BNC Euro Taxa Fixa – Fundo de Obrigações de Taxa Fixa
Política de Investimento
O BNC Euro Taxa Fixa é um fundo de obrigações de cupão fixo, emitidas em euros por Estados membros da União Europeia e empresas multinacionais. O Fundo foi lançado em Outubro de 1999 e, através de uma gestão activa, procura aproveitar as alterações nas taxas de juro na Europa e a evolução do mercado de crédito, por forma a proporcionar uma rendibilidade estável e superior à dos activos de mercado monetário. O insuficiente dinamismo económico verificado no período e a estabilidade de preços, permitiram a manutenção da taxa de referência do Banco Central Europeu nos 2,0%. O rendimento das obrigações a 10 anos manteve a sua trajectória descendente para mínimos históricos. O yield de 10 anos desceu de 3,7% no final de 2004 para 3,1% no final deste semestre.
O prazo médio das obrigações detidas pelo Fundo, subiu ligeiramente de 2,0 para 2,1 anos. O perfil de risco crédito foi mantido, com cerca de 81% da carteira a deter uma notação de rating A ou superior, e 59% com uma notação de AA ou superior.
Rendibilidade1 e Património
O Fundo registou uma excelente evolução entre 30 de Junho de 2004 e 30 de Junho de 2005, apresentando uma rendibilidade de 3,9%, face a 2,3% no ano de 2004 e 1,7% no ano de 2003. O valor da unidade de participação divulgado no final do semestre era de € 5,9491 e o património do Fundo ascendia a 6,3 milhões de euros.
Evolução da Unidade de Participação
5,00 5,25 5,50 5,75 6,00 Ju n-00 No v-00 Ma r-01 Ju l-0 1 De z-01 Ma i-0 2 Se t-02 Ja n-03 Ju n-03 Ou t-03 Ma r-04 Ju l-0 4 De z-04 Ab r-05 C ot aç ão em eu ro s
Evolução Patrim onial
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 Dez -00 Dez -01 Dez -02 Dez -03 Dez -04 Jun-05 M ilh ar es de E ur os
Com posição da Carteira
Liquidez 21% Taxa Fixa > 3 anos < 5 anos 18% Taxa Fixa < 3 anos 41% Taxa Fixa > 5 anos 10% Obrigações Taxa Indexada 10% Rendibilidade Efectiva (1) 3,9 1,7 4,7 3,3 2,3 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 2001 2002 2003 2004 Últimos 12 meses %
1A rendibilidade do Fundo é líquida das comissões de gestão e depositário. As rendibilidades passadas não constituem garantia de rendibilidades
futuras, dado que os valores das unidades de participação podem aumentar ou diminuir de acordo com o valor dos activos que integram o fundo de investimento. O valor da UP utilizado para o cálculo das rendibilidades corresponde ao valor divulgado no último dia útil dos períodos mencionados.
Demonstração dos Fluxos de Caixa
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
DOS EXERCÍCIOS FINDOS em 30 de JUNHO de 2005 e 2004
(em euros)
DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS
OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO
RECEBIMENTOS:
Subscrição de unidades de participação 77 178 2 198 030
PAGAMENTOS:
Resgates de unidades de participação 1 317 490 5 226 926
Fluxo das operações sobre as unidades do fundo -1 240 312 -3 028 896
OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS
RECEBIMENTOS:
Venda de títulos 1 984 275 2 075 130
Juros e proveitos similares recebidos 97 165 2 081 440 172 939 2 248 069
PAGAMENTOS:
Compra de títulos 1 297 172 627 043 Juros e custos similares pagos 189 2 672
Taxas de Bolsa suportadas 0 0
Taxas de corretagem 7 75
Outras taxas e comissões 600 1 297 968 850 630 640
Fluxo das operações da carteira de títulos 783 472 1 617 429
OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE
RECEBIMENTOS:
Juros de depósitos bancários 11 444 21 459
Outros recebimentos correntes 8 995 20 439 28 21 487
PAGAMENTOS:
Comissão de gestão 27 951 43 867 Comissão de depósito 13 976 21 933
Impostos e taxas 43 706 0
Outros pagamentos correntes 865 86 498 1 394 67 194
Fluxo das operações de gestão corrente - 66 059 - 45 707
Saldo dos fluxos monetários do período (A) - 522 899 -1 457 174
Disponibilidades no início do período (B) 1 861 948 3 280 679
Disponibilidades no fim do período (C)=(B)+/-(A) 1 339 049 1 823 505
2004 2005
Notas às Contas
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2005
(Valores expressos em euros)
INTRODUÇÃO
A constituição do Fundo de Investimento Mobiliário BNC EURO TAXA FIXA foi autorizada por deliberação do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, de 29 de Julho de 1999, tendo iniciado a sua actividade em 4 de Outubro de 1999 como um fundo mobiliário aberto, constituído por tempo indeterminado.
O Fundo, adiante designado OIC, tem por principal objectivo o investimento em obrigações de taxa fixa transaccionados nos mercados da zona Euro, podendo também incluir outro tipo de obrigações (convertíveis, taxa variável).
O OIC é administrado, gerido e representado pela BNC GERFUNDOS – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., sendo as funções de banco depositário exercidas pelo BNC – Banco Nacional de Crédito, S.A.
As notas às contas respeitam a numeração sequencial estabelecida no Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, pelo que os números não identificados neste Anexo não têm aplicação por inexistência de situações a reportar.
BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do OIC, processados de acordo com o Plano Contabilístico para os Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários nos termos da competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei n.º 276/94, de 2 de Novembro, com a redacção introduzida pelo Decreto-Decreto-Lei n.º 323/99, de 13 de Agosto e revogados pelo Decreto-Lei nº 252/2003 de 17 de Outubro.
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:
a) Especialização de exercícios
O OIC regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.
b) Valorização das unidades de participação
O valor de cada unidade de participação é calculado dividindo o valor líquido global do património do OIC pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido do património corresponde ao
somatório das rubricas do capital do OIC, nomeadamente, unidades de participação, variações patrimoniais, resultados transitados e resultado líquido do exercício.
A rubrica “Variações patrimoniais” resulta da diferença entre o valor de subscrição ou resgate face ao valor base da unidade de participação, na data de subscrição ou resgate.
c) Comissão de gestão
A comissão de gestão corresponde à remuneração da sociedade responsável pela gestão do património do OIC. De acordo com o regulamento de gestão do OIC, esta comissão é calculada diariamente por aplicação de uma taxa anual de 0,8% sobre o valor patrimonial do OIC. Este custo é registado na rubrica “Comissões”, sendo a sua liquidação efectuada mensalmente.
d) Comissão de depositário
A comissão de depositário corresponde à remuneração do BNC – Banco Nacional de Crédito, S.A., pelo exercício dos seus serviços de banco depositário. De acordo com o regulamento de gestão do OIC, esta comissão é calculada diariamente por aplicação de uma taxa anual de 0,4% sobre o valor do património do OIC. Este custo é registado na rubrica “Comissões”, sendo a sua liquidação efectuada mensalmente. e) Taxa de supervisão
É devido à CMVM uma taxa de supervisão, calculada diariamente por aplicação da taxa de 0,0133‰ sobre o património líquido do OIC. Este custo é registado na rubrica “Comissões", sendo a sua liquidação efectuada mensalmente.
f) Outros encargos
Constituem encargo do OIC, para além dos referidos nas alíneas c), d) e e), as despesas relativas à compra e venda de valores por conta do OIC, bem como os relativos aos honorários do Auditor do OIC, os quais são devidos por força da legislação em vigor.
g) Impostos sobre o rendimento
Conforme o disposto no artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, o OIC está sujeito ao regime aplicável aos fundos de investimento nacionais.
Os rendimentos que não sejam mais-valias, obtidos em território português, são tributados autonomamente:
i) por retenção na fonte como se de pessoas singulares residentes em território português se tratassem; ii) às taxas de retenção na fonte e sobre o montante a ela sujeito, como se de pessoas singulares residentes em território português se tratassem, quando tal retenção não for efectuada pela entidade a quem compete;
iii) à taxa de 25%, relativamente a rendimentos não sujeitos a retenção na fonte.
Os rendimentos obtidos fora do território português, que não sejam mais-valias são tributados autonomamente, à taxa de 20%, tratando-se de rendimentos de títulos de dívida e de rendimentos provenientes de fundos de investimento, e à taxa de 25% nos restantes casos.
Tratando-se de mais-valias, obtidas em território português ou fora dele, há lugar a tributação à taxa de 10% sobre a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias obtidas em cada ano, com exclusão de tributação das mais-valias associadas à alienação de títulos de dívida, incluindo obrigações.
NOTA 1 – SALDOS E MOVIMENTOS NAS CONTAS DE CAPITAL DO OIC
Quadro 1 – Número de unidades de participação emitidas, resgatadas e em circulação no 1º semestre de 2005. Comparação do valor líquido global do OIC e da unidade de participação no início e no fim do período, bem como dos factos geradores das variações ocorridas.
Quadro 2 – Número de participantes por escalão
Quadro 3 – Evolução do valor da unidade de participação e do valor global do OIC nos três últimos exercícios.
DISCRIMINAÇÃO DA LIQUIDEZ DO OIC
NOTA 4 – CRITÉRIO DE VALORIZAÇÃO DOS ACTIVOS
A valorização dos activos que compõem a carteira do OIC obedece a regras específicas em função da respectiva natureza, assim:
a) As obrigações são valorizadas da seguinte forma:
- considerando as ofertas de compra difundidas através do sistema de informação Bloomberg;
- na impossibilidade de aplicação do referido no ponto anterior, as obrigações são valorizadas pelo valor actualizado dos cash flows futuros considerando uma taxa de juro de mercado que reflicta uma maturidade aproximada à do activo a valorizar e o risco do emitente;
b) As unidades de participação em fundos de investimento são valorizadas ao último valor da unidade de participação conhecido e divulgado nesse dia;
c) Os depósitos e instrumentos representativos de divida de curto prazo são valorizados com base no reconhecimento diário do juro inerente a cada operação;
d) Os instrumentos derivados são valorizados ao preço de referência divulgado pela entidade gestora do mercado onde são negociados;
e) Os forwards cambiais são avaliados à taxa forward implícita calculada com base na taxa de câmbio indicativa divulgada diariamente pelo Banco de Portugal.
As mais e menos valias potenciais apuradas de acordo com os critérios de valorização anteriormente descritos, são reconhecidas nas demonstrações de resultados do exercício nas rubricas “Ganhos ou perdas em operações financeiras”, por contrapartida das rubricas “Mais-valias” e “Menos-valias” do activo.
NOTA 12 – EXPOSIÇÃO AO RISCO TAXA DE JURO