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Aula 01 Curso: Auditoria p/ ICMS RJ Professor: Lucas Salvetti

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Aula 01

Curso: Auditoria p/ ICMS RJ Professor: Lucas Salvetti

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

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1- Normas de execução dos trabalhos de auditoria 02

2- Risco de auditoria 10 3- Relevância/Materialidade 18 4- Trabalhos Iniciais 24 5- Questões comentadas 28 6- Lista de exercícios 48 7- Gabarito 57

"Sonhos são gratuitos. Transformá-los em realidade tem um preço." (Ennis J. Gibbs)

A aula de hoje terá como base a NBC TA 200, que, nada mais nada menos é a norma “pilar”, central, que aborda os seguintes assuntos:

“Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria”.

Vamos começar a aula revisando alguns assuntos já tratados na aula anterior (mas é importante reler, para fixar). A partir daqui, você não pode ter nenhuma dúvida com relação a estes itens, ok?

1.1- Objetivos Gerais do Auditor

Já vimos na última aula quais são os objetivos gerais do auditor. E ae, prezados, conseguem lembrar? Vamos dar uma refrescada na memória:

OBJETIVOS geraisdo auditor

são:

obter segurança razoável de que as

demonstrações contábeis como um todo estão

livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro.

expressar sua opinião sobre se as

demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável

apresentar relatório sobre as demonstrações

contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor

1- Normas de Execução dos trabalhos de auditoria.

Aula 01 – Normas de execução dos trabalhos de auditoria; Risco de auditoria; Relevância/Materialidade; Trabalhos iniciais.

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 1.2 – Requisitos Éticos Relacionados à Auditoria de Demonstrações

Contábeis.

O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à independência, no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis.

Aqui destaco que a NBC PG 100 (2014), chama confidencialidade de sigilo, portanto, são termos sinônimos que você precisa ficar atento, caso caia na prova. Não decore, ENTENDA!

Pra ajudar, vamos abordar individualmente cada princípio:

Integridade: Implica em ser direito e honesto em todos os relacionamentos profissionais e comerciais, o que inclui, também, negociação justa e veracidade.

Objetividade: O princípio da objetividade impõe a obrigação de não comprometer seu julgamento profissional ou do negócio em decorrência de comportamento tendencioso, conflito de interesse ou influência indevida de outros.

Competência e zelo profissional: A competência profissional consiste em atingir/manter o conhecimento e a habilidade profissionais no nível necessário para que clientes ou empregadores recebam serviço profissional adequado. Já o zelo profissional é agir diligentemente (de forma cuidadosa, exaustiva e tempestiva) de acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis.

Confidencialidade/sigilo: Respeitar o sigilo das informações obtidas em decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais e, portanto, não divulgar nenhuma dessas informações a terceiros, a menos que haja algum direito ou dever legal ou profissional de divulgação, nem usar as informações para obtenção de vantagem pessoal ilícita pelo auditor ou por terceiros. As exceções foram tratadas na aula 00. Principios fundamentais da ética profissionaldo auditor integridade objetividade competência profissional e devido zelo confidencialidade comportamento profissional

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Comportamento profissional: obrigação de cumprir as leis e os regulamentos pertinentes e evitar qualquer ação que o profissional da contabilidade sabe ou deveria saber possa desacreditar a profissão. Ainda sobre o comportamento profissional, os auditores devem ser honestos e verdadeiros e:

(a) não fazer declarações exageradas sobre os serviços que podem oferecer, as qualificações que têm ou a experiência que obtiveram; ou

(b) não fazer referências depreciativas ou comparações infundadas com o trabalho de outros profissionais da contabilidade.

Por fim, vale a pena relembrar o conceito e definição trazida pela NBC PA 290 (Resolução CFC nº 1.311/2010), com relação ao termo “independência”, conforme quadro abaixo:

(FCC / Analista Superior II – Auditor INFRAERO / 2011) De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria Independente, é princípio fundamental de ética profissional a:

a) interação com o auditado. b) objetividade.

c) parcialidade. d) integralidade. e) subjetividade. Resolução:

Mole né? Veja que os aspectos tratados nas alternativas A, C, D e E são todos prejudiciais ao auditor independente, pejorativos, ficando mais fácil ainda encontrar o gabarito da questão, alternativa B.

Lembre-se que integralidade não é integridade! Pegadinha casca de banana!!

Independência

Independência de Pensamento: postura mental que permite a apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa atue com integridade e exerça objetividade e ceticismo profissional

Aparência de independência:

evitar fatos e circunstâncias que sejam tão significativos a ponto de que um terceiro com experiência, conhecimento e bom senso provavelmente concluiria, pesando todos os fatos e circunstâncias específicas, que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da firma, ou de membro da equipe de auditoria ou asseguração seriam comprometidos

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

(ESAF / AFRFB / 2003) A ética profissional é condição para o exercício de qualquer profissão. Na execução do trabalho de auditoria, o auditor externo deve atender aos seguintes princípios éticos profissionais: a) integridade, eficiência, confidencialidade e dependência

b) independência, integridade, eficiência e confidencialidade c) dependência, integridade, imparcialidade e ineficiência d) confidencialidade, integridade, eficiência e negligência e) eficiência, confidencialidade, integridade e parcialidade

Resolução: O auditor está sujeito a exigências éticas relevantes, inclusive as relativas à independência, no que diz respeito a trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis.

Sendo assim, dependência, ineficiência, negligência e parcialidade são os itens que tornam as alternativas "a, c, d, e" erradas, sendo o gabarito da questão a alternativa "B".

1.3 – Ceticismo Profissional.

O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis.

A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de ignorar circunstâncias não usuais; generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de auditoria; uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados destes.

Além disto, o ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria.

O ceticismo profissional inclui

estar alerta, por exemplo, a:

evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas

informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de

auditoria

condiçõesque possam indicar possível fraude

circunstâncias que sugiram a necessidade de

procedimentos de auditoria além dos exigidos

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

A crença de que a administração e os responsáveis pela governança são honestos e têm integridade não livra o auditor da necessidade de manter o ceticismo profissional.

(FGV / AFRE-RJ / 2011 - ADAPTADA) Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

b) O ceticismo profissional não inclui estar alerta, por exemplo, a evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas ou informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria.

Resolução:

Alternativa B - Errada. O ceticismo inclui estar alerta (ao contrário do que afirma a alternativa), com evidências que contradigam outras evidências, como preve o item A18 da NBC TA 200:

"A18. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a: - evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas; - informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria".

1.4 – Julgamento Profissional.

O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis.

IMPORTANTE!! O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria.

Julgamento profissional é necessário nas decisões

sobre:

materialidade e risco de auditoria natureza, a época e a extensão dos

procedimentos de auditoria

avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada

avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro

aplicável da entidade

extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Além disto, ele também precisa ser adequadamente documentado. Neste aspecto, exige-se que o auditor elabore documentação de auditoria suficiente para possibilitar que outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com a auditoria, entenda os julgamentos profissionais significativos exercidos para se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante a auditoria.

Cabe destacar que o julgamento profissional não deve ser usado como justificativa para decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos fatos e circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria apropriada e suficiente.

Julgamento profissional, portanto, não substitui a necessidade de evidência apropriada e suficiente!

(FGV / AFRE-RJ / 2011) Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

a) O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. O julgamento profissional não é necessário, em particular, nas decisões sobre materialidade e risco de auditoria.

Resolução:

Alternativa A - Errada. O julgamento é necessário no que se refere a materialidade e risco de auditoria, como afirma o item A23 da NBC TA 200:

"A23. O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre: - materialidade e risco de auditoria;"

1.5 – Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria

Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião.

Definição de evidência, conforme NBC TA 500: “compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião.”

A evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações.

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Além disto, é importante saber que apropriada é um aspecto qualitativo, e suficiente é um aspecto quantitativo. Basicamente, é isto. Mais à frente teremos uma aula com este tema sendo abordado mais extensamente.

1.6 – Condução da Auditoria em conformidade com NBC Tas. O auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação específica. As NBC TAs, consideradas em conjunto, fornecem as normas para o trabalho do auditor no cumprimento dos seus objetivos gerais.

Para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os procedimentos estabelecidos nas NBC TAs relevantes ao planejar e executar a auditoria, considerando as inter-relações entre as NBC TAs, para:

a) determinar se são necessários quaisquer procedimentos de auditoria, além dos exigidos pelas NBC TAs, na busca dos objetivos formulados nas NBC TAs; e

b) avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente. O auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a menos que, nas circunstâncias da auditoria:

i) a NBC TA inteira não seja relevante; ou

ii) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir.

Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. Espera-se que a necessidade do auditor não considerar uma exigência relevante surja apenas quando a exigência for a execução de um procedimento específico e, nas circunstâncias específicas da auditoria, esse procedimento seria ineficaz no cumprimento do objetivo da exigência.

(ESAF / APOF / 2009) Sobre a auditoria independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. b) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles internos.

c) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio.

d) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Resolução:

Alternativa A e B – Errado. Este é o objetivo da auditoria interna, sendo papel da auditoria independente (externa) aumentar o grau de confiança das demonstrações contábeis.

Alternativa C – Errado. Este papel é do advogado, consultor jurídico ou outro profissional da área.

Alternativa D – Correto. Está de acordo com o item 11 da NBC TA 200.

Alternativa E – Errado. O objetivo do Auditor Independente é definido pela NBC TA em seu item 11. Fazer recomendações de soluções para as não-conformidades pode ser feita pelo auditor independente, através da emissão do relatório-comentário, mas não é seu objetivo principal.

ATENÇÃO!! PEGADINHAS CLÁSSICAS!!! O auditor não tem como objetivo:

1) Elaborar demonstrações contábeis;

2) Assegurar a viabilidade futura da entidade; 3) Atestar a eficiência/eficácia dos negócios; 4) Identificar erros e fraudes;

5) Assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

Vamos beber direto da fonte? Leia os trechos transcritos abaixo das normas que dão a base para a conclusão acima:

1) NBC TA 200, item A2-a:

“A2 (...)uma auditoria em conformidade com NBC TAs é conduzida com base na premissa de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança reconhecem e entendem que eles têm essa responsabilidade:

(a) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada”.

2 e 3) NBC TA 200, item A1:

“(,..) A opinião do auditor, portanto, não assegura, por exemplo, a viabilidade futura da entidade nem a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade”.

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

“4. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração”.

5) NBC TA 200, item 11:

“11. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

(a)obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e

(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor”.

O risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.

É importante salientar que o risco de auditoria envolve duas coisas: o auditor e as demonstrações contábeis. É importante lembrar disto para assimilar bem esta parte do conteúdo, conforme vamos avançando.

Atenção pra pegadinha!!! Para fins das NBC Tas, risco de auditoria é: 2- Risco de Auditoria Opinião de auditoria inadequada Demonstrações Contábeis COM distorções SEM distorções Risco de auditoria Risco de auditoria Para fins das NBC TAS

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 o O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

O risco de distorção relevante está ligado ao aspecto das

demonstrações contábeis (entidade auditada); o risco de detecção está relacionado com o auditor. Tenham isso em mente que o entendimento deste assunto será bem mais fácil.

(ESAF / Analista de Finanças e Controle - CGU / 2012) Na execução de uma auditoria, espera-se do auditor independente que

c) otimize o planejamento dos trabalhos de modo a reduzir o risco de auditoria a zero.

Resolução:

Alternativa C - Errada. A alternativa erra ao afirmar que o risco de auditoria pode ser reduzido a zero. Veja o item A45 da NBC TA 200, ora transcrito:

“A45. O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de

auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de

que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido a fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas”.

Portanto, sempre existirá o risco de auditoria!

2.1 – Risco de distorção relevante (demonstrações contábeis) Risco de relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. É o risco olhando sob a ótica das demonstrações contábeis.

Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: 1) no nível geral da demonstração contábil; e

2) no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.

Risco de Auditoria

Risco de distorção

relevante* Risco inerente

Risco de controle

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

ATENÇÃO!! O controle interno pode reduzir, mas não eliminar, os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, por causa das limitações inerentes ao controle interno.

2.1.1 – Risco Inerente

Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados.

O risco inerente pode ser mais alto, por exemplo, para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Ou seja, é um aspecto relacionado à natureza da conta, e os fatos que influenciam nela.

Lembre-se que Inerente é o que faz parte da pessoa ou coisa e que lhe é inseparável por natureza. É o que é intrínseco, peculiar e específico. É pra entender, não decorar, ok?

2.1.2 – Risco de Controle

Já o risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos), da implementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade, que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade.

Ou seja, é o risco de que a distorção não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno.

Lembre-se que estamos analisando sob o ponto de vista das demonstrações contábeis, ou seja, estamos analisando a parte da definição do risco de auditoria que diz respeito a existir uma distorção relevante.

2.2 – Risco de detecção (auditor)

É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma

Risco de distorção relevante (nível das afirmações) tem dois

componentes:

Risco Inerente

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.

Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir, menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas.

O risco de detecção é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.

(FCC / Auditor TCE-SP / 2013) Em auditoria, o denominado risco de detecção

a) independe da suficiência e adequação das evidências de auditoria coletadas pelo auditor para emissão de seu relatório.

b) é uma função direta da eficácia dos controles internos da entidade que está sendo auditada.

c) é invariável, qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transações por ela praticadas.

d) existe independentemente da auditoria das demonstrações contábeis, ou seja, é inerente à entidade.

e) está diretamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria.

Resolução:

Alternativa A – Errado. O risco de detecção relacionado aos procedimentos do auditor, e, logo, pelas evidências que ele conseguiu coletar.

Alternativa B – Errado. Função direta da eficácia dos controles internos da entidade é Risco de Controle (refere-se à entidade, não ao auditor).

Alternativa C – Errado. A extensão dos procedimentos de auditoria, por exemplo, sofrem influência dependendo do tipo de classes de transações ou atividade da entidade, tendo em vista o seu risco inerente. Desta forma, isto afeta o risco de detecção do auditor, afinal, contas mais suscetíveis de terem distorção resultam em maior risco do auditor não detecta-las (risco de detecção).

nível aceitávelde risco dedetecção

riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Alternativa D – Errado. Só existe risco de detecção se tiver o trabalho de auditoria, afinal, é o risco do AUDITOR não detectar as distorções que possam existir.

Alternativa E – Correta. Risco de detecção é o risco do auditor não detectar distorção relevante nas demonstrações contábeis. Portanto, está diretamente ligado aos procedimentos de auditoria aplicados pelo auditor independente, conforme previsto no item A43 da NBC TA 200.

Continuando o assunto deste sub-tópico, vamos dar uma olhada nos assuntos que podem ajudar na eficácia do procedimento de auditoria (e, consequentemente, reduzir o risco de detecção):

ATENÇÃO!!! O risco de detecção só pode ser reduzido, não eliminado, devido às limitações inerentes de uma auditoria.

Portanto, SEMPRE EXISTE RISCO DE DETECÇÃO.

(ESAF / Fiscal de Rendas do Município do RJ / 2010) Assinale a opção falsa a respeito dos assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o risco de detecção em uma auditoria.

a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados.

c) Aplicação do ceticismo profissional.

d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de transações.

Resolução:

De acordo com o item A43 da NBC TA 200, temos que:

"A43. O risco de detecção se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. Portanto, é uma Assuntos que ajudam a

aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria, reduzindo o

risco de detecção são:

planejamento adequado

designação apropriada de pessoal para equipe de trabalho

aplicação de ceticismo profissional

supervisão e revisão do trabalho de auditoria

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. Assuntos como:

- planejamento adequado;

- designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho; - aplicação de ceticismo profissional; e

- supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado,ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que o auditor possa selecionar

um procedimento de auditoria inadequado, aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente os resultados da auditoria."

Veja que reduzir o escopo de exame na verdade só aumenta o risco de detecção, que é o risco de não detectar uma distorção relevante. Portanto, a alternativa E é o gabarito da questão.

2.3 – Esquematização/Resumo dos Riscos:

Facilitou? Vamos agora falar sobre os limites inerentes, sendo o último tópico deste assunto.

2.4 – Limites Inerentes Risco de Auditoria Risco de Distorção Relevante Risco Inerente Risco de Controle Risco de Detecção Auditor não detectar uma distorção relevante Demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria Relacionada às características da afirmação específica

Relacionada à eficácia dos controles internos

opinião inadequada quando demonstrações com distorções relevantes

Relacionada à eficácia dos procedimentos do auditor Nível geral

Nível das afirmações

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Uma auditoria tem limitações inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas.

Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter evidências de auditoria. Por exemplo:

i) a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são relevantes;

ii) A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua ocultação (O auditor não é treinado nem obrigado a ser especialista na verificação de autenticidade de documentos);

iii) auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais tais como o poder de busca que podem ser necessários para tal investigação.

A relevância da informação e, por meio dela, o seu valor tende a diminuir ao longo do tempo, e há um equilíbrio a ser atingido entre a confiabilidade das informações e o seu custo, sendo necessário que o auditor:

a) planeje a auditoria de modo que ela seja executada de maneira eficaz;

b) dirija o esforço de auditoria às áreas com maior expectativa de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou a erro, com esforço correspondentemente menor dirigido a outras áreas; c) aplique testes e outros meios para examinar populações em busca de distorções.

A descoberta posterior de uma distorção relevante das demonstrações contábeis, resultante de fraude ou erro, não indica por si só, uma falha na condução de uma auditoria em conformidade com as normas de auditoria.

Os limites inerentes de uma auditoria não são justificativas para que o auditor se satisfaça com evidências de auditoria menos que persuasivas.

As limitações inerentes de uma auditoria originam-se

da:

natureza das informações contábeis (exemplo: estimativa contábil) natureza dos procedimentos de auditoria

necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

(FCC / Analista Judiciário TRF 1ª Região / 2011) Considere as assertivas a seguir:

I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação.

II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau.

III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas legais de auditoria.

Está correto o que se afirma SOMENTE em: a) II e III. b) I e II. c) I. d) II. e) III. Resolução:

Item I. Errado. De acordo com o item A47 da NBC TA 200, temos que:

"A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação".

Item II. Errado. O auditor independente deve respeitar os quesitos de independência, e a declaração sobre este fato não influencia em nada no que se refere a relação que existem ao ser verificado que o mesmo é parente em nível de segundo grau da administração da empresa auditada. Essa relação gera uma ameaça a independência de tal forma que nenhuma salvaguarda pode ser aplicada para reduzir a um nível aceitável.

Item III. Correto. Está de acordo com o item A52 da NBC TA 200, ora transcrito:

Exemplos de limitações

inerentes

• possibilidade de erros ou equívocos humanos;

• controles contornados por conluio ou burla inapropriada da administração.

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

"A52. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria".

Portanto, gabarito da questão é a alternativa E.

(ESAF / Analista de Finanças e Controle - CGU / 2012) Na execução de uma auditoria, espera-se do auditor independente que

a) exerça o seu direito de busca de documentos, no caso de suspeita de fraude.

Resolução:

Alternativa A - Errada. De acordo com o item A47 da NBC TA 200, temos que:

“A47. Há limites práticos e legais à capacidade do auditor de obter

evidências de auditoria. Por exemplo:

- A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto,

o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação”.

Portanto, mesmo que tenha suspeita de fraude, o auditor não tem poder de busca para investigação.

Antes de dar início ao tema “materialidade”, devo destacar a definição do termo “informação contábil-financeira relevante, trazida pela Resolução CFC nº 1374/11, em seu item QC6:

“Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer

diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já tiver tomado ciência de sua existência por outras fonte”.

Agora vamos avançar no conteúdo, tendo como base a NBC TA 320 – Materialidade.

3.1 – Objetivo

O objetivo do auditor é aplicar o conceito de materialidade adequadamente no planejamento e na execução da auditoria.

3- Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria.

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Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Para fins das normas de auditoria, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.

3.2 – Materialidade e Risco de Auditoria

A estrutura de relatórios financeiros frequentemente discute o conceito de materialidade no contexto da elaboração e apresentação de demonstrações contábeis. Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que:

distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis;

julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos; e

• julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários individuais específicos, cujas necessidades podem variar significativamente.

Dando continuidade no assunto, levo os senhores a definição de materialidade dada pela Resolução CFC nº 1374/11, a definição de materialidade é:

“QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação

distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Em outras palavras, a

materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma

(20)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

situação particular”.

A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis

A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes.

As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. Apesar de não ser praticável definir procedimentos de auditoria para detectar distorções que poderiam ser relevantes somente por sua natureza, ao avaliar seu efeito sobre as demonstrações contábeis o auditor considera não apenas a magnitude, mas, também, a natureza de distorções não corrigidas, e as circunstâncias específicas de sua ocorrência.

(CFC / CNAI – Qualificação Técnica Geral CFC / 2013) De acordo com a NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria assinale a opção INCORRETA.

a) Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, a norma, em geral, explica que as distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. b) Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, a norma, em geral, explica que as determinações da materialidade pelo auditor são uma questão de ceticismo profissional e de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes.

c) Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, a norma, em geral, explica que os julgamentos sobre

A materialidade e os

riscos de auditoria são

levados em consideração durante a auditoria,

especialmente na:

identificação e avaliação dos riscos de

distorção relevante

determinação da natureza, época e extensão

de procedimentos adicionais de auditoria

avaliação do efeito de distorções não

corrigidas, sobre as demonstrações contábeis, e na formação da opinião

(21)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos.

d) Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, a normal, em geral, explica que os julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para os usuários das demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários individuais específicos, cujas necessidades podem variar significativamente.

Resolução:

A alternativa B peca ao afirmar que é uma questão de ceticismo profissional (quando na verdade é uma questão de julgamento profissional), sendo o gabarito da questão. As outras alternativas acabamos de ver.

3.3 – Determinação da materialidade no planejamento e para a execução da auditoria

Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.

Se, nas circunstâncias específicas da entidade, houver uma ou mais classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação para as quais se poderia razoavelmente esperar que distorções de valores menores que a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis, o auditor deve determinar, também, o nível ou níveis de materialidade a serem aplicados a essas classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.

ATENÇÃO!! O auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.

o Uso de referenciais (benchmarks) na determinação da materialidade para as demonstrações contábeis como um todo A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional, como já vimos anteriormente. Aqui, aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.

(22)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Os fatores que podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem:

(a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, ativo, passivo, patrimônio líquido, receita, despesa);

(b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica (por exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das operações, os usuários tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido);

(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua;

(d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade); e

(e) a volatilidade relativa do referencial.

o Nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação

Fatores que podem indicar a existência de uma ou mais de uma classe de transações, saldos contábeis ou divulgação para os quais se poderia razoavelmente esperar que distorção, de valores menores que a materialidade para demonstrações contábeis como um todo, influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis incluem:

(a) se leis, regulamentos ou a estrutura de relatório financeiro aplicável afetam as expectativas dos usuários em relação à mensuração ou divulgação de certos itens (por exemplo, transações com partes relacionadas, e a remuneração da administração e dos responsáveis pela governança);

(b) as principais divulgações referentes ao setor em que a entidade atua (por exemplo, custos de pesquisa e desenvolvimento para empresa farmacêutica);

(c) se a atenção está focada em aspecto específico do negócio da entidade que é divulgado separadamente nas demonstrações contábeis (por exemplo, negócio recém-adquirido).

(23)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

(FCC / Agente Fiscal de Rendas SP / 2013) Uma demonstração contábil apresenta distorções relevantes, quando o valor de distorções

(A) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida para o trabalho.

(B) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, supera o valor de R$ 10.000.000,00.

(C) corrigidas não foi divulgado nas notas explicativas e supera a materialidade global estabelecida pelo auditor.

(D) corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida para o trabalho.

(E) não corrigidas, individualmente, é menor que a materialidade global. Resolução:

O item 2 da NBC TA 320 diz que:

“2. (...) Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que:

- distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes

quando for razoavelmente esperado que essas possam,

individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis”.

A materialidade é um valor de referência para o auditor (parâmetro) que ele utiliza para ter segurança de que os problemas eventualmente detectados nas demonstrações contábeis não se constituam em distorções relevantes, conforme disposto na NBC TA 320. Portanto, gabarito da questão é a alternativa A.

3.4 – Revisão no decorrer da auditoria

O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicialmente um valor (ou valores) diferente.

Revisão decorrente de

Mudançanas circunstâncias que ocorreram

durante a auditoria

Novas informações

Mudançano entendimento do auditor sobre a

entidade e suas operações em decorrência da execução de procedimentos adicionais de auditoria

(24)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 3.5 - Documentação

O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes valores e fatores considerados em sua determinação:

a) materialidade para as demonstrações contábeis como um todo; b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes

específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação; c) materialidade para execução da auditoria;

d) qualquer revisão com o andamento da auditoria.

Nesta parte da aula, vamos abordar algumas particularidades exigidas do auditor quando o mesmo for realizar o trabalho pela primeira vez na entidade auditada. Vamos lá:

4.1 – Objetivo.

Ao conduzir um trabalho de auditoria inicial, o objetivo do auditor com relação a saldos iniciais é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se:

ATENÇÃO!! De acordo com a NBC TA 510, trabalho de auditoria inicial é um trabalho em que:

O objetivo do auditor com relação a saldos

iniciais é obter

evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se..

os saldos iniciais contêm distorções que

afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente; e

as políticas contábeis apropriadas refletidas

nos saldos iniciais foram aplicadas de

maneira uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente, ou

as mudanças nessas políticas contábeis estão

devidamente registradas e adequadamente

apresentadas e divulgadas de acordo com a

estrutura de relatório financeiro aplicável

Trabalho de auditoria inicial é um trabalho em

que as demonstrações contábeis do período

anterior

não foram auditadas

foram auditadas por auditor independente antecessor 4- Trabalhos iniciais

(25)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 Já os saldos iniciais são os saldos contábeis existentes no início do período. Os saldos iniciais baseiam-se nos saldos finais do período anterior e refletem os efeitos de transações e eventos de períodos anteriores e políticas contábeis aplicadas no período anterior.

4.2 – Procedimentos de auditoria.

O auditor deve ler as demonstrações contábeis mais recentes e o respectivo relatório do auditor independente antecessor, se houver, para informações relevantes sobre saldos iniciais, incluindo divulgações.

O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente por meio de:

Repararam como as ações (procedimentos) previstas no esquema acima estão relacionados com os objetivos do auditor com relação aos saldos iniciais (item 4.1)? Entenderam porque é importante entender quis são os objetivos específicos do auditor em cada assunto?

Por fim, é preciso ressaltar que se o auditor obtém evidência de auditoria de que os saldos iniciais contêm distorções que poderiam afetar de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente, o auditor deve executar procedimentos adicionais de auditoria que forem apropriados nas circunstâncias para determinar o efeito sobre as demonstrações contábeis no período corrente. Se o auditor concluir que existem distorções nas demonstrações contábeis do período atual, o auditor

Obter evidência sobre os saldos inicias por meio de:

Saldos finais do período anterior foram

corretamente transferidos para o

período corrente (ou corrigidos)

Saldos iniciais refletem a aplicação de políticas

contábeis apropriadas

Realização de um ou mais dos seguintes

procedimentos...

a) no caso de as demonstrações contábeis do exercício anterior terem sido auditadas, revisar os papéis de trabalho do auditor independente antecessor para obter evidência com relação aos saldos iniciais; b) avaliar se os procedimentos de auditoria executados no período corrente fornecem evidência relevante para os saldos iniciais; ou

b’) executar procedimentos de auditoria específicos para obter evidência com relação aos saldos iniciais.

(26)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 deve comunicar as distorções para o nível apropriado de administração e aos responsáveis pela governança.

4.3 – Conclusões e relatórios de auditoria.

Se o auditor não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos iniciais, ele deve expressar a opinião com ressalva ou abstenção de opinião sobre as demonstrações contábeis, conforme apropriado.

A impossibilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos iniciais pode resultar em uma das seguintes modificações no relatório do auditor independente:

a) opinião com ressalva ou abstenção de opinião, conforme apropriado nas circunstâncias; ou

b) a menos que proibido por legislação ou regulamentação, opinião com ressalva ou abstenção de opinião, conforme apropriado, com relação aos resultados das operações e fluxos de caixa, quando relevante, e não modificada com relação à posição patrimonial e financeira.

Se o auditor concluir que os saldos iniciais contêm distorção que afeta de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente e, se o efeito da distorção não é devidamente registrado ou adequadamente apresentado ou divulgado, o auditor deve expressar a opinião com ressalva ou opinião adversa.

O auditor também deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa, conforme apropriado, se ele concluir que:

a) as políticas contábeis do período corrente não estão aplicadas de maneira uniforme em relação aos saldos iniciais de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável; ou

b) uma mudança nas políticas contábeis não está devidamente registrada, adequadamente apresentada ou divulgada, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

(FCC / AFRE-PB / 2006) Os saldos iniciais das demonstrações contábeis auditadas pela primeira vez pela firma de auditoria são de responsabilidade

a) do auditor anterior, não sendo necessário o auditor atual efetuar qualquer procedimento sobre as demonstrações contábeis.

b) dos administradores da empresa que por meio da carta de responsabilidade confirmam os saldos para o auditor atual.

(27)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 c) do auditor anterior que responderá pela veracidade das informações, assinando o parecer conjuntamente com a nova auditoria.

d) do novo auditor que deverá realizar a auditoria das demonstrações financeiras do ano anterior, uma vez que as mesmas são publicadas comparativamente.

e) do novo auditor que deve obter evidências suficientes de que estes saldos não contenham erros que afetem as demonstrações contábeis.

Resolução:

De acordo com a NBC TA 510, item 1, temos que:

"1. Esta Norma trata da responsabilidade do auditor independente em relação aos saldos iniciais em um trabalho de auditoria inicial (primeira auditoria)".

Assim, de acordo com os objetivos na obtenção de evidência através da análise dos saldos iniciais, exposta no item 3 da NBC TA 510, podemos concluir que a alternativa "E" encontra-se correta.

"3. Ao conduzir um trabalho de auditoria inicial, o objetivo do auditor com relação a saldos iniciais é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se:

(a) os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente; e (b) as políticas contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente, ou as mudanças nessas políticas contábeis estão devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável".

(28)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01

01. (FDC / Auditor Fiscal de Tributos Municipais ISS BH / 2012) O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e dos riscos de detecção. Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: no nível geral das demonstrações contábeis e no nível da afirmação para classes de:

A) saldos contábeis, demonstração de valor adicionado e notas explicativas. B) contas contábeis, saldos contábeis e notas explicativas.

C) transações, contas contábeis e fluxo de caixa. D) transações, saldos contábeis e divulgações. E) operações, fluxo de caixa e divulgações. Resolução:

De acordo com o item A34 da NBC TA 200, temos que os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis:

"1) Nível geral da demonstração contábil; e

2) Nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações."

Sendo assim, gabarito da questão alternativa D.

02. (UEL / AFRE - PR / 2012) O fato de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada, ou detectada e corrigida, em tempo hábil por controles internos relacionados, é considerado, de acordo com as normas brasileiras de auditoria, um risco

a) inevitável. b) inerente. c) de detecção d) de trabalho. e) de controle. Resolução:

Distorção relacionada ao controle interno da entidade diz respeito ao Risco de Controle. Gabarito da questão, alternativa E.

03. (ESAF / AFRFB / 2012) O auditor externo, ao ser contratado para auditar o Hotel Paraíso Azul S.A., constata em seus registros que a ocupação média do hotel é de 90% dos quartos. 50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não identificam parte dos hóspedes. O sindicato

(29)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 dos hotéis da região divulgou, em relatório atualizado, que a ocupação dos hotéis na região não ultrapassa 70%. O noticiário da região dá indícios que vários negócios estão sendo usados para lavagem de dinheiro. A situação apresentada pode evidenciar para o auditor um risco

a) de negócio e detecção. b) de fraude e de controle.

c) de distorção relevante e de controle. d) de detecção e distorção relevante. e) residual e de fraude.

Resolução:

Podemos extrair do enunciado que:

1- A taxa de ocupação do hotel é 90%, de acordo com seus registros (20% a mais do que o declarado por um terceiro - sindicato dos hotéis).

2- 50% das contas são pagas em dinheiro e o livro não identifica parte dos hóspedes.

Como a informação da taxa de ocupação obtida de terceiros não é o mesmo do que foi declarado (registrado) pela empresa, isso é um indício de fraude.

Já no que se refere ao pagamento em dinheiro sem registro da origem trata-se de uma falha no controle interno da entidade, tendo em vista que uma possível fraude (desvio) de dinheiro não seria percebida pela empresa, já que não se tem registrado a origem do mesmo (hospedes).

Portanto, temos risco de fraude e risco de controle, alternativa B.

A alternativa C está errada já que Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria.

04. (FCC / Analista Judiciário – Contador TRF / 2011) O risco de auditoria é uma função dos riscos de

a) detecção e de controle acionário. b) fraude e de formação profissional.

c) materialidade e de independência profissional. d) julgamento e de confidencialidade.

e) distorção relevante e de detecção. Resolução:

(30)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 “Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção”.

Portanto, gabarito da questão, alternativa E.

05. (FCC / Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP / 2006) A possibilidade de o auditor vir a emitir um parecer que contenha opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas denomina- se risco a) de auditoria. b) amostral. c) inesperado. d) de detecção. e) de controle. Resolução:

A definição de risco de auditoria, segundo a NBC T 11 (vigente à época do certame) é:

"11.2.3.1 – Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas".

Atualmente, tal norma foi revogada pela NBC TA 200, sendo sua definição modificada (literalmente), mas permanecendo com a mesma idéia, como podemos observar abaixo:

"13. Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante".

Portanto, gabarito da questão, alternativa A.

06. (FGV / AFRE-RJ / 2007) Avalie as afirmativas a seguir:

I. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas materiais.

II. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.

III. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida materiais, supondo que não haja controles.

(31)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 IV. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevantes que existam em uma afirmação.

Assinale:

a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Resolução:

De acordo com a NBC TA 200, item 13, temos que:

1) risco de auditoria é: "o risco de que o auditor expresse uma opinião de

auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante".

2) risco inerente é "a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma

transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados".

3) risco de controle é o risco de que “uma distorção que possa ocorrer em

uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade".

4) risco de detecção é "o risco de que os procedimentos executados pelo

auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções". Sendo assim, alternativa I e IV estão

corretas, gabarito da questão alternativa B.

07. (CESPE / Analista de Finanças e Controle CGU / 2004) A avaliação de riscos de controle é:

a) o processo de avaliação da eficácia dos controles internos na detecção de erros ou classificações devidas nas demonstrações contábeis. b) o procedimento de avaliação da eficiência dos controles externos na eliminação de erros ou classificações indevidas nas demonstrações contábeis. c) o processo de avaliação da eficácia dos controles internos na detecção de erros ou classificações indevidas nas demonstrações contábeis. d) a incapacidade de avaliação da eficiência dos controles internos na retificação dos erros e fraudes nas demonstrações contábeis. e) a capacidade de detecção de operações que eliminem os erros ou

(32)

Prof. Lucas Salvetti – Aula 01 classificações devidas nas demonstrações contábeis com o objetivo de mudá-las.

Resolução:

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois componentes: risco inerente e risco de controle. O risco inerente e o risco de controle são riscos da entidade; eles existem independentemente da auditoria das demonstrações contábeis

De acordo com o item A39 da NBC TA 200, temos que "o risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos), da

implementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade, que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade". Sendo assim, gabarito da questão,

alternativa "C".

08. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando os produtos que estão sendo vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a alterações significativas de preços, o auditor deve considerar:

a) aumento de risco inerente. b) redução de risco de controle. c) aumento de risco de detecção. d) redução de risco inerente. e) aumento de risco de controle. Resolução:

Se os produtos têm a peculiaridade de sofrerem alterações significativas de preços, o auditor deve ficar atento aos seus registros já que o mesmo possui um risco inerente maior.

Temos na NBC TA 200, em seu item A38 que o "risco inerente é mais

alto para algumas afirmações e classes relacionadas de transações, saldos contábeis e divulgações do que para outras. Por exemplo, ele pode ser mais alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente".

Sendo assim, gabarito da questão é a alternativa "A".

09. (ESAF / AFRFB / 2002) Quando um auditor eleva o nível de risco de controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes, ele deve:

Referências

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