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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA GUSTAVO MILANELLO ROCHA CAMPOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA

CURSO DE ZOOTECNIA

GUSTAVO MILANELLO ROCHA CAMPOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO: ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA AQUICULTURA DOIS IRMÃOS

CUIABÁ 2016

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GUSTAVO MILANELLO ROCHA CAMPOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO: ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA AQUICULTURA DOIS IRMÃOS

Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia.

Orientador: Prof. Dr. Márcio Aquio Hoshiba Supervisor do Estágio Supervisionado: Zootecnista Gilcler Sabaini Alcino de Souza

CUIABÁ 2016

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Aos meus pais Maria Emília e Ricardo e meu irmão Leonardo Dedico.

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AGRADECIMENTOS

Agradecimentos geralmente são feitos de clichês, e serei mais um a contribuir com isso. Primeiramente, agradeço aos meus pais (Ricardo e Maria Emília) e meu irmão (Leonardo), que tornaram possível a realização do curso. O apoio de vocês (tanto psicológico quanto financeiro) foi imprescindível para tal.

Agradeço aos meus tios Rejane e Rubens (Rubinho) por abrirem as portas de sua casa para se tornar meu lar. Sinto-me realmente em casa. À seus filhos: Júlia (por ser chata e me fazer estudar), Pedro (pela amizade e companheirismo) e Gabriel (que fez minha mente expandir quanto ao respeito pelos demais).

Meu muito obrigado à toda minha família: primos, tios e avós. Daria a vida por vocês e sei que vocês fariam o mesmo por mim. Amo vocês!

Minha namorada, Juliana Madruga, por ser parte tão presente em praticamente quatro anos de curso. Pegando no meu pé, brigando comigo, mas principalmente, me fazendo feliz! Também ressalto o acolhimento que sua família teve comigo, foi (e ainda é) espetacular.

À saudosa Toca do Jão, local onde pude crescer como homem, adquirindo responsabilidades maiores, onde pude ter a minha casa, onde se realizavam as melhores confraternizações de amigos e os estudos mais assíduos. E isso não seria possível sem meus amigos (irmãos) que toparam unirmos e ter nossa casa. Agostinho (Guira/Bira) e Mauricio (Mau), obrigado!

Os amigos foram parte importantíssima nessa etapa, sem eles, tenho certeza que as coisas seriam muito mais difíceis. Agradecer à todos, talvez fique difícil, mas vou tentar assim mesmo. André (não tenho palavras para descrever esse cara...); Daniel (Méc) por todos os estudos que você fazia, pelas idas na academia, pelas cervejas bebidas e por ser essa pessoa ímpar; Gabriel (Chaddad) pela amizade, pelos desastres naturais (haha), por me propiciar conhecimento em uma nova área da Zootecnia e por lembrar constantemente dos amigos e insistir neles; Wemerson pela amizade desde o primeiro dia de aula; Dalton pela amizade, parentesco e lolzinho; Flávio, Leonardo (Léo), Marcos (Beiço) e Michel por estarem juntos desde os primórdios da graduação, pelas festas que curtimos, pelos estudos realizados, pelo aprendizado que me proporcionaram...; Lucas (Bodão), Vanilson e Yan por serem grandes parceiros e pessoas com quem é sempre bom estar junto! Visca

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Cuiabátimas!; Amanda, Anna Luz, Kamila, Mônica e Ronyatta pela amizade, companheirismoe boas risadas; Daniel (Monge), Igor, Indaya, Kyron (Cabral), Mariana, Rafael (Rafão) e Renata, por tudo, mas principalmente pelas cervejas e risadas; Aos pais de meus amigos (que também são meus amigos) por me acolherem tão bem; À galera do basquete, por ser algo tão importante, calmante e ao mesmo tempo desafiador, obrigado gente; Enfim, para todos os amigos e colegas que foram de alguma forma importantes para mim.

Aos meus amigos de longa data: Diego, Fábio (Fabinho), Gabriel, Guilherme (Guigol), Lucas (Bona) e Thiago. Por estarem comigo em fases importantes da minha vida. Vocês com toda certeza, foram, são e sempre serão pessoas em que posso confiar, desabafar, divertir, chorar e tudo mais que for possível.

Agradeço à todos os professores, mas principalmente àqueles que foram também amigos. Carlos Eduardo, Lucas, Regina, Sania e Lisiane.

Ao professor e orientador Márcio Hoshiba, por acreditar em mim, pela grande ajuda no desenvolvimento do trabalho, pelas aulas ministradas, pela simpatia e por tudo mais que de alguma forma me serviu para crescimento pessoal e profissional.

À banca examinadora. Professora Janessa e Calixto (Calixtão), pelos ensinamentos, amizade e o tempo dedicado a mim.

Ao pessoal da Aquicultura Dois Irmãos (Caio e Gilcler) e Fazenda São Rafael, por me abrirem às portas, me ensinar um novo segmento, pelo companheirismo e por fazerem com que meu estágio tenha sido o melhor possível.

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“Um em um milhão, nasce pra vencer, mas nada impede que esse um seja você”. José Tiago Sabino Pereira

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Vista exterior do laboratório de reprodução.. ... 16

Figura 2. Canal de abastecimento. ... 17

Figura 3. Represa de abastecimento. ... 17

Figura 4. Viveiro escavado para a produção de alevinos. ... 17

Figura 5. Tanques de espera ... 18

Figura 6. Estufa de hidroponia. ... 18

Figura 7. Rede para despesca. ... 19

Figura 8. Linha de incubadoras. ... 19

Figura 9. Incubadoras ... 19

Figura 10. Caixas de transporte. ... 20

Figura 11. Viveiro anstes da aplicação de cal. ... 22

Figura 12. Viveiro após a aplicação de cal. ... 22

Figura 13. Aplicação de cal ... 23

Figura 14. Leitura de transparência d’água com disco de Secchi. ... 24

Figura 15. Coleta de água para análise de pH. ... 24

Figura 16. Escala colorimétrica. ... 25

Figura 17. Arraçoamento de matrizes ... 26

Figura 18. Ração fornecida aos reprodutores ... 26

Figura 19. Ração fornecida aos alevinos maiores que 8cm. ... 27

Figura 20. Ração fornecida aos alevinos menores que 8cm. ... 27

Figura 21. Despesca ... 28

Figura 22. Bolsão para despesca. ... 28

Figura 23. Bolsão para seleção. ... 29

Figura 24. Observação do poro urogenital avermelhado. ... 30

Figura 25. Matriz de tambaqui. ... 30

Figura 26. Alevinos no tanque de depuração. ... 31

Figura 27. Alevinos em sacos plásticos para transporte. ... 32

Figura 28. Biometria individual de comprimento de alevino. ... 33

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Evolução da produção das principais espécies de peixes no Brasil ... 5 Tabela 2 Principais espécies cultivadas no Brasil, técnicas de propagação artificial e principais entraves ... 7

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 1 2. OBJETIVO(S) ... 2 3. REVISÃO ... ...3 3.1 Panorama da Aquicuitlura ... 3 3.2 Pisicultura. ... 4 3.2.1 Reprodução Artificial...4 3.2.1.1 Seleção de Reprodutores... 5 3.2.1.2 Indução Hormonal ... 6

3.2.1.3 Extrusão dos Gametas...6

3.2.1.4 Hidratação e Incubação ... 7

3.2.2Produção de Peixes Híbridos ... 7

3.2.3 Manejos Gerais na Piscicultura...8

3.2.3.1 Calagem ... 8

3.2.3.2 Desinfecção ... 9

3.2.3.3 Arraçoamento e Biometria ...9

3.2.3.4 Despesca e Depuração ... 10

4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO...11

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO ... 16

5.1 Desinfecção dos Viveiros ... 16

5.2 Monitoramento dos Parâmetros Físico-Químicos da Água...18

5.3 Arraçoamento ... 20 5.4 Despesca ... 22 5.5 Seleção de Reprodutores ... 24 5.6 Venda de Alevinos ... 26 5.7 Biometria ... 27 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...29 REFERÊNCIAS ... 30

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RESUMO

A piscicultura é hoje uma das atividades que mais crescem no setor agropecuário sendo a reprodução um dos gargalos dessa cadeia produtiva. Buscando alavancar ainda mais o crescimento é necessário observar os fatores econômicos e ambientais, investindo corretamente o capital e utilizando com sabedoria os recursos naturais. Nosso país, devido às grandes extensões e ao elevado potencial hídrico, apresenta condições favoráveis para o crescimento desse segmento. A hibridação entra como uma alternativa de melhorar as espécies produzidas, buscando as melhores características que cada uma pode apresentar. Um grande exemplar é a tambatinga (híbrido da fêmea do tambaqui com o macho da pirapitinga) que é produzido vastamente no estado de Mato Grosso. Os manejos gerais de uma piscicultura são essências para o bom funcionamento da mesma e quando feitos de forma incorreta causam pequenas perdas, o que ao fim da produção pode se tornar algo grande. Dessa forma, o estágio teve por objetivo, acompanhar os manejos diários de uma piscicultura, bem como a estação reprodutiva e a venda de alevinos.

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1. INTRODUÇÃO

A aquicultura pode ser definida como o cultivo de organismos aquáticos, é a atividade agropecuária que mais cresce no Brasil e no mundo, amenizando o impacto causado pela pesca sobre os estoques naturais. Atualmente, a aquicultura é responsável por metade da produção de peixes e moluscos consumidos pela população mundial. A atividade necessita, assim como os demais setores agropecuários, de técnicas específicas e adequadas. Dentre os segmentos da aquicultura se destaca a piscicultura (cultivo de peixes).

A produção total da piscicultura brasileira foi de 474,33 mil toneladas em 2014, representando um aumento de 20,9% em relação à registrada no ano anterior. O estado de Mato Grosso foi responsável por 12,8% da produção, totalizando 60,95 mil toneladas de peixe. Os peixes redondos juntamente com a tilápia são os mais cultivados no Brasil representando 83,8% dos peixes produzidos seguidos pela carpa que atinge 4,4% da produção (IBGE, 2014). Dentro da piscicultura a reprodução e a alevinagem, vem se tornando um dos gargalos da cadeia produtiva. A reprodução de espécies reofílicas se dá pela hipofisação, uma metodologia que ainda hoje pode ser considerada um desafio para aqueles que não possuem um conhecimento do assunto. Esta técnica se mostra muito importante nos dias de hoje, tendo em vista o enorme crescimento da piscicultura e se faz necessária na reprodução em cativeiro

Alguns manejos são estritamente necessários para um bom funcionamento de uma piscicultura, com eles se torna possível produzir peixes de qualidade, além de permitir melhor uso da renda disponível. De acordo com Ostresnky & Boeger (1998), a piscicultura foi por muito tempo tratada como uma “caixinha de surpresas”, só se sabia como havia sido o cultivo, no momento da despesca, quando mais nada poderia ser feito. Manejos de observação dos animais e de qualidade de água acarretam em ganhos muito maiores futuramente, além de um controle maior de sua produção.

Tendo em vista da importância dos itens citados acima, o estágio supervisionado realizado na Aquicultura Dois Irmãos se mostrou de grande importância, tanto para o crescimento profissional como acadêmico. As experiências práticas lá vividas

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reforçam o aprendizado adquirido na Universidade, além de apresentar técnicas que ainda não haviam sido vistas em sala de aula.

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2. OBJETIVOS

Observar e realizar atividades no setor de piscicultura, utilizando dos conhecimentos adquiridos de forma teórica durante a graduação e vivenciá-los no campo.

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3. REVISÃO

3.1. Panorama da Aquicultura

A aquicultura se caracteriza pela produção de organismos predominantemente aquáticos, em qualquer fase de desenvolvimento, e que envolva um espaço confinado e controlado. Esta prática pode consumir recursos naturais, como água, energia e solo. É uma prática tradicional de longa data, e encontrada em diversos lugares do mundo. De acordo com De Oliveira et al. (2015) há registros históricos evidenciando a técnica em documentos e manuscritos chineses datados de séculos remotos, e chega a ser mencionada até em hieróglifos egípcios. Este sistema incluía, de forma simplificada, o armazenamento de exemplares imaturos de diversas espécies de peixes, seu desenvolvimento condicionado a um ambiente propício, que não demandava adição de muitos insumos ou recursos externos, e por fim seu consumo pelas populações, sendo uma importante fonte alimentar.

Nos dias de hoje, a aquicultura é considerada uma atividade multidisciplinar, pois é passível do cultivo de inúmeras culturas, como os principais exemplos temos: a piscicultura (criação de peixes) e a carcinicultura (criação de camarões). A contribuição da aquicultura para os estoques mundiais de alimento continua crescendo, aumento esse que salta de 3,9% em 1970 para consideráveis 32,4% no ano de 2004 (FAO, 2006). O setor vem tendo grande crescimento quando comparado aos principais ramos de abastecimento alimentício. A aquicultura cresce cerca de 8,8% ao ano por várias décadas, enquanto a pesca extrativa e a criação pecuária crescem 1,2% e 2,8% respectivamente (FAO, 2008).

Esta produção de alimento chega a cerca de 2,6 bilhões de pessoas, e supriu por volta de 20% da necessidade de proteína animal mundial. Os maiores produtores foram a China (63,5 milhões de toneladas), a Indonésia (11,7 milhões de toneladas), a Índia (9,3 milhões de toneladas) e o Japão (5,2 milhões de toneladas). O Brasil produziu em 2010 1,26 milhão de tonelada, valor este que representou 0,75% da produção global.

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A tabela abaixo, mostra a evolução da produção de algumas espécies produzidas no Brasil do ano de 2007 à 2011:

Tabela 1: Evolução da produção das principais espécies de peixes no Brasil

Espécie 2007 2008 2009 2010 2011 Tilápia 98.091,00 111.145,00 132.957,00 155.450,80 253.824,10 Tambaqui 30.598,00 38.833,00 46.454,00 54.313,10 111.084,10 Tambacu 10.854,00 15.458,00 18.492,00 21.261,40 49.818,00 Carpa 36.631,00 67.624,00 80.895,00 94.579,00 38.079,10 Pacu 12.397,00 15.189,00 18,171,00 21.245,10 21.689,30 Tambatinga 2.028,00 3.514,00 4.204,00 4.915,60 14.326,40 Pirapitinga 330 560 670 1.365,60 9.858,70 Pintado 1.592,00 1.777,00 2.126,00 2.486,50 8.824,30 Curimba 2.721,00 3.736,00 4.469,00 5.226,00 7.143,10 Piau 3.491,00 5.227,00 6.252,00 7.227,60 4.309,30 Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura

A aquicultura brasileira em 9 anos passou de apenas 12% da produção nacional de pescado para 25,9%. A tendência, com os apelos ambientais existentes nos dias de hoje e o grande aumento populacional, é que essa porcentagem cresça cada vez mais. A grande diferença entre a aquicultura e a pesca extrativista, talvez seja a falta de incertezas que a primeira proporciona. A pesca extrativista está sujeita a inúmeras variáveis, enquanto a aquicultura o ambiente todo é controlado.

3.2 Piscicultura

A piscicultura refere-se ao cultivo de peixes, podendo ser criados principalmente em três diferentes tipos de sistemas: Extensivo (onde não se utiliza ração comercial e se necessário, alimenta os peixes com subprodutos agrícolas, obtendo-se baixa produtividade), Semi-intensivo (utilização de ração comercial e certo nível de controle da qualidade da água) e Intensivo (todos os fatores de produção são controlados pelo homem) (CORREA et al., 2008).

A piscicultura pode seguir diferentes ramos como a engorda e a produção de alevinos.

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3.2.1 Reprodução Artificial

A demanda pelo pescado vem aumentando nos últimos anos, impulsionada principalmente pelo crescimento da população e pela tendência mundial em busca de alimentos saudáveis e indicados para a saúde humana, como o pescado. Na contínua busca pela captura de um número maior de peixes, a pesca extrativa aliada a degradação ambiental, aos poucos, afetou o equilíbrio de populações e desse modo os estoques naturais de águas continentais e marinhos que se constituíam na principal fonte de pescado tiveram sua capacidade de produção drasticamente limitada (ANDRADE & YASUI, 2003). A tendência é que a pesca extrativista diminua cada vez mais, e assim faz-se necessário a reprodução em cativeiro. A piscicultura só teve possibilidade de expandir quando as técnicas de reprodução natural e artificial em cativeiro foram dominadas.

No Brasil, dentre espécies nativas e exóticas, são reproduzidas mais de 50 espécies de peixes. A diversidade é grande devido as dimensões de nosso país. As diferentes características climáticas de cada região fazem com que determinados peixes tenham desempenho superior a outros. Assim os produtores buscam as espécies mais adaptadas ao seu local de produção. A demanda do mercado também pode influenciar o produtor na hora da escolha. Na tabela 2 são citadas as principais espécies de peixes reproduzidos em nosso país, assim como a técnica reprodutiva é o principal entrave.

A reprodução artificial é dividida em algumas etapas, etapas estas que serão descritas nos próximos itens.

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Tabela 2. Principais espécies cultivadas no Brasil, técnicas de propagação artificial e principais

entraves

Fonte: Andrade, D. R., & Yasui, G. S. (2003). Manejo da reprodução natural e artificial e sua importância na produção de peixes no Brasil. Revista Brasileira de Reprodução Animal, 27(2), 166-172.

3.2.1.1 Seleção de Reprodutores

De acordo com Sreit et. al. (2012) a seleção dos reprodutores deve seguir algumas recomendações básicas tais como:

 Evitar o estresse dos animais que serão induzidos é o principal fator a ser considerado. O estresse pode levar a uma retenção dos ovócitos.

 Selecionar os animais com um número de pessoas e equipamentos adequados. Condutores experientes devem ficar nas extremidades da rede, pois são eles que conduzirão o ritmo da operação. A rede deve ter o tamanho adequado para evitar malhar os peixes

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 Na seleção de reprodutores para a indução hormonal, é necessário certificar-se de que os animais estejam em condições ideais, ou certificar-seja, aptos para a reprodução. Se as gônadas não estiverem desenvolvidas o suficiente, os animas não responderão à indução hormonal.

 O transporte dos animais do tanque até o laboratório deve ser o mais rápido e cuidadoso possível. A caixa de transporte deve conter água limpa com oxigênio, na mesma temperatura da água do viveiro.

A identificação dos machos prontos para a indução, na maioria das espécies, é mais fácil do que a identificação das fêmeas. Os machos preparados, após sofrerem uma leve massagem na cavidade celomática, geralmente liberam uma pequena quantidade de sêmen, mostrando que estão aptos à indução, que levará ao aumento da quantidade de sêmen liberado. Já com as fêmeas prontas é incomum a liberação de ovócitos quando estas são submetidas a massagens na cavidade celomática (ÓRFÂO, 2013). A identificação das fêmeas é feita por características externas, como abdômen em formato arredondado e macio e papila urogenital avermelhada (WOYNAROVICH & HORVÁTH, 1983). A seleção é um passo muito importante, se feita de forma inadequada pode comprometer todo o resto do procedimento.

3.2.1.2 Indução Hormonal

Os peixes reofílicos, quando são criados em cativeiro, necessitam de um estimulo hormonal exógeno, já que em condições naturais a piracema seria a responsável para que os peixes iniciem a reprodução, fato que não ocorre em cativeiro. Existem diversas alternativas para a indução hormonal, a maioria se baseia em aplicações na base das nadadeiras peitorais e pélvicas. O principal indutor utilizado é o extrato de hipófise, que dá ao processo, o nome de hipofisação.

Para a obtenção dos gametas, calcula-se a quantidade de extrato de hipófise a ser injetado com base no peso do animal. Cada espécie necessita de uma quantidade diferente, como o tambaqui que necessita de 5,5mg de extrato de hipófise/kg do peso vivo nas fêmeas e 2,5mg nos machos (SREIT et. al., 2012).

Sreit et al. (2012) ainda dizem que o extrato de hipófise é então macerado, adicionando uma gota de glicerina para melhorar a maceração, até transformar-se em uma massa. Essa massa é misturada à soro fisiológico 0,7% para que ocorra a diluição e torne assim possível a injeção nos animais. A solução resultante é injetada

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no animal. Em sua maioria, a aplicação deve ser feita da seguinte maneira: 10% da dose é aplicada na fêmea em uma primeira etapa, após 12 horas aplica-se os 90% restantes juntamente com a dose total no macho. Caso o tempo entre as duas aplicações seja muito grande pode ocorrer a reabsorção dos ovócitos.

3.2.1.3 Extrusão dos Gametas

Após a aplicação da segunda dose nas fêmeas, deve-se contabilizar as horas-grau (somatório da temperatura a cada hora) para que a mesma atinja o estado final de maturação e esteja apta à liberação dos gametas. As horas-grau diferem para cada espécie, sendo importante conhecer a necessitada pela espécie que deseja produzir. Sreit et. al, (2012) diz que o reprodutor deve ser retirado do tanque, colocado em uma superfície macia e enrolado em um pano seco. É realizada então a massagem abdominal, no sentido da cabeça para a cauda observando fácil liberação de gametas, tanto no macho quanto na fêmea. Os óvulos são recolhidos em um recipiente seco, o sêmen deve ser colocado sobre os ovócitos recolhidos. A quantidade de sêmen deve ser bem calculada, tendo em vista que uma dosagem baixa vá causar subfertilização enquanto uma dosagem em excesso pode causar superfertilização, ambas provocam uma baixa taxa de fertilização.

3.2.1.4 Hidratação e Incubação

A hidratação é um passo importante. A água é extremamente necessária para que ocorra a fecundação dos ovócitos. É necessário ter cuidado na quantidade de água, pois, baixa quantidade de água não irá ativar todos os espermatozoides, assim como uma grande quantidade de água acabará diluindo o sêmen. O volume de água, em média, deve ser 10 vezes o volume de ovócitos.

A incubação é a última etapa da reprodução. O sucesso nessa etapa depende de uma boa qualidade de água. As incubadoras mais comuns possuem um cano de abastecimento de água conectado à abertura, promovendo boa movimentação dos ovos e permitindo controlar a vazão de água de acordo com o desenvolvimento embrionário e larval. Durante a incubação além da limpeza, são necessários alguns cuidados de acordo com Silva et. al. (2004):

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 Vazão. A vazão ideal varia de acordo com a espécie que está sendo reproduzida. O choque mecânico entre os ovos ocorre em função de uma velocidade muito alta da água que abastece as incubadoras. Por outro lado, uma velocidade pequena fatalmente incorre na infestação da superfície externa do córion com esporos de fungos, além da possibilidade de os embriões não estarem sendo supridos com uma quantidade suficiente de oxigênio.

 Aeração. A concentração de oxigênio é imprescindível para o desenvolvimento do embrião

 Reutilização da água. Quando se tem sistema fechado de reutilização de água para incubação. É necessário um biofiltro que proporcione a proliferação de bactérias para degradar amônia

 Sólidos em suspensão. Materiais em suspensão podem prejudicar a incubação. Após a eclosão, a limpeza da incubadora é a parte mais importante, devendo ser realizada por uma pessoa treinada. De acordo com Streit et al. (2012). Deve-se cortar o fluxo de água por alguns minutos de forma que todo o resíduo de córion decante. Depois, é preciso certificar-se de que as larvas estejam na superfície da água, desconectar a mangueira de alimentação de água da incubadora e, rapidamente, baixar o nível da água de forma a sifonar resíduo decantado, retornando, imediatamente, a mangueira ao registro e ajustando-se o fluxo da água. O tempo em que a larva deve permanecer na incubadora varia de espécie para espécie, no tambaqui, como exemplo, as larvas ficam de 6 a 10 dias e após isso são transferidas para um viveiro.

3.2.2 Produção de Peixes Híbridos

A hibridação nada mais é do que o cruzamento natural ou artificial de indivíduos diferentes. A produção de híbridos na piscicultura, embora em alta nos dias de hoje, é uma prática muito antiga. De acordo com Fernandes (2010) normalmente se realizam três tipos de hibridação, são elas:

 Intraespecífica: Realizada entre indivíduos de mesma espécie, porém de variedades diferentes. Comum em peixes ornamentais para conseguir novas cores ou formatos de cauda, por exemplo.

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 Interespecífica: Feita com indivíduos de espécies diferentes, porém de mesmo gênero, como maior exemplo temos o cruzamento entre a cachara e o pintado, que resulta na cachapinta.

 Intergenérica: Efetivada entre espécies de gênero diferente. Um exemplo é o cruzamento entre surubins do gênero Pseudoplatystoma e o jundiá amazônico (Leiarius marmoratus)

Muitas são as justificativas para se produzir híbridos na piscicultura, entre elas temos a redução no tempo de engorda; obter populações de um mesmo sexo; ter animais mais dóceis; aumentar a resistência à doenças e etc. (FERNANDES, 2010). A produção de híbridos nos dias de hoje, é considerada uma atividade relativamente fácil de ser realizada, as técnicas reprodutivas dominadas deixam essa atividade mais simples.

3.2.3 Manejos Gerais na Piscicultura

Para o bom funcionamento de toda a piscicultura, são necessários alguns manejos comumente realizados. Estes manejos são parte importante para que todo o ciclo tenha resultados satisfatórios, influenciam em parâmetros como a qualidade da água, sanidade do plantel e eleva os indicies produtivos. Alguns são realizados diariamente, outros só quando há a real necessidade. Os seguintes tópicos explicarão os principais, geralmente realizados em pisciculturas pelo Brasil a fora.

3.2.3.1 Calagem

Em áreas brasileiras, corriqueiramente nos esbarramos com viveiros construídos em solos com baixos valores de pH e concentrações reduzidas de alcalinidade e dureza. A calagem tem como objetivo melhorar esses parâmetros, influenciando assim, positivamente na produção.

A calagem visa a melhoria de produtividade e sustentabilidade ambiental. Para isso neutraliza a camada superficial de sedimentos do fundo dos viveiros e aumenta a alcalinidade e dureza da água. De acordo com Boyd & Tucker (1998) a acidez dos sedimentos no fundo do viveiro deve ser entre 7,0 e 8,0 e a alcalinidade e dureza devem ser superiores a 20mg/L. Os valores de pH dos viveiros pode variar durante o dia, isso devido à ação fotossintética de fitoplâncton e demais plantas aquáticas

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presentes no local (QUEIROZ & BOEIRA, 2006). Os sedimentos presentes no fundo dos tanques influenciam na quantidade de fertilizante utilizado na preparação do viveiro. Queiroz & Boeira (2006) citam que o sedimento, quando ácido, absorve quase todo o fósforo adicionado através de fertilizantes. A calagem, quando realizada, aumenta o pH tornando o fósforo mais disponível e consequentemente aumenta também a disponibilidade de carbono para a fotossíntese através da elevação de bicarbonato na água.

Para determinar a exigência de calagem para o viveiro, é necessário medir o pH do solo. Segundo Vinatea et al. (2004) para isto é recomendável diluir 20 gramas de solo seco em 20 ml de água destilada e depois de 30 minutos utilizar um pHmetro para medir o pH da mistura. Caso o pH seja inferior a 5,9, se faz necessário o uso da metodologia da solução buffer, que consistem em diluir mais 20 gramas de solo em 40 ml de solução de p-nitrofenol 1. Após uma hora de agitação constante, determina-se a queda de pH da solução. Essa queda é então multiplicada pela constante 6000 e terá a quantidade de calcário necessária para aplicação no viveiro. Ainda segundo Vinatea et. al. (2004) nem todos os calcários encontrados no mercado são puros, sendo necessária a divisão da dose calculada pelo produto dividido por cem da reatividade e poder neutralizante do calcário utilizado, assim terá a dose real. A aplicação é feita a lanço, podendo o viveiro estar cheio ou não.

3.2.3.2 Desinfecção

A desinfecção por muitas vezes é confundida com a calagem, esta tem por principal objetivo evitar que resíduos tóxicos ou que organismos ou microrganismos indesejáveis venham a prejudicar o andamento do cultivo que será iniciado. Uma desinfecção cuidadosa pode permitir ainda a oxidação da matéria orgânica acumulada e aumentar a fertilidade do solo dos viveiros. A desinfecção pode ser feita simplesmente deixando o sol agir sobre o viveiro seco ou pode ainda ser feita de forma química, forma essa que torna a confusão com a calagem explícita.

Segundo Ostrensky e Boeger (1998) há duas formas de fazer a desinfecção química, sendo:

 Uso de cal virgem (CaO) ou cal hidratada (Ca (OH)2) – Quando em contato com a água a cal virgem aumenta o pH e a temperatura do solo, matando os

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organismos vivos que estiverem presentes no fundo do tanque. A cal hidratada não eleva a temperatura, atuando apenas no aumento do pH.

 Hipoclorito de sódio – A ação será semelhante à da cal, porém de forma mais agressiva. Neste caso é necessário a aplicação, revirar o solo e realizar nova aplicação.

Ambos os modos necessitam de equipamentos de segurança devido à possíveis queimaduras causadas pelos produtos.

3.2.3.3 Arraçoamento e Biometria

O arraçoamento consiste no ato de alimentar os peixes com ração. A frequência necessária varia principalmente conforme a espécie do peixe, a qualidade da água, a temperatura, e à finalidade dos peixes (engorda ou manter o tamanho). De acordo com Oliveira (2008), a taxa de arraçoamento influencia diretamente o crescimento e a eficiência alimentar dos peixes, sendo necessários estudos nutricionais para definir a melhor taxa e evitar mascaramento das exigências nutricionais, perda de ração e diminuição da qualidade da água.

Parte da ração ofertada ao peixe é consumida, transformando-se em proteína animal. Outra parte não é ingerida pelo animal, e por fim temos a parte que é transformada em fezes. As parcelas ditas como não aproveitadas pelos animais, irão se depositar no fundo dos viveiros, aumentando as concentrações de matéria orgânica (BOYD & QUEIROZ, 1997). Parte dessa matéria orgânica irá ser liberada na forma de dióxido de carbono, amônia e fósforo através do intercâmbio com a atmosfera no contato da água com o ar. Outra parte será eliminada através das trocas de água realizadas no viveiro. E, por fim, parte do gás carbônico, nitrogênio e amônia serão adsorvidos pelo solo e pelo ar na forma de gás de nitrogênio e amônia. Logo, com o aumento das taxas de arraçoamento, isolando os fatos, temos duas vertentes: o aumento da produção de peixes e a diminuição da qualidade de água. Porém, quando analisamos de forma conjunta, a diminuição da qualidade de água, diminuirá a produção dos peixes em um ritmo maior que o proporcionado pelo aumento do arraçoamento.

Grandes taxas de arraçoamento aumentam os níveis de nutriente na água e à medida que as concentrações de nutrientes aumentam, a produção de algas acelera, isso altera a ecologia do sistema aquático. Os nutrientes contribuem para o aumento

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da produção orgânica, elevando a biomassa de fitoplâncton e por consequência diminui a penetração de luz no viveiro (ESTEVES, 1998). Segundo Mitchell (1996) a proliferação excessiva de fitoplâncton, pode ainda, causar a diminuição de oxigênio no período noturno e supersaturação durante o dia. Isso pode causar a obstrução das brânquias dos peixes e diminuir o crescimento de algas mais assimiláveis e ainda causar o desenvolvimento de cianobactérias, que causam sabor desagradável no pescado.

Existem inúmeros fatores que implicam nos índices de ingestão alimentar. Assim, as taxas de arraçoamento devem ser ajustadas de acordo com a necessidade. Cada caso deve ser analisado individualmente para se definir um nível ideal de alimentação (ELLIOT, 1975).

A biometria é realizada para acompanhar o tamanho dos animais. Este procedimento é importante para mensurar o crescimento dos peixes e saúde dos mesmos durante o cultivo. Para tal mede-se o comprimento corporal e pesa-se os animais capturados. Quanto maior a densidade do tanque, mais exemplares devem ser capturados para que a amostra seja o mais precisa possível. De acordo com Ostrensky & Boeger (1998) o número máximo deve ficar em torno de 30 peixes, o que seria suficiente para avaliar o estado de saúde e o andamento do cultivo. Lima et. al. (2013) dizem que a biometria permite ajustes no manejo de produção, principalmente na alimentação, e deve ser realizada a cada 15 dias ou uma vez por mês.

3.2.3.4 Despesca e Depuração

A despesca pode ser feita por vários motivos, quando os peixes estão aptos ao abate, no ato de venda ou simplesmente para observação dos mesmos. Ela pode ser parcial (quando se retira apenas uma parte dos peixes) ou total (quando todos os peixes são coletados).

É importante realizar jejum de 24 horas nos animais antes da despesca. Para Ostrensky & Boeger (1998) esse procedimento é muito importante, pois, alimentos não digeridos podem ser regurgitados durante o transporte, diminuindo a qualidade da água, além de que, os peixes ficam mais resistentes e se estressam menos quando o trato digestivo não está cheio. Basicamente há dois métodos de despesca no brasil:  Drenagem dos viveiros – Para realizar esse método, o viveiro deve ter sido planejado para tal em sua construção. Á medida que a água é drenada do viveiro, os

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peixes se concentrarão em uma caixa de coleta, onde podem ser facilmente capturados (OSTRENSKY & BOEGER, 1998).

 Utilização de redes de arrasto – Faria et al. (2014) dizem que para facilitar a operação deve-se baixar o nível da água do viveiro, a rede deve apresentar pelo menos 3/2 do tamanho tanque para permitir a formação do “bolsão”. É conveniente começar pela parte amis fundão do viveiro.

Após a despesca, os peixes devem ser depurados (mantidos em tanques menores, em água corrente e limpa sem receber alimentação, para esvaziar o trato gastroinstestinal), antes do abate ou transporte, isso permite eliminar o odor e o sabor de barro, característica de alguns pescados de água doce, causados pelo acúmulo de algumas espécies de algas (FARIA et.al, 2014), além de evitar a contaminação por amônia, comum no transporte de alevinos.

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4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO

O estágio foi realizado na Aquicultura Dois Irmãos (unidade integrante da Fazenda São Rafael), localizada na região de Nossa Senhora do Livramento em Mato Grosso, tendo como supervisor o zootecnista Msc. Gilcler Alcino, no período de 08 de agosto de 2016 a 19 de setembro de 2016.

A Fazenda São Rafael conta com aproximadamente 2500 ha, sendo 5,76 dispostos à Aquicultura Dois Irmãos. A Aquicultura conta com 28.916 m² de lâmina d’água, divididos em 16 tanques escavados retangulares, sendo 2 para reprodutores e o restante para alevinos. Conta também com uma estufa para plantação de alface em hidroponia com estimativa de produção média de 600 folhas por semana.

As estruturas físicas que compõem a fazenda e são responsáveis pela manutenção e funcionamento de toda a cadeia produtiva, são descritas a seguir:  Laboratório (figura 1): local onde são realizados os manejos de reprodução dos peixes.

Figura 1. Vista exterior do laboratório de reprodução.

Fonte: Arquivo pessoal

 Alojamento: local destinado ao alojamento de estagiários e colaboradores  Depósito de Ração: local onde fica estocada a ração

 Canal de abastecimento (figuras 2 e 3): local onde a água é reservada, para posterior abastecimento dos viveiros

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 Viveiros escavados (figura 4): locais de produção de alevinos, estoque de matrizes e reprodutores

Figura 2. Canal de abastecimento.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 3. Represa de abastecimento

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 4. Viveiro escavado para a produção de alevinos.

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 Tanques de espera (figura 5): Empregadas para estocagem de reprodutores e depuração de alevinos para a venda

 Estufa (figura 6): local onde ocorre o cultivo das alfaces em hidroponia

Figura 5. Tanques de espera

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 6. Estufa de hidroponia

Fonte: Arquivo pessoal

Equipamentos para a realização das atividades da empresa como:

 Redes para despesca (figura 7): Redes utilizadas tanto para os manejos de venda como para seleção de reprodutores

 Incubadoras (figuras 8 e 9): Utilizadas para eclosão e larvicultura

 Caixas de transporte (figura 10): Usadas para a entrega de alevinos vendidos  Sacos plásticos: Utilizados para o transporte de alevinos quando em pequenas

quantidades

 Caixas d’água: Abastecem tanto as caixas de despesca, como as incubadoras e os tanques circulares

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 Morto: Peças de metal empregadas para a sustentação dos bolsões da rede  Cilindros de oxigênio: Utilizados tanto para o abastecimento de oxigênio das

caixas de transporte quanto para os sacos plásticos Figura 7. Rede para despesca.

Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 8. Linha de incubadoras.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 9. Incubadoras.

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Figura 10. Caixas de transporte.

Fonte: Arquivo pessoal

A Aquicultura Dois Irmãos existe há cerca de 1 ano, e possuí como principal foco a produção de peixes híbridos como por exemplo a tambatinga. Também há a produção de espécies puras como: Piau (Leporinus frideric), curimba (Prochilodus lineatus), pacu (Piaractus mesopotamicus), tambaqui (Colossoma macropomum) e pirapitinga (Piaractus brachypomus). Em segundo plano ocorre o cultivo de alface hidropônica.

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5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO

O estágio foi desenvolvido na Aquicultura Dois Irmãos no município de Nossa Senhora do Livramento no estado de Mato Grosso, no período de 08/08/2016 a 19/09/2016 com carga semanal de 30 horas, durante o qual foi realizado o acompanhamento das atividades em todos os setores da fazenda, sob orientação dos zootecnistas Caio Marcos Castaldelli Alves de Barros, Gabriel Cazeiro Chaddad Monteiro e Gilcler Alcino Sabaini de Souza.

As atividades desenvolvidas foram divididas por setores, acompanhado todas em tempo suficiente para conhecimento teórico e prático sobre cada atividade realizada. Abaixo estão listadas as atividades desenvolvidas durante o estágio:

 Desinfecção dos viveiros;

 Monitoramento dos parâmetros físico químicos da água;  Arraçoamento;

 Despesca;

 Seleção de reprodutores;  Venda de alevinos;  Biometria;

5.1 Desinfecção dos Viveiros

Em qualquer área agrícola, incluindo a piscicultura, o manejo sanitário requer conhecimentos técnicos e utilização de boas práticas para garantir um produto de qualidade e viabilização econômica no negócio, na piscicultura não é diferente. Caso contrário, as doenças podem ocasionar perdas significativas para o produtor (ROJAS, 2006). A desinfecção diminui muitos os riscos de doenças no tanque e quando realizada com cal, aumenta também os níveis de pH.

Na Aquicultura Dois Irmãos, durante o período de estágio, foi realizada a desinfecção de um viveiro com tamanho de 2.000m² (figuras 11 e 12). Este viveiro necessitava da desinfecção, tendo em vista a presença grande quantidade de

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pequenos animais, microrganismos indesejáveis e eminência da próxima safra. O viveiro em questão seria utilizado para estocagem dos alevinos que produzidos na próxima estação reprodutiva.

Figura 11. Viveiro antes da aplicação de cal.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 12. Viveiro após a aplicação de cal.

Fonte: Arquivo pessoal

A desinfecção foi realizada com 196kg de cal virgem (CaO), distribuídas em 5 sacos de 20 kg e 6 sacos de 16kg, para tal função 3 pessoas foram empregadas, tanto para buscar os sacos no depósito como para a aplicação da cal. Os equipamentos necessários para a aplicação, não foram disponibilizados pelo local, exceto a máscara de respiração, o que talvez fosse o mais importante. Quanto aos demais equipamentos, ficaram por conta do estagiário, mas foi tudo avisado com tempo para o preparo do mesmo. A aplicação foi feita de forma manual (figura 13), segurando o saco de cal com uma das mãos e com a outra era feita a aplicação. Foi recomendado

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aplicar uma maior quantidade nos locais que estavam com alguma umidade ainda, tendo em vista que mesmo com sol por diversos dias, o viveiro não se mostrou totalmente seco. A aplicação durou cerca de uma hora, sendo iniciada por volta das 8:30 da manhã e terminando cerca 9:30h.

Figura 13. Aplicação de cal.

Fonte: Arquivo pessoal

5.2 Monitoramento dos Parâmetros Físico Químicos da Água

No que diz respeito à piscicultura as variáveis físico–químicas mais apropriadas à qualificação da água de viveiros destinadas a piscicultura são o oxigênio dissolvido, o pH, o dióxido de carbono livre, a alcalinidade, a dureza, a condutividade elétrica, a temperatura e a transparência (Sipaúba Tavares,1994). Esses parâmetros atuam diretamente na sobrevivência, na reprodução e no crescimento do plâncton e por sua vez, na sobrevivência dos peixes cultivados. De acordo com Cabral et. al. (2012). O monitoramento e o controle das condições da água dos tanques de piscicultura possibilitam tomadas de decisões no sentido de melhorar as condições físico-químicas da água e também contribuir com o aumento da produção plantônica.

Das tarefas realizadas durante o estágio, essa talvez tenha sido a com maior falha, não por desinteresse dos responsáveis, mas sim pela falta de estrutura da propriedade. Não dispunham de um oxímetro (peça fundamental para o monitoramento dos níveis de oxigênio dissolvido na água), e a medição de pH era feito por kit de comparação colorimétrica. A utilização do disco de Secchi também foi realizada (figura 14), e foi satisfatória em seu objetivo de mensurar a transparência da água.

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Figura 14. Leitura de transparência da água com disco de Secchi.

Fonte: Arquivo pessoal

A medição de pH foi realizada em dois tanques durante dois períodos, isso para mostrar que o pH pode oscilar durante o dia e que a diferença pode ser grande, mesmo em tanques lado a lado. Para realizar a amostragem, era necessário entrar no tanque (figura 15) e recolher a quantidade de água indicado no reservatório coletor, após isso aplicava 4 gotas do reagente e então comparava com a escala colorimétrica contida ao lado do reservatório (figura 16).

Figura 15. Coleta de água para análise de pH

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Figura 16. Escala colorimétrica.

Fonte: Arquivo pessoal

5.3 Arraçoamento

Um manejo alimentar correto é indispensável para a otimização do rendimento sem o comprometimento do estado sanitário. Alimentar em excesso pode provocar alterações metabólico-digestivas e também implica na deterioração da qualidade da água, por outro lado, a subalimentação acarreta em baixo índice de crescimento e também na despadronização dos peixes (CASTAGNOLLI, 1992). Existem muitos fatores que influenciam o índice de ingestão alimentar, logo, as taxas de arraçoamento devem ser ajustadas segundo as condições individuais de cada unidade de cultivo (ELLIOT, 1975).

A alimentação feita na Aquicultura Dois Irmãos divergia da aprendida em sala de aula. Foi visto durante a graduação que a distribuição deve ser feita em dois lados do viveiro, formando um L em torno do mesmo. Durante o estágio, o arraçoamento era realizado apenas em um dos cantos do viveiro (figura 17), e a explicação dada pelos zootecnistas responsáveis foi a de que isto facilita o manejo, tanto do arraçoamento como posteriormente em despescas parciais (como trabalham com venda de alevinos, a alimentação é sempre feita em um mesmo canto, para quando houver a necessidade de despesca de uma parte dos animais, seja mais fácil captura-los na rede).

Outro ponto importante era a quantidade de ração ofertada. Para os reprodutores, era feito o arraçoamento com média de 10% do peso vivo dos animais tendo em vista que o ideal é de 3 a 5% (NETO & PRADO, 2014), isso porque com eminencia da próxima safra, os animais necessitam de uma maior quantidade de

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alimento, para entrar em estado reprodutivo. A ração fornecida, continha 32% de proteína e tamanho de 6mm (figura 18). Era lançada no tanque com auxílio de um balde e uma pá improvisada, feita pelos colaboradores. Era feita no mínimo três vezes por semana.

Figura 17. Arraçoamento de matrizes.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 18. Ração fornecida aos reprodutores.

Fonte: Arquivo pessoal

Já o arraçoamento dos alevinos era feito raramente. O motivo era o tamanho que os mesmos já haviam atingindo, e para evitar que crescessem em demasia, poucas vezes era ofertada ração. Quando realizada era feita com ração 32% de proteína e com 4-6mm (figura 19) para alevinos maiores de 8cm e farelada para os menores (figura 20).

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Figura 19. Ração fornecida aos alevinos maiores que 8cm.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 20. Ração fornecida aos alevinos menores que 8cm.

Fonte: Arquivo pessoal

5.4 Despesca

A despesca representa o ato de recolher os peixes. Esta pode ser parcial ou total e devem ser realizadas de maneira rápida, com auxílio de equipamentos como puçás, baldes, redes, etc, sendo necessária mão-de-obra suficiente, para que os peixes sejam transferidos ao seu local de destino em menos tempo possível. Este procedimento pode reduzir o estresse do abate, sem gerar comprometimento à qualidade da carne (OSTRENSKY & BOEGER 1998).

Era realizada comumente para vendas. Jogava-se uma quantidade de ração em um canto do viveiro, os alevinos se acumulavam para comer, neste momento a

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rede era passada. Uma pessoa se mantinha na ponta da rede, colocava-se um laço que prendia a parte do chumbo (parte de baixo da rede) ao pé, e outro (ligado às boias) era seguro pelas mãos. Essa pessoa adentrava o viveiro (figura 21), enquanto outra a auxiliava pelo lado de fora, desembaraçando a rede. Quando era necessário, outra pessoa se prendia a outra extremidade da rede e fechava o bolsão em uma das bordas (figura 22), para então realizar a retirada dos peixes do viveiro. Os alevinos eram colocados em sacos plásticos com água e levados aos tanques de depuração.

Figura 21. Despesca.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 22. Bolsão para despesca.

Fonte: Arquivo pessoal

Em outra oportunidade, foi realizado o manejo para a transferência de um lote de alevinos para outro tanque. A água do tanque foi reduzida a cerca de 1/3 do volume total, como manda a literatura, a rede então foi passada pelo tanque todo com o auxílio

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de 8 colaboradores. Os peixes eram colocados em sacos plásticos e transferidos ao viveiro destino.

5.5 Seleção de Reprodutores

A correta seleção dos reprodutores que serão utilizados na formação de um estoque e o monitoramento genético destes e suas progênies podem oferecer bases importantes para formular estratégias de manejo reprodutivo (SØNSTEBØ et al., 2007), as quais permitirão um intercâmbio de reprodutores entre pisciculturas e dessa forma fragmentar ciclos de endogamia que são comuns em ambientes controlados (MOREIRA et al., 2007) e que definirão a conservação de uma espécie e seu futuro potencial biológico (MELO et al., 2006)

Esta etapa não chegou a ser finalizada, pois os reprodutores ainda não se encontravam em condições ideais de reprodução. Porém, a observação para tal, foi realizada em uma manhã, das 9:30 às 10:40. Em quatro pessoas, a rede de arrasto foi passada de uma ponta a outra do viveiro, prendendo os reprodutores em um bolsão às margens do tanque (figura 23). Era observado se os mesmos já possuíam características reprodutivas, como por exemplo, ventre abaulado e poro urogenital avermelhado (figura 24) nas fêmeas e liberação de sêmen nos machos. Cada animal, após a verificação, era solto novamente no tanque.

Figura 23. Bolsão para seleção.

Fonte: Arquivo pessoal

A Aquicultura Dois Irmãos, reproduz principalmente o hibrido tambatinga (hibrido de tambaqui com pirapitinga), mas há ainda outras espécies para a

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reprodução, neste manejo foram observados peixes como: Piau (Leporinus frideric), curimba (Prochilodus lineatus) e pacu (Piaractus mesopotamicus), além do tambaqui (Colossoma macropomum) e da pirapitinga (Piaractus brachypomus). Um problema observado foi o tamanho exagerado de algumas matrizes. Parte das matrizes de tambaqui atingiam facilmente 12kg (figura 25), quando o ideal é que chegue no máximo a 8kg. Esse peso elevado, faz com que a quantidade de hormônio aplicada na reprodução seja muito grande. Porém, como o estabelecimento ainda se encontra em fase inicial, o descarte dessas matrizes e a compra de novas para a reposição é inviável.

Infelizmente, devido a época do ano em que nos encontramos, o manejo reprodutivo parou por aí, mas a Aquicultura Dois Irmãos me deixou as portas abertas para retornar na época da reprodução e continuar meu aprendizado.

Figura 24. Observação do poro urogenital avermelhado.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 25. Matriz de tambaqui.

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5.6 Venda de Alevinos

Os alevinos são classificados por tamanho e espécie, cada um com seu preço de venda. Devem ser despescados e posteriormente depurados em tanques de despesca. O transporte pode ser feito em sacos plásticos ou em caixas de transporte (dependendo do número de alevinos e da distância que será percorrida até a soltura dos mesmos), em ambos os casos se faz necessária a utilização do sal na água e a inserção de oxigênio.

A venda era feita através de telefonemas do colaborador que fica na cidade, após isso, era passada aos que se encontravam na propriedade para realizar os manejos necessários. Os animais eram despescados como citado no item 5.4, levados ao tanque de depuração (figura 26), onde ficavam em água limpa, corrente e com pouca quantidade de sal (quantidade que não era definida exatamente). Quando a venda era baixa (em média 2000 alevinos) e os próprios compradores iam até à propriedade buscar, os alevinos eram colocados em sacos plásticos (figura 27) com média de 150 alevinos por saco, além de 8g de sal por litro de água e inserção de oxigênio através de um cilindro. Para maiores quantidades, e entregas que seriam feitas pela Aquicultura Dois Irmãos, eram utilizados caixas de transportes, que continha também 8g de sal por litro d’água e possuíam um cilindro de oxigênio acoplado às mesmas para a manutenção de O2 para os peixes.

Figura 26. Alevinos no tanque de depuração.

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No ato da retirada ou entrega, os colaboradores explicavam os procedimentos de soltura aos compradores, bem como enviavam de 5% a 10% a mais de alevinos como garantia.

Figura 27. Alevinos em sacos plásticos para transporte.

Fonte: Arquivo pessoal

5.7 Biometria

Todo o processo de produção necessita de um acompanhamento que permita avaliar o crescimento e saúde dos peixes ao longo do cultivo. Para isso, é realizada a biometria. De acordo com Lima et. al. (2013) a biometria é um manejo no qual parte dos peixes cultivados é amostrada e informações de interesse, como peso e estado de saúde dos animais, são verificados. Além disso, tais medidas permitirão ajustes no manejo da produção, principalmente na alimentação. As biometrias devem ser realizadas, preferencialmente, a cada 15 dias ou uma vez por mês.

A biometria foi realizada apenas uma vez durante o estágio. Foi feita a retirada de alguns alevinos para a depuração, e desses alevinos, a biometria foi realizada em 30 como sugere a literatura. Foram medidos individualmente (figura 28) e pesados todos juntos (figura 29). A necessidade da biometria para o arraçoamento não se faz tão necessária na propriedade, uma vez que a alimentação dos alevinos é bem escassa para o controle de crescimento. Porém, quanto ao arraçoamento dos reprodutores, seria necessária a biometria para o correto fornecimento de alimento para os mesmos, procedimento que não foi realizado.

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Figura 28. Biometria individual de comprimento de alevino.

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 29. Pesagem dos alevinos.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização do estágio supervisionado na Aquicultura Dois Irmãos, permitiu que os aprendizados do curso de Zootecnia, não somente a parte de piscicultura, fossem colocados em prática, principalmente aqueles relacionados aos manejos diários de uma propriedade. Foi possível perceber a divergência entre campo e academia. Muito do que se aprende teoricamente, as vezes é inviável de ser colocado em prática (como a troca frequente das matrizes, que devido ao grande valor financeiro, é de grande dificuldade essa troca) porém, uma gama muito maior do visto em sala de aula, pode ser utilizado para aperfeiçoar as tarefas do campo.

Durante o período de estágio, notou-se a necessidade de aprimoramento em áreas especificas da piscicultura, para melhor aproveitamento das práticas. A reprodução, é uma prática que envolve conhecimentos avançados, tornando-se um dos gargalos da piscicultura. Este estágio, então, mostrou uma oportunidade ímpar.

A Aquicultura Dois Irmãos, conta com uma estrutura ainda precária, devido a estar durante a fase inicial de instalação, porém a vivência no local foi de extrema importância para meu crescimento pessoal e profissional. Mostrou-se eficaz em demonstrar que os conhecimentos empíricos, às vezes, são até mais importantes que aqueles que vimos na graduação e a relação pessoal também não deve ser deixada de lado.

Vai-se o estágio, fica o aprendizado. Quando lá comecei, pouco entendia da área de piscicultura, hoje, ainda sei pouco, porém muito mais do que em outrora.

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Referências

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