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DENSITOMETRIA ÓSSEA
Componentes básicos do sistema de D.O.
1.computador 2.scaner 3.aparelho de raios XObrigações do Técnico:
1.calibrar o aparelho 2.aplicar a anamnese 3.preparar o paciente4.aplicar um bom posicionamento
5.ter noções de informática para saber operar o aparelho.
ARTEFATOS
1.Uso de contraste
2.Diâmetro do abdome(maior que 30cm)
3.Distorção da arquitetura(cifoescoliose/traumas). 4.Presença de metal na área do exame.
5.Calcificação das artérias(aterosclerose) 6.Posicionamento inadequado
7.Gravidez.
INDICAÇÕES DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
Mulheres a partir dos 65 anos
Mulheres pós-menopáusicas <65 anos com fatores de risco para osteoporose Homens a partir dos 70 anos
Adultos com fratura por fragilidade óssea
Adultos com doenças crônicas -> baixa/perda MO Adultos em uso de drogas -> baixa/perda MO Monitoramento de intervenções farmacológicas
Evidência de perda óssea que recomende intervenção farmacológica OBJETIVOS DO EXAME
Os objetivos da avaliação de pacientes com risco de osteoporose são diagnosticar a doença com base:
avaliação da massa óssea estabelecer os riscos de fratura tomar decisões sobre terapia
2 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA DMO
AR QUS
QTC/ PQCT
Densitometria Óssea (DEXA):
1.diagnóstico 2.medida de risco 3.monitoramento
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA DMO APARELHO DE DENSITOMETRIA
Densitômetro
DEXA
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1- A Densitometria óssea por DEXA,é a técnica mais atual para a medida da DMO ou BMD, e que se torna o ‘padrão ouro’ para o diagnostico de osteoporose e para uma variedade de aplicações clinicas e de pesquisa.
2-A técnica baseia-se na atenuação,de um feixe de radiação,gerada por uma fonte de raios-x com dois níveis de energia.O feixe atravessa o indivíduo no sentido PA que é captado por um
detector,e ai é calculada a densidade de cada amostra de tecido a partir da radiação que alcança o detector em cada pico de energia
3.O tecido mole(gordura,água,músculos, e órgãos viscerais) absorve a energia de forma diferente do tecido ósseo,permitindo a construção de uma informação na área de interesse.O exame
fornece o valor da DMO da área estudada em g/cm2.
4.A dose de radiação que o operador recebe,mantendo-se 1m da mesa,está nos mesmos níveis da radiação ambiental.
*DO de col.lombar e fêmur (6,7 a 31uSv) *TC (1000uSv)
*Raios-x de tórax(60 a 200uSv)
Controle de qualidade Técnica
1.Testes diários (Q.A-Quality Assurance) 2.Testes semanais (Phanton)Testes diários(Q.A)
Equip.DEXA-LUNAR utiliza um bloco de calibração que possui 3 câmaras de material equivalente ao osso.Que deverá ser scanizado diariamente na mesma posição.
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Testes semanais (Phanton)
É necessário,em análise de fantasma de coluna,verificar e ajustar de acordo com as seguintes alturas vertebrais;
L2:3,00cm L3:3,50cm L4:4,00cm
Obs:1-A região L2-L4 deve ter altura de 10,5cm.Na tela selecione o ícone Análise,e depois selecione a ferramenta de RDI para visualizar essa informação.
TIPOS DE OSSO:
Cortical (80%)Trabecular (20%)
COMPOSIÇÃO CORPORAL ÓSSEA
Cortical:
1.Epífises 2.RevestimentosTrabecular:
1.Corpos Vertebrais 2.Epífise 3.Ossos ChatosTecido ósseo
Existem três tipos de tecido ósseo, incluindo o seguinte:
Tecido compacto - o tecido duro, externa de ossos
Tecido esponjoso - o tecido esponjoso no interior dos ossos
Tecido subcondral - o tecido liso nas extremidades dos ossos, que é coberto com um
outro tipo de tecido chamado cartilagem. A cartilagem é o tecido especializado,
cartilaginoso conjuntivo que está presente em adultos, e o tecido a partir do qual a maioria dos ossos desenvolver em crianças.
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A membrana exterior dura e fina que cobre os ossos é chamado o periósteo. Sob o escudo exterior duro do periósteo existem túneis e canais através dos quais os vasos sanguíneos e linfáticos funcionam para levar alimento para os ossos. Músculos, ligamentos e tendões pode juntar ao periósteo.
Quais são as funções dos ossos?
O osso fornece forma e suporte para o corpo, bem como a proteção de alguns órgãos. Osso também serve como um local de armazenamento para os minerais e proporciona o meio - da medula - para o desenvolvimento e armazenamento de células sanguíneas.
Composição dos Ossos
1.Fração orgânica2.Fração celular 3.Fração mineral
1.Fração orgânica
Ela é composta em 90 a 95% de um tipo de proteína denominada colágeno tipo 1, em sua matriz óssea.A incorreta formação desta matriz orgânica pode levar a distúrbios,como a osteogênese imperfeita.
2.Fração celular
Se divide em três tipos de células ósseas. Os diferentes tipos de células do osso incluem o
seguinte:
1.Osteoblasto - encontrado dentro do osso, a sua função é a de formar tecido ósseo novo 2.Osteoclastos - uma grande célula formada na medula óssea, a sua função é a de absorver e
remover tecido indesejado(para possibilitar sua renovação)
3.Osteócito - encontrado dentro do osso, a sua função é a de ajudar a manter o osso como
tecidos vivos.(Equilibrio)
4.Hematopoiéticas - encontradas na medula óssea, a sua função é a produção de células
vermelhas do sangue.As células de gordura, também são encontradas no interior da medula óssea.Devido à complexidade da função de um osso, de fornecer força e apoio para o corpo, para servir como um local para o desenvolvimento e armazenamento de células do sangue, há muitos distúrbios e doenças que podem afetar o osso.
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8 3.Fração mineral
Fixado na matriz óssea e produzido pelos osteoblastos,são chamados de cristais de Hidroxiapatia (representa de 3 a 70% da massa mineral do tecido ósseo).
Substância que regulam o metabolismo ósseo.
Vitamina D: exerce um papel fundamental na regulação do metabolismo ósseo(aumenta a
absorção).
Estrógeno e testosterona: ambas as substâncias estimula produção dos osteoblastos e da
calcitonina(hormônio que controla a atividade dos osteoclastos).
PTH(paratormônio): estimula a produção dos osteoclastos,regulando o cálcio no sangue. Calcitonina: inibe a retirada de cálcio do osso, consequentemente inibe os osteoclastos .
*
Componentes orgânicos
(proteína + colágeno)*
Componente inorgânico
(massa óssea ou osso mineral)A formação do tecido ósseo
A ossificação – formação de tecido ósseo – pode se dar por dois processos: ossificação
intramenbranosa e ossificação endocondral.
No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de natureza conjuntiva, não cartilaginosa. Na ossificação endocondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confecção de tecido ósseo. Nesse caso, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo.
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Crescimento nos ossos longos
A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das pernas e os dos braços.
Nesses ossos, duas regiões principais sofrerão a ossificação: o cilindro longo, conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem as epífises.
Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de cartilagem, conhecida como cartilagem de crescimento, que possibilitará a ocorrência constante de ossificação
endocondral, levando à formação de mais osso. Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido ósseo é formado.
Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. Nesse sentido, o processo de crescimento de um osso depende da ação conjunta de reabsorção de osso preexistente e da deposição de novo tecido ósseo. Considerando, por exemplo, o aumento de diâmentro de um osso longo, é preciso efetuar a reabsorção de camada interna da parede óssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposição de mais osso.
O crescimento ocorre até que se atinja determinada idade, a partir da qual a cartilagem de crescimento também sofre ossificação e o crescimento do osso em comprimento cessa.
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Remodelação óssea
Depois que o osso atinge seu tamanho e forma adultos, o tecido ósseo antigo é constantemente destruído e um novo tecido é formado em seu lugar, em um processo conhecido como
remodelação.
A remodelação ocorre em diferentes velocidades nas várias partes do corpo. Por exemplo, a porção distal do fêmur é substituída a cada 4 meses; já os ossos da mão são completamente substituídos durante a vida inteira do indivíduo. A remodelação permite que os tecidos já gastos ou que tenham sofrido lesões sejam trocados por tecidos novos e sadios. Ela também permite que o osso sirva como reserva de cálcio para o corpo.
Em um adulto saudável, uma delicada homeostase (equilíbrio) é mantida entre a ação dos
osteoclastos (reabsorção) durante a remoção de cálcio e a dos osteoblastos (aposição) durante a deposição de cálcio. Se muito cálcio for depositado, podem se formar calos ósseos ou esporas, causando interferências nos movimentos. Se muito cálcio for retirado, há o enfraquecimento dos ossos, tornando-os flexíveis e sujeitos a fraturas.
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O crescimento e a remodelação normais dependem de vários fatores
suficientes quantidades de cálcio e fósforo devem estar presentes na dieta alimentar do indivíduo; deve-se obter suficiente quantidade de vitaminas, principalmente vitamina D, que participa na absorção do cálcio ingerido;o corpo precisa produzir os hormônios responsáveis pela atividade do tecido ósseo:
- Hormônio de crescimento (somatotrofina): secretado pela hipófise, é responsável pelo crescimento dos ossos;
- Calcitonina: produzida pela tireóide, inibe a atividade osteoclástica e acelera a absorção de cálcio pelos ossos;
- Paratormônio: sintetizado pelas paratireóides, aumenta a atividade e o número de osteoclastos, elevando a taxa de cálcio na corrente sanguínea;
- Hormônios sexuais: também estão envolvidos nesse processo, ajudando na atividade osteoblástica e promovendo o crescimento de novo tecido ósseo.
Com o envelhecimento, o sistema esquelético sofre a perda de cálcio. Ela começa geralmente aos 40 anos nas mulheres e continua até que 30% do cálcio nos ossos seja perdido, por volta dos 70 anos. Nos homens, a perda não ocorre antes dos 60 anos. Essa condição é conhecida
como osteoporose.
Outro efeito do envelhecimento é a redução da síntese de proteínas, o que diminui a produção da parte orgânica da matriz óssea. Como consequência, há um acúmulo de parte inorgânica da matriz. Em alguns indivíduos idosos, esse processo causa uma fragilização dos ossos, que se tornam mais susceptíveis a fraturas.
O uso de aparelhos ortodônticos é um exemplo de remodelação dos ossos, neste caso,
resultando na remodelação da arcada dentária.Os aparelhos exercem forças diferentes daquelas a que os dentes estão naturalmente submetidos. Nos pontos em que há pressão ocorre
reabsorção óssea, enquanto no lado oposta há deposição de matriz. Assim, os dentes movem-se pelos ossos da arcada dentária e passam a ocupar a posição desejada.
Osteoporose
Perda de massa Óssea Risco de Fraturas
Definição:
Doença sistêmica do esqueleto,caracterizada por baixa massa óssea e deteriorização da
microarquitetura do tecido ósseo ou seja é a perda global da massa óssea. Já que a perda inicial da massa óssea é chamado de osteopenia.
OSTEOPOROSE
40% mulheres terão pelo menos uma fratura vertebral até os 80 anos 15% mulheres brancas terão uma fratura de quadril ao longo da vida 15% mulheres brancas terão uma fratura de punho aos 50 anos ou mais Fraturas do fêmur fatais em 12-20% dos casos
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Classificação
1.Osteoporose primária 2.Osteoporose secundária 3.Osteoporose juvenil4.Osteoporose idiopática (causa indefinida) 5.Osteoporose focal (localizadas)
Osteoporose primária(tipo I)
Característica da menopausa,causada pela perda de massa óssea,decorrente da deficiência do estrogênio,afetando principalmente o osso trabecular.
Conseqüência da tipo I
Reabsorção óssea aumentada Redução de PTH
Formação diminuída de vit. D.
Diminuição na absorção intestinal de cálcio.
Osteoporose secundária(tipo II)
Independente da idade e sexo(senilidade/envelhecimento). Associada ao alcoolismo crônico
Induzida por medicamentos. Associada a doenças endócrinas
Tabela de classificação TIPO I
Pós-menopausa
Reabsorção endostal e trabecular Fratura principalmente torácica T8/L1.
TIPO 2
Baixo nível de Ca++
Reabsorção do componente cortical. Fratura do quadril.
Causas da osteoporose
1.Falta de hormônio + vitamina D 2.Desordens nutricionais
3.Fator genético
4.Hiperparatireoidismo
5.Síndrome de cuching(corticóide absorve o cálcio) 6.Diabetes insulino dependente
7.Doença hepática,cirrose biliar.(álcool) 8.Osteogênese imperfeita
9.Gastrectomia 10.DPOC(fumo)
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12.Artrite reumatóide
13.Indivíduos limitado ao leito por tempo prolongado.
14.Uso prolongado de corticóide,anticonvulsivos e anticoagulantes.etc...
Tratamento
1.TRH(estrogênios) 2.Vitamina D 3.Cálcio/calcitonina 4.Raloxifeno 5.isoflavonaLocais Importantes para DO
Fêmur proximal (75% osso cortical) Coluna lombar ( 66% osso trabecular) Antebraço
“ As fraturas ocorrem com maior freqüência nesses locais.”
USO DA D.O. COLUNA LOMBAR (Posicionamento)
Medidas de L1-L4
Excluir vértebras (estrutural ou artefatual) Diagnóstico até 2(duas) vértebras
15 USO DA D.O. FÊMUR PROXIMAL(Posicionamento)
Fêmur total, Colo Femural e Trocânter T. de Wards não deve ser usado Fêmur total (estudos comparativos)
USO DA D.O. ANTEBRAÇO
Impossibilidade Fêmur/Coluna Hiperparatireoidismo
Obesos
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Principais Métodos e Técnicas
1.Radioabsortometria (RA)
2.Absortômetria fotônica com energia única (SPA) 3.Absortômetria fotônica com energia dupla (DPA) 4.Absortômetria por raios x com energia única(SXA)
5.Absortômetria por raios x com energia dupla(DXA) ou (DEXA)* 6.Tomografia computadorizada quantitativa(TCQ)*(Custo + radiação 7.Ultra-sonografia quantitativa(USQ)*(sítio + comum calcanhar)
*Os três últimos métodos são mais comuns em uso.
Exames de DO (Referência)
BMD (densidade mineral óssea)T-score (perda adulto jovem)
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T-score
BMD Paciente – Média BMD adulto Jovem
1 SD da média BMD adulto Jovem
T-score =
=
Z-score
BMD Paciente – Média BMD da mesma idade
1 SD da Média BMD da mesma idade em g/cm
21.Baixo Z-score (menor que -2.0) sugere um aumento da probabilidade de osteoporose secundária 2.Temos um índice alto de suspeita de osteoporose secundaria em todos os pacientes
18 Aprendendo a identificar um bom exame de D.O
0
10
20
30
40
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
Relativo risco de fratura19
Composição Corporal
20 D.O de col.lombar
Centralização da coluna.
Retificação da coluna(sem desvios laterais excluindo casos de escoliose. Aparecimento das crístas ilíacas.
Visualizar o último par de costelas.
Ausência de artefatos(zíperes,botões,contrastes e medicamentos radiopacos,etc..)
D.O de Colo Femoral
Alinhamento da diáfise femoral.
A presença de partes moles abaixo do ísquio e acima do grande trocânter. O pq.trocânter deve estar parcialmente escondido.