadual possui grande oscilação entre os anos de 2010 e 2012. A partir de 2013, essas taxas crescem continuamente, sem apresen-tar infl exões. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa de aprovação mantém-se estável, praticamente sem alterações, no período analisado.

Gráfi co 3:

Taxa de Aprovação – Rede EstadualGráfico 3: Taxa de Aprovação – Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

87,5 86,9 86,9 86,7 86,6 86,9 77,4 93,5 80 81,4 84,9 85,9 78,5 71,6 81,7 84 87,2 88,1 60 70 80 90 100 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, a taxa de aprovação dos anos iniciais do ensino fundamental é signifi cativamente maior que as das demais etapas da educação básica. Apesar de apresentar pequenas oscilações no período, a taxa de aprovação aumenta e alcança, em 2015, seu maior valor: 88,1%. Nos anos fi nais do ensino funda-mental, a taxa de aprovação também aumenta ao longo do tempo, alcançando em 2015 o valor de 78,8%. Já no ensino médio, a taxa de aprovação sofre algumas oscilações no período analisado, atingindo em 2015 o valor de 71,5% – ou seja, 5,9% menor em relação a taxa de 2010. Isso signifi ca que mais alunos foram apro-vados em 2010 do que em 2015.

Gráfi co 4:

Taxa de Aprovação - Redes MunicipaisGráfico 4: Taxa de Aprovação - Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

85,4 86,5 86,2 87,8 87,3 88,1 74,2 74,3 74,5 76,3 76,2 78,8 77,4 73,1 72,1 74,7 74,1 71,5 60 70 80 90 100 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

O gráfi co 5 apresenta os dados referentes às taxas de rendimento publicadas pelo Inep. Essas taxas são geradas a partir da soma da quantidade de alunos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao fi nal de um ano letivo. Elas são importantes porque geram o Indicador de Rendimento, utilizado no cálculo do Ideb.

Os dados do gráfi co referem-se apenas à rede estadual, tratando-se de um dado disponibilizado pelo Inep. Conforme podemos observar, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos fi nais e ensino médio vem crescendo signifi cativamente no período compreendido entre 2009 e 2015, o que indica que há cada vez menos alunos sendo reprovados e abandonando os estudos. Por outro lado, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos iniciais mantém-se estável, praticamente inalterada, no período.

(23)

Os dados referentes às taxas de aprovação no período compreendido entre 2010 e 2015, para as redes estadual e municipais, estão representados nos gráfi cos 3 e 4. Conforme pode ser observado no gráfi co 3, a taxa de aprovação dos anos fi nais do ensino fundamental e do ensino médio da rede estadual possui grande oscilação entre os anos de 2010 e 2012. A partir de 2013, essas taxas crescem continuamente, sem apresen-tar infl exões. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa de aprovação mantém-se estável, praticamente sem alterações, no período analisado.

Gráfi co 3:

Taxa de Aprovação – Rede EstadualGráfico 3: Taxa de Aprovação – Rede Estadual

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

87,5 86,9 86,9 86,7 86,6 86,9 77,4 93,5 80 81,4 84,9 85,9 78,5 71,6 81,7 84 87,2 88,1 60 70 80 90 100 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Nas redes municipais, a taxa de aprovação dos anos iniciais do ensino fundamental é signifi cativamente maior que as das demais etapas da educação básica. Apesar de apresentar pequenas oscilações no período, a taxa de aprovação aumenta e alcança, em 2015, seu maior valor: 88,1%. Nos anos fi nais do ensino funda-mental, a taxa de aprovação também aumenta ao longo do tempo, alcançando em 2015 o valor de 78,8%. Já no ensino médio, a taxa de aprovação sofre algumas oscilações no período analisado, atingindo em 2015 o valor de 71,5% – ou seja, 5,9% menor em relação a taxa de 2010. Isso signifi ca que mais alunos foram apro-vados em 2010 do que em 2015.

Gráfi co 4:

Taxa de Aprovação - Redes MunicipaisGráfico 4: Taxa de Aprovação - Redes Municipais

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

85,4 86,5 86,2 87,8 87,3 88,1 74,2 74,3 74,5 76,3 76,2 78,8 77,4 73,1 72,1 74,7 74,1 71,5 60 70 80 90 100 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

O gráfi co 5 apresenta os dados referentes às taxas de rendimento publicadas pelo Inep. Essas taxas são geradas a partir da soma da quantidade de alunos aprovados, reprovados e que abandonaram a escola ao fi nal de um ano letivo. Elas são importantes porque geram o Indicador de Rendimento, utilizado no cálculo do Ideb.

Os dados do gráfi co referem-se apenas à rede estadual, tratando-se de um dado disponibilizado pelo Inep. Conforme podemos observar, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos fi nais e ensino médio vem crescendo signifi cativamente no período compreendido entre 2009 e 2015, o que indica que há cada vez menos alunos sendo reprovados e abandonando os estudos. Por outro lado, a taxa de rendimento do ensino fundamental – anos iniciais mantém-se estável, praticamente inalterada, no período.

(24)

Gráfi co 5:

Taxa de Rendimento Gráfico 5: Taxa de Rendimento

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

0,87 0,88 0,87 0,87 0,72 0,78 0,81 0,86 0,78 0,81 0,86 0,89 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 2009 2011 2013 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Os gráfi cos a seguir retratam algumas informações socioeconômicas dos professores da rede estadual e das redes municipais de ensino do estado de Pernambuco. Podemos notar, no gráfi co 6, que ambas as redes apresentam alta participação de professores com pós-graduação, na modalidade de especialização, bem como baixo percentual de professores com mestrado e doutorado. No que se refere à experiência, as diferenças entre as redes de ensino não são substanciais, como mostra o gráfi co 7.

Gráfi co 6:

Escolaridade dos Professores

Gráfico 6: Escolaridade dos Professores

0,7% 1,4% 24,1% 2,9% 66,9% 3,7% 13,0% 18,6% 18,9% 3,3% 44,5% 1,6% 0,1% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% Ensino Médio - Magistério.

Ensino Superior - Pedagogia ou Normal Superior. Ensino Superior - Licenciatura. Ensino Superior - Outros. Especialização (mínimo de 360 horas).

Mestrado. Doutorado ou posterior.

MUNICIPAIS ESTADUAL

Gráfi co 7:

Experiência dos Professores Gráfico 7: Experiência dos Professores

0% 2% 8% 16% 12% 18% 48% 43% 24% 22% 25% 18% 23% 19% 8% 9% 16% 18% 4% 7% 25% 22% 6% 6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

ESTADUAL MUNICIPAIS ESTADUAL MUNICIPAIS

Experiência Total Experiência na Escola Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos. Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

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Gráfi co 5:

Taxa de Rendimento Gráfico 5: Taxa de Rendimento

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

0,87 0,88 0,87 0,87 0,72 0,78 0,81 0,86 0,78 0,81 0,86 0,89 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 2009 2011 2013 2015

Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ensino Fundamental - Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

Os gráfi cos a seguir retratam algumas informações socioeconômicas dos professores da rede estadual e das redes municipais de ensino do estado de Pernambuco. Podemos notar, no gráfi co 6, que ambas as redes apresentam alta participação de professores com pós-graduação, na modalidade de especialização, bem como baixo percentual de professores com mestrado e doutorado. No que se refere à experiência, as diferenças entre as redes de ensino não são substanciais, como mostra o gráfi co 7.

Gráfi co 6:

Escolaridade dos Professores

Gráfico 6: Escolaridade dos Professores

0,7% 1,4% 24,1% 2,9% 66,9% 3,7% 13,0% 18,6% 18,9% 3,3% 44,5% 1,6% 0,1% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% Ensino Médio - Magistério.

Ensino Superior - Pedagogia ou Normal Superior. Ensino Superior - Licenciatura. Ensino Superior - Outros. Especialização (mínimo de 360 horas).

Mestrado. Doutorado ou posterior.

MUNICIPAIS ESTADUAL

Gráfi co 7:

Experiência dos Professores Gráfico 7: Experiência dos Professores

0% 2% 8% 16% 12% 18% 48% 43% 24% 22% 25% 18% 23% 19% 8% 9% 16% 18% 4% 7% 25% 22% 6% 6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

ESTADUAL MUNICIPAIS ESTADUAL MUNICIPAIS

Experiência Total Experiência na Escola Há menos de 1 ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10 anos. Entre 11 e 15 anos. Entre 16 e 20 anos. Há mais de 21 anos.

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Os dados da avaliação possuem informações mais amplas do que as expostas neste breve resumo sobre o SAEPE. De todo modo, a partir dessas informações, tendo em vista a melhora diagnosticada, podemos levantar hipóteses sobre os mo-tivos pelos os quais ela foi obtida. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes fontes.

Esse é um exercício que cabe a todos os profi ssionais envolvidos com a educa-ção no estado de Pernambuco. Os resultados da avaliaeduca-ção podem ser o ponto de partida para uma série de refl exões acerca das políticas públicas educacionais e das ações, pedagógicas e de gestão, no interior de cada escola, pois os resultados do SAEPE são, na verdade, um dos muitos, aspectos que envolvem a realidade edu-cacional das redes de ensino. Debruçar-se sobre os resultados e analisá-los é uma ação essencial para que os mesmos cumpram um importante papel na garantia do direito que toda criança tem de aprender!

(27)

Os resultados alcançados em 2016

resultados

P

rofessor, apresentamos os resultados alcança-dos pela sua escola na avaliação de matemática do SAEPE 2016. É importante que você leia, analise e compreenda as informações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-prescindível que toda a escola seja envolvida na discussão desses dados. Acreditamos que a escola capaz de fazer a diferença é, também, aquela que consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-dantes, interpretando, analisando e utilizando as informações da avaliação educacional – externa e interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-sultados.

Nesta seção você encontra os resultados de cada etapa de escolaridade avaliada, seguidos de um

ro-teiro de leitura e interpretação das informações dis-poníveis. Em primeiro lugar, são apresentados os resultados de proficiência média, a distribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho e a parti-cipação. Em seguida, estão dispostos os percentuais de acerto em relação às habilidades avaliadas nos testes. Cada tipo de resultado conta com roteiro es-pecífico.

Além disso, são apresentadas informações acerca do contexto de sua escola, como o Índice Socioe-conômico (ISE). É importante ressaltar que, além dos resultados apresentados nesta revista, as escolas do estado de Pernambuco possuem o Idepe como in-dicador de qualidade da educação.

O que é o Idepe?

O Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (Idepe) é um indicador que reúne dois elementos importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas avaliações em larga escala. O índice é calculado com base nos dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos dados de desempenho, obtidos através dos testes padro-nizados do SAEPE. Dessa forma, o Idepe, calculado de modo semelhante ao Ideb, apresenta resultados sintéticos, permitindo traçar metas de qualidade para os sistemas do ensino, específi-cos para cada escola.

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O que é o ISE – Índice

Socioeconômico?

O Índice Socioeconômico (ISE) reúne infor-mações sobre as condições sociais, culturais e econômicas dos estudantes e de suas famílias. Levando em conta uma série de aspectos, como a escolaridade dos pais e a posse de bens (ma-teriais e culturais), o ISE é uma importante infor-mação para a compreensão do desempenho es-colar, tendo em vista que ele é influenciado por diversos fatores, entre eles, o contexto social da escola e as condições econômicas e sociais das famílias dos alunos.

» Ter um ou mais

banheiros

» Ter uma ou mais

geladeiras

» Ter de 1 a 20 livros

» Ter mãe com os anos

iniciais do ensino fundamental completo

» Ter pai com os anos

iniciais do ensino fundamental completo

» Ter coleta de lixo no

domicílio

» Ter uma ou mais

máquinas de lavar roupa

» Ter um smartphone

» Ter acesso à internet

» Morar em rua com

calçamento

» Ter pai com os anos

finais do ensino fundamental completo

» Ter mãe com os

anos finais do ensino fundamental completo

» Ter um ou mais

micro-ondas

» Ter um ou mais

computadores

» Ter um ou mais

automóveis

» Ter um quarto próprio

» Ter mãe com ensino

médio completo

» Ter pai com ensino

médio completo

» Ter dois ou mais

smartphones

» Não ter familiar que

receba Bolsa Família

» Ter um ou mais

videogames

» Ter um ou mais

ares-condicionados

» Ter pai com ensino

superior completo

» Ter mãe com ensino

superior completo

» Ter mais de 21 livros

Nível

Os níveis de ISE calculados para o

SAEPE são:

Nível

Nível 1

+

Nível 1

+

Nível 1 e 2

+

Nível 1, 2 e 3

+

Nível 1, 2,3 e 4

+

Nível

Nível

Nível

(29)

Resultados da esc

ola

(30)

Resultados da esc

ola

(31)

Roteiros de leitura e

análise de resultados

Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros com orientações, passo a passo, de como deve ser feita a leitura e a interpretação dos resultados do SAEPE 2016, em cada etapa de escolaridade ava-liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades para cada uma das etapas.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-tados da avaliação em larga escala, é importante, ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-ga Escala, disponível em www.saepe.caedufjf.net, bem como os padrões e níveis de desempenho estudantil, os quais descrevem, pedagogicamen-te, o significado das médias alcançadas pelos es-tudantes da rede estadual e redes municipais de Pernambuco que participaram do SAEPE 2016. Es-sas descrições estão disponíveis na seção Padrões e níveis de desempenho desta revista e ilustrados com itens representativos de cada nível.

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Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do

SAEPE em matemática.

Esta é a primeira informação sobre o desem-penho dos estudantes de sua escola: a média de proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas

edições do SAEPE, na disciplina matemática, em cada etapa avaliada. A observação da média nos ajuda a verificar a melhoria da qualidade da educa-ção ofertada, a partir da evolueduca-ção do desempenho da escola ao longo do tempo.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos. Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais

da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.

Referências

Documentos relacionados

Para aprofundar nas reflexões acerca dos resultados da avaliação em larga esca- la, é importante, ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Larga Escala, dispo- nível

Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação da sua escola é hora de analisar as habilidades avaliadas no SAEPI 2016 e verificar