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PROFESSOR MATEMÁTICA >>> SAETHE Sistema de Avaliação Educacional de Teresina. Avaliação externa: instrumento de mudança

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>>> SAETHE 2016

Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

entrevista

Avaliação externa: instrumento de mudança o programa

O Sistema de Avaliação Educacional de Teresina – SAETHE resultados Os resultados alcançados em 2016

PROFESSOR

revista do

MATEMÁTICA ISSN 2359-5426 Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

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ISSN 2359-5426

PROFESSOR

revista do

>>> SAETHE 2016

Sistema de Avaliação Educacional de Teresina

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FICHA CATALOGRÁFICA

TERESINA. Secretaria Municipal de Educação.

SAETHE – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Matemática. ISSN 2359-5426

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PREFEITO DE TERESINA

Firmino da Silveira Soares Filho

VICE-PREFEITO DE TERESINA

Luiz de Sousa Santos Júnior

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Kleber Montezuma Fagundes dos Santos

SECRETÁRIA EXECUTIVA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Irene Nunes Lustosa

DIVISÃO DE AVALIAÇÃO

Giovanna Saraiva Bezerra Barbosa Maria Salete Linhares Boakari Daniela Bandeira de Carvalho Vivian Veloso Chaves

(6)

Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora

Marcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEd

Lina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de Pesquisa

Tufi Machado Soares

Coordenação de Análises e Publicações

Wagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da Comunicação

Rômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da Informação

Roberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de Avaliação

Renato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas Educacionais

Wellington Silva

Coordenação de Monitoramento e Indicadores

Leonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de Avaliação

Rafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de Documentos

(7)

sumário

resultados

29

Os resultados alcançados em 2016

33

Resultados da escola

35

Roteiros de leitura e

análise de resultados

48

Resultados por turma

padrões e níveis

52

Padrões e níveis de desempenho

53

8º ano do Ensino Fundamental

sugestões pedagógicas

76

Sugestões para a prática pedagógica

7

apresentação

o programa

16

O Sistema de Avaliação Educacional

de Teresina – SAETHE

entrevista

9

Avaliação externa:

(8)
(9)

apresentação

P

rofessor, esta revista é para você. Pensada e feita para possibilitar seu uso no cotidiano pedagógico. Nela, você encontra os resultados da sua escola no SAETHE 2016. Com esses resulta-dos, você obtém um diagnóstico do desempenho de seus estudantes nos testes de proficiência. A partir disso, potencialidades e fragilidades podem ser identificadas no processo de ensino e apren-dizagem, permitindo uma ampla reflexão sobre as práticas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o SAETHE e as in-formações que o constituem: os dados fornecidos pela avaliação, bem como os dados da realidade escolar, os quais compõem esse grande cenário que é o Sistema de Avaliação Educacional de Te-resina.

A partir de uma análise do panorama do sistema de avaliação, desde sua criação, no ano de 2014, até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, apresentamos os dados do programa, dando ên-fase aos ganhos experimentados pela rede muni-cipal de ensino no que diz respeito aos resultados.

Em seguida, trazemos os resultados da avalia-ção de 2016. Junto às informações pertinentes aos resultados – participação, proficiência média, per-centual de estudantes pelos padrões de desempe-nho, percentual de acerto por habilidade avaliada –, oferecemos a você um roteiro que pode ajudá-lo a ler e a compreender as informações produzidas

pelo SAETHE, de modo que você possa utilizá-las para sistematizar estratégias para a melhora do desempenho dos estudantes. Esse roteiro propõe algumas atividades, cujo objetivo é fornecer ferra-mentas que permitam a interpretação pedagógica dos resultados.

Além dos resultados obtidos nos testes realiza-dos pelos estudantes, você tem acesso a algumas informações sobre o contexto da sua escola, como o Índice Socioeconômico (ISE), e indicadores de qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Por fim, apresentamos sugestões para a prática pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-zação dos resultados da avaliação, para que ações pedagógicas sejam planejadas e executadas em sua escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu intuito não é outro senão incentivá-lo a tratar os dados da avaliação como parte do Projeto Político Pedagógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma vi-são geral da avaliação externa e dos resultados ob-tidos por sua escola no SAETHE. Esses resultados devem ser amplamente debatidos, com o envolvi-mento de toda a comunidade escolar. Esperamos que este material atinja esse propósito.

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Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Fe-deral do Piauí (1985) e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Piauí (1995). Doutor em Políticas Públicas pela Uni-versidade Federal do Piaui. Professor da UniUni-versidade Estadual do Piauí. Economista da Prefeitura Municipal de Teresina. Foi professor da Universidade Federal do Piauí, do Instituto Camillo Filho. Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Mara-nhão. Tem experiência na área de Educação e Gestão, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão educacional, do-cência no ensino superior, movimento de professores, cidada-nia, gestão pública e questão urbana.

Kleber Montezuma Fagundes dos Santos

Secretário Municipal de Educação de Teresina

entrevista

O

Secretário Municipal de Educação de Teresina, Kleber Montezuma Fa-gundes dos Santos, fala sobre a importância da avaliação externa para a educação teresinense.

Avaliação externa:

instrumento de mudança

CAEd – Secretário, uma das coisas que nos chamam a atenção no SAE-THE é a preocupação com a avalia-ção dos anos iniciais do ensino fun-damental, e um diferencial do projeto é a avaliação da educação infantil. Qual foi a motivação do município para avaliar esta etapa, especifi ca-mente?

Secretário – A motivação foi dada pela experiência observada nas esco-las particulares, em que as crianças são alfabetizadas até os cinco anos de idade. Na rede pública, tínhamos crianças que chegavam aos dez anos sem ter consolidado o processo de alfabetização. Idealizamos o proje-to para iniciarmos esse processo já na pré-escola, de tal modo que os alunos, ao chegar no Ensino Funda-mental, estejam preparados para con-solidar a alfabetização. Para isso, nós precisávamos não só de um progra-ma estruturado, que facilitasse o tra-balho dos professores, mas também de um modelo de avaliação adequada à idade dessas crianças. Uma avalia-ção em que se conseguisse perceber se aquilo que está sendo feito está

caminhando na direção dos objetivos propostos.

CAEd – Depois de instituir essa avaliação da educação infantil, é pos-sível perceber algum movimento di-ferenciado nas escolas?

Secretário – Está ocorrendo uma verdadeira revolução nas escolas. Com o programa de ensino estrutu-rado, com a organização do trabalho voltado ao desenvolvimento das habi-lidades e com a avaliação, responsável por captar o resultado do que é reali-zado, nós estamos conseguindo reo-rientar nossas ações. Isso tem levado os professores a trabalhar de forma planejada e com objetivos melhor de-fi nidos. O retorno dos resultados das avaliações tem sido fundamental para que as escolas possam se replanejar. Hoje, já observamos que o percentual de alunos que chegam alfabetizados ao 1º ano do ensino fundamental au-mentou em mais de 20% entre 2014 e 2016. Pelas nossas avaliações prelimi-nares, nós estamos com a expectativa de que entre 80% e 85% dos alunos já cheguem alfabetizados ao 1º ano em 2017. As equipes escolares da

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Educa-Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Fe-deral do Piauí (1985) e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Piauí (1995). Doutor em Políticas Públicas pela Uni-versidade Federal do Piaui. Professor da UniUni-versidade Estadual do Piauí. Economista da Prefeitura Municipal de Teresina. Foi professor da Universidade Federal do Piauí, do Instituto Camillo Filho. Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Mara-nhão. Tem experiência na área de Educação e Gestão, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão educacional, do-cência no ensino superior, movimento de professores, cidada-nia, gestão pública e questão urbana.

Kleber Montezuma Fagundes dos Santos

Secretário Municipal de Educação de Teresina

entrevista

O

Secretário Municipal de Educação de Teresina, Kleber Montezuma Fa-gundes dos Santos, fala sobre a importância da avaliação externa para a educação teresinense.

Avaliação externa:

instrumento de mudança

CAEd – Secretário, uma das coisas que nos chamam a atenção no SAE-THE é a preocupação com a avalia-ção dos anos iniciais do ensino fun-damental, e um diferencial do projeto é a avaliação da educação infantil. Qual foi a motivação do município para avaliar esta etapa, especifi ca-mente?

Secretário – A motivação foi dada pela experiência observada nas esco-las particulares, em que as crianças são alfabetizadas até os cinco anos de idade. Na rede pública, tínhamos crianças que chegavam aos dez anos sem ter consolidado o processo de alfabetização. Idealizamos o proje-to para iniciarmos esse processo já na pré-escola, de tal modo que os alunos, ao chegar no Ensino Funda-mental, estejam preparados para con-solidar a alfabetização. Para isso, nós precisávamos não só de um progra-ma estruturado, que facilitasse o tra-balho dos professores, mas também de um modelo de avaliação adequada à idade dessas crianças. Uma avalia-ção em que se conseguisse perceber se aquilo que está sendo feito está

caminhando na direção dos objetivos propostos.

CAEd – Depois de instituir essa avaliação da educação infantil, é pos-sível perceber algum movimento di-ferenciado nas escolas?

Secretário – Está ocorrendo uma verdadeira revolução nas escolas. Com o programa de ensino estrutu-rado, com a organização do trabalho voltado ao desenvolvimento das habi-lidades e com a avaliação, responsável por captar o resultado do que é reali-zado, nós estamos conseguindo reo-rientar nossas ações. Isso tem levado os professores a trabalhar de forma planejada e com objetivos melhor de-fi nidos. O retorno dos resultados das avaliações tem sido fundamental para que as escolas possam se replanejar. Hoje, já observamos que o percentual de alunos que chegam alfabetizados ao 1º ano do ensino fundamental au-mentou em mais de 20% entre 2014 e 2016. Pelas nossas avaliações prelimi-nares, nós estamos com a expectativa de que entre 80% e 85% dos alunos já cheguem alfabetizados ao 1º ano em 2017. As equipes escolares da

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Educa-ção Infantil estão muito motivadas com esse trabalho e as do Ensino Funda-mental estão muito satisfeitas porque estão recebendo alunos melhor prepa-rados.

CAEd – O senhor destaca a boa uti-lização da avaliação pelas equipes das pré-escolas, o que refl ete aumento dos índices de alfabetização no município. Isso também ocorre nas outras etapas em que o sistema de ensino é avaliado?

Secretário – Sim, nas outras etapas a avaliação também orienta todo o pla-nejamento, inclusive a formação dos professores. Por meio dos resultados das avaliações do SAETHE, nós detec-tamos as habilidades que têm o menor índice de acertos. Essas habilidades compõem um quadro para a reorienta-ção do nosso planejamento, a progra-mação da forprogra-mação dos professores, inclusive os projetos de reforço escolar que estamos fazendo.

CAEd – E essas ações têm boas en-tradas nas escolas?

Secretário – Sim, excelente recepti-vidade. Os professores se sentem mais seguros, porque agora têm respostas mais claras e objetivas sobre o desem-penho dos alunos.

CAEd – A rede municipal de Te-resina obteve 74 medalhas na última Olimpíada Brasileira de Astronomia e Aeronáutica, a OBA. Isso provavel-mente tem relação com um programa desenvolvido no município, o Cidade Olímpica Educacional. O senhor pode-ria falar um pouco sobre ele?

Secretário – O programa Cidade Olímpica Educacional seleciona alunos com altos índices de desempenho, ma-triculados nas escolas da rede, para te-rem aulas extras de diversas disciplinas.

Esses alunos têm acesso a um trabalho pedagógico que dialoga melhor com o nível avançado em que se encontram. As avaliações do SAETHE são muito importantes para identifi carmos esses estudantes com os melhores desempe-nhos, de modo que possamos oferecer atividades que desafi em estes alunos a buscarem resultados de excelência, em diversas olimpíadas regionais e nacio-nais.

CAEd – Vamos falar sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Bá-sica, o Ideb. A rede municipal obteve um resultado bem interessante: tanto nos anos iniciais quanto nos anos fi nais do ensino fundamental. O município registrou um aumento signifi cativo no Ideb de 2013 para 2015. Nos anos ini-ciais, o Índice subiu de 5,0 para 6,1 e, nos anos fi nais, de 4,3 para 5,2. Qual foi o trabalho realizado para atingir esse crescimento e superar, inclusive, as metas estipuladas pelo Ministério da Educação?

Secretário – Nós trabalhamos, no município, com um planejamento es-tratégico, que visa não só à questão da gestão, mas, sobretudo, às estratégias de ensino que nós implementamos na rede. Nós temos um conjunto de ha-bilidades que coincide com aquelas presentes nas matrizes de referência das avaliações externas. Estas habili-dades direcionam a formação e o pla-nejamento dos professores e também orientam a gestão da escola para lograr êxito com as metas estabelecidas. Por meio da avaliação, nós temos os re-sultados, sabemos as habilidades com maiores e menores índices de acertos. Temos o cuidado de trabalhar de ma-neira integrada, levando em conta a gestão, a formação dos professores e o ensino. Tudo isso ancorado nas

infor-O retorno dos

resultados das

avaliações tem

sido fundamental

para que as

escolas possam

se replanejar.

mações geradas pela avaliação. Mas o que é mais importante não é termos os resultados e sim o uso que nós fazemos desses resultados e a velo-cidade com que nós conseguiremos imprimir ações baseadas no retorno dessas informações.

CAEd – Sobre o Plano Municipal de Educação, o PME, que, em Teresina, é elaborado e acompanhado de forma democrática: qual é a importância de existir, além dos documentos na-cionais, que orientam as diretrizes da educação, um plano municipal?

Secretário – Eu considero que um dos grandes ganhos da educação brasileira foi conseguir ter um Plano Nacional de Educação que orienta a educação em nível nacional e que es-tabelece, pelos seus objetivos, metas para as mais variadas áreas da edu-cação, seja na implantação da escola de tempo integral, na formação dos professores, na valorização dos pro-fi ssionais, na ampliação de vagas, na universalização de vagas para a edu-cação infantil, no fi nanciamento da educação. Isso teve um desdobra-mento nos estados e, também, nos municípios. A partir dessa orientação geral é possível fazer o que tem de ser feito, ano após ano, de acordo com os objetivos estabelecidos e as metas que foram determinadas.

CAEd – O senhor enxerga que, de alguma forma, a avaliação externa pode auxiliar no monitoramento das metas do plano?

Secretário – A avaliação tem um peso fundamental. Como você sabe em que situação a sua rede de esco-las está em um determinado momen-to? Como você sabe qual é o nível de aprendizado dos alunos em um deter-minado momento? Como você sabe

se esses alunos estão avançando ou não em seu desempenho estudantil? Se estão avançando, o quanto estão avançando? Como você sabe se você está ou não numa trajetória correta, para chegar ao fi nal da década e lo-grar êxito em tudo aquilo que foi es-tabelecido pelo PME? Nós temos um instrumento que ajuda, orienta, ilumi-na o nosso trabalho, que é a avaliação. Com uma avaliação parametrizada, que utiliza uma matriz de referência consonante com a utilizada na Pro-va Brasil e nas proPro-vas padronizadas, é possível saber como nós estamos e, sobretudo, o que precisamos fazer para corrigir rumos, quando necessá-rio.

CAEd – Gostaríamos que o senhor deixasse um recado para os profi ssio-nais da educação do município, de estímulo à continuidade do trabalho que vem sendo realizado.

Secretário – Eu sou grato a todos os professores da nossa rede. Eu sou grato a todos os gestores das nossas escolas. Porque, fundamentalmente, são eles que implementam as políticas educacionais. Eles têm conseguido fa-zer isso de uma forma bastante com-petente, como refl ete o nosso resulta-do na última Prova Brasil. Isso mostra que nós podemos alcançar patamares mais avançados em relação aos níveis de profi ciência. Nós acreditamos que estamos no rumo certo, pois nossos professores demonstraram ser ca-pazes, responsáveis e competentes para desempenhar essa tarefa e, mais do que isso, os nossos alunos são in-teligentes. Quando ensinamos, eles aprendem.

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ção Infantil estão muito motivadas com esse trabalho e as do Ensino Funda-mental estão muito satisfeitas porque estão recebendo alunos melhor prepa-rados.

CAEd – O senhor destaca a boa uti-lização da avaliação pelas equipes das pré-escolas, o que refl ete aumento dos índices de alfabetização no município. Isso também ocorre nas outras etapas em que o sistema de ensino é avaliado?

Secretário – Sim, nas outras etapas a avaliação também orienta todo o pla-nejamento, inclusive a formação dos professores. Por meio dos resultados das avaliações do SAETHE, nós detec-tamos as habilidades que têm o menor índice de acertos. Essas habilidades compõem um quadro para a reorienta-ção do nosso planejamento, a progra-mação da forprogra-mação dos professores, inclusive os projetos de reforço escolar que estamos fazendo.

CAEd – E essas ações têm boas en-tradas nas escolas?

Secretário – Sim, excelente recepti-vidade. Os professores se sentem mais seguros, porque agora têm respostas mais claras e objetivas sobre o desem-penho dos alunos.

CAEd – A rede municipal de Te-resina obteve 74 medalhas na última Olimpíada Brasileira de Astronomia e Aeronáutica, a OBA. Isso provavel-mente tem relação com um programa desenvolvido no município, o Cidade Olímpica Educacional. O senhor pode-ria falar um pouco sobre ele?

Secretário – O programa Cidade Olímpica Educacional seleciona alunos com altos índices de desempenho, ma-triculados nas escolas da rede, para te-rem aulas extras de diversas disciplinas.

Esses alunos têm acesso a um trabalho pedagógico que dialoga melhor com o nível avançado em que se encontram. As avaliações do SAETHE são muito importantes para identifi carmos esses estudantes com os melhores desempe-nhos, de modo que possamos oferecer atividades que desafi em estes alunos a buscarem resultados de excelência, em diversas olimpíadas regionais e nacio-nais.

CAEd – Vamos falar sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Bá-sica, o Ideb. A rede municipal obteve um resultado bem interessante: tanto nos anos iniciais quanto nos anos fi nais do ensino fundamental. O município registrou um aumento signifi cativo no Ideb de 2013 para 2015. Nos anos ini-ciais, o Índice subiu de 5,0 para 6,1 e, nos anos fi nais, de 4,3 para 5,2. Qual foi o trabalho realizado para atingir esse crescimento e superar, inclusive, as metas estipuladas pelo Ministério da Educação?

Secretário – Nós trabalhamos, no município, com um planejamento es-tratégico, que visa não só à questão da gestão, mas, sobretudo, às estratégias de ensino que nós implementamos na rede. Nós temos um conjunto de ha-bilidades que coincide com aquelas presentes nas matrizes de referência das avaliações externas. Estas habili-dades direcionam a formação e o pla-nejamento dos professores e também orientam a gestão da escola para lograr êxito com as metas estabelecidas. Por meio da avaliação, nós temos os re-sultados, sabemos as habilidades com maiores e menores índices de acertos. Temos o cuidado de trabalhar de ma-neira integrada, levando em conta a gestão, a formação dos professores e o ensino. Tudo isso ancorado nas

infor-O retorno dos

resultados das

avaliações tem

sido fundamental

para que as

escolas possam

se replanejar.

mações geradas pela avaliação. Mas o que é mais importante não é termos os resultados e sim o uso que nós fazemos desses resultados e a velo-cidade com que nós conseguiremos imprimir ações baseadas no retorno dessas informações.

CAEd – Sobre o Plano Municipal de Educação, o PME, que, em Teresina, é elaborado e acompanhado de forma democrática: qual é a importância de existir, além dos documentos na-cionais, que orientam as diretrizes da educação, um plano municipal?

Secretário – Eu considero que um dos grandes ganhos da educação brasileira foi conseguir ter um Plano Nacional de Educação que orienta a educação em nível nacional e que es-tabelece, pelos seus objetivos, metas para as mais variadas áreas da edu-cação, seja na implantação da escola de tempo integral, na formação dos professores, na valorização dos pro-fi ssionais, na ampliação de vagas, na universalização de vagas para a edu-cação infantil, no fi nanciamento da educação. Isso teve um desdobra-mento nos estados e, também, nos municípios. A partir dessa orientação geral é possível fazer o que tem de ser feito, ano após ano, de acordo com os objetivos estabelecidos e as metas que foram determinadas.

CAEd – O senhor enxerga que, de alguma forma, a avaliação externa pode auxiliar no monitoramento das metas do plano?

Secretário – A avaliação tem um peso fundamental. Como você sabe em que situação a sua rede de esco-las está em um determinado momen-to? Como você sabe qual é o nível de aprendizado dos alunos em um deter-minado momento? Como você sabe

se esses alunos estão avançando ou não em seu desempenho estudantil? Se estão avançando, o quanto estão avançando? Como você sabe se você está ou não numa trajetória correta, para chegar ao fi nal da década e lo-grar êxito em tudo aquilo que foi es-tabelecido pelo PME? Nós temos um instrumento que ajuda, orienta, ilumi-na o nosso trabalho, que é a avaliação. Com uma avaliação parametrizada, que utiliza uma matriz de referência consonante com a utilizada na Pro-va Brasil e nas proPro-vas padronizadas, é possível saber como nós estamos e, sobretudo, o que precisamos fazer para corrigir rumos, quando necessá-rio.

CAEd – Gostaríamos que o senhor deixasse um recado para os profi ssio-nais da educação do município, de estímulo à continuidade do trabalho que vem sendo realizado.

Secretário – Eu sou grato a todos os professores da nossa rede. Eu sou grato a todos os gestores das nossas escolas. Porque, fundamentalmente, são eles que implementam as políticas educacionais. Eles têm conseguido fa-zer isso de uma forma bastante com-petente, como refl ete o nosso resulta-do na última Prova Brasil. Isso mostra que nós podemos alcançar patamares mais avançados em relação aos níveis de profi ciência. Nós acreditamos que estamos no rumo certo, pois nossos professores demonstraram ser ca-pazes, responsáveis e competentes para desempenhar essa tarefa e, mais do que isso, os nossos alunos são in-teligentes. Quando ensinamos, eles aprendem.

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Aprender é um direito de todos. A materialização desse direito é um enorme desafi o para professores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que este direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-res que estão relacionados à formação do ser huma-no e à construção de uma sociedade justa, demo-crática e solidária. Essa é a complexidade da ação pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-tações curriculares, e a implementação do projeto político pedagógico no interior de cada escola são elementos essenciais para garantir o êxito do pro-cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de cada escola, em particular, e na rede de ensino, de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-menta para que o direito de aprender seja garantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é um dos pilares para a construção de uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse olhar que professores e gestores devem analisar e se apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-textualizados, considerando vários fatores que estão relacionados com os resultados obtidos pela escola no processo de avaliação em larga escala. São um ponto de partida, um convite à análise e ao plane-jamento para promover a equidade e melhorar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas complementam o trabalho diário da escola e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-do estudasen-do pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar também aqueles internos à vida da escola: as carac-terísticas da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-tos característicos do processo educativo e que são importantes para um bom desenvolvimento das ati-vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-na, interesse e motivação, organização e seguran-ça; uma gestão democrática comprometida com a qualidade da educação; professores comprometi-dos com o sucesso escolar e com a viabilização do direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses aspectos refl etem uma concepção de escola e de educação, perpassando toda a dinâmica da escola, inclusive na forma como a avaliação é concebida e apropriada pelos agentes que a constituem. Logo, tudo isso deve estar contido no projeto político pe-dagógico da escola, a partir de um marco referencial que trabalha a formação de valores e, portanto, a importância da educação na vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAETHE 2016 devem ser apropriados pela comunidade es-colar, como um diagnóstico importante para as re-visões necessárias ao processo pedagógico desen-volvido. Devem ser analisados em conjunto com as atividades curriculares e com os processos de avalia-ção interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de busca permanente pela equidade, além de transmitir os conhecimentos historicamente acumulados. E é com o olhar de educador que enfrenta esses desa-fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta que convidamos você a acompanhar os relatos a seguir.

Aprender - Direito de todos

Um desafi o que se transformou em um grande orgulho

O dia na Escola Municipal Professor Manoel Pau-lo Nunes amanheceu com um prenúncio positivo

para o município de Teresina. Isso porque, segundo a sabedoria popular, quando chove no dia de San-ta Luzia, é sinal de que o inverno que se aproxima será bom. A chuva, que não decepcionou naquela manhã, não nos impediu de conhecer a rotina da escola.

“A escola aqui é mais antiga, a entrada não é tão bonita quanto as das escolas novas. Mas o que im-porta é o que acontece lá dentro”. Então seguimos para descobrir. A diretora nos recebe com um sor-riso de quem se orgulha do trabalho que desenvol-ve. Ela foi convidada a assumir a direção da Paulo Nunes quando a escola era considerada um gran-de gran-desafi o. Alguns problemas na gestão da equipe pedagógica e difi culdades para lidar com os alunos

fi zeram com que os resultados atingidos nas avalia-ções externas não fossem os esperados. Até os fa-miliares costumavam preferir que seus fi lhos fossem matriculados em outras escolas.

Aos poucos, as mudanças na gestão da escola foram trazendo mais motivação aos professores e modifi cando as relações que ali se estabeleciam en-tre alunos, docentes e a direção. A diretora nos mos-tra o seu espaço. As mesas do refeitório, novinhas em folha, compõem um ambiente que agora tem dupla função. "Essas cadeiras eram carteiras velhas, com os braços quebrados. Mandamos reformar to-das, e agora elas fazem parte do nosso auditório".

Em seguida vamos à biblioteca, que foi reorgani-zada e hoje recebe os alunos com mais frequência. Mas são os troféus na estante que nos chamam a atenção. A diretora nos conta que eles são

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resulta-Aprender é um direito de todos. A materialização desse direito é um enorme desafi o para professores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que este direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-res que estão relacionados à formação do ser huma-no e à construção de uma sociedade justa, demo-crática e solidária. Essa é a complexidade da ação pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-tações curriculares, e a implementação do projeto político pedagógico no interior de cada escola são elementos essenciais para garantir o êxito do pro-cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de cada escola, em particular, e na rede de ensino, de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-menta para que o direito de aprender seja garantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é um dos pilares para a construção de uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse olhar que professores e gestores devem analisar e se apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-textualizados, considerando vários fatores que estão relacionados com os resultados obtidos pela escola no processo de avaliação em larga escala. São um ponto de partida, um convite à análise e ao plane-jamento para promover a equidade e melhorar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas complementam o trabalho diário da escola e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-do estudasen-do pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar também aqueles internos à vida da escola: as carac-terísticas da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-tos característicos do processo educativo e que são importantes para um bom desenvolvimento das ati-vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-na, interesse e motivação, organização e seguran-ça; uma gestão democrática comprometida com a qualidade da educação; professores comprometi-dos com o sucesso escolar e com a viabilização do direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses aspectos refl etem uma concepção de escola e de educação, perpassando toda a dinâmica da escola, inclusive na forma como a avaliação é concebida e apropriada pelos agentes que a constituem. Logo, tudo isso deve estar contido no projeto político pe-dagógico da escola, a partir de um marco referencial que trabalha a formação de valores e, portanto, a importância da educação na vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAETHE 2016 devem ser apropriados pela comunidade es-colar, como um diagnóstico importante para as re-visões necessárias ao processo pedagógico desen-volvido. Devem ser analisados em conjunto com as atividades curriculares e com os processos de avalia-ção interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de busca permanente pela equidade, além de transmitir os conhecimentos historicamente acumulados. E é com o olhar de educador que enfrenta esses desa-fi os e mantém a esperança e a capacidade de luta que convidamos você a acompanhar os relatos a seguir.

Aprender - Direito de todos

Um desafi o que se transformou em um grande orgulho

O dia na Escola Municipal Professor Manoel Pau-lo Nunes amanheceu com um prenúncio positivo

para o município de Teresina. Isso porque, segundo a sabedoria popular, quando chove no dia de San-ta Luzia, é sinal de que o inverno que se aproxima será bom. A chuva, que não decepcionou naquela manhã, não nos impediu de conhecer a rotina da escola.

“A escola aqui é mais antiga, a entrada não é tão bonita quanto as das escolas novas. Mas o que im-porta é o que acontece lá dentro”. Então seguimos para descobrir. A diretora nos recebe com um sor-riso de quem se orgulha do trabalho que desenvol-ve. Ela foi convidada a assumir a direção da Paulo Nunes quando a escola era considerada um gran-de gran-desafi o. Alguns problemas na gestão da equipe pedagógica e difi culdades para lidar com os alunos

fi zeram com que os resultados atingidos nas avalia-ções externas não fossem os esperados. Até os fa-miliares costumavam preferir que seus fi lhos fossem matriculados em outras escolas.

Aos poucos, as mudanças na gestão da escola foram trazendo mais motivação aos professores e modifi cando as relações que ali se estabeleciam en-tre alunos, docentes e a direção. A diretora nos mos-tra o seu espaço. As mesas do refeitório, novinhas em folha, compõem um ambiente que agora tem dupla função. "Essas cadeiras eram carteiras velhas, com os braços quebrados. Mandamos reformar to-das, e agora elas fazem parte do nosso auditório".

Em seguida vamos à biblioteca, que foi reorgani-zada e hoje recebe os alunos com mais frequência. Mas são os troféus na estante que nos chamam a atenção. A diretora nos conta que eles são

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resulta-do resulta-do projeto de handebol desenvolviresulta-do pelo professor de educação física. Muitos alunos considerados dispersos e indisciplinados se envolveram com esse projeto, melhorando seu comportamento e seu desempenho escolar. Os alunos descobriram uma paixão por esse esporte e, hoje, disputam diver-sos campeonatos estudantis, alguns, inclusive, fora do Brasil.

Visitamos algumas salas de aula de alunos que participariam do SAETHE naquela semana. Eles parecem animados e confi antes para os testes que irão realizar. “Vocês gostam de estudar aqui?”, pergunta a diretora, para ser res-pondida com um sonoro “Sim!”, uníssono. Eles garantem, sorrindo, que não estão respondendo apenas para agradar a diretora ali presente. Então, aguar-damos o intervalo das aulas. “Hoje, o intervalo é anunciado calmamente, pelo microfone. Não utilizamos mais aquele sinal barulhento que deixava os alu-nos agitados”, conta a diretora, enquanto os alualu-nos deixam tranquilamente as salas de aula. Conversamos com alguns estudantes para saber deles o que a Paulo Nunes tem que a faz tão especial.

f "Se eu fosse contar pra alguém como é a minha

escola, eu resumiria em uma palavra: Maravilhosa."

f "Hoje não fi ca ninguém sem aula. Se o professor

falta por algum motivo, a própria diretora vai até a sala e propõe atividades."

f "Saímos de um Ideb de 3,6 nos anos fi nais do ensino

fundamen-tal, em 2013, para o maior Ideb da rede municipal de todo o estado do Piauí, em 2015. Isso é a prova de que, quando há pessoas bem intencionadas e com vontade de trabalhar, o resultado aparece."

f "Fui assistir ao treino de handebol, gostei e acabei

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f "Se eu fosse contar pra alguém como é a minha

escola, eu resumiria em uma palavra: Maravilhosa."

f "Hoje não fi ca ninguém sem aula. Se o professor

falta por algum motivo, a própria diretora vai até a sala e propõe atividades."

f "Saímos de um Ideb de 3,6 nos anos fi nais do ensino

fundamen-tal, em 2013, para o maior Ideb da rede municipal de todo o estado do Piauí, em 2015. Isso é a prova de que, quando há pessoas bem intencionadas e com vontade de trabalhar, o resultado aparece."

f "Fui assistir ao treino de handebol, gostei e acabei

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O Sistema de Avaliação Educacional de

Teresina – SAETHE

o programa

A

qui, você encontra um pouco da história do SAETHE, das principais mudanças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela rede muni-cipal de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens teresinenses.

A Secretaria Municipal de Educação de Teresina implantou, em 2014, sistema próprio de avaliação do desempenho dos estudantes da rede pública municipal. Alguns aspectos positivos estão relacionados a um sistema próprio, como o Sis-tema de Avaliação Educacional de Teresina (SAETHE). Dentre eles, a utilização de estudos que visam compreender o processo de ensino e aprendizagem na própria realidade, bem como a possibilidade de se avaliar um número maior de estudantes em comparação às avaliações amostrais realizadas no âmbito nacional.

Outro aspecto positivo associado ao SAETHE é a sua ênfase na educação de base, notadamente na educação infantil e no ensino fundamental. Essas etapas de ensino são, inclusive, objeto de esforços empreendidos pelo setor público, no período recente, para a melhoria da qualidade da oferta dos sistemas públicos de ensino. O crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino fundamental é mais substancial do que o observado no ensino médio.

O SAETHE se caracteriza por elevados níveis de participação, como indica o gráfi co 1.

Gráfi co 1

Taxas de Participação SAETHE

88% 93% 94% 85% 86% 87% 88% 89% 90% 91% 92% 93% 94% 95% 2014 - Entrada 2014 - Saída 2015 Fonte: CAEd/UFJF

2014

Em 2014, foram realizadas duas avaliações – entrada e saída. Na primeira, foram avaliados o 2º, 4º e 8º anos do ensino fundamental. Na segunda, foram avaliados esses anos e o 2º período da educação infantil.

Em 2015, foram avaliados o 2º período da educação infantil e o 2º, 3º e 7º anos do ensino fundamental. Para estimar o desenvolvimento da aprendizagem, apresentamos os principais resultados referentes ao desempenho dos estudantes da rede municipal de Teresina nas avaliações externas realizadas desde 2014.

Os gráfi cos 2 e 3 mostram os resultados de língua portuguesa para a avaliação de entrada de 2014. A profi ciência dos estudantes do 2° ano os alocou no padrão adequado. Em relação às demais etapas, 4° e 8° ano, no padrão básico. Notamos ainda que inexistiu diferença signifi cativa entre os estudantes da zona rural em relação aos estudantes do zona urbana.

Gráfi co 2

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 2EF/4EF – SAETHE Entrada 2014

529,5 616,5 508,8 630,0 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 800,0 900,0 1000,0 2º ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 3

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 8EF – SAETHE Entrada 2014

223,8 222,4 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

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O Sistema de Avaliação Educacional de

Teresina – SAETHE

o programa

A

qui, você encontra um pouco da história do SAETHE, das principais mudanças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela rede muni-cipal de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens teresinenses.

A Secretaria Municipal de Educação de Teresina implantou, em 2014, sistema próprio de avaliação do desempenho dos estudantes da rede pública municipal. Alguns aspectos positivos estão relacionados a um sistema próprio, como o Sis-tema de Avaliação Educacional de Teresina (SAETHE). Dentre eles, a utilização de estudos que visam compreender o processo de ensino e aprendizagem na própria realidade, bem como a possibilidade de se avaliar um número maior de estudantes em comparação às avaliações amostrais realizadas no âmbito nacional.

Outro aspecto positivo associado ao SAETHE é a sua ênfase na educação de base, notadamente na educação infantil e no ensino fundamental. Essas etapas de ensino são, inclusive, objeto de esforços empreendidos pelo setor público, no período recente, para a melhoria da qualidade da oferta dos sistemas públicos de ensino. O crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino fundamental é mais substancial do que o observado no ensino médio.

O SAETHE se caracteriza por elevados níveis de participação, como indica o gráfi co 1.

Gráfi co 1

Taxas de Participação SAETHE

88% 93% 94% 85% 86% 87% 88% 89% 90% 91% 92% 93% 94% 95% 2014 - Entrada 2014 - Saída 2015 Fonte: CAEd/UFJF

2014

Em 2014, foram realizadas duas avaliações – entrada e saída. Na primeira, foram avaliados o 2º, 4º e 8º anos do ensino fundamental. Na segunda, foram avaliados esses anos e o 2º período da educação infantil.

Em 2015, foram avaliados o 2º período da educação infantil e o 2º, 3º e 7º anos do ensino fundamental. Para estimar o desenvolvimento da aprendizagem, apresentamos os principais resultados referentes ao desempenho dos estudantes da rede municipal de Teresina nas avaliações externas realizadas desde 2014.

Os gráfi cos 2 e 3 mostram os resultados de língua portuguesa para a avaliação de entrada de 2014. A profi ciência dos estudantes do 2° ano os alocou no padrão adequado. Em relação às demais etapas, 4° e 8° ano, no padrão básico. Notamos ainda que inexistiu diferença signifi cativa entre os estudantes da zona rural em relação aos estudantes do zona urbana.

Gráfi co 2

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 2EF/4EF – SAETHE Entrada 2014

529,5 616,5 508,8 630,0 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 800,0 900,0 1000,0 2º ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 3

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 8EF – SAETHE Entrada 2014

223,8 222,4 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

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Os resultados de matemática são apresentados nos gráfi cos 4 e 5. Novamente, não constatamos diferen-ças signifi cativas entre estudantes pertencentes a escolas de diferentes localidades. Quando consideramos os padrões de desempenho, o pior resultado foi o do 8° ano cuja média foi alocada no padrão abaixo do básico. Embora os resultados em matemática do 2° e 4° anos tenham sido melhores, ambas as médias ainda se encontravam no padrão básico.

Gráfi co 4

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 2EF/4EF – SAETHE Entrada 2014

449,4 530,2 435,9 535,3 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 2º ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 5

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 8EF – SAETHE Entrada 2014

222,7 218,2 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

Os resultados da avaliação realizada no fi nal de 2014 são apresentados nos gráfi cos 6 a 9. Repete-se a tendência de observarmos o padrão de língua portuguesa piorar conforme avançamos na progressão esco-lar. Com efeito, na educação infantil e no 2° ano as médias de profi ciência pertenciam ao padrão adequado, mas as demais etapas atingiram apenas o padrão básico.

Gráfi co 6:

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 2EI/2EF/3EF/4EF – SAETHE Saída 2014

587,5 571,8 586,3 629,4 575,6 549,5 591,1 629,1 500,0 520,0 540,0 560,0 580,0 600,0 620,0 640,0 Educação Infantil 2º ANO 3° ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 7

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 8EF – SAETHE Saída 2014

229,2 232,0 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

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Os resultados de matemática são apresentados nos gráfi cos 4 e 5. Novamente, não constatamos diferen-ças signifi cativas entre estudantes pertencentes a escolas de diferentes localidades. Quando consideramos os padrões de desempenho, o pior resultado foi o do 8° ano cuja média foi alocada no padrão abaixo do básico. Embora os resultados em matemática do 2° e 4° anos tenham sido melhores, ambas as médias ainda se encontravam no padrão básico.

Gráfi co 4

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 2EF/4EF – SAETHE Entrada 2014

449,4 530,2 435,9 535,3 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 2º ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 5

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 8EF – SAETHE Entrada 2014

222,7 218,2 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

Os resultados da avaliação realizada no fi nal de 2014 são apresentados nos gráfi cos 6 a 9. Repete-se a tendência de observarmos o padrão de língua portuguesa piorar conforme avançamos na progressão esco-lar. Com efeito, na educação infantil e no 2° ano as médias de profi ciência pertenciam ao padrão adequado, mas as demais etapas atingiram apenas o padrão básico.

Gráfi co 6:

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 2EI/2EF/3EF/4EF – SAETHE Saída 2014

587,5 571,8 586,3 629,4 575,6 549,5 591,1 629,1 500,0 520,0 540,0 560,0 580,0 600,0 620,0 640,0 Educação Infantil 2º ANO 3° ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 7

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 8EF – SAETHE Saída 2014

229,2 232,0 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

(22)

Em contraste com o que observamos para o início de 2014, os gráfi cos 8 e 9 mostram que na maior parte das etapas a profi ciência média atingiu o padrão adequado. A exceção fi cou por conta do 8° ano que atingiu o padrão básico, apresentando, todavia, uma evolução já que essa etapa encontrava-se abaixo do básico no início do ciclo.

Outro fato digno de nota é que, tanto em língua portuguesa quanto em matemática, o desempenho nos primeiros anos de escolaridade se mostrou mais sensível à intervenção escolar, em relação ao desempenho nos anos posteriores. Podemos observar que as evoluções do 2° e 4° anos são mais destacadas do que a verifi cada para o 8° ano.

Gráfi co 8

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 2EF/3EF /4EF – SAETHE Saída 2014

501,8 517,1 566,2 483,8 518,1 573,4 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 800,0 900,0 1000,0 2º ANO 3° ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 9

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 8EF – SAETHE Saída 2014

231,0 232,4 230,0 230,5 231,0 231,5 232,0 232,5 233,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

Os resultados da avaliação única de 2015 são objeto dos gráfi cos 10 a 13. Verifi camos mais uma vez a ausência de diferenças relevantes entre resultados de estudantes da zona rural e de estudantes da zona urbana.

Os resultados de língua portuguesa apresentados no gráfi co 6 mostram que a média do 2° período fi cou no padrão avançado, e as do 2° e 3° anos no padrão adequado. Apenas a média do 7° ano encontrou-se no padrão básico, repetindo a tendência de etapas mais avançadas terem um desempenho relativamente pior que as demais.

2015

Gráfi co 1

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 2EI/2EF/3EF – SAETHE Saída 2015

600,4 601,9 610,2 598,5 565,3 590,6 540,0 550,0 560,0 570,0 580,0 590,0 600,0 610,0 620,0 2º PERÍODO 2º ANO 3º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

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Em contraste com o que observamos para o início de 2014, os gráfi cos 8 e 9 mostram que na maior parte das etapas a profi ciência média atingiu o padrão adequado. A exceção fi cou por conta do 8° ano que atingiu o padrão básico, apresentando, todavia, uma evolução já que essa etapa encontrava-se abaixo do básico no início do ciclo.

Outro fato digno de nota é que, tanto em língua portuguesa quanto em matemática, o desempenho nos primeiros anos de escolaridade se mostrou mais sensível à intervenção escolar, em relação ao desempenho nos anos posteriores. Podemos observar que as evoluções do 2° e 4° anos são mais destacadas do que a verifi cada para o 8° ano.

Gráfi co 8

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 2EF/3EF /4EF – SAETHE Saída 2014

501,8 517,1 566,2 483,8 518,1 573,4 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 800,0 900,0 1000,0 2º ANO 3° ANO 4º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 9

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 8EF – SAETHE Saída 2014

231,0 232,4 230,0 230,5 231,0 231,5 232,0 232,5 233,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

Os resultados da avaliação única de 2015 são objeto dos gráfi cos 10 a 13. Verifi camos mais uma vez a ausência de diferenças relevantes entre resultados de estudantes da zona rural e de estudantes da zona urbana.

Os resultados de língua portuguesa apresentados no gráfi co 6 mostram que a média do 2° período fi cou no padrão avançado, e as do 2° e 3° anos no padrão adequado. Apenas a média do 7° ano encontrou-se no padrão básico, repetindo a tendência de etapas mais avançadas terem um desempenho relativamente pior que as demais.

2015

Gráfi co 1

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 2EI/2EF/3EF – SAETHE Saída 2015

600,4 601,9 610,2 598,5 565,3 590,6 540,0 550,0 560,0 570,0 580,0 590,0 600,0 610,0 620,0 2º PERÍODO 2º ANO 3º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

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Gráfi co 11

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 7EF – SAETHE Saída 2015

217,2 207,7 202,0 204,0 206,0 208,0 210,0 212,0 214,0 216,0 218,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

Em 2015, os resultados de matemática permaneceram estáveis quando consideramos os padrões de desempenho observados em 2014. Os anos avaliados naquele ciclo, 2° e 3° ano, mantiveram-se no padrão adequado de desempenho. O 7° ano, por sua vez, atingiu o padrão básico.

Gráfi co 12

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 2EF/3EF/7EF – SAETHE saída 2015

521,8 537,5 221,0 486,6 520,7 212,0 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 2º ANO 3º ANO 7º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 13

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 7EF – SAETHE Saída 2015

221,0 212,0 206,0 208,0 210,0 212,0 214,0 216,0 218,0 220,0 222,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

A avaliação em Teresina, desde 2014, permitiu o (re)planejamento das ações da rede municipal, que al-cançou bons indicadores de qualidade, como apresentado nos gráfi cos 14 e 15. Em 2013, o Ideb observado dos anos iniciais não alcançou a meta, fi cando 0,3 ponto abaixo do esperado. Em 2015, para essa etapa, houve crescimento de 1,1 ponto, o sufi ciente, inclusive para ultrapassar a meta em 0,5 ponto. O desenvol-vimento da qualidade da educação ofertada nos anos fi nais, pela rede municipal, acompanhou a evolução notada para o primeiro ciclo do ensino fundamental: em 2013, o Ideb observado não atingiu a meta e, em 2015, ele a ultrapassou, ainda que timidamente, traduzindo crescimento de 0,9 ponto no indicador.

Gráfi co 14:

Ideb – Metas e Índices Alcançados – Anos Iniciais

5,3 5,0 5,6 6,1 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 2013 2015 META IDEB Fonte: Inep

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Gráfi co 11

Profi ciência Média em Língua Portuguesa por Localização – 7EF – SAETHE Saída 2015

217,2 207,7 202,0 204,0 206,0 208,0 210,0 212,0 214,0 216,0 218,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

Em 2015, os resultados de matemática permaneceram estáveis quando consideramos os padrões de desempenho observados em 2014. Os anos avaliados naquele ciclo, 2° e 3° ano, mantiveram-se no padrão adequado de desempenho. O 7° ano, por sua vez, atingiu o padrão básico.

Gráfi co 12

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 2EF/3EF/7EF – SAETHE saída 2015

521,8 537,5 221,0 486,6 520,7 212,0 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 2º ANO 3º ANO 7º ANO Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF Gráfi co 13

Profi ciência Média em Matemática por Localização – 7EF – SAETHE Saída 2015

221,0 212,0 206,0 208,0 210,0 212,0 214,0 216,0 218,0 220,0 222,0 Urbana Rural Fonte: CAEd/UFJF

A avaliação em Teresina, desde 2014, permitiu o (re)planejamento das ações da rede municipal, que al-cançou bons indicadores de qualidade, como apresentado nos gráfi cos 14 e 15. Em 2013, o Ideb observado dos anos iniciais não alcançou a meta, fi cando 0,3 ponto abaixo do esperado. Em 2015, para essa etapa, houve crescimento de 1,1 ponto, o sufi ciente, inclusive para ultrapassar a meta em 0,5 ponto. O desenvol-vimento da qualidade da educação ofertada nos anos fi nais, pela rede municipal, acompanhou a evolução notada para o primeiro ciclo do ensino fundamental: em 2013, o Ideb observado não atingiu a meta e, em 2015, ele a ultrapassou, ainda que timidamente, traduzindo crescimento de 0,9 ponto no indicador.

Gráfi co 14:

Ideb – Metas e Índices Alcançados – Anos Iniciais

5,3 5,0 5,6 6,1 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 2013 2015 META IDEB Fonte: Inep

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Gráfi co 15

Metas e Índices Alcançados – Anos Finais

4,8 4,3 5,1 5,2 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 2013 2015 META IDEB Fonte: Inep

As análises do desempenho de estudantes e do Ideb não podem se dar isoladamente. Para o pleno de-senvolvimento da qualidade da educação, é preciso tomarmos outros dados do contexto, como as carac-terísticas dos atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.

Com efeito, para a composição de um perfi l sociodemográfi co das escolas é preciso olhar também para as características dos professores – atores importantes para o funcionamento escolar e para a efi cácia do processo de ensino e aprendizagem.

Na edição de 2014 do SAETHE, constatamos que a grande maioria dos professores das etapas avaliadas era do sexo feminino. As mulheres representavam 84% do total de docentes. No que diz respeito à cor/raça declarada, 63% dos professores da rede municipal de Teresina se autodeclararam pardos, brancos e pretos responderam por 18% e 15% do total, respectivamente. Os demais professores se autodeclararam amarelos ou indígenas.

Os gráfi cos 14 e 16 trazem informações mais detalhadas para a escolaridade e a experiência dos profes-sores.

Notamos que a maioria dos professores possuía especialização. Além disso, cerca de 23% fi zeram peda-gogia ou normal superior. Uma minoria se formou em outras áreas ou possuía pós-graduação stricto senso.

Gráfi co 16

Escolaridade dos Professores – SAETHE 2014

1,6% 22,8% 19,8% 1,9% 52,0% 1,9% ,0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Ensino Superior – Licenciatura. Ensino Superior – Outros. Especialização (mínimo de 360 horas). Mestrado. Doutorado ou posterior.

Fonte: CAEd/UFJF

A maioria dos professores possuía experiência na carreira docente entre um e dez anos. Contudo, um percentual signifi cativo (16,4%) afi rmaram possuir mais de 21 anos de sala de aula.

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Gráfi co 16

Escolaridade dos Professores – SAETHE 2014

1,6% 22,8% 19,8% 1,9% 52,0% 1,9% ,0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Ensino Superior – Licenciatura. Ensino Superior – Outros. Especialização (mínimo de 360 horas). Mestrado. Doutorado ou posterior.

Fonte: CAEd/UFJF

A maioria dos professores possuía experiência na carreira docente entre um e dez anos. Contudo, um percentual signifi cativo (16,4%) afi rmaram possuir mais de 21 anos de sala de aula.

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Gráfi co 17

Experiência dos Professores – SAETHE 2014

4,7% 29,3% 23,5% 14,7% 11,4% 16,4% 0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% Há menos de 1

ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10anos. Entre 11 e 15anos. Entre 16 e 20anos. Há mais de 21anos.

Fonte: CAEd/UFJF

Em 2015, a grande maioria dos professores (88%) afi rmou ser do sexo feminino, 69% eram da cor/raça parda, seguidos de pretos(a), brancos(a) e amarelos(a), 15%, 13% e 3%, respectivamente. Nenhum professor autodeclarou-se indígena. A maior parte dos professores possuía idade entre 26 e 40 anos.

A maioria dos professores, à época, tinha especialização como o maior grau de escolaridade, como pode ser observado no gráfi co 16. No que se refere ao tempo de experiência total, objeto do gráfi co 17, a maioria dos professores informou possuir entre um e dez anos de experiência no total (52%).

Gráfi co 18

Escolaridade dos Professores – SAETHE 2015

1,6% 22,8% 19,8% 1,9% 52,0% 1,9% ,0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Ensino Superior – Licenciatura. Ensino Superior – Outros. Especialização (mínimo de 360 horas). Mestrado. Doutorado ou posterior.

Fonte: CAEd/UFJF

Gráfi co 19

Experiência dos Professores – SAETHE 2015

4,7% 29,3% 23,5% 14,7% 11,4% 16,4% 0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% Há menos de 1

ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10anos. Entre 11 e 15anos. Entre 16 e 20anos. Há mais de 21anos.

Fonte: CAEd/UFJF

Nesta apresentação, procuramos destacar as principais tendências e conjunturas da educação em Teresi-na que puderam ser observadas a partir do SAETHE, até 2015. Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do que os expostos neste breve resumo. De todo modo, a partir deles, tendo em vista as melhorias ou as difi culdades diagnosticadas, é possível levantar hipóteses sobre os motivos pelos quais elas foram obtidas. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes fontes.

(29)

Gráfi co 17

Experiência dos Professores – SAETHE 2014

4,7% 29,3% 23,5% 14,7% 11,4% 16,4% 0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% Há menos de 1

ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10anos. Entre 11 e 15anos. Entre 16 e 20anos. Há mais de 21anos.

Fonte: CAEd/UFJF

Em 2015, a grande maioria dos professores (88%) afi rmou ser do sexo feminino, 69% eram da cor/raça parda, seguidos de pretos(a), brancos(a) e amarelos(a), 15%, 13% e 3%, respectivamente. Nenhum professor autodeclarou-se indígena. A maior parte dos professores possuía idade entre 26 e 40 anos.

A maioria dos professores, à época, tinha especialização como o maior grau de escolaridade, como pode ser observado no gráfi co 16. No que se refere ao tempo de experiência total, objeto do gráfi co 17, a maioria dos professores informou possuir entre um e dez anos de experiência no total (52%).

Gráfi co 18

Escolaridade dos Professores – SAETHE 2015

1,6% 22,8% 19,8% 1,9% 52,0% 1,9% ,0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Ensino Superior – Licenciatura. Ensino Superior – Outros. Especialização (mínimo de 360 horas). Mestrado. Doutorado ou posterior.

Fonte: CAEd/UFJF

Gráfi co 19

Experiência dos Professores – SAETHE 2015

4,7% 29,3% 23,5% 14,7% 11,4% 16,4% 0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% Há menos de 1

ano. Entre 1 e 5 anos. Entre 6 e 10anos. Entre 11 e 15anos. Entre 16 e 20anos. Há mais de 21anos.

Fonte: CAEd/UFJF

Nesta apresentação, procuramos destacar as principais tendências e conjunturas da educação em Teresi-na que puderam ser observadas a partir do SAETHE, até 2015. Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do que os expostos neste breve resumo. De todo modo, a partir deles, tendo em vista as melhorias ou as difi culdades diagnosticadas, é possível levantar hipóteses sobre os motivos pelos quais elas foram obtidas. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes fontes.

(30)

Este é um exercício que cabe a todos os profi ssionais envolvidos com a edu-cação no município de Teresina. Os resultados da avaliação podem ser o ponto de partida para uma série de refl exões acerca das políticas públicas educacio-nais e das ações, pedagógicas e de gestão, no interior de cada escola, pois os resultados do SAETHE são, na verdade, um dos muitos aspectos que envolvem a realidade educacional da rede municipal de ensino. Debruçar-se sobre eles e analisá-los é uma ação essencial para que os mesmos cumpram um importante papel na garantia do direito de toda criança aprender!

(31)

Os resultados alcançados em 2016

resultados

P

rofessor, apresentamos os resultados alcança-dos pela sua escola na avaliação de Matemática do SAETHE 2016. É importante que você leia, analise e compreenda as informações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-prescindível que toda a escola seja envolvida na discussão desses dados. Acreditamos que a escola capaz de fazer a diferença é, também, aquela que consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-dantes, interpretando, analisando e utilizando as informações da avaliação educacional – externa e interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-sultados.

Nesta seção, você encontra os resultados de cada etapa de escolaridade avaliada, seguidos de um

roteiro de leitura e interpretação das informações disponíveis. Em primeiro lugar, são apresentados os resultados de proficiência média, a distribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho e a parti-cipação. Em seguida, estão dispostos os percentuais de acerto em relação às habilidades avaliadas nos testes. Cada tipo de resultado conta com roteiro es-pecífico.

Além disso, são apresentadas informações acer-ca do contexto de sua escola, como o Índice So-cioeconômico (ISE), e indicadores de qualidade, no caso, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

O que é o IDEB?

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um indicador que reúne dois elementos importantes para a qua-lidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas ava-liações em larga escala. O indicador é calculado com base nos dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos dados de desempenho, obtidos através dos testes padronizados do SAETHE. Dessa forma, o IDEB apresenta resultados sintéticos, permitindo traçar metas de qualidade para os sistemas educa-cionais, específicos para cada escola.

(32)

O que é ISE – Índice

Socioeconômico dos

Estudantes?

Os resultados são impactados por di-versos fatores. Dentre eles, o mais co-nhecido é o nível socioeconômico. Os recursos culturais, sociais e econômicos da família exercem influência sobre os resultados escolares dos estudantes. Eles também indicam, em maior ou me-nor medida, o investimento feito pelas famílias na educação dos filhos. Dada a importância dessa dimensão, criamos, por meio das respostas aos questioná-rios que acompanham o teste cognitivo na avaliação, uma medida que contem-pla as informações sobre esses recur-sos. Essa medida é denominada Índice Socioeconômico dos Estudantes, ou, simplesmente: ISE.

(33)

» Ter uma máquina de lavar

» Ter calçamento

» Ter de um a vinte

livros

» Ter coleta de lixo

» Ter um banheiro

» Ter pai com os

anos iniciais do fundamental completo

» Ter mãe com

os anos iniciais do fundamental completo » Ter um dicionário » Ir quase nunca à praia » Ir quase nunca ao cinema » Ir quase nunca ao parque » Ir quase nunca a show » Ter um videogame » Ter um automóvel

» Ter dois ou mais

dicionários » Ter um computador » Ter acesso à internet » Ir quase nunca ao teatro » Ir quase nunca ao museu » Ter de vinte um a cem livros » Ter um ar-condicionado

» Ter pai com os

anos finais do fundamental completo

» Ter um

smartphone

» Ter mãe com

os anos finais do fundamental completo » Passear na cidade nas férias » Ir quase sempre ao parque » Ir quase sempre à praia » Ir quase sempre ao cinema » Ir quase sempre à show

» Ter quarto próprio

» Ter um

micro-ondas

» Ter dois

smartphones

» Ter dois

ares-condicionados ou mais

» Ficar em casa nas

férias

» Ter dois ou mais

automóveis » Ir quase sempre ou sempre ao teatro » Ir sempre à praia » Ir sempre ao cinema

» Ter mãe com

ensino médio completo

» Ter pai com

ensino médio completo » Ter dois computadores ou mais » Não há pessoa

que receba bolsa família » Ir quase sempre ao museu » Há dois ou mais dicionários no domicílio » Ir sempre a show » Há dois ou mais videogames no domicílio

» Ter mãe com

ensino superior completo

» Ter pai com

ensino superior completo

» Ter dois ou mais

banheiros

» Ir sempre ao

parque

» Ter mais de cem

livros

» Ter duas ou mais

máquinas de lavar

» Ter dois ou mais

dicionários

Nível

Os níveis de ISE calculados para o SAETHE são:

Nível

Nível 1

+

Nível 2

+

Nível 3

+

Nível 4

+

Nível 5

+

Nível

Nível

Nível

Nível

1

2

3

4

5

6

O ISE é criado pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), le-vando em conta a escolaridade dos pais dos estudantes, os bens de consumo e bens culturais presentes no domicílio, o acesso a serviços públicos e a atividades culturais, caracte-rísticas dos domicílios etc. A TRI permite gerar o índice, mas os valores criados são pouco “interpretáveis” – o resultado é sempre uma escala com média 0 e desvio-padrão 1. Por essa razão, padronizamos o ISE em uma escala de 0 a 10 – onde 0 não indica ausência de nível socioeconômico, mas sim o menor valor gerado, enquanto 10 indica o maior valor – e criamos grandes grupos aos quais designamos níveis do ISE. Em cada um desses níveis, podemos dizer que a probabili-dade de encontrar determinado “bem” é maior que 50%. O quadro abaixo elenca esses “bens” por nível do ISE.

(34)

E como esses os Níveis do ISE se relacionam com os Quartis do ISM

(ISM x ISE)?

Como dissemos acima, para as escolas, o que te-mos é a composição, ou seja, a Relação entre Níveis do ISE e Quartis do ISM. Assim, podemos dizer que há muito mais alunos com ISE do Nível 4, Nível 5 e Nível 6 no quartil mais alto do ISM (Q4) do que no quartil mais baixo (Q1). Já os alunos com ISE do Nível

1, Nível 2 e Nível 3 estão mais no quartil mais bai-xo (Q1) do que no quartil mais alto (Q4). Os quartis medianos (Q2 e Q3) apresentam uma composição intermediária. Essa relação é esperada, visto que o ISM de cada escola é a agregação, pela média, dos ISEs de seus respectivos alunos.

ISM ISE Total

N1 N2 N3 N4 N5 N6

Q1 8% 27% 34% 24% 7% 0% 100%

Q2 3% 14% 37% 35% 10% 1% 100%

Q3 1% 11% 34% 38% 14% 2% 100%

Q4 1% 5% 27% 42% 22% 3% 100%

Tabela 1: A Relação entre ISE e ISM.

O que é Índice Socioeconômico Médio das Escolas (ISM)?

No âmbito da escola, o que temos é a compo-sição, ou seja, o nível socioeconômico médio. A depender do nível socioeconômico do público que recebe, uma escola pode estar em pior ou melhor posição para atingir bons resultados. Para represen-tar a composição de cada escola, calculamos o Índi-ce Socioeconômico Médio das Escolas (ISM) através da média aritmética simples dos ISEs dos estudantes que compõem cada uma delas. Essa média também gera valores pouco “interpretáveis”; por essa razão, padronizamos aqui também o índice em uma esca-la de 0 a 10 – onde 0 indica o menor valor do ISM

encontrado e 10 o maior valor – e dividimos a esca-la em níveis, ou, mais precisamente, em Quartis do ISM. O primeiro quartil (Q1) sempre se refere às es-colas no primeiro quartil, ou seja, os 25% de eses-colas com o mais baixo nível no ISM, que traduz a condi-ção socioeconômica média. O segundo quartil (Q2) refere-se aos 25% de escolas seguintes. O terceiro quartil (Q3) diz respeito ao grupo de escolas com ISM entre os 50% e 75% mais altos. Por fim, o quartil mais alto (Q4), ou seja, os 25% de escolas com o mais alto nível no ISM.

Gráfico 1: Quartis do Índice Socioeconômico Médio das Escolas.

0% 25% 50% 75% 100% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Q u ar ti s d o I SM

Índice Socioeconômico Médio das Escolas Q4 Q3 Q2 Q1

(35)

Resultados da esc

ola

Resultados da escola

(36)

Resultados da esc

ola

Referências

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