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Simpósio de TCC e Seminário de IC, 2016 / 2º 1679

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ENFERMAGEM

PAPEL DA ENFERMAGEM NO PROCESSO

DE AMAMENTAÇÃO DO LACTANTE

PORTADOR DO LÁBIO LEPORINO

ROLE OF NURSING IN THE BREASTFEEDING

PROCESS OF NEWBORN WITH LEPORINE

LIPS

ANA GABRIELA DE SOUSA SILVEIRA

JESSIKA AUREA DOS SANTOS SILVA

SARA SILVA

Resumo

Introdução: A fissura labial, popularmente conhecida como lábio leporino, é uma malformação congênita que acometem

recém-nascidos. A ocorrência desse tipo de anomalia craniofacial requer reabilitação que vai desde intervenção cirúrgica até orientação nutricional, odontológica, fonoaudiologia. A taxa de ocorrência pode aumentar para 4% para o irmão de um feto anteriormente afetado e até 10% para um irmão de duas crianças afetadas anteriormente. Materiais e Métodos: Trata-se de um artigo científico de revisão bibliográfica que utiliza 20 artigos pesquisados nas plataformas Scielo e LILACS no período de 2000 a 2016. Objetivos: Demonstrar à importância do profissional de enfermagem no processo de assistência a mãe durante o aleitamento materno desde o nascimento até o momento da primeira cirurgia de reabilitação; proporcionar informações úteis na assistência às mulheres com filhos com tal malformação que desejam amamentá-los; colaborar com a prática clínica, oferecendo subsídios para atuação dos profissionais da área da saúde. Referencial teórico: A fissura não exclui o aleitamento materno nem a alimentação. A amamentação natural tem grande importância para o desenvolvimento facial e é possível conforme o tipo de fissura da criança e, quando usado, à criança deve ser dado cada seio por cinco minutos, para facilitar a vinda do leite já que a criança tem a sucção prejudicada, porém não inexistente. Mesmo que sejam utilizados outros métodos de alimentação, é importante o leite materno, pois previne infecções, alergias, doenças respiratórias, além de ele ser considerado a primeira vacina. Considerações finais: Os profissionais devem planejar os cuidados, dando espaço aos pais e orientações adequadas sobre as dificuldades enfrentadas pelo RN, orientando sobre a importância do aleitamento materno e dos métodos que podem ser utilizados, sempre inserindo o RN no grupo familiar.

Palavras-Chave: Lábio leporino; Aleitamento materno; Fissura labiopalatina. Abstract

Introduction: The labial cleft, popularly know n as cleft lip, is a congenital malformation that affects new borns. The occurrence of this type of craniofacial anomaly requires rehabilitation that ranges from surgical intervention to nutritional orientation, dental and speech therapy. The occurrence rate may increase to 4% for a sibling from a previously affected fetus and up to 10% for a sibling from tw o

previously affected children.Materials and Methods: This is a scientific article of bibliographical revision, using 20 articles researched

on the platforms Scielo and LILACS from 2000 to 2016. Goals: Demonstrate the importance of the nursing professional in the process of assisting the mother during breastfeeding from birth to the time of the first rehabilitation surgery; Provide useful information to assist w omen w ith such malformation w ho w ish to breastfeed them; Collaborate w ith clinical practice, offering subsidies for health

professionals. Theoretical reference: The fissure does not exclude breastfeeding or feeding, natural breastfeeding is of great

importance for facial development and is possible according to the type of craving of the child. When this method is used, the new born should be given each breast for five minutes, to facilitate the coming of the milk since the child has the suction impaired, but not nonexistent. Even if other feeding methods are used, the mother's milk is important because it prevents infections, allergies, respiratory diseases, apart from the fact that it is considered the first vaccine. Final considerations: Professionals should plan care by giving parents space and adequate guidance on the difficulties faced by the new born, guiding the importance of breastfeeding and the methods that can be used, alw ays inserting the new born in the family group.

Keywords: Labial cleft; Breastfeeding; Breastfeeding

INTRODUÇÃO

Conforme Cunha et al. (2004), a fissura labial, popularmente conhecida como lábio leporino, é uma malformação congênita que acomete recém -nascidos. Caracteriza-se por uma abertura que começa sempre na lateral do lábio superior, dividindo-o em dois segmentos. A fissura pode acomet er somente o lábio ou pode chegar ao sulco entre os dentes incisivos lateral e canino, podendo alcançar ainda a gengiva e o nariz. Essa malformação craniofacial exige des de a intervenç ão cirúrgica até a informação nutricional, odontológica e fonoaudiologia. A taxa pode ser alterada em 4% para o irmão de feto anteriormente fissurado e até 10% para irmão de duas crianças nascidas com a fissura

Conforme Rego (2006), as cirurgias de reabilitação podem oc orrer logo após o nascimento, dependendo das condições da criança e da lesão apresentada. Todavia, na maioria dos casos, as primeiras cirurgias ocorrem aos três meses de idade, quando a fissura é de lábio, e aos 12 meses, quando é de palato.

De acordo com Ribeiro e Moreira (2005), no decorrer do des envolvimento, outras cirurgias eletivas são realizadas com grandes benefícios funcionais e estéticos, o que gera repercussão favorável no aspecto psicológico do paciente e de seus familiares.

Segundo Pini e P eres (2001, a fissura não exclui o aleitamento materno nem a aliment ação. A amament ação natural tem grande importância para o desenvolvimento facial, e é possível conforme o tipo de fissura da c riança. Quando usado esse método, deve-se dar cada seio ao recém-nascido por cinco minutos para facilitar a vinda do leite, pois a criança tem a sucção prejudicada, porém não inexistente. Mesmo que sejam utilizados outros métodos de aliment ação, o leite materno é import ante porque previne infecções, alergias e doenç as respiratórias, e é considerado a primeira vacina, pois o colostro, que é o primeiro líquido presente antes do próprio leito, é rico em água e imunidade da mãe.

De acordo com Amstalden-Mendes (2005), a atenção dos profissionais de saúde ao

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problema da alimentação, via de regra, é insuficiente. Além disso, os profissionais nem sempre estão preparados (com conhecimento, práticas e atitudes adequadas) para lidar c om as peculiaridades no manejo da crianç a com fenda, tais como as dific uldades alimentares, e/ou a insegurança, a angústia e o medo da mãe e dos familiares para manusear o bebê. Entretanto, os próprios pais demonstram que desejam rec eber informaç ões precocemente, em especial aquelas que se referem à alimentação do seu filho.

Materiais e Métodos

Foram identific ados 30 artigos científicos, excluídos 10 e utilizados 20 deles sobre o processo de amamentação do lactant e port ador do lábio leporino condizentes com o critério de inclusão na pesquisa.

Estão incluídos no presente trabalho artigos originais em língua inglesa e portuguesa, publicados no período de 2000 a 2016. Não foram incluídas cartas, resumos, relatos de casos, teses acadêmic as, artigos publicados em periódicos não indexados na plataforma capes e artigos que utilizaram modelos animais. As referências bibliográficas de artigos de revisão e publicações originais serão revistas completando a pesquisa eletrônica visando a garantir que as pesquisas de bancos de dados sejam abrangentes

Referencial teórico

Conforme Figueiredo et al. (2004), as fissuras labiopalatinas são malformações congênitas identificadas pela presença de fenda na região óssea ou mucosa da abóbada palatina, podendo ser completas e totais.

Segundo Otto et al. (2004), o lábio leporino, associado ou não ao palato fendido, é condicionado por mecanismo multifatorial, ou seja, depende de tendência hereditária, de natureza poligênica, associada às influências ambientais. As fendas labiais e palatinas devem ser averiguadas, pois podem apresentar síndromes associadas ou não, como, por exemplo, a síndrome de Patau (Trissomia 13), que está presente em metade dos casos.

Incidência

No Brasil, especificamente, de ac ordo com a Organização Mundial de Saúde, existe cerca de uma criança com fissura para cada 650 nascidas, totalizando aproximadamente 5800 novos casos todos os anos. Entretanto, não se sabe quantas já receberam tratamento devido à grande demanda de crianças com fissura, O que se torna emergente, pois, devido ao quadro vivenciado pelo Sistema Único de Saúde que não cons egue acolher e dar atendimento adequado para a maioria desses pacientes (BRAS IL, 2010).

A maioria da incidência da fenda palatina no sexo feminino por estar relacionada aos processos laterais do palato, que se fundem cerca de uma semana mais tarde do que no sexo

masculino. Já o lábio leporino, com ou sem fenda palatina, é mais comum no sexo masculino (BUNDUKI et al., 2001).

Conforme Silva et al. (2005), as fissuras labiopalatinas são malformações que ocorrem entre a 4ª e 9ª semana do período embrionário, devido à falta de fusão dos proc essos maxilar e médio-nasal. São atribuídas a fatores genéticos e ambientais, os quais podem atuar isolados ou em conjunto. Mais da met ade dos indivíduos fissurados apresenta familiares de primeiro grau portadores da síndrome.

Funçõe s orofaciai s no proce sso alimentar

Segundo Pachi (2005), durante a

realização da sucção, o recém -nascido o harmoniza c om as funções de respiração e de deglutição. A deglutição e a respiração são duas das funções básicas mais importantes do RN, e devem estar estabelecidas no momento do nascimento. Embora cada função sirva a um propósito diferente, elas estão intimamente relacionadas pelo espaço virtual que dividem. A finalidade da deglutição é reflexa e, em virtude do limitado espaço int raoral, é ajustado pela relação existente entre a ponta da língua e o lábio inferior, que articula o movimento de sucção do RN. Conforme o crescimento e desenvolvimento do crânio e da face, ocorre o abaixamento da língua, promovendo alongamento vertical da c avidade oral.

O estabelecimento da atividade respiratória necessita do diâmetro livre da faringe para o acesso de ar direcionado aos pulmões. Para que ser torne constant e, são necessários tônus apropriados da musculatura intríns eca da faringe e da musculatura de suporte, contudo da base do crânio, mandíbula e língua (NE IVA, 2000).

Moment os após o nascimento, o recém-nascido a termo está habilitado para sugar e deglutir, conciliando essas ações à respiração. Nas condições de um bebê saudável, ele apresenta modelo postural primordial de flexão, com ressalva da cintura escapular e cabeça, que se apresent a em extensão para garantir o espaço aéreo necessário a sua sobrevivência. Seus tônus permanecem rebaixado durante o parto, para poder atravessar o canal pélvico, o que perdura durante a primeira semana de vida e, depois, assume uns tônus corporal aumentado. Sua postura corporal é assimétrica, com a cabeça voltada para um dos lados (HE RNA NDE Z, 2001).

Segundo Quintela et al. (2001), as FLP, como parte das anomalias craniofaciais, são consideradas de risco para a ocorrência de um distúrbio de deglutição denominado dis fagia mecânica, devido a alterações organoestrut urais, nas estruturas anatômicas responsáveis pela deglutição. Nas FLP, a pressão negativa pode não ser efetiva, interferindo no volume do fluxo do líquido a ser ingerido por falta do selamento completo da cavidade oral, tornando a sucção ineficiente, dificult ando o processo de

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alimentaç ão ou tornando-a incoordenada.

Dent re os principais dilemas da alimentaç ão desses recém-nascidos portadores dessa malformação, está a incapacidade, ineficiência de sucção devido à abertura no lábio ou palato que favorece o escoamento de leite para outra cavidade como a nasal. Essas sucções provêm da deformação anatômica e ocorrem mediante à falta de pressão intraoral (S ILVA et al., 2005).

Os distúrbios de deglutição são citados na fase inicial de vida dos portadores de FLP, relacionados ao processo de amamentação, da função de sucção e da ocorrência de refluxo nasal de alimentos. Os dados referentes às fases oral e faríngea são restritos na literatura, como afirmam Silva et al. (2008). Os autores alegam que a prática clínica revela que, acima de seis anos, os port adores de FLP já operados apresentam mínimas queixas relativas à deglutição, mesmo com significativo gap no fechamento do EVF.

Nutri ção do recém-nascido

Segundo Figueiredo (2003), alimentar o recém-nascido não é uma tarefa fácil, mas é essencial desde que haja interesse por parte da mãe nesse processo que será estabelecido. O bebê precisa manter-se em condições adequadas para a cirurgia de correç ão da malformação, como peso adequado, livre de infecções do trato respiratório. As fendas labiais e palatinas interferem na digestão de alimentos, e o bebê pode apresentar incapacidade de fazer a vedação à sucção. Há grande preocupação quanto à prevenção de infecções, pois o palato fendido permite que o leite escoe da boca para o nariz até mesmo chegando ao ouvido, o que, frequentemente, contribui para o aparecimento de infecção respiratória.

Posi ção de alimentação do recém-nascido

De acordo com Silva et al. (2005), os bebês portadores da FLP devem ser posicionados semieret os, de frente para o corpo da mãe ou, como alternativa, deitados sobre uma superfície plana, com a cabeça inclinada para o colo materno, enquanto a mãe inclina o seu c orpo sobre ele. Nessa posição, a ação da gravidade permite que o mamilo e a aréola do seio penetrem com mais facilidade na boca do bebê, permitindo maior vedação da fenda, promovendo melhor escoament o do alimento para a orofaringe e o esôfago, reduzindo a fadiga e a energia gasta pelo bebê durant e a alimentação.

Métodos que podem ser utilizados

São seringas, sondas e conta-gotas. De acordo com Mendes e Lopez (2006), os problemas enfrentados pelo RN com fissura começam logo após o nascimento, pois há dificuldade no mecanismo de sucção e deglutição devido aos prejuízos acometidos orofacialmente.

Porém, conforme a classificação da fissura, o tempo de amamentação tente a diminuir. Alimentar uma criança recém -nascida com deformidade de lábio e/ou palato não é tarefa fácil, fazendo com que sentimentos como medo, angústia e desespero deixem os pais inseguros em relaç ão ao bebê.

O triunfo do AME (Aleitamento Materno Exclusivo) está relacionado ao tipo de fissura, e, também, ao encorajamento por parte da mãe e estimulação da criança e da adaptação adequada deste processo de aleitamento. Não há diferença entre os dispositivos utilizados em um recém-nascido com fissura e um recém-recém-nascido normal. Hoje, nós temos dispositivos que auxiliam a alimentaç ão das crianças quando a extensão da fissura é grave e é excluído o aleitamento no próprio seio materno, como, por exemplo, mamadeiras com bicos longos e moles, orifícios largos, com o bico largo o es forço do recém -nascido para sugar e diminuído e elimina o gasto de energia (FIGUE IRE DO, 2003).

Manuseio adequado no processo de

aleitamento artificial

De acordo com Marques et al. (2004), a falta da amamentação constitui-se num dos principais fatores etiológicos das más oclusões dentárias. Do mesmo modo, a deglutição, a fonação e a respiraç ão podem ser afetadas quando a mamadeira é logo int roduzida nos hábitos do bebê.

O aleitamento artificial com leite materno, de vaca ou com leites industrializados deve ser feito com colher. A mamadeira e oferecida somente em último caso, quando se esgotarem todas as alternativas para s e estabelecer o aleitamento materno nat ural, Nesse caso, pode-se usar a mamadeira com bico ortodontico, com um ou três furos pequenos na região ant erior, voltado para cima (A NDRA DE; GUE DES, 2005).

Em situações nas quais se necessita de uma alternativa a mamadeira, pode se alt ernar e utilizar alimentação pela xícara, pois facilita, é simples e eficaz. O bebê pode regular sua própria ingestão alimentar, de maneira que o leite somente toque seus lábios e não seja despejado dentro da boc a. A respiraç ão torna-se mais fácil de ser controlada e a deglutição ocorre quando o bebê está apto para essa função. Como benefício, evita-se a aspiração, tão comum entre as crianças portadoras de fissuras de lábio e/ou palato. Tanto o aleitamento materno como o uso de xícaras ou mamadeira podem não ser possíveis quando a malformaç ão palato-labial é extensa, sendo necessário usar uma seringa juntamente com a sonda para alimentar o bebê. Assim, colocando-se um tubo fino ao lado do mamilo, o qual vai liberar o leite mat erno previamente ordenhado, o bebê pode ter a sensação de estar mam ando no peito (ARA RUNA; VENDRUS CULO, 2000).

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Aspectos psicológicos

De acordo com Brock et al. (2009), a notificação do diagnóstico de fissura labiopalatina, tanto quanto as extensões da fissura precisam ser realizadas de forma c om que possa passar as devidas informações e aconselhament o, tendo como princípio os já realizados com a equipe multidisciplinar. Planejamentos e orientações aos pais melhoram o aspecto psicológico do tratamento, e levam a um res ultado positivo da família frente ao neonat o e à aceitação da família Devido à falta de informação aos pais quanto à doença, o problema vai se arrastando e se t orna tardio des favorecendo uma reabilitação adequada, expondo a criança a preconceitos na sociedade, até mesmo pelos próprios familiares pois a deformidade é vis ível e muito aparente, mesmo com uma cirurgia tardia de sucesso a criança já sofreu um desgaste psicológico. Paciente cujo tratamento foi realizado somente na fase adult a perde fases especiais do tratamento como ortodontia preventiva (FIGUEIREDO et al., 2010).

Hospitai s de referência

Hoje, no Brasil, temos hospitais considerados referência para o tratamento de fenda labial e palatina, caso do Hospital de Reabilitação de Anomalias Crânio-E ncefálicas da USP (HRAC-USP), que conta com uma equipe multidisciplinar capacitada para lidar somente com esse tipo de malformação, atendendo a pacientes do mundo todo e tendo como princípio de atendimento o humanizado, diferenciado com apoio via S US (Sistema Único de Saúde) (BRASIL, 2010b).

Outros centros foram criados para o tratamento dos pacientes fissurados, como o Cent ro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (CAIF), criado em 1992, centro especializado em prática clínic a e apoio psicológico, pois tem convênio com a Associação de Reabilitação e Promoção Social do Fissurado Labiopalatal (AFISSUR), que denominamos CAIF/AFISSUR (B RASIL, 2010c).

De acordo com Filho et al. (2003), um grupo de multiprofissionais atua no tratamento de crianças port adoras de anomalias, inclusive fissuras labiopalatinas, desde 1999, no Núcleo Infantil de Trat amento de Anomalias Craniofaciais (NITAC). O protocolo de atendimento ocorre da seguinte maneira:

• 1ª semana ao 3º mês: o paciente passa por uma terapêutica clínica básica, envolvendo a pediatria e a enfermagem, e também direcionada com fonoaudiólogo e dentista;

• 3º ao 6º mês: é realizada a cirurgia unilateral do lábio e/ou bilateral em dois tempos e, caso necessário, o otorrinolaringologista fará drenagens dos ouvidos (em casos de infecção);

• 6º ao 15º mês: é dada sequência à terapia clínica básica, com pediatra, nutricionista, fonoaudiólogo e dentista;

• 15º ao 18º mês: a cirurgia do palato é realizada em tempo único;

• 18º mês ao 5º ano: é feito o acompanhamento do pacient e junto à terapia básica, que inclui pediatra, fonoaudiólogo, psicólogo e dentista;

• 5º ano ao 7º ano: realizada a expans ão rápida da maxila, caso necessário, pelo ortodontista;

• 6º ano ao 9º ano: nessa época, geralmente, já ocorreu a maior parte do crescimento da maxila. Então, é realizada a cirurgia de enxerto ósseo alveolar pela equipe de cirurgia;

• 9º ano ao 16º ano: dado início à ortodontia corretiva;

• 16º ano ao 20º ano: se necessário, o paciente é submetido a cirurgia ortognática.

Papel da enfermagem

O profissional de enfermagem deve se atentar aos cuidados básicos direcionados a esse paciente. Isto faz com que o mesmo se sinta amparado diante da atual situação.

Portanto e responsabilidade do enfermeiro na atuação de educação continuada, informar dar subsídios, treinar a equipe de enfermagem desejando melhorar o atendimento as mães dando-lhes informações para amamentação dos lactantes portadores do lábio leporino. (SANTOS et al, 2005)

Consideraçõe s Finais

Os profissionais de saúde devem planejar os devidos cuidados ao informar a mãe do portador de lábio leporino a importância da aceitação e do enfrentamento do problema, pois deve-se esclarecer a mãe de que a fissura pode ser corrigida mediant e cirurgia e oferecida pelo hospital. Uma das importâncias dos profissionais da saúde é iniciar os cuidados da criança e da família e lhes proporcionar condiç ões para que ocorra uma aproximação adequada e interação entre pais e recém-nascidos para facilitar a adaptação da mãe a seu filho o mais precocement e possível.

Também é important e proporcionar espaço para os pais exporem suas dúvidas, sentimentos, anseios e problemas. Os pais representam o foco principal para o tratamento e devem rec eber informaç ões objetivas e corretas. São poucos hospitais que dão suporte da equipe de saúde ao paciente de lábio leporino. Por serem hospitais menores e de cidades pequenas, os profissionais não têm o preparo para se conduzirem nesses casos.

Cabe ao enfermeiro prestar assistência à família, e mais intensa à mãe, com relação às dificuldades enfrentadas diariamente enquanto o

RN estiver no ambiente hospitalar,

proporcionando informações sobre a higiene oral, dando-lhe alternativas de alimentação, foc ando no que for de maior ganho nutricional e sempre

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respeitando a escolha da mesma, além de oferecer apoio emocional com o objetivo de inserir o RN no âmbito familiar

Agradecimentos

Agradecemos, primeiramente, a Deus por ter nos dado conhecimento e sabedoria para realização desse projeto. A nossa orientadora, Sara Silva, que, com sabedoria, dirigiu nossos caminhos a conquista desse objetivo. Aos nossos familiares, pelo amor apoio que foram import antes para nosso crescimento e apoio psicológico. E a todos os que, direta ou indiretamente, fizeram parte da nossa formação nos incentivando, o nosso muito obrigada.

REFERÊNCI AS

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Referências

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