CAMPANHA
100.000
VIDAS
SALVAS
O que é a campanha
100.000 vidas salvas?
• Organizada pelo Institute for Healthcare Improvement
• Voluntária • Anônima
Institute for Healthcare
Improvement : IHI
• O Instituto para Melhoria do Cuidado à Saúde é uma organização sem fins
lucrativos que tem como missão a
melhoria dos cuidados à saúde no mundo todo.
• Fundado em 1991
Campanha
• Em dezembro 2004: IHI lançou
campanha
• Iniciativa nacional
• Proposta : reduzir mortes
desnecessárias
Objetivos da campanha
1. Salvar 100.000 vidas nos EUA num período de 18 meses, até dia 14 de junho de 2006
2. Envolver pelo menos 2.000 hospitais
3. Construir uma infra-estrutura nacional de mudança no cuidado à saúde
Princípios-chaves da
campanha
• “alguns “ não são números, “logo” não é um tempo
• Todos são bem-vindos • Faremos tudo juntos. • Comecem!
Elementos da campanha
• Plataforma: 6 intervenções baseadas em evidências científicas
• Medição do progresso
• Como disseminar a campanha através de todo país e implementar as melhorias com sucesso
• Comunicação: como dar publicidade ao progresso da campanha e dos sucessos
Plataforma da campanha
• A campanha convida os participantes para fazer todas ou parte das intervenções
• Novas intervenções poderão ser
adicionadas no curso da campanha • Todo material: disponível no site:
Seis mudanças que
salvam vidas
• Disponibilização de “times de resposta rápida” ao primeiro sinal de declínio do paciente
• Cuidado confiável e baseado em
evidências para pacientes com infarto do miocárdio, para prevenção de mortes
decorrentes do ataque cardíaco
• Prevenção de eventos adversos
Seis mudanças que
salvam vidas
• Prevenção de infecção relacionada a
cateteres centrais, implementando passos de eficácia cientificamente comprovada, que formam “pacote do cateter”
• Prevenção de infecções de sítio cirúrgico,
implementando “pacote” do sítio cirúrgico
• Prevenção de pneumonia associada à
ventilação mecânica, implementando “pacote da ventilação mecânica ”
TIME DE RESPOSTA
RÁPIDA
• Equipe de clínicos que trazem
cuidados críticos aos pacientes à
beira do leito ou onde for necessário
• Meta: prevenção de mortes de
pacientes que estão piorando nas
Prevenção de efeitos adversos de drogas implementando
reconciliação de medicamentos
• Reconciliação: identifica a lista mais acurada possível das medicações que o paciente já está tomando,
incluindo nome, dose, freqüência e via de
administração, usando esta lista para providenciar as medicações corretas para os pacientes em qualquer lugar do sistema de saúde
• Requer a comparação da lista do paciente com as medicações prescritas à admissão, transferência ou
Melhora do cuidado para infarto agudo do miocárdio
• Administração precoce de aspirina
• Aspirina à alta do paciente
• Administração precoce de
beta-bloqueador
Melhora do cuidado para infarto agudo do miocárdio
• Inibidores da ECA ou bloqueadores de
receptores de angiotensina à alta para
pacientes com disfunção sistólica
• Iniciação de reperfusão em tempo
ótimo (trombólise ou angioplastia)
Redução de infecções de
sítio cirúrgico
1. Uso apropriado de antibióticos profiláticos
2. Uso apropriado de tricotomia (sem giletes,restrita, imediatamente antes cirurgia)
3. Controle de glicose no pós-operatório
(pacientes pós-cirurgia cardíaca em UTI) 4. Normotermia no perioperatório
Prevenção de infecções
associadas a cateteres
centrais
• Higiene das mãos
• Barreiras máximas de precauções • Antisepsia da pele com clorexedina • Seleção do local de punção, com
subclávia sendo o local preferido de cateteres em adultos
• Revisão diária da necessidade do cateter com remoção imediata de cateteres
Prevenção da pneumonia
associada à ventilação
mecânica
• Elevação da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus
• Diariamente : “férias de sedação” e avaliação da extubação
• Profilaxia de doença péptica
O que o Instituto
avaliava
• Número de hospitais que se associavam à campanha e toda informação demográfica de cada hospital
• Qual (quais) intervenção (intervenções) o hospital escolhia fazer
• Mudanças no número de mortes de pacientes internados
Medição de resultados
• A campanha encorajava todos os
participantes a medirem e submeterem o processo e as medidas de resultados
associados com cada intervenção • A campanha seguia o número de
organizações envolvidas , as intervenções adotadas e o total de vidas salvas
Uso dos dados enviados
• Dados: enviados a cada 4 meses
• Dados de hospitais individuais nunca divulgados para o público ou qualquer outra organização , dados
somente divulgados como um todo
• Não seria feito um banco de dados nacional onde o hospital individualmente pudesse ser identificado
• Número de vidas salvas: baseado em mudanças em mortalidade (mortes de pacientes internados e altas) em cada hospital da campanha, ajustando por
Estrutura
• Hospitais individuais
• Redes de apoio (grupos de 30-60
hospitais organizados por localização geográfica, afiliação ou afinidade )
• Módulos (organizações responsáveis por cada rede de apoio)
Instituições: (2000 ou mais)
Módulos (aprox. 75) *Cada módulo: 1 rede de apoio
*30 a 60 Instituições por rede
IHI e lideranças
Comunicação o tempo todo
Processo de
implementação
• Vários produtos gratuitos que dariam suporte às equipes assim que começassem:
• Publicidade em cada intervenção e maneiras de administrar a campanha
• “kits” para se começar cada intervenção da
campanha para se “baixar” da Internet Sites de discussão das intervenções na Internet
• Tour de ônibus de costa a costa para
visitas a hospitais e eventos com
módulos
• Revisão após 12 meses , junto com o
Congresso Nacional de Melhorias em
Cuidados à Saúde
• Conclusão e celebração em Junho de
2006
RESULTADOS
• 3.103 hospitais se inscreveram na
campanha
• Responsáveis por 80% das altas
hospitalares
• 75% dos leitos de cuidados agudos
IMPLEMENTAÇÃO
• 61%: times de resposta rápida • 77%: cuidados no infarto
• 74%: reconciliação de medicações • 72%: “pacote” ISC
• 65%: “pacote” infecção cateter
• 67%: “pacote” pneumonia relacionada `a ventilação mecânica
Big Hospital Boston
Boston, Massachusetts, Estados Unidos Hospital Comunitário
Meta: atingir 100% de adesão de controle de glicemia durante as primeiras 48 horas de
Big Hospital Boston
Meta: atingir 100% de adesão de tricotomia
apropriada em 13 meses
Saint Joseph Medical Center, Bloomington, Illinois, Estados Unidos
Riverview Medical Center
20 hospitais sem nenhuma
pneumonia relacionada à
Batista Memorial Hospital
Memphis, Tennessee, Estados Unidos
Michigan Health and Hospital Association (MHA) : Centro
Keystone • Centro Keystone : hospitais,
experts e medicina baseada em evidência para melhorar a
segurança do paciente . Experts: da Johns Hopkins University.
• 122 hospitais de Michigan participando
• Implementação dos passos da campanha em UTIs (pneumonia,
Projeto Keystone
• 68 UTIs com ZERO de índices de infecção de corrente sanguínea ou pneumonia em 6 meses
• Índice de IPCS: pela metade • Vidas salvas: > 1.500
• Diárias hospitalares a menos: 84.000 • Economia: $175 milhões
No total, até 14 de junho de
2006...
VIDAS SALVAS:
122.300!!!!!
Estabelecimento de metas e
prazos para atingí-las
• Exemplo: Swedish Medical Center de Seattle estabeleceu uma meta de salvar 200 vidas
durante a campanha
• O Catholic Healthcare East system estabeleceu a meta “6 antes de 7” :
implementação com sucesso de todas as 6
intervenções em todos os hospitais desta rede antes de 2007
Divulgação interna
• O Parkview Health System em Fort Wayne,
desenvolveu uma campanha interna forte, com equipes formadas para cada intervenção, com lideranças médicas e de enfermagem.
• Fizeram botons com o seu próprio logo, cartazes, camisetas, balões, guardanapos
• Fizeram competições para motivar e agradecer suas equipes, divulgar resultados e promover
Monitorização do
progresso
• O Children’s Hospitals e Clinics de
Minnesota usam um slide de proteção de tela em todos os computadores dos
hospitais para divulgar para todos os funcionários os últimos resultados da
campanha, como gráficos de pneumonias e uso do time de resposta rápida
Liderança e diretoria
• Os líderes do hospital podem fazer o sucesso da campanha ou afundá-la
• Sem envolvimento da direção: IMPOSSÍVEL • Sugestão da IHI: colocar o progresso da
campanha em todas as reuniões do hospital, principalmente da direção
• Sugestão do IHI: comemorar cada pequena vitória (um mês sem pneumonia, adesão de 100% de algum ítem)
Apesar destas medidas já
serem conhecidas há muito
tempo, só funcionam se forem
• Protocolo de angioplastia primária • Protocolo TVP
• Prevenção de ISC: antibiótico profilático, bomba de insulina para controle de
glicose, tricotomia só centro cirúrgico • Prevenção de IPCS: check-list
• Prevenção de pneumonia: próximo a ser implementado
PROTOCOLO DE ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA
• Disponibilização de angioplastia primária 24 horas por dia, sete dias por semana
• Criação de protocolo de reconhecimento do paciente com atendimento prioritário
• Objetivo: Tempo “porta-balão” < 90 minutos: • 70 minutos (21/04)
PACIENTES COM E SEM PROFILAXIA DE TVP CONFORME RISCO 30/03 A 1/04/2006 3 22 10 22 8 5 10 15 20 25 com profilaxia sem profilaxia
• Criado comitê de prevenção com médicos do corpo clínico e direção clínica em 27/03/2006 • 12 membros
• 7 reuniões
• Elaborado protocolo de prevenção
• 8 treinamentos, feitos por 4 duplas de médicos do corpo clínico
No controle de ISC: Profilaxia
antimicrobiana por 24-48 horas
desde 1994 e dose única desde
0 20 40 60 80 100
nov ago mar maio
% PROFILAXIA CORRETA
Adesão ao programa de uso de
antibioticoprofilaxia por 24 -48 horas em cirurgia: novembro de 1994 a maio de
COMPARAÇÃO ENTRE 6140 CIRURGIAS COM 24-48 HORAS PROFILAXIA E 6159 CIRURGIAS COM PROFILAXIA DOSE ÚNICA
FEVEREIRO 2002-AGOSTO 2003 200 400 600 800 1000 1200 1400 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 FRASCOS CUSTO (US$) ADESÃO=99%
COMPARAÇÃO ENTRE NO. CIRURGIAS, NO. DE INFECÇÕES E CONTATOS POSITIVOS ANTES E DEPOIS DE PROTOCOLO
PROFILAXIA DOSE ÚNICA
no. Cirurgias no. Infecções sítio cirúrgico contatos positivos dezembro 2002-agosto 2003 fevereiro 2002-outubro 2002 P< 0,001 P = 0,43, NS 50% 44%
ISC COM E SEM BUSCA PÓS-ALTA FEVEREIRO-OUTUBRO 2002 0,53 2,44 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Ficha “check-list” do Centro
Cirúrgico desde 2001
% DE FICHAS EM RELAÇÃO ÀS CIRURGIAS REALIZADAS EM 2006 75 74 30 84 80 72 0 20 40 60 80 100 %
% USO DE ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO ANTES DA INCISÃO EM 2006. 75 97 100 98 99 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06
PO RC EN TAGE M *