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PERÍCIA MÉDICA NA JUSTIÇA DO TRABALHO

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(1)

João Baptista Opitz Neto

Mestre em Bioética – Buenos Aires/AR Médico e Advogado

Especialista em Medicina do Trabalho, Medicina Legal e Perícia Médica

PERÍCIA MÉDICA NA

JUSTIÇA DO TRABALHO

(2)

João Baptista Opitz Neto

@joaoopitz

Perícia em Foco

(3)

DIREITO MEDICINA PERÍCIA MÉDICA

(4)

Perícia Médico-Legal

Perícia é a capacidade teórica e prática para empregar, com talento, determinado campo do conhecimento, alcançando sempre os mesmos resultados.

Hermes Rodrigues de Alcântara – 1982

Perícia Médica, em sentido amplo, é todo e qualquer

ato propedêutico ou exame, feito por médico, com a finalidade de contribuir com as autoridades administrativas, policiais ou judiciárias na formação de juízos a que estão obrigadas.

(5)

A IMPORTÂNCIA DA PERÍCIA MÉDICA

Tourdes afirmava que “os médicos resolvem as questões

e os juízes decidem as soluções”

Hélio Gomes diz que “o laudo pericial, muitas vezes, é o

prefácio de uma sentença”.

Genival Veloso de França entende que talvez a maior e

a mais fundamental missão da Medicina Legal seja a de “orientar e iluminar a consciência jurídica”.

(6)

Perícia Judicial

Perícia é a prova destinada a levar ao Juiz elementos

instrutórios sobre algum fato que depende de conhecimentos especiais de ordem técnica.

Ela pode consistir numa declaração de ciência, na 'afirmação de um juízo', ou em ambas as operações, simultaneamente.

É declaração de ciência, quando relata as percepções colhidas' e afirmação de juízo quando 'constitui parecer que auxilie o Juiz na interpretação ou apreciação dos fatos da causa´ ...“

(7)

PERÍCIA MÉDICO-LEGAL

Exame acurado e objetivo para comprovar ou descaracterizar uma situação concreta, no caso de natureza médica, para o enquadramento normativo no âmbito do processo.

(8)

Perícia

É toda operação ordenada por autoridade judiciárias ou policiais, que se destina a ministrar esclarecimentos técnicos à Justiça.

O juiz, tendo de julgar causas, as mais diversas e complexas, precisaria possuir conhecimentos que abrangessem praticamente todas as províncias do saber humano. Como não é sábio, nem onisciente precisa recorrer aos especialistas (Vicente de Azevedo).

(9)

Dessa forma, todas as áreas de conhecimento humano têm condições de oferecer subsídios para tal fim (medicina, biologia, toxicologia, engenharia, física, química, bioquímica, entre outros).

As perícias podem ser realizadas no vivo, no cadáver, no esqueleto, no local, em objetos.

(10)

Perícia Judicial

(11)
(12)

PERITOS

São os especialistas, técnicos especializados, dotados de profundos conhecimentos técnicos e práticos do ramo a que se dedicam.

São profissionais legalmente habilitados nas mais diversas áreas do conhecimento humano (medicina, odontologia, engenharia, física, bioquímica).

(13)

A atividade médico-pericial judicial não pode ser confundida com atividade assistencial em

medicina,posto que é um ato médico e processual, como difere ademais da

assistência técnica às partes, além de nascer por determinação da autoridade judicial.

(14)

A execução de uma perícia requer tranqüilidade e ambiente livre de interferências de pessoas não incumbidas na tarefa

Peritos Oficiais - são peritos concursados. São funcionários,

cuja atribuição é a prática pericial. Realizam as perícias em “função do ofício”.

Peritos Nomeados - são peritos nomeados pelo juiz,

também denominados de peritos louvados.(ad hoc – para este caso) Estes prestam o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo.

Assistentes Técnicos – às partes é facultado o direito do

assistente técnico (Art. 421 CPC). Deve acompanhar a perícia, formular quesitos, orientar o advogado da parte. Também prestam compromisso.

(15)

LIMITES DE ATUAÇÃO

Pelo exame pericial

Pelo grau de seu conhecimento médico Pela legislação pertinente à matéria

O perito deve manter a sua discussão no âmbito da lei e do processo em que atua, além de obedecer as situações de impedimentos legais e éticos.

Código de Processo Civil Código de Processo Penal Código de Ética Médica

Resolução 76/96 do CREMESP Resolução 2183/18 do CFM

(16)

DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS

Informações escritas, por um médico, por qualquer razão, em que matéria médica de interesse jurídico é relatada.

São obrigatoriamente emitidos por profissionais habilitados, na forma da legislação vigente e que praticaram os atos médicos específicos.

(17)

DIFERENÇAS SUBSTANCIAIS

• Atestado

• Relatório (prontuário)

• Parecer

(18)

DOCUMENTOS MÉDICOS

• Quando o documento médico-legal é o

resultado do pedido de pessoa interessada é designado atestado ou parecer.

• Se for em cumprimento a encargo definido pela autoridade competente é designado

como laudo, isto é, é a descrição minunciosa

(19)

ATESTADO MÉDICO

• É uma afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas conseqüências.

• Não se exige maior formalidade para sua obtenção, bastando que o interessado o solicite ao profissional que tenha praticado o correspondente procedimento médico. Deve ser sempre emitido seguindo as normas emanados de Resolução CFM 1658/2002.

(20)

Resolução CFM 1658/2002

• Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer majoração de honorários.

• Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça.

(21)

Resolução CFM 1658/2002

• Art. 3º Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes

procedimentos:

I - especificar o tempo concedido de dispensa à

atividade, necessário para a recuperação do paciente; II - estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente;

III - registrar os dados de maneira legível;

IV - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina.

(22)

CFM 1658/2002

• Parágrafo único. Quando o atestado for

solicitado pelo paciente ou seu representante legal para fins de perícia médica deverá

observar:

I - o diagnóstico;

II - os resultados dos exames complementares; III - a conduta terapêutica;

IV - o prognóstico;

(23)

CFM 1658/2002

VI - o provável tempo de repouso estimado necessário para a sua recuperação, que complementará o parecer fundamentado do médico perito, a quem cabe

legalmente a decisão do benefício previdenciário, tais como: aposentadoria, invalidez definitiva, readaptação;

VII - registrar os dados de maneira legível;

VIII - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina.

(24)

CEM - Documentos Médicos

• É vedado ao médico:

Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia

quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua

compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros.

(25)

CEM - Documentos Médicos

• É vedado ao médico:

Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa.

§ 1º Quando requisitado judicialmente o prontuário

será disponibilizado ao perito médico nomeado pelo juiz. § 2º Quando o prontuário for apresentado em sua

própria defesa, o médico deverá solicitar que seja observado o sigilo profissional.

(26)

Prontuário Médico

• Resolução CFM 1638/2002

– Art. 1º - Definir prontuário médico como o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.

(27)

Prontuário Médico

• Art. 2º - Determinar que a responsabilidade pelo prontuário médico cabe:

– I.Ao médico assistente e aos demais profissionais que compartilham do atendimento;

– II.À hierarquia médica da instituição, nas suas

respectivas áreas de atuação, que tem como dever zelar pela qualidade da prática médica ali

desenvolvida;

– III.À hierarquia médica constituída pelas chefias de equipe, chefias da Clínica, do setor até o

(28)

Aspectos Jurídicos

• Assistentes Técnicos apresentam Pareceres Técnicos

(29)
(30)

CPC

Art. 473. O laudo pericial deverá conter: I - a exposição do objeto da perícia;

II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;

III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do

conhecimento da qual se originou;

IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

(31)

CPC

Art. 473

§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em

linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.

§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem

como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

§ 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes

técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

(32)

CPC

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o

laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

§ 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias,

esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;

(33)

CPC

Art. 477

§ 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte

requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

§ 4o O perito ou o assistente técnico será intimado por meio

eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.

(34)

LEI 12.842/2013

• Art. 4o São atividades privativas do médico:

XII - realização de perícia médica e exames médico-legais,

• Art. 5o São privativos de médico:

(35)

Dos Impedimentos e da Suspeição

• Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao membro do Ministério Público; II - aos auxiliares da justiça;

III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

(36)

Assistentes Técnicos

Os assistentes técnicos são de confiança das partes não estando sujeitos a impedimentos e suspeição – art. 466 parágrafo 1 do CPC

(37)

CREDIBILIDADE DA PERÍCIA

Aceitação do Juízo – parcial ou total

(38)

FALSA PERÍCIA

Consiste em declarações falsas ou na ocultação da verdade, constituindo crime contra a administração da Justiça (art. 342 CPB).

Falsa Perícia – Constitui:

1 – A afirmação contra a verdade. 2 – A negação da verdade.

(39)

Art. 342 (CPB). Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, tradutor ou intérprete em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.

§1•. Se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal:

Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§2•. As penas aumentam-se de um terço, se o crime é praticado mediante suborno.

§3•. O fato deixa de ser punível, se, antes da sentença, o agente se retrata ou declara a verdade.

(40)

Falsidade de Atestado Médico

Art. 302 (CPB). Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:

(41)

Perícia Médica = Ato Médico

ERRO MÉDICO

(42)

Perícia Indireta

• O que é?

• Quando é realizada?

• Qual a diferença para os outros tipos de perícia médica?

(43)

PERÍCIA CONTRADITÓRIA

Quando os peritos chegam a conclusões diferentes sobre o mesmo assunto.

(44)
(45)

Saber é poder definir. Quando duas

pessoas discutem, devem saber primeiro

sobre o que discutem. Se não definirem

previamente o objetivo da discussão,

poderá suceder que os dois usem a

mesma palavra com sentidos diferentes

ou duas palavras com o mesmo

sentido.

(46)

O perito deve conhecer o processo do

qual participa, para poder esclarecer os

fatos no âmbito desse processo.

(47)

Não é demais relembrar que não

existe perícia destituída de um

processo, uma vez que a perícia

tem a natureza de uma prova

técnica de interesse processual.

(48)

OBJETIVO

Avaliação do

estado de saúde

frente aos

aspectos específicos da vida social do

periciando

(integridade

pessoal,

capacidade de trabalho, capacidade de

atos da vida civil, imputabilidade etc.)

Correlacioná-los à

norma aplicável à

natureza do processo

, efetuando o seu

devido enquadramento.

(49)
(50)
(51)

EXAME E LAUDO PERICIAL

Histórico - Diagnóstico Clínico Descrição Discussão - Circunstâncias Norma Legal Previdenciária Trabalhista Civil Conclusão

(52)

HISTÓRICO

Inicial - Fundamento da Pretensão

- Requerimento

Anamnese - Relato do periciando

INTERPRETAÇÃO PERICIAL

(53)

DESCRIÇÃO

Exame Físico

Vistoria

INTERPRETAÇÃO PERICIAL

(54)

EXAMES COMPLEMENTARES

Indicação e Interpretação

Finalidade

INTERPRETAÇÃO PERICIAL

(55)

DIAGNÓSTICO FUNCIONAL

Importantíssimo, lembrar

que exames subsidiários

são para diagnóstico

anatômico

,

não se confundem com os

utilizados para diagnóstico

(56)

EXEMPLOS MAIS COMUNS

Radiografias

Tomografias

Ultra-sonografias

Sorologias

Exames bioquímicos

Audiometrias

(57)

É IMPOSSÍVEL EXTRAIR

INFORMAÇÕES SOBRE

AS FUNÇÕES DE UM

ÓRGÃO OU SISTEMA

ATRAVÉS DE EXAMES

COMPLEMENTARES

VOLTADOS PARA O

DIAGNÓSTICO

ANATÔMICO

.

DIAGNÓSTICO FUNCIONAL

(58)

Patologia

X

disfunção/dano

(manifestação clínica)

Diagnóstico anatômico

X

diagnóstico funcional

(lesão) (dano)

Não conseguir

X

não dever

(incapacidade) (prevenção)

(59)

PRINCIPAIS EQUÍVOCOS PERICIAIS

Finalidade de cada exame complementar

(60)

DIAGNÓSTICO FINAL OU PERICIAL

Neste encontra-se a própria finalidade ou

objetivo da perícia:

Diagnóstico pericial firmado de forma

precisa quanto à lesão e à existência do

dano ou não, e as repercussões no

indivíduo, considerando os aspectos

relevantes da vida e a situação legal em

discussão no processo.

(61)

DANO

O

dano funcional

é a expressão da

repercussão da lesão na homeostasia do

sistema biológico, isto é, o prejuízo no

funcionamento de órgão ou sistema,

representado pelo diagnóstico funcional.

* No plano estético em termos periciais, o

dano é objetivado pela comparação com a

situação anterior à lesão

( o antes contra o

depois)

, portanto

não se trata de avaliar a

beleza subjetivamente.

(62)

Incapacidade Laborativa

• É a impossibilidade de desempenho das funções específicas de uma atividade, função ou ocupação habitualmente exercida pelo segurado, em consequência de alterações morfopsicofisiológicas provocadas por doença ou acidente.

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018 Resolução INSS 637/2018

(63)

Incapacidade Laborativa

• Deverá estar implicitamente incluído no conceito de incapacidade, desde que palpável e indiscutível no caso concreto, o risco para si ou para terceiros, ou o agravamento da patologia sob análise, que a permanência em atividade possa acarretar.

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018 Resolução INSS 637/2018

(64)

Incapacidade Laborativa

• Grau:

– Parcial = parcial: limita o desempenho das atribuições do cargo, sem risco de morte ou de agravamento, embora não permita atingir a meta de rendimento alcançada em condições normais; – Total = gera impossibilidade de desempenhar as

atribuições do cargo, função ou emprego.

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018 Resolução INSS 637/2018

(65)

Incapacidade Laborativa

• Duração:

– Temporária = se pode esperar recuperação dentro de prazo previsível

– Indefinida = insuscetível de alteração em prazo previsível com os recursos da terapêutica e

reabilitação disponíveis à época

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018 Resolução INSS 637/2018

(66)

Incapacidade Laborativa

• Profissão

– Uniprofissional = uma atividade específica – Multiprofissional = diversas atividades

– Omniprofissional = toda e qualquer atividade

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018 Resolução INSS 637/2018

(67)

Invalidez

• Incapacidade laborativa total, indefinida e multiprofissional, insuscetível de recuperação ou reabilitação profissional, que corresponde à incapacidade geral de ganho, em consequencia de doença ou acidente

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018 Resolução INSS 637/2018

(68)

LAUDO PERICIAL

Rigor

Objetividade

Coerência

Clareza

(69)

Perícia Médica Trabalhista

DOENÇA

NEXO CAUSAL

(70)
(71)

Nexo causal é a relação direta de causa e efeito entre dois eventos sucessivos, ou seja, a ocorrência do segundo evento decorre diretamente do primeiro.

(72)

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

(73)

Acidente de Trabalho – Lei 8213/1991

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da

Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de

condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

(74)
(75)

• Classificação de Schilling:

– Trabalho como causa necessária (grupo I)

– Trabalho como fator contributivo, mas não necessário (grupo II)

– Trabalho como provocador de um distúrbio latente ou agravador de doença já estabelecida (grupo III)

(76)

• O grupo I são aquelas doenças onde o trabalho

é considerada causa necessária.

• Exemplo: uma intoxicação com metal pesado,

ou até mesmo uma pneumoconiose.

• São aquelas doenças profissionais reconhecidas

por lei.

(77)

Nexo Causal

• O grupo II seriam os casos onde o trabalho

é um fator contributivo, mas não

necessário.

• Exemplos: doença cardíaca

(78)

Nexo Causal

• Já o grupo III seriam aquelas entidades

nosológicas onde o trabalho atuou como

provocador de um distúrbio latente, ou

fator agravante de doença já estabelecida.

• Exemplos: dermatite alérgica ou asma.

(79)

PROCEDIMENTOS MÉDICOS PARA O

ESTABELECIMENTO DO NEXO CAUSAL

Recomenda-se, incluir nos procedimentos e no raciocínio médico-pericial:

(80)

Fonte: Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde – Ministério da Saúde - 2001

• Natureza da exposição:

• o “agente patogênico” é claramente identificável pela:

– história ocupacional

– e/ou pelas informações colhidas no local de trabalho

– e/ou de fontes idôneas familiarizadas com o ambiente ou local de trabalho.

(81)

• “Especificidade” da relação causal e

“força” da associação causal:

o “agente patogênico” ou o “fator de risco” estão

pesando de forma importante entre os fatores causais da

doença;

(82)

• Tipo de relação causal com o trabalho:

O trabalho é: - Causa necessária;

- Fator de risco contributivo de doença de etiologia multicausal; - Fator desencadeante;

- Agravante de doença.

(83)

• Grau ou intensidade da exposição:

é ele compatível com a produção da doença?

• Tempo de exposição:

é ele suficiente para produzir a doença?

(84)

• Registro do “estado anterior” do

trabalhador;

• Evidências epidemológicas que

reforcem a relação causal.

(85)

A resposta positiva à maioria destas questões irá conduzir o raciocínio na direção do

reconhecimento técnico da relação causal entre a doença e o trabalho.

(86)

Nexo entre a atividade e a exposição ao risco

• Demonstrar que uma determinada atividade expõe o trabalhador a um determinado risco

Atividade

(87)

Nexo Causal entre o risco e a Lesão

• Demonstrar que um determinado risco causa a lesão

– Doença profissional reconhecida (face quadro clínico característico)

– Evidenciado por exames

Atividade Risco

(88)

Nexo causal entre a lesão a e alteração

funcional

• Quando a lesão causa alteração funcional específica (compatibilidade)

Lesão Incapacidade Funcional

(89)

Atividade

(trabalho)

Incapacidade

Funcional

(seqüela)

Lesão

(doença) (agente patogênico)

Risco

(90)

Resolução nº 2183/2018 do Conselho Federal de Medicina

Art. 2º Para o estabelecimento do nexo causal entre os

transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, além da anamnese, do exame clínico (físico e mental), de relatórios e dos exames complementares, é dever do médico considerar:

• I – a história clínica e ocupacional atual e pregressa,

decisiva em qualquer diagnóstico e/ou investigação de nexo causal;

• II – o estudo do local de trabalho;

• III – o estudo da organização do trabalho; • IV – os dados epidemiológicos;

(91)

Resolução nº 2183/2018 do Conselho

Federal de Medicina

• V – a literatura científica;

• VI – a ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhadores expostos a riscos semelhantes;

• VII – a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, estressantes e outros;

• VIII – o depoimento e a experiência dos trabalhadores; • IX – os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e

de seus profissionais, sejam ou não da área da saúde.

• Parágrafo único. Ao médico assistente é vedado determinar nexo causal entre doença e trabalho sem observar o

(92)

CONCAUSA

• Lei 8213/91

– Artigo 21 - Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: – I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

(93)

CONCAUSAL

“outra causa que, juntando-se à principal, concorre para o resultado”.

“não inicia nem interrompe o processo causal, apenas o reforça, tal como um rio menor que deságua em outro maior, aumentando-lhe o caudal”

(94)
(95)
(96)

PORTANTO:

Perícia Médica = caracterização técnica do

(97)
(98)

ESTRUTURA PADRÃO DO LAUDO

• Preâmbulo • Quesitos • Histórico • Descrição • Discussão • Conclusão

(99)

LAUDO PERICIAL

• Deve ser claro, mesmo a leigos

• Explicar os conceitos médicos emitidos, se houver possibilidade de não entendimento.

(100)

LAUDO PERICIAL

• Deve haver uma descrição de todos os sinais e sintomas, os resultados dos exames realizados, o tratamento adotado, a evolução apresentada e esperada pelo paciente.

(101)

LAUDO PERICIAL

Rigor

Objetividade

Coerência

Clareza

(102)

Perícia Médica na Justiça do

Trabalho

PERÍCIA É CIÊNCIA

E NÃO ACHISMO

(103)

Quesitos

• O que são?

• Quem os realiza? • Para que servem? • Quem responde?

(104)

Tipos de Quesitos

• Inicial: no momento da nomeação do perito judicial

Artigo 465 § 1o Inciso III CPC/15

• Suplementares: durante a diligência

Artigo 469 CPC/15

• Esclarecimento: após o Laudo Pericial se

ainda houver necessidade de esclarecimentos

(105)

A perícia médica tem por finalidade o

esclarecimento técnico de matéria médica de interesse jurídico.

A quesitação apresenta ao Perito Judicial o que

necessita ser esclarecido sobre o fato que depende de conhecimento técnico específico.

(106)

Quesitação

Como fazê-los:

- Quesito genérico ou específico?

(107)

Importância do conhecimento do caso e dos documentos juntados aos Autos

1. Chama a atenção para determinado fato

2. Faz com que o perito tenha que ler documentos importantes

(108)

Quesito como linha condutora da prova pericial

(109)

Impugnação

• O que é?

• Quem a realiza?

(110)
(111)

Referências

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