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Introdução ao Estudo do Direito Penal Econômico Apresentação do Curso. Conceito de Direito Empresarial. Noções Gerais sobre a Ordem Econômica.

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Direito Penal Econômico

Professora Maria Isabel do

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Introdução ao

Estudo do Direito

Penal Econômico

Apresentação do Curso. Conceito

de Direito Empresarial. Noções

Gerais sobre a Ordem Econômica.

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Íntegra da aula ministrada no

Complexo Jurídico Damásio

Evangelista de Jesus

1.Histórico

Queridos Alunos, o termo white collar crimes - expressão inglesa utilizada para designar os chamados “Crimes do Colarinho Branco” foi descoberta pelo Professor de Criminologia Edwin H. Sutherland, em 27 de dezembro de 1939, ao realizar uma palestra como Presidente da American

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O respeitado professor conceituou o delito como aquele cometido por uma pessoa de respeitabilidade e alto status social no decurso da sua profissão.

A expressão ficou tão famosa que ganhou tradução em quase todos os idiomas !

A magnitude da obra de Sutherland, em que pese ter sido desenvolvida em meados do século XX e com uma vertente criminológica da questão, terminou por tornar-se referência no âmbito do Direito.

É importante verificarmos que o “tipo de roupa” utilizada pelo criminoso também atinge outras versões citadas pelo autor em sua obra. Temos como exemplo os blue collar crimes, referindo-se aos delitos dos operários que vestem macacões azuis, e aos de cor cáqui, reportando-se aos crimes praticados por militares em tempo de guerra.

Em sua monografia, “Crime do Colarinho Branco”, publicada em versão final no ano de 1949, pouco antes de sua morte, Sutherland apresenta

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20 anos de sua pesquisa sobre o assunto, tendo compilado centenas de violações legais cometidas por 70 das maiores empresas americanas da época.

Com um bom traje se esconde uma má procedência, já consagrara a máxima latina: "obscurum vestis contegit ampla genus".

2. O Crime do Colarinho Branco no

Brasil

No Brasil, tivemos inicialmente a Lei nº 7.492/86, relativa aos crimes contra o sistema financeiro.

Posteriormente, ante o perfil específico e modo de atuação de cada criminoso – por exemplo - autores de elevado status sócio-intelectual, sofisticação do "modus operandi", alta lucratividade das operações - literalmente, empreendedores do crime -, organização empresarial, etc. a rotulagem criminosa passou a ser mais específica, a exemplo dos seguintes delitos : crimes contra o consumidor (Lei nº 8.078/90), ordem tributária, econômica e

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previdenciária(Leis nº 8.137/90, 8.176/91; arts. 168-A, 337-A do CP), mercado de capitais(art. 27 da Lei nº 6.385/76), lavagem de dinheiro(Lei nº 9.613/98), crime organizado (Lei nº 9.034/95), estelionato coletivo (art. 171 do CP), e especialmente, dada sua histórica e devastadora destruição da "res publicae", a crônica corrupção(crimes contra a administração pública), aí incluída a improbidade administrativa(Lei nº 8.429/92), etc.

Nesta e nas próximas aulas vamos ter uma visão geral e sistemática sobre o pensamento de Edwin Sutherland, particularmente no tocante à teoria da associação diferencial e às características do crime do colarinho branco como fenômeno criminológico, em busca de uma maior compreensão das semelhanças e diferenças entre a criminalidade dos indivíduos das classes sociais mais baixas e a criminalidade dos indivíduos das classes mais altas.

A teoria da associação diferencial, elaborada por Sutherland, conquanto não seja definitiva ou esteja acima de qualquer crítica ou questionamento – como nenhuma teoria o é ou está, aliás –, é fundamental para

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uma compreensão mais abrangente e específica dos crimes associativos e, mais importante, do fenômeno do crime organizado.

3. A Teoria da Associação Diferencial

A Teoria da Associação Diferencial foi introduzida pelo autor na edição de 1939 do seu livro “Principles of Criminology”, sofrendo modificação na edição de 1947, o qual se tornaria the most influential text book in the history of

criminology.

Sutherland constrói sua teoria com alicerce em alguns princípios que dizem respeito ao processo pelo qual uma determinada pessoa mergulha no comportamento criminoso.

Como exemplo, cita que um garoto sociável, expansivo e ativo, vivendo em uma área de elevada taxa de delinquência, apresenta grande probabilidade de vir a travar contato com outros garotos do bairro, aprender padrões de comportamento criminoso com eles e, por derradeiro, se tornar, ele próprio, um delinquente.

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Na outra face da moeda, um garoto emocionalmente perturbado, no mesmo dado bairro, que seja sozinho, introvertido e inativo, pode permanecer mais em casa, deixando de conhecer outros garotos do bairro e de se envolver em comportamento criminoso.

Na terceira hipótese levantada pelo doutrinador, o garoto sociável, expansivo e ativo pode virar escoteiro, jamais se engajando em atividades delinquentes.

Resumindo, todo comportamento, para o criminólogo, seja legal ou criminoso, é aprendido em decorrência de associações com outros, dando-se a parte mais importante da aprendizagem no seio de grupos pessoais íntimos. O comportamento criminoso, conquanto exprima necessidades e valores gerais, não é explicado por tais referenciais, posto que o comportamento conformista, não criminoso, reflete iguais necessidades e valores.

As fontes motivacionais do comportamento são, portanto, as mesmas tanto para o criminoso como para o conformista, respeitador da lei,

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morando a distinção no fato de que a persecução dos objetivos, pelo primeiro, se faz com a utilização de meios ilícitos.

A associação diferencial emerge, então, como produto de socialização no qual o criminoso e o conformista são orientados por muitos princípios idênticos.

4. O Direito Penal Econômico - A nosso

matéria

O Direito Penal Econômico surgiu para designar uma nova realidade jurídica, não caracterizada pelo Direito tradicional.

O fenômeno da intervenção estatal é a chave do Direito Penal Econômico que, mais do que um ramo novo do Direito reside em nova maneira de encarar, em função das necessidades da economia, os problemas do Direito.

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Surge, então, o Direito Penal Econômico como necessidade das sociedades industriais e consequência do intervencionismo estatal, para recobrir a ordem econômica com sua proteção contra os criminosos empresariais.

Ultimamente a sociedade brasileira tem sido espectadora de crimes cruéis que certamente causam indignação aos cidadãos de bem. Infelizmente tal situação não é novidade, assim como não é novidade também o fato de, para alguns, nossa legislação penal não se mostrar a contento diante do clamor social mormente quando nos deparamos com situações de extrema violência.

Uma questão sempre volta à tona quando nos deparamos com situações que geram tal comoção social, qual seja, a ineficiência do Direito Penal em responder às demandas da criminalidade moderna e até que ponto o endurecimento das punições gera uma consequência imediata quanto à eficácia da legislação penal.

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De um lado temos a sociedade cobrando normas eficazes que assegurem a implementação da Justiça Social através de um sistema penal combativo que abranja todos os tipos de crime contra a nossa ordem econômica. De outro lado temos a opinião daqueles que defendem que o Direito Penal deve tender para a despenalização das condutas, uma vez que aparentemente não tem se mostrado o meio de controle social mais eficaz.

Nos dias atuais, as mudanças de idéias, pensamentos e comportamentos, juntamente com os avanços tecnológicos e científicos trouxeram em seu bojo uma complexidade sem precedentes. Fenômenos como a globalização, a integração supranacional, a imprevisibilidade das condutas, o aumento da criminalidade organizada e a insegurança crescente são características especificas da sociedade pós-industrial.

Entra em cena, então, o Direito Penal Empresarial, também conhecido como “Crimes de Colarinho Branco”, “ Crimes dos Engravatados”, “Crimes of the Powerful”, “White Collar Criminality”, com uma característica bem diferenciada no que diz respeito ao seu sujeito ativo.

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Com efeito, na grande maioria dos casos, os crimes de sonegação fiscal, evasão de divisas, gestão fraudulenta, crime organizado, etc. são perpetrados por pessoas de alto nível econômico, no exercício de sua atividade profissional. São profissionais liberais, empresários, executivos, banqueiros, ocupantes de cargos políticos e altos funcionários públicos.

O que mais intriga os estudiosos do tema é que os autores da criminalidade econômica são vistos pela nossa sociedade, muitas vezes, como pessoas íntegras, trabalhadoras, e não como verdadeiros criminosos.

Podemos conceituar, desta forma, o Direito Penal Econômico como o ramo do Direito Penal voltado para a identificação e criminalização de condutas

perpetradas nas relações comerciais ou na atividade empresarial, pelos administradores, diretores ou sócios, geralmente de forma não violenta e envolvendo fraude ou violação da confiança da relação de confiança.

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É importante que tenhamos em mente que a característica fundamental deste tipo de crime é a sua atuação de forma organizada, sob a forma de empresas lícitas, muitas vezes com caráter supranacional.

Há um outro traço comum da criminalidade econômica que eu gostaria de discutir com vocês. É o caráter supra individual do bem jurídico atingido.

Quando falamos em crimes contra a ordem econômica, sistema financeiro ou ordem tributária o que nos vem à mente em termos de tutela jurídico-penal?? Imediatamente pensamos que a tutela jurídico-penal está voltada para o funcionamento regular desse conjunto de regras que orientam e regulam a atividade econômica, seja do Estado, seja do indivíduo, através da livre iniciativa.

Mas, em algumas situações, a tutela jurídico-penal também tem por objetivo o regular funcionamento do mercado empresarial, como ocorre nas hipóteses de abuso de poder econômico, ou ainda a boa-fé nas relações comerciais, como ocorre nas situações de violação ao direito do consumidor.

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Em ambos os casos acima citados podemos detectar a proteção à ordem econômica, ou à economia popular.

No Brasil esse termo define o ato delituoso cometido por uma pessoa de elevada respeitabilidade e posição sócio-econômicos e, muitas vezes, representa um abuso de confiança.

Refere-se a um tipo de crime de difícil enquadramento em uma qualificação jurídica precisa. Em geral, é cometido sem violência, em situações comerciais, com considerável ganho financeiro. Os autores se utilizam de métodos sofisticados e de transações complexas, o que dificulta muito sua percepção e investigação.

Tal perfil delituoso foi definido pela Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986 e na Lei n° 9.613 de 3 de março de 1998.

Duas características são marcantes nos chamados "crimes do colarinho branco": a privilegiada posição social do autor e a estreita relação da atividade criminosa com sua profissão. Alguns casos ficaram famosos no Brasil,

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entre eles, o do banqueiro Salvatore Cacciola responsável pelo escândalo do banco Marka, do qual era controlador, e que fugiu para a Itália,seu país natal, graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio de Mello, do STF.

Outro caso é o do empresário Pedro Paulo de Souza, ex-proprietário da falida construtora Encol que quebrou, deixando 45 mil mutuários sem casa.

A Operação Satiagraha, da Polícia Federal, também objetivou combater crimes de colarinho branco.

5.Objetivo da Intervenção do Poder

Público

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Na ordem econômica, o Estado atua para coibir os excessos da iniciativa privada e evitar que desatenda às suas finalidades, ou para realizar o desenvolvimento nacional e a justiça social.

A intervenção estatal impede o desenvolvimento de um capitalismo desumano, opressor dos menos favorecidos; nesse aspecto, tem o objetivo de promover bem-estar social.

O objetivo primordial da intervenção é a necessidade de proteção do Estado aos interesses da comunidade. Os interesses coletivos têm supremacia sobre os interesses individuais do mercado, pois o coletivo é a maioria, que é a base do regime democrático e do Direito moderno.

A intervenção se faz através da:

- Repressão ao abuso do poder econômico; - Controle dos mercados;

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A intervenção não se faz arbitrariamente, não segue critérios pessoais das autoridades, é instituída pela Constituição e regulada por leis federais que disciplinam as medidas interventivas.

Uma intervenção equilibrada faz-se com perseguição aos interesses coletivos e preservação dos direitos individuais, também garantidos pela Constituição Federal.

6. A Constituição Federal e o Domínio

Econômico

Domínio econômico é o conjunto de bens e riquezas a serviço de atividades lucrativas.

No domínio econômico, a Constituição assegura a liberdade de iniciativa, mas essa liberdade, obrigatoriamente, deverá ser exercida com o objetivo de promover o desenvolvimento nacional e a justiça social.

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A Constituição Federal impõe a valorização do trabalho, a harmonia e solidariedade entre as categorias sociais de produção e expansão das oportunidades de emprego produtivo, (artigo 170 da C.F.).

De acordo com o entendimento constitucional, a intervenção do Poder Público no domínio econômico incide sobre a atividade lucrativa, exercida pela empresa, como instrumento da iniciativa privada.

Se a atividade da empresa realizar-se com abuso do poder econômico, está legitimada a intervenção pública.

Sempre, o que legitima a intervenção pública na esfera privada é o interesse público e o bem-estar social.

O bem-estar social é o bem comum, o bem do povo em geral, expresso sob todas as formas de satisfação das necessidades comunitárias.

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No bem-estar social incluem-se as exigências materiais e espirituais dos indivíduos, coletivamente, considerados. São as necessidades vitais da comunidade, dos grupos, das classes que compões a sociedade.

O bem-estar social é o escopo da justiça social a que se refere a Constituição Federal (artigo 170) e só pode ser alcançado através do desenvolvimento nacional.

Modernamente, o Estado de Direito aprimorou-se no Estado de Bem-Estar (Welfare State) em busca de melhoria das condições sociais da comunidade. Equilíbrio entre o Estado Liberal, que se omite ante a conduta individual, e o Estado Socialista, que suprime a iniciativa particular.

O Estado assume a posição de orientador e incentivador da conduta individual no sentido do bem-estar social, com esse objetivo, o Estado do Bem-Estar intervém no domínio econômico, quando utilizado contra o bem comum da coletividade.

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7. Os Princípios da Ordem Econômica

Brasileira

Em 5 de outubro de 1988 foi promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil. Naquele momento histórico, com grande mobilização nacional, aclamava-se pela inserção de um conjunto de direitos e de garantias, que até então não haviam sido contempladas no diploma legal brasileiro.

Dentre estes direitos e garantias, situam-se os princípios da ordem econômica brasileira, que careciam ser considerados com maior atenção pelo constituinte.

Quando da promulgação da Constituição Cidadã, o povo brasileiro foi agraciado com um rol de leis que visam assegurar a existência de uma sociedade mais justa, solidária e civilizada.

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Na aula de hoje analisaremos também os princípios constitucionais que regem a ordem econômica no Brasil, de acordo com o que disciplina o artigo 170 da Constituição Federal de 1988.

Com a análise dos princípios constitucionais propostos, houve a oportunidade de contemplar o Estado, como elemento normatizador e regulador das atividades econômicas, cumprindo seu papel de fiscalizar, incentivar e planejar o direcionamento do sistema econômico nacional. Assim sendo, não se pode deixar de enfatizar que a ordem econômica brasileira fundamenta-se em dois fatores principais, a valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, com o objetivo de garantir a todos os indivíduos uma existência digna, conforme os preceitos da justiça social.

A ordem econômica no Brasil é disciplinada por um conjunto de princípios estabelecidos na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 170, que preconiza que: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

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“I – soberania nacional; II –propriedade privada;

III – função social da propriedade; IV – livre concorrência;

V –defesa do consumidor; VI – defesa do meio ambiente;

VII – redução das desigualdades regionais e sociais; VIII – busca do pleno emprego;

IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas, sob as leis brasileiras eque tenham sua sede e administração no País”.

Neste sentido, o Estado apresenta-se, segundo a Carta Magna, com o objetivo de normatizar e regular as atividades econômicas através de fiscalização, incentivo e planejamento, juntamente com leis específicas que direcionam o sistema econômico nacional.

Não se pode deixar de enfatizar que a ordem econômica brasileira tem suas bases em dois fundamentos, sendo, a valorização do

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indivíduos uma existência digna, conforme os preceitos da justiça social. Assim, os princípios constitucionais sugerem uma direção para a ordem econômica, porém sem perder de vista o princípio básico da função social.

O Brasil é um País que adota a economia de mercado, mas configurando-se como estado liberal, não deixa de cumprir seu papel no controle da atividade econômica, intervindo no caso de excessos, o que caracteriza o papel do Estado na regulação e no planejamento econômicos.

Nesse sentido, uma das premissas básicas da atuação do Estado na economia nacional, pressupõe que este atue direta ou indiretamente em situações de relevância, nas quais impere a segurança do Estado e os interesses coletivos.

Assim, pode-se inferir que a atuação do Estado na área econômica, legitima-se apenas para a proteção dos princípios constitucionais.

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Mais especificamente na ordem econômica, a intervenção do Poder Público é fundamental para sanar questões que possam vir a afetar a ordem econômica do País.

a) O Princípio da Soberania Nacional

A soberania nacional encontra-se presente na Constituição Federal de 1988, por início, como um dos principais fundamentos da República, como aspecto imprescindível para a inicialmente, como fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1º, I). É requisito essencial para a constituição do Estado brasileiro.

O princípio da soberania nacional, previsto como o primeiro princípio da ordem econômica e financeira brasileira, traz a particularidade específica da soberania econômica do Estado. Para um melhor entendimento, a soberania aqui apresentada, caracteriza-se como o poder do Estado, em interferir e dirigir a ordem econômica, nos aspectos em que for de seu interesse ou da coletividade.

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b) O Princípio da Propriedade Privada

O princípio da propriedade privada, contemplado inicialmente no artigo 5º, XXII, da Constituição federal de 1988, garante aos indivíduos nacionais que sua propriedade é de responsabilidade pessoal de cada um. Neste caso, o Estado não tem poderes para interferir, sem justos motivos, no que se pode afirmar que seja a mola mestra da atividade econômica do País. Entretanto, este princípio é apresentado no artigo 5º de maneira abrangente, sendo que com maior especificidade, o artigo 170 aborda a questão da propriedade privada, sob o aspecto dos meios de produção, inseridos na ordem econômica e financeira.

Nota-se que a propriedade contemplada no artigo 5º, caracteriza-se como de caráter geral, na qual o proprietário de alguma coisa tem o direito de usufruir, dispor, de reavê-lo se estiver em poder de outrem, como é previsto pelo artigo 1228 do Código Civil (2002). Portanto, a propriedade aqui é tratada de maneira abrangente, ou seja, como um gênero.

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A propriedade mencionada no artigo 170 da Constituição Federal de 1988, refere-se a um conjunto de bens componentes do estabelecimento empresarial, de acordo com o que estabelece o artigo 1142 do Código Civil (2002), no qual:

“considera-se estabelecimento todo o complexo de bens organizado, para exercícioda empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”.

Neste caso, a ordem econômica resguarda especificamente a propriedade dos fatores de produção, sustentáculo do sistema capitalista. Neste contexto, cabe ressaltar que o direito de propriedade aplicado aos meios de produção configura a liberdade para o desenvolvimento das atividades econômicas mercantis.

De qualquer modo, conclui-se que no Brasil não se observa um controle absoluto da propriedade. A propriedade privada existe com o objetivo de acolher um fim mais amplo, que se denomina função social da propriedade, objeto de análise do próximo item.

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c) O Princípio da Função Social da

Propriedade

No ordenamento jurídico brasileiro, a função social da propriedade é tema relativamente recente. Cabe ressaltar que várias foram as contribuições para a base desse princípio no ordenamento jurídico, sobretudo, interessante citar as contribuições da doutrina da Igreja Católica medieval, nesse contexto.

A função social da propriedade, prevista no inciso III do artigo 170, caracteriza-se como uma restrição ao princípio da propriedade privada, abordado anteriormente. Esse princípio permite a intervenção do Estado sobre a propriedade que deixa de cumprir sua função social. Com maior especificidade, por meio desse princípio, a propriedade deve exercer sua função econômica, isto é, deve ser utilizada para geração de riqueza, garantia de trabalho, recolhimento

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de tributos ao Estado, e principalmente, a promoção do desenvolvimento econômico.

d) O Princípio da Livre Concorrência

A livre concorrência, ou livre iniciativa é garantida pela Constituição Federal e configura-se como um dos sustentáculos estruturais da economia nacional. O constituinte observou a necessidade de esforços no sentido de incentivar a presença contínua e em massa de empresas particulares que tenham condições financeiras e econômicas, bem como o desejo de participar conjuntamente com o País, do desenvolvimento, do progresso, oferecendo para tal, condições de garantir força necessária para atuação, entretanto sem esquecer da livre concorrência, representada pelas micro e pequenas empresas.

Cabe ressaltar, que no modelo de economia de mercado, adotado pelo Brasil, as micro e pequenas empresas, se não contarem com o apoio dos grandes grupos empresariais do País, tendem a sucumbir por meio da

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concorrência desleal praticada por grandes redes que detêm significativo poder de entrada no mercado.

e) O Princípio da Defesa do Consumidor

Na atualidade, o princípio da defesa do consumidor é de grande importância, pois assevera que nas relações de consumo, a atividade econômica deve proteger a parte mais frágil, ou seja, o consumidor, da voracidade do mercado financeiro. Dois agentes são os responsáveis por esta proteção, primeiramente o Estado, que deve editar leis, atos e sentenças, e os agentes econômicos, que devem se regular pelos princípios e regras estabelecidas pelo Estado.

Com o crescimento das relações de consumo na sociedade, resultado da globalização da economia houve a necessidade de se aperfeiçoar o regime jurídico que tratava das relações contratuais, prevendo soluções para esse novo panorama global da economia.

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A base legal que oferece proteção ao consumidor no Brasil, como princípio da ordem econômica está previsto na Constituição Federal, que incorporou em suas normas, as recentes tendências do direito público moderno, consubstanciada no inciso XXXII do artigo 5º, a saber: "O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor." Mais adiante, o artigo 170, inciso V, também cuida dessa matéria.

O diploma legal, no caso da defesa do consumidor, constitui-se em importante instrumento de cidadania. É responsável por estabelecer normas de proteção e defesa do indivíduo reconhecido como sendo a parte frágil em uma relação de consumo, ou seja, o consumidor.

Assim sendo, a violação aos direitos do consumidor é observada por meio de abusos de poder infringidos por fornecedores. Entretanto, este processo exigiu da sociedade, a busca por meios de controle para que estes abusos não superassem os limites permitidos por lei. Em outras palavras, para que não ocorresse o abuso de poder, o que vai de encontro à ordem pública, caracterizado pela prática da exorbitância, disfunção na utilização de determinado direito.

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A principal finalidade do Código de Defesa do Consumidor, não se caracteriza apenas em privilegiar alguns sujeitos participantes de relações de consumo. Objetiva constituir um equilíbrio entre os atores econômicos, na medida em que atestam a vulnerabilidade e fragilidade do consumidor. O Código disponibiliza ao consumidor lesado, um rol de institutos e instrumentos para garantir efetiva e integralmente a reparação e a prevenção de possíveis danos causados por fornecedores de produtos ou serviços.

Contudo, sendo o consumidor a parte economicamente mais frágil, em um relacionamento jurídico dessa natureza, seus interesses devem ser tutelados pelo Estado, que deve também protegê-lo e ampará-lo.

f) O Princípio da Defesa do Meio

Ambiente

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Muito tem se discutido na atualidade sobre as questões ambientais. Desde a revolução industrial, até os dias atuais, os avanços tecnológicos alcançaram proporções gigantescas, criando, entre outros aspectos, a globalização da economia.

O crescimento econômico, fruto de esforços pelo desenvolvimento das nações é um aspecto presente, entretanto, os meios utilizados para o alcance das metas de crescimento vem por décadas degradando o meio ambiente, indispensável

para a sobrevivência dos seres humanos.

Não se pode negar a importância do crescimento de uma nação, desde que se realize de maneira sustentável e consciente, buscando aliar o desenvolvimento sócio-econômico com a preservação do meio ambiente.

Nesse sentido, as políticas públicas voltadas para o meio ambiente devem ser observadas como ferramentas para gestão consciente dos recursos naturais, e não como inibidoras de desenvolvimento. A crise ambiental instalada no planeta piora a cada dia. O consumo desenfreado do homem, de

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bens naturais não renováveis e consequentemente, limitados, caracteriza-se como um fator determinante para a degradação e resultante desequilíbrio progressivo do ambiente.

Portanto, o meio ambiente, como objeto de direito coletivo, pois todos têm direito a viver em um ambiente equilibrado, com qualidade de vida, mais do qu nunca necessita de proteção, de conscientização coletiva e especialmente das esferas públicas, centralizadas em seu principal gestor, o Estado.

Com efeito, importante se faz analisar a eficácia da proteção do Direito Brasileiro ao meio ambiente, no que concernem as ações lesivas, do dano e do nexo com a fonte poluidora ou degradadora do meio ambiente, tendo como norte o que preconiza o art. 225 da Carta Magna brasileira, no qual todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

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Assim, a atividade econômica, diferentemente do ocorria no passado, como meio de subsistência industrial tende a diminuir os impactos causados ao meio ambiente pela prática extrativista desenfreada, aspecto que foi previsto pelo constituinte, quando da inserção da proteção ambiental na Carta Magna de 1988, mais especificamente com o texto “defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.”

Com a inserção da defesa ao meio ambiente como princípio de ordem econômica, o constituinte estabeleceu que o Estado é responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas visando o uso consciente e a preservaçãoambiental, por outro lado, como norma de conduta aos atores econômicos, a harmonização de seus interesses com o reflexo que a utilização do meio ambiente pode causar à sociedade.

Este princípio pode ser considerado como uma conquista social no Brasil. Eros Roberto Grau (2005, p. 251), a esse respeito menciona que: “[...] o princípio da defesa do meio ambiente conforma a ordem econômica (mundo do

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ser), informando substancialmente os princípios da garantia do desenvolvimento e do pleno emprego.

Além de objetivo, em si, é instrumento necessário – e indispensável – à realização do fim dessa ordem, o de assegurar a todos existência digna. Nutre também, ademais, os ditames da justiça social.”

Além disso, Ferreira Filho (2001) assevera que este princípio foi inserido como de ordem econômica em um momento muito propício, até mesmo como questão de sobrevivência dos seres humanos.

Neste contexto, seja como caráter social ou questão de sobrevivência, ao ator da atividade econômica, ou seja, ao empresário foi gerada uma responsabilidade maior acerca de seus meios de produção. É dever estabelecido pela lei que este utilize o meio ambiente de maneira sustentável, de modo a não causar depredação ou degradação.

Assim, pode-se inferir que a defesa ambiental ganha caráter social, se observado pela ótica da ordem econômica, pois a preservação do meio

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ambiente é imprescindível para o bem estar do ser humano e para a sobrevivência de gerações futuras.

No entanto, não se pode conceber o crescimento econômico sem a utilização do meio ambiente, mas a o que fica claro com o princípio constitucional ora apresentado, é que a utilização do meio ambiente pode ser realizada de acordo com estudos de utilização sustentável, sem agressão ou destruição.

Concluindo-se, a defesa do meio ambiente é questão social de suma importância, e como já mencionado, questão de sobrevivência. Pode-se afirmar que a presença da defesa ambiental como princípio de ordem econômica, caracteriza o que se pode chamar de desenvolvimento sustentável.

g)

O

Princípio

da

Redução

das

Desigualdades Regionais e Sociais

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Segundo este princípio da ordem econômica, a Constituição da República responsabiliza também aos atores da atividade econômica por um dos desígnios do próprio Estado, qual seja, a redução das desigualdades sociais e regionais no País.

De acordo com o inicialmente previsto pelo artigo 3º, inciso III, constitui-se como um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais” (BRASIL, 1988).

Nesse sentido, os atores econômicos têm o dever, conforme as atividades por eles desenvolvidas, buscar combater as desigualdades, especialmente quando o Estado designou e orientou tal ação.

A existência das desigualdades regionais e sociais serve como um atestado no qual se enquadram os Países subdesenvolvidos. Presente como princípio de ordem econômica, a redução de desigualdades sugere que o desenvolviment econômico atue na redução desse problema no País.

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No entanto, pode se observar um paradoxo nesse princípio, pois de acordo com a economia baseada em um sistema capitalista, o objetivo maior deste sistema é a acumulação de capital, ou seja, muito nas mãos de poucos. Nesse sentido, para a redução das desigualdades seria necessária a melhor distribuição de renda, o que não ocorre na economia capitalista.

A redução das desigualdades como princípio constitucional, inicialmente no artigo 3º, III, e posteriormente no artigo 170, VII, remete ao objetivo principal da ordem econômica, que nada mais é do que a busca para uma existência digna. Com grande propriedade, Muller (1986) em sua obra “Economia Mundial Contemporânea: uma introdução” aborda a questão da concentração de capital, juntamente com a miséria, constitui-se responsável pelo aparecimento de um bloco econômico novo no mundo, no qual se insere o Brasil, México, Coréia do Sul, dentre outros. O autor classifica estes Países como “subdesenvolvidos industrializados”,justificando que existe bons índices de industrialização, paralelamente a grandes problemas de cunho social.

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A informalidade é outro problema presente e crescente na economia brasileira. A existência de grande quantidade de trabalhadores, que não estão regulamentados juridicamente, mostra a fragilidade do contexto econômico

brasileira.

Contudo, cabe aqui ressaltar que o problema da redução das desigualdades presentes no País, são de responsabilidade principal do Estado, pois conforme preconiza o § 1º do artigo 174 da Constituição Federal: “A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento”.

Dadas as peculiaridades regionais e sociais do País, cabe ao Estado planejar e buscar soluções para a redução das desigualdades.

h) O Princípio da Busca do Pleno

Emprego

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O inciso VIII do artigo 170, preconiza o máximo aproveitamento do capital, da mão-de-obra, meios de produção, matéria-prima, tecnologias, da produção de bens e serviços. Em outras palavras, esse princípio sugere o desperdício mínimo dos insumos de produção, a busca constante da inovação tecnológica, diligência no emprego do capital, recursos humanos capacitados constantemente, sendo esses fatores aproveitados devidamente pelos atores da economia. Observa-se aí a íntima ligação entre o valor social do trabalho e o valor social da livre concorrência.

i) O Princípio do Tratamento Favorecido

para as Empresas de Pequeno Porte

As empresas de pequeno porte, inseridas aí as microempresas representam na atualidade um dos mais importantes sustentáculos da economia brasileira. Indiscutivelmente, são as responsáveis por uma grande parcela de geração de empregos e de renda do País.

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O inciso IX, do artigo 170, da Constituição, com redação inicial: “tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País”, teve alteração através da Emenda Constitucional nº. 6, que resolveu estender benefício do tratamento diferenciado para micro, pequenas empresas, desde que constituídas sob os princípios da legislação brasileira e que mantém sua sede e administração no País.

A empresa a qual se referiu o legislador, de pequeno porte, é o mesmo gênero de empresa citada na Constituição Federal, artigo 179, o qual estabelece que “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresa e às empresa de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.” (BRASIL, 1988).

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Baseada nesse princípio constitucional houve a instituição da Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006, a qual estabeleceu o "Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte". Nesse aspecto foi criado um rol de normas gerais para favorecer o tratamento diferenciado às empresas de pequeno porte.

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