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Novo Modelo de Estratificação Socioeconômica para Marketing e Pesquisas de Marketing

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Novo Modelo de Estratificação Socioeconômica para Marketing e

Novo Modelo de Estratificação Socioeconômica para Marketing e

Novo Modelo de Estratificação Socioeconômica para Marketing e

Novo Modelo de Estratificação Socioeconômica para Marketing e

Pesquisas de Marketing

Pesquisas de Marketing

Pesquisas de Marketing

Pesquisas de Marketing

Anais do 2º SEMEAD - 21 e 22/10/1997

Fauze Najib Mattar

Este artigo relata os resultados de estudo que teve por objetivo propor um novo modelo que possibilite posicionar os consumidores brasileiros numa classificação contínua de estratificação socioeconômica, podendo, a partir desse contínuo, gerar estratos socioeconômicos.

A necessidade de um novo modelo foi apontada pelo autor em trabalho anterior em que apresenta e discute as fraquezas dos métodos atualmente adotados no Brasil (Mattar, 1996: 1-16) e também por outros (Berndt, 1975; Barros, 1979; Gazeta Mercantil, 1979; Revista Exame, 1991; Folha de São Paulo, 1991; Revista Mercado Global, 1984; dentre outros).

Desenvolvendo um Novo Modelo

Qualidades de um bom modelo

A definição de variáveis para compor o modelo foi realizada procurando atender às qualidades que os estudos exploratórios, bibliográficos e documentais efetuados e as opiniões do autor apontaram como adequados: estabilidade, precisão, comparabilidade no tempo e no espaço, validade e

facilidade de aplicação. As descrições dessas qualidades e suas justificativas já foram apresentadas e discutidas em artigo anterior (Mattar, 1995: 57-74).

Variáveis, indicadores, pesos e pontuações adotados para o novo modelo

As variáveis adotadas no modelo foram as obtidas nos levantamentos efetuados na literatura e que melhor atenderam aos processos de estratificação socioeconômica e, simultaneamente, aos

preceitos acima apresentados. Essas variáveis e suas fundamentações teóricas também já foram apresentadas e discutidas em artigo anterior (Mattar, 1995: 57-74) e compreendem variáveis relacionadas ao fator econômico (renda), ao fator social (ocupação), ao fator educacional

(escolaridade) e ao fator habitação (Parsons, 1940:848-9; Kahl, 1959: 8-10; Krauss, 1976: 69-102; Coleman & Rainwater 1978; Coleman, 1983; Jackman & Jackman, 1973: 569; Tumin, 1953 e 1970; Duncan, Hatt & North in Reiss, 1961; Almeida & Wickerhauser, 1991; Lasswell, 1965; Treiman, 1977; Warner e outros, diversas publicações; adotam ao menos um desses fatores, sendo que a maioria adota os mesmos).

Testou-se o modelo com várias opções de pesos para as variáveis componentes. O modelo

inicialmente desenvolvido compreendia os seguintes pesos para as variáveis, assumidos com base na teoria estudada: 30% para educação, 40% para renda, 20% para ocupação e 10% para

habitação. No entanto, outras composições de pesos para essas variáveis foram testadas, na procura de encontrar uma que melhor se ajustasse aos dados. A escala de pontuação totalizou 140 pontos, distribuídos entre as quatro variáveis, conforme as diferentes opções de pesos.

Educação - A variável educação foi operacionalizada através do indicador nível de escolaridade. A escala utilizada para medir o nível de escolaridade foi, basicamente, a mesma que a maioria dos pesquisadores do tema tem utilizado, com pequenas adaptações à realidade brasileira. A pontuação utilizada para o nível de escolaridade está no Quadro 1, comparativamente ao modelo ABIPEME.

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Quadro 1 - Nível de escolaridade e atribuição de pontuação

Nivel de escolaridade Pontos

atribuídos

Pontos ABIPEME

Analfabeto e primeiro ciclo do primeiro grau incompleto 0 0

Primeiro ciclo do primeiro grau completo e segundo ciclo do

primeiro grau incompleto 10 5

Segundo ciclo do primeiro grau completo e segundo grau

incompleto 20 10

Segundo grau completo e superior incompleto 30 15

Superior completo 42 21

Como pode ser observado, chegou-se a esta pontuação do modelo multiplicando-se por dois os pontos atribuídos para os respectivos valores do indicador no Modelo ABIPEME, procurando-se manter, desta forma, o mesmo diferencial relativo de pontuação. Assim, numa escala de 140 pontos, a variável educação, medida através do nível de escolaridade, com o peso de 30%, poderá variar de um mínimo de zero a um máximo de 42 pontos.

Renda - Foram utilizadas a renda do chefe da família e a renda familiar, ambas na moeda em vigor no país no momento da coleta e disponíveis no banco de dados utilizado e, durante o

processamento dos dados, convertida para dólares para evitar-se os problemas que poderiam estar sendo causados pelos altos índices de inflação na comparação dos dados. Esta conversão foi efetuada segundo duas opções de valores do dólar para que, durante as análises, pudesse ser escolhida a mais estável e adequada: valor do dólar médio do mês da coleta e do dólar do último dia do mês da coleta dos dados. Os valores do dólar utilizados para a conversão foram os constantes na publicação Suma Econômica de novembro de 1994, página 34. A partir desses dados, foram

testadas quatro opções para essa variável: renda do chefe da família, renda familiar, renda do chefe da família per capita e renda familiar per capita para verificar qual melhor se adaptaria ao modelo. Foram criados intervalos para cada uma dessas opções de renda aos quais foram atribuídos pontos, de forma a manter o relacionamento entre renda e o status produzido pela renda, conforme

apresentado pela fórmula de Coleman & Rainwater (Mattar, 1995: 72). A seguir, serão descritos os procedimentos para a obtenção e o tratamento da variável renda nessas diversas opções.

Renda do chefe da família e renda familiar - a renda do chefe da família foi perguntada diretamente no questionário da pesquisa e, assim, foi armazenada nesse banco de dados. Foram criadas duas opções de intervalos em dólares para a renda do chefe da família. Dos 140 pontos da escala total, a variável renda, no modelo inicialmente desenvolvido, respondeu por um peso de 40%, resultando numa pontuação mínima de zero e máxima de 56 pontos. A variável renda foi trabalhada nas seguintes opções, visando a encontrar qual a que melhor se ajustaria ao modelo proposto: renda familiar, renda do chefe da família, renda familiar per capita e renda do chefe da família per capita. Veja, no Quadro 2, as duas opções de intervalos utilizados para renda familiar e renda do chefe da família

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Quadro 2 - Níveis de renda familiar e do chefe da família e pontuações atribuídas

1a. opção de intervalos de renda 2a. opção de intervalos de renda Pontuação

Até US$ 125 Até US$ 200 0

Acima de 125 até 250 Acima de 200 até 400 14

Acima de 250 até 375 Acima de 400 até 600 25

Acima de 375 até 500 Acima de 400 até 600 34

Acima de 500 até 625 Acima de 800 até 1000 41

Acima de 625 até 750 Acima de 1000 até 1200 46

Acima de 750 até 875 Acima de 1200 até 1400 50

Acima de 875 até 1000 Acima de 1400 até 1600 53

Acima de 1000 Acima de 1600 56

A primeira opção de intervalo de renda do Quadro 1 corresponde ao valor em dólar equivalente a dois salários mínimos do início de 1995 (US$ 62.50). A segunda opção de intervalo de renda do Quadro 1 corresponde a dois salários mínimos de US$ 100, objetivo que pretendia atingir o governo brasileiro à época da pesquisa para o salário mínimo.

Renda familiar per capita e renda do chefe da família per capita - Essas duas opções da variável renda per capita foram medidas segundo as opções de intervalos e respectivas pontuações

constantes do Quadro 3, aos quais chegou-se dividindo os intervalos da renda familiar e da renda do chefe da família pelo número médio de familiares que dependiam, nas amostras pesquisadas,

dessas rendas.

Para se chegar aos valores dos intervalos de renda per capita, apresentados no Quadro 3, dividiram-se os valores dos intervalos de renda constantes do Quadro 2 por quatro, número médio aproximado de elementos por família de toda a massa de famílias pesquisadas nos 12 levantamentos

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Quadro 3 - Níveis de renda familiar per capita e do chefe da família per capita e pontuações atribuídas

1a. opção de intervalos de renda 2a. opção de intervalos de renda Pontuação

Até US$ 31,25 Até US$ 50 0

Acima de 31,25 até 62,50 Acima de 50 até 100 14

Acima de 62,50 até 93,75 Acima de 100 até 150 25

Acima de 93,75 até 125,00 Acima de 150 até 200 34

Acima de 125,00 até 156,25 Acima de 200 até 250 41

Acima de 156,25 até 187,50 Acima de 250 até 300 46

Acima de 187,50 até 218,75 Acima de 300 até 350 50

Acima de 218,75 até 250,00 Acima de 350 até 400 53

Acima de 250,00 Acima de 400 56

Ocupação - Ao invés de se perguntar diretamente qual a ocupação do respondente, o que traria grandes problemas de codificação, já que existem mais de 1.000 cadastradas, optou-se por

enquadrá-las em uma pré-classificação de grandes categorias ocupacionais proposta por Coleman (1983: 277) que, no entanto, não foi possível utilizar de forma idêntica em função de como os dados foram colhidos no banco de dados utilizado (seguindo uma outra classificação).

Dos 140 pontos do total da escala, no modelo inicialmente proposto, a variável ocupação, medida numa escala desenvolvida e utilizada pelo IMES/INPES-Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul/Instituto de Pesquisa, com pequenos ajustes e adequações, respondeu por um peso de 20%, resultando numa pontuação mínima de zero e máxima de 28 pontos. A escala utilizada para os testes e a respectiva atribuição de pontos está apresentada no Quadro 4.

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Quadro 4 - Categorias ocupacionais e pontuação atribuída

Categoria Descrição da ocupação Pontuação

1 Dona de casa, estudante, desempregado, aposentado e doente ou

inválido 0

2 Operário sem especialização 3

3 Operário semi-especializado 6

4 Operário especializado 9

5 Chefia de nível intermediário operacional 10

6 Chefia de nível intermédiário administrativo 15

7 Autônomo não-estabelecido 18

8 Autônomo estabelecido 21

9 Empregador 24

10 Executivo e profissional liberal 28

Moradia/habitação - Dos inúmeros e possíveis indicadores da variável moradia, optou-se por testar, neste estudo, em virtude da objetividade e da facilidade de medição oferecidas, os três seguintes, para que pudesse ser escolhido aquele que apresentasse maior estabilidade: número de banheiros, número de quartos e número de cômodos na residência. Dos 140 pontos da escala total, no modelo inicialmente proposto, a variável moradia/habitação, medida através de cada um desses três

indicadores respondeu por um peso de 10%, resultando em uma pontuação mínima de zero e máxima de 14 pontos.

Para a atribuição de pontos aos indicadores número de banheiros e número de dormitórios, optou-se pela mesma pontuação do Critério ABIPEME ao número de banheiros, com exceção dos dois

últimos valores que foram transformados em apenas um com 14 pontos, ao invés de 12 e 15, na medida em que o estudo apontou que, para números elevados desses indicadores, há pouca

discriminação . Os intervalos utilizados para o indicador número de cômodos foram obtidos após as primeiras rodadas do banco de dados, de forma a que suas distribuições fossem semelhantes às distribuições dos outros dois indicadores. As pontuações atribuídas às quantidades possíveis desses indicadores estão no Quadro 5.

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Quadro 5 - Indicadores de moradia/habitação e pontuação atribuída Indicador

No. de banheiros No. de cômodos No. De dormitórios

Pontuação atribuída 0 Até 2 0 0 1 3 e 4 1 2 2 5 e 6 2 5 3 7 e 8 3 7 4 9 e 10 4 10

5 ou mais 11 ou mais 5 ou mais 14

Além desses indicadores, foram também incluídos nas análises os demais indicadores dos Critérios ANEP e ABIPEME para efeito de comparação com a proposta desse estudo: rádio, TV em cor, geladeira, automóvel, aspirador de pó, máquina de lavar roupa, vídeo cassete e empregada mensalista, cujos resultados apontaram para a não-adequação da maioria desses indicadores e, conseqüentemente, para os métodos que os utilizam (Mattar, 1996).

Procedimentos para Análises dos Dados

Banco de dados utilizado

Os dados utilizados para a realização dos testes das diversas opções do modelo foram os

disponíveis no banco de dados do INPE/IMES - Instituto de Pesquisa Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul, referentes à pesquisa socioeconômica realizada semestralmente, desde setembro de 1986, abrangendo os municípios de São Caetano, Santo André e São Bernardo do Campo. Os períodos de pesquisa e os correspondentes números de famílias pesquisadas foram os seguintes:

Período Número de famílias Período Número de famílias

03/88 550 09/91 550 09/88 550 03/92 681 03/89 550 09/92 609 09/89 550 03/93 672 09/90 550 09/93 600 03/91 550 03/94 600

As amostras foram construídas, a cada levantamento, por processos probabilísticos. Foi utilizada a amostragem probabilística por área em três estágios: para cada um dos três municípios foram sorteados os quarteirões a serem pesquisados; em cada quarteirão sorteado foi realizado um censo e, a seguir, sorteados os domicílios; em cada domicílio sorteado, selecionou-se, também por sorteio, o residente a ser entrevistado. As amostras constituídas dessa forma são representativas das

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confiabilidade de 95% para um erro amostral máximo de 4%. Os dados foram obtidos através de entrevistas pessoais realizadas por entrevistadores devidamente treinados. Como nos primeiros levantamentos foi verificada a ocorrência de, aproximadamente, 20% de recusas, nos levantamentos seguintes, o tamanho inicial da amostra foi dimensionado, a maior em 15% para compensar essa perda.

Não foram utilizados os dados dos levantamentos de 1986 e 1987 para se ter certeza de que eventuais problemas ocorridos nesse estágio inicial da pesquisa tenham ficado fora do estudo. Em 03/90 não foi efetuado levantamento em virtude das possíveis distorções que o Plano Collor poderia ter causado aos dados. A distribuição percentual de cada amostra em relação aos três municípios pesquisados foi, aproximadamente, São Caetano: 25,0%, Santo André: 37,5% e São Bernardo do Campo: 37,5%.

Opções testadas do modelo

Foram testadas empiricamente, com os dados disponíveis no banco de dados utilizado, 49 diferentes opções do modelo, levando-se em consideração diferentes opções de renda, diferentes intervalos de renda, duas opções de valores do dólar e diferentes composições no peso das variáveis que

compõem o modelo. No Quadro 7, estão as quatro opções básicas do modelo em termos de pesos atribuídos para suas variáveis componentes.

Quadro 7 - Opções do modelo desenvolvido em termos de pesos atribuídos para as variáveis componentes. Opção A: Renda (Peso:40%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Pontuação 0 14 25 34 41 46 50 53 56 Escolaridade (Peso:30%) Valor da escala 1 2 3 4 5 Pontuação 0 10 20 30 42 Habitação (Peso:10%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 Pontuação 0 2 5 7 10 14 Ocupação (Peso:20%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pontuação 0 3 6 9 12 15 18 21 24 28 Opção B: Renda (Peso:10%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Pontuação 0 4 6 8 10 11 12 13 14

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Escolaridade (Peso:40%) Valor da escala 1 2 3 4 5 Pontuação 0 13 27 40 56 Habitação (Peso:30%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 Pontuação 0 6 15 21 30 42 Ocupação (Peso:20%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pontuação 0 3 6 9 12 15 18 21 24 28 Opção C: Renda (Peso:20%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Pontuação 0 7 12 17 20 23 24 26 28 Escolaridade (Peso:40%) Valor da escala 1 2 3 4 5 Pontuação 0 13 27 40 56 Habitação (Peso:20%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 Pontuação 0 4 10 14 20 28 Ocupação (Peso:20%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pontuação 0 3 6 9 12 15 18 21 24 28 Opção D Renda (Peso:0%) Escolaridade (Peso:40%) Valor da escala 1 2 3 4 5 Pontuação 0 13 27 40 56 Habitação (Peso:30%) Valor da escala 1 2 3 4 5 6

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Pontuação 0 6 15 21 30 42 Ocupação (Peso:30%)

Valor da escala 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pontuação 0 5 9 14 18 23 27 32 36 42

Obs.: Para qualquer das opções do modelo, a escala varia de 0 a 140 pontos. Número de estratos socioeconômicos do modelo e pontos de corte

O modelo desenvolvido permite a distribuição dos indivíduos em um contínuo de pontos de 0 a 140, permitindo que cada pesquisador possa definir os pontos de corte para a estratificação que melhor lhe convier. No entanto, por ser prática nos meios profissionais de pesquisa de marketing, de marketing e de comunicações, o estabelecimento de pontos de corte fixos para delimitação dos estratos, procurou-se chegar a uma definição que pudesse ser facilmente aceita por esses profissionais. Optou-se pelo modelo de cinco estratos, tendo em vista que os principais estudos aceitos, tanto na Sociologia quanto nos campos de Marketing, Pesquisas de Marketing e

Comunicações, adotam esse número de estratos. Além disso, em uma estratificação com cinco estratos fica mais fácil estabelecer a relação entre estratos e a denominação comumente utilizada na prática. Na determinação dos pontos de corte, procurou-se aproveitar os resultados de estudos anteriores. Assim, foram utilizados como pontos de corte, para cada simulação efetuada, aqueles que subdividissem a amostra pesquisada de forma a manter a mesma proporção nos estratos,

resultante da aplicação da Proposta de Almeida & Wickerhauser (1991) para cinco estratos, que veio a ser adotada pela ABIPEME. Maiores detalhes sobre esses procedimentos estão, mais adiante, neste artigo.

Análise dos dados

A análise dos dados compreendeu a construção de tabelas de freqüências relativas para cada versão da proposta e realização de testes de significância para proporções entre várias populações com variáveis de duas categorias e mais de duas categorias. Esses testes foram efetuados

objetivando verificar, para três diferentes níveis de significância: 1%, 5% e 10%, se havia diferença significativa entre as proporções obtidas nos diversos levantamentos para um determinado valor da variável e as proporções esperadas para a hipótese nula. Havendo diferença significativa, concluía-se que a variável não apreconcluía-sentava estabilidade para aquele valor ou categoria da variável entre as proporções observadas a cada levantamento e vice-versa. As opções de modelos que, por este teste, não apresentassem estabilidade eram abandonadas e as que a apresentassem passavam a ser consideradas versões possíveis de serem adequadas para serem adotadas.

A análise de tabelas de freqüências relativas fornece indicações sobre o comportamento das proporções dos indicadores considerados ou dos estratos sociais resultantes das aplicações das diversas opções dos modelos, ao longo dos 12 períodos considerados, permitindo obter indicações sobre a homogeneidade ou não das proporções de ocorrência das respostas.

Para o problema desse estudo, desejava-se verificar se determinadas variáveis ou indicadores e também as opções possíveis para o modelo, apresentavam resultados estáveis ao longo do tempo, já que a condição de ocorrência de estabilidade era considerada como uma característica

fundamental para o modelo proposto.

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Para a seleção do modelo a ser adotado, dentre as opções pré-selecionadas, foram estabelecidos os seguintes critérios:

1. Deverá ter alta correlação com o Critério ABIPEME, principalmente para os períodos de 1991, 1992 e 1993 pois, tendo sido criado em 1991, não sofreu ainda, nesses três períodos, os possíveis efeitos de sua instabilidade ao longo do tempo, conforme já mostrado por Mattar (1996). A escolha desse modelo, para servir de parâmetro para a seleção da opção do modelo a ser proposta para adoção, deve-se ao fato de ser muito conhecido e utilizado na prática de Pesquisas de Marketing, Marketing e Comunicações e, uma alta correlação sua com o modelo proposto facilitará a aceitação deste, principalmente entre os profissionais dessas áreas.

2. Deverá conter, necessariamente, a variável renda pela importância que possui no processo de estratificação socioeconômica, conforme mostra a teoria apresentada e, não havendo mais altas taxas de inflação no Brasil, essa variável deixará de apresentar os problemas que foram detectados neste estudo e em outros. Deverá ser escolhida a opção do modelo que tenha o maior peso possível dessa variável e que tenha, simultaneamente, uma grande estabilidade ao longo do tempo.

3. Preferencialmente, não deverá conter renda per capita devido às dificuldades que essa variável possa trazer para pesquisas que exijam classificação do respondente a priori (o chamado "filtro") para se decidir pela realização ou não da entrevista.

4. Preferencialmete, deverá conter renda renda do chefe da família ao invés de renda familiar, por ser mais fácil de ser obtida.

5. Deverá apresentar os melhores resultados nos testes de estabilidade realizados. Modelo Proposto

É apresentada, no Quadro 8, a versão do modelo proposta para adoção em formato para facilitar a utilização. A aplicação do modelo do Quadro 8 aos dados do estudo resultou na Tabela 1, de freqüências relativas, e na Tabela 2, de resultados dos testes efetuados.

O detalhamento de como se chegou ao modelo não será aqui exposto em função do espaço disponível.

Como pode ser observado, a aplicação dessa versão do modelo ao banco de dados chegou a resultados extremamente positivos:

1. as freqüências relativas de cada estrato estão mais próximos da realidade brasileira; 2. as freqüências relativas de cada estrato, ao longo dos 12 períodos estudados,

permanecem com uma estabilidade elevada, conforme pode ser observado na Tabela 1 e conforme confirma os testes realizados, conforme pode ser visto na Tabela 2; 3. o sistema mostra-se extremamente discriminador e a utilização de variáveis

significativas para a estratificação socioeconômica garante que o resultado final seja consistente, garantindo que, quando um indivíduo muda efetivamente de estrato, será por razões consistentes e não meramente por ter adquirido algum bem de consumo. Quadro 8 - Modelo proposto com variáveis, atribuição de pontos e definição de estratos sociais

Escolaridade do chefe da família Pontos No. de dormitórios Pontos

Analfabeto ou até a 4a. série do 1o. grau

(primário) incompleto 0

1 0

4a. série do 1o. grau (primário) completa 13 2 6

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2o. grau completo (colegial) 40 4 21

Superior completo 56 5 30

6 e mais 42

Renda mensal do chefe da família Pontos

Até R$ 200 0 Acima de R$ 200 até R$ 400 4 Acima de R$ 400 até R$ 600 6 Acima de R$ 600 até R$ 800 8 Acima de R$ 800 até R$ 1000 10 Acima de R$ 1000 até R$ 1200 11 Acima de R$ 1200 até R$ 1400 12 Acima de R$ 1400 até R$ 1600 13 Acima de R$ 1600 14

Categoria ocupacional do chefe da família (se aposentado, indique a categoria quando em atividade)

Pts

Donas de casa, estudantes, desempregados há mais de seis meses, doentes ou inválidos e

dependentes da ajuda social 0

Trabalhadores em atividades marginais sem vínculo empregatício e assemelhados 3

Trabalhadores/funcionários sem especialização e assemelhados 6

Trabalhadores/funcionários semi-especializados e assemelhados 10

Trabalhadores/funcionários especializados e assemelhados e proprietários de micro-negócios 15

Chefia/gerência de nível intermediários operacional ou administrativo e assemelhados 18

Proprietários de pequenos negócios e assemelhados 21

Proprietários de médios negócios, executivos de médias empresas, profissionais liberais de

sucesso moderado, professores universitários e assemelhados 24

Proprietários de grandes negócios, executivos de grandes empresas, altos funcionários do

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Exemplos de ocupações enquadradas na escala de categoria ocupacional acima:

• Trabalhadores em atividades marginais, sem vínculo empregatício, tais como: lavador de

carros, tomador de conta de carros, faxineiras diaristas e assemelhados.

• Trabalhadores/funcionários sem especialização, tais como: operários de fábrica, bóias-frias,

ajudantes de pedreiro, mensageiros, atendentes de bares, lanchonetes e padarias, porteiros, bedéis, coletores de licho, frentistas de postos de combustível, funcionários públicos de nível baixo e assemelhados.

• Trabalhadores/funcionários semi-especializados, tais como:: operários de média

especialização, professores de escola de primeiro grau, motoristas, auxiliares de escritório, vendedores balconistas e vendedores de pequenas empresas, digitadores, policiais,

bombeiros, entregadores, carpinteiros, pedreiros, jardineiros, encanadores, funcionários públicos de nível médio e assemelhados.

• Trabalhadores/funcionários especializados e proprietários de micros e pequenos negócios,

tais como: professor de escola de segundo grau, diretor de escola, técnicos de nível médio, vendedores de médias e grandes empresas, ferramenteiros, mecânicos, ajustadores,

assistentes administrativos, artesãos, pequenos e médios empreiteiros, lojistas, funcionários públicos de nível alto e assemelhados.

• Chefia/gerência de nível intermediário operacional ou administrativo: chefe/gerente de

segurança, de manutenção, de transporte, de produção, de vendas, administrativo etc.; gerentes de banco, gerentes de lojas e assemelhados.

• Proprietários de médios negócios e assemelhados, tais como: executivos de médias

empresas, médicos, dentistas, advogados e profissionais liberais em geral de sucesso moderado, professores universitários e assemelhados.

• Proprietários de grandes negócios, executivos de grandes empresas, altos funcionários do

governo e das forças armadas, profissionais liberais bem-sucedidos e assemelhados.

Pontos de definição dos estratos sociais

Estratos socioeconômicos Número de pontos

A (estrato alto) 118 ou mais

B (estrato médio-alto) 67 a 118

C (estrato médio) 33 a 66

D (estrato médio-baixo) 16 a 32

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Resultado do teste do modelo proposto

Tabela 1 - Freqüências relativas dos estratos sociais do modelo sugerido (estratos sociais com renda do chefe da família em dólar final com intervalos de US$ 200)

Período Estrato Social A (%) Estrato Social B (%) Estrato Social C (%) Estrato Social D (%) Estrato Social E (%) Base 03/88 09/88 03/89 09/89 09/90 03/91 09/91 03/92 09/92 03/93 09/93 03/94 0,40 0,40 0,99 0,78 0,60 0,58 0,41 0,54 0,21 0,75 1,30 0,95 25,40 27,13 27,02 26,94 27,09 27,27 29,01 25,32 30,04 26,74 31,30 24,81 35,12 40,59 39,45 39,73 38,45 39,07 38,07 39,42 36,01 37,29 37,96 41,41 26,59 23,76 24,46 23,06 25,90 23,79 22,63 24,77 23,66 25,42 20,74 24,43 12,50 8,12 8,09 9,50 7,97 9,28 9,88 9,95 10,08 9,79 8,70 8,40 512 505 505 505 496 505 481 558 453 518 523 514 Pontos 118 ou + 67 a 117 33 a 66 16 a 32 0 a 15

Tabela 2 - Resultado do teste de igualdade de proporções dos estratos sociais do modelo sugerido (renda do chefe da família em dólar final com intervalos de US$ 200)

Estrato Social Valor do qui-quadrado calculado Diferença significativa com α = 10% Diferença significativa com α = 5% Diferença significativa com α = 1% A B C D E 7,83 7,57 4,62 5,85 9,54

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Resultados dos testes com os Critérios ANEP e ABIPEME

Para efeito de comparação com os resultados obtidos com a aplicação do modelo proposto, foram aplicados aos mesmos dados os modelos atuais da ANEP (antigo ABA/ABIPEME) e da ABIPEME. A hipótese básica a ser verificada foi a de que esses dois modelos não possuem estabilidade ao longo do tempo, enquanto que o modelo proposto possui. Os procedimentos para os testes e os resultados já foram apresentados e comentados em trabalho anterior (Mattar, 1995), e serão apresentadas aqui apenas as tabelas resultantes para efeito de comparação com os resultados obtidos com a aplicação do modelo proposto.

Na Tabela 3, está a distribuição de freqüências relativas resultante da aplicação aos dados deste estudo do modelo ANEP. A análise dessa tabela indica que os estratos C e E apresentam grandes diferenças nas proporções, ao longo dos períodos pesquisados, denotando parecer não haver

estabilidade. Percebe-se também que o estrato A, além de já superdimensionado em 03/88, continua com a tendência a crescer, como pode-se observar nos períodos 09/93 e 03/94, justamente porque os indivíduos passam, por diversas razões, a poder adquirir itens de consumo a que, anteriormente, não tinham acesso, mas o que não pode ser caracterizado como mudança de estrato social.

Na Tabela 4 está o resultado do teste realizado com os dados gerados pela aplicação do modelo ANEP da Tabela 3. Os testes efetuados apontam que os estratos C, D e E não possuem estabilidade nas suas proporções de incidência ao longo do tempo para diversos dos períodos observados, ao nível de significância de 1%. Conforme havia sido previsto, a hipótese de que este modelo não apresenta estabilidade ao longo do tempo se confirma. A principal conseqüência dessa instabilidade é o contínuo crescimento dos estratos A e B, e o contínuo decréscimo dos estratos D e E, o que efetivamente não corresponde à realidade e se constitui na principal reclamação dos seus usuários. Tabela 3 - Freqüências relativas - modelo ANEP

Período Estrato Social A (%) Estrato Social B (%) Estrato Social C (%) Estrato Social D (%) Estrato Social E %) Base 03/88 09/88 03/89 09/89 09/90 03/91 09/91 03/92 09/92 03/93 09/93 03/94 8,17 6,72 8,35 8,89 9,07 8,35 9,07 7,64 9,03 8,63 11,13 10,17 28,86 30,13 27,95 25,05 28,49 31,76 33,03 28,05 30,21 27,98 30,83 32,00 39,38 41,74 41,74 41,92 38,11 39,93 35,57 30,84 31,20 32,14 37,67 35,17 20,87 19,06 18,87 20,15 20,15 17,24 18,33 19,24 18,23 14,88 15,33 18,00 2,72 2,36 3,09 3,99 4,17 2,72 3,99 14,24 11,33 16,37 4,83 4,67 512 505 505 505 496 505 481 558 453 518 523 514 Pontos 35 ou + 21 a 34 10 a 20 5 a 9 0 a 4

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Tabela 4 - Resultados do teste da igualdade de proporções para várias populações com variável de duas categorias para o modelo ANEP - Por período e estrato social

Período Estrato Social A) Estrato Social B Estrato Social C Estrato Social D Estrato Social E 03/88 09/88 03/89 09/89 09/90 03/91 09/91 03/92 09/92 03/93 09/93 03/94 * ** *** * * ** * ** * * * ** *** * ** *** * ** *** * ** * ** * ** *** * ** *** * * * ** * * ** *** * ** *** * ** *** * ** *** Legenda: * α = 10%, ** α = 5%, *** α = 1%

Na Tabela 5, está a distribuição de freqüências relativas resultante da aplicação aos dados deste estudo do modelo ABIPEME. A análise dessa tabela indica que o modelo da ABIPEME,

desenvolvido em 1991, apresenta problemas semelhantes ao da ANEP. Apesar de o estrato A se apresentar com uma proporção menor, mais de acordo com a realidade do país, também possui uma tendência crescente, idêntica ao modelo anterior, devido às mesmas razões apresentadas. O estrato B também apresenta tendência crescente, enquanto o D, tendência declinante.

Tabela 5 - Freqüências relativas - modelo ABIPEME

Período Estrato Social A (%) Estrato Social B (%) Estrato Social C (%) Estrato Social D (%) Estrato Social E (%) Base 03/88 09/88 03/89 09/89 1,27 0,36 1,09 2,00 18,51 19,78 17,60 17,97 34,66 38,11 36,66 33,76 30,67 30,85 31,94 31,40 14,88 10,89 12,70 14,88 512 505 505 505

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09/90 03/91 09/91 03/92 09/92 03/93 09/93 03/94 2,18 1,27 1,63 1,32 1,31 1,49 2,50 2,00 21,05 21,42 25,41 20,26 24,47 22,92 27,50 26,17 33,39 40,47 34,66 34,65 33,00 34,23 25,83 37,50 28,31 27,22 25,95 22,03 21,35 18,90 22,50 22,17 15,06 9,62 12,34 21,73 19,87 22,47 11,67 12,17 496 505 481 558 453 518 523 514 Pontos 89 ou + 59 a 88 35 a 58 20 a 34 0 a 19

Na Tabela 6 está o resultado do teste realizado com os dados gerados pela aplicação do modelo ABIPEME da Tabela 5. Os resultados do teste com o Modelo ABIPEME indicam que este modelo também não tem estabilidade, pois três, de seus cinco estratos, não possuem estabilidade, ao nível de significância de 1%. Os testes efetuados apontam que principalmente os estratos C, D e E não possuem estabilidade nas suas proporções de incidência ao longo do tempo para grande parte dos períodos observados, ao nível de significância de 1%. Desta forma, a hipótese de que este modelo também não apresenta estabilidade ao longo do tempo se confirma. A principal conseqüência dessa instabilidade, à semelhança do modelo ANEP, já que se utilizam, essencialmente, da mesma

metodologia, é o contínuo crescimento dos estratos mais elevados e o contínuo decréscimo dos estratos mais baixos.

Tabela 6 - Resultados do teste da igualdade de proporções para várias populações com variável de duas categorias para o modelo ABIPEME - Por período e estrato social

Período Estrato Social A Estrato Social B Estrato Social C Estrato Social D Estrato Social E 03/88 09/88 03/89 09/89 09/90 03/91 09/91 03/92 09/92 03/93 * ** * * * ** *** * ** *** * ** *** * ** *** * ** * ** * ** *** * ** *** * ** * ** *** * ** *** * ** *** * ** * ** *** * ** *** * * * * * * ** *** * ** *** * ** ***

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09/93 03/94

* **

Legenda: * α = 10%, ** α = 5%, *** α = 1%

Conclusões

Foi apresentado neste artigo uma síntese do dos estudos para o desenvolvimento de um novo modelo de estratificação socioeconômica para aplicação em Marketing e Pesquisas de Marketing O modelo proposto tem como base as variáveis: educação, renda, ocupação e número de dormitórios na moradia. O modelo foi testado, empiricamente, junto a um banco de dados composto por 7.012 famílias (cerca de 550 diferentes famílias em levantamentos semestrais ao longo de 12 semestres) dos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano, todos localizados na Região do Grande São Paulo. Cerca de cincoenta diferentes opções do modelo foram testadas, com diferentes versões de pesos das variáveis componentes e de diferentes opções para a variável renda. Dentre todas as versões testada foi escolhida a que melhor resultado apresentou nos testes empíricos realizados. A versão do modelo resultante dos testes mostrou-se bastante adequada em relação aos requisitos previamente estabelecidos para um bom modelo e, por essa razão, é

recomendada para vir a ser adotada.

Faz-se necessário observar que os resultados apresentados consistem em apenas uma parte de um trabalho mais longo que deverá ter prosseguimento com a realização de novas simulações e testes com dados mais abrangentes de outras regiões e localidades brasileiras constantes de outros bancos de dados aos quais o autor está procurando ter acesso.

Com base nos estudos efetuados até o momento, principalmente com base nos resultados dos testes, pode-se propor uma primeira versão testada e aprovada do modelo que poderá ser aprimorada em função dos resultados do prosseguimento dos estudos.

Alguns achados do estudo e a confirmação de algumas hipóteses merecem ser mencionados:

• a teoria levantada, consultada e analisada não dá suporte para os modelos ANEP e ABIPEME

adotados no Brasil;

• os testes empíricos para verificar a estabilidade resultantes da aplicação dos modelos ANEP e

ABIPEME ao mesmo banco de dados apontaram a não estabilidade desses dois modelos ao longo do tempo, bem como da maioria das suas variáveis componenentes;

• os testes empíricos indicaram que a renda tem sido uma variável difícil de ser trabalhada, ao

menos com inflação elevada;

• as variáveis educação (medida pelo nível de escolaridade), ocupação e habitação (medida

pelo número de dormitórios) foram aprovadas sem restrições nos testes empíricos, em termos de estabilidade ao londo do tempo.

As principais restrições a este estudo dizem respeito:

• à representatividade da amostra em termos geográficos; e • ao não teste do formulário de coleta de dados.

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