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Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Estrutura e Processo de Elaboração do Cash-Flow

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Academic year: 2021

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(1)

Análise de Projectos

ESAPL / IPVC

Estrutura e Processo de

Elaboração do Cash-Flow

(2)

A necessidade do Cash Flow

z

Sempre que um investimento possa ter uma incidência

significativa sobre o sistema de produção da empresa para onde

está projectado, ou ainda sempre que o seu período de

maturação seja longo, impõe-se, nos métodos de análise,

valorização e selecção de investimentos, o recurso a

orçamentos de exploração de tipo plurianual e, como veremos

mais tarde, a critérios que levem em consideração o factor

tempo.

z

Se a análise visar a avaliação da rentabilidade empresarial do

projecto, então teremos de recorrer ao Cash Flow.

z

Se a análise visar a avaliação da viabilidade financeira, então

teremos de recorrer ao Cash Flow Pós-Financiamento, ou ainda,

ao Funds Flow do projecto, a partir do qual se pode avaliar e

(3)

O Cash Flow em esquema

Vendas Autoconsumo Subsídios Directos

Rendimentos Obtidos fora da Exploração Valor Bruto da Produção Outros Rendimentos Valor Residual Inflows Outflows Investimentos Encargos de Exploração Capital de Exploração Adicional

Benefício Líquido Antes do Financiamento Total Adicional Sem Projecto Com Projecto Financiamento Líquido Autofinanciamento Empréstimos Serviço de Dívida Sem Projecto Com Projecto Reembolso Juros Benefício Líquido Após o Financiamento Total Adicional Cash Flow antes do Financiamento Cash Flow após o Financiamento

(4)

Elementos do Cash Flow

z O esquema do diapositivo anterior apresenta, de forma resumida,

os vários elementos constituintes dum Cash Flow.

z Designa-se por Entradas ou Inflows o fluxo de receitas,

rendimentos e benefícios que afluem à empresa em consequência da realização do projecto cuja rentabilidade se pretende analisar. Nelas incluem-se:

z O Valor Bruto da Produção, que inclui não só as receitas obtidas com a venda de produtos como também o valor da produção destinado ao autoconsumo.

z Outros Rendimentos da Exploração, que incluem subsídios que a empresa possa receber e que não vêm integrados nos preços dos produtos e factores, e rendimentos obtidos fora da exploração pelos elementos do agregado familiar.

ƒ Estes últimos só se justificam no caso de estarmos perante uma empresa familair e se, por causa do investimento se vierem a verificar variações nos referidos rendimentos. Nuns casos a família pode ter de trabalhar mais na empresa devido ao projecto e assim auferir menos rendimentos fora. Este rendimento deixado de auferir deve integrar os Inflows sem Projecto. Noutros casos a família pode trabalhar menos na empresa, ficando mais disponível para auferir maiores rendimentos fora. Estes novos rendimentos entram nos Inflows com Projecto.

(5)

Elementos do Cash Flow

(cont.)

z Valor Residual, que representa o valor da venda dos capitais de

exploração fixos que não estejam totalmente utilizados no fim da vida útil do projecto, mais o somatório dos valores assumidos pelo Capital de Exploração Adicional ao longo da vida do projecto.

z Designa-se por Saídas ou Outflows o fluxo de despesas e

encargos a que a empresa tem de fazer face em consequência da realização do investimento. Incluem:

z Investimento, que inclui todas as despesas de investimento inicial e de substituição previstas no âmbito do projecto.

ƒ Investimentos de substituição devem ser considerados sempre que certas

componentes do investimento inicial tenham uma vida útil inferior à do projecto, ou sempre que haja a necessidade de substituir bens do capital fixo já

existente, mas de cuja renovação dependam em parte os resultados dos novos investimentos.

z Encargos de Exploração, que são o conjunto de despesas suportadas anualmente pela exploração, para que o seu funcionamento se possa processar normalmente.

(6)

Elementos do Cash Flow

(cont.)

z Capital de Exploração Adicional, que reflecte os acréscimos de fundo de maneio necessários para fazer face aos aumentos anuais que se prevê venham a ocorrer nos encargos de exploração da empresa desde o ano em que se inicia a realização dos investimentos e até ao ano a partir do qual os encargos de exploração se tornem constantes.

CEAt = (EEt+1 – EEt) . K , onde

CEAt é o Capital de Exploração Adicional no ano t

EEt+1 e EEt são os encargos de exploração do projecto nos anos t+1 e t

K é um factor de ajustamento que reflecte a duração do período de tempo que, em cada ano, medeia entre a realização dos encargos e a obtenção das

respectivas receitas:

K = 1 em culturas permanentes

0,8 < K < 1 em culturas anuais com uma cultura por ano 0,4 < K < 0,6 em culturas anuais com duas culturas por ano 0,2 < K < 0,4 em actividades de produção contínua

CEA torna-se nulo quando se atinge uma situação de estabilidade nos encargos de exploração.

O valor atribuído a CEA em cada ano constitui uma antecipação dos encargos que virão a ser contabilizados no ano seguinte. Por isso o seu somatório tem de vir incluído nos inflows no valor residual do projecto.

(7)

Elementos do Cash Flow

(cont.)

z Designa-se por Benefício Líquido (antes do financiamento) à

diferença entre inflows e outflows. A diferença entre os Benefícios Líquidos referentes às situações com e sem projecto permite

determinar o Benefício Líquido Adicional do projecto.

z Deve-se incluir o Benefício Líquido Sem Projecto sempre que a empresa já está em actividade. Nessa situação ele representa:

z O custo de oportunidade do factor terra para os projectos em empresas agrícolas por conta própria;

z O custo de oportunidade do trabalho familiar para as empresas agrícolas deste tipo;

z O lucro antes da realização do investimento.

z O Benefício Líquido antes do financiamento representa o flux de

benefícios correspondentes à recuperação e remuneração do conjunto de capitais investidos, constituindo a base para os diferentes critérios de rentabilidade empresarial.

(8)

O aspecto do Cash Flow antes

do Financiamento

Benef. Líq. Antes do Financiamento:

Total Adicional

Total de Saídas

Saídas ou Outflows:

Investimentos

Capital de Exploração Adicional Encargos de Exploração

Total de Entradas

Entradas ou Inflows:

Valor Bruto da Produção Outros Rendimentos Valor Residual Ano 6 Ano 5 Ano 4 Ano 3 Ano 2 Ano 1

Situação com Projecto Situação sem

(9)

Escalonamento no Tempo dos

Inflows e dos Outflows

z Na coluna referente ao Ano 1 do Cash Flow deve colocar-se:

z Os valores de produção e os encargos de exploração da situação antes do projecto;

z O investimento inicial (quando se realiza integralmente no 1º ano) ou, z parte do investimento inicial (quando se escalona em dois ou mais anos);

z O capital de exploração adicional correspondente ao acréscimo de encargos de exploração ocorridos entre a situação antes do investimento e o ano 1 do

projecto.

z Nas colunas referentes ao Ano 2 e seguintes:

z Os valores de produção e os encargos de exploração da situação com projecto; z Os investimentos iniciais enquanto se forem concretizando;

z Os investimentos de substituição (quando necessários);

z O capital de exploração adicional para os diferentes anos em que se justifique.

z No último ano:

z Os valores de produção e os encargos de exploração referentes a esse ano; z O valor residual correspondente aos valores dos bens de capital fixo cuja

duração ainda não tenha terminado;

z O valor correspondente à totalidade do Capital de Exploração Adicional estabelecidos ao longo da vida do projecto.

(10)

Processo de Integração dos

Fluxos Financeiros

z Sempre que se recorre a capitais alheios para financiamento de um

investimento, torna-se indispensável levar em consideração os

fluxos financeiros que daí decorrem, em ordem ao estabelecimento do Cash Flow do Projecto Após Financiamento. Com base nele

pode-se determinar:

z A rentabilidade dos capitais próprios investidos;

z E recolher-se um primeiro conjunto de informações sobre a viabilidade financeira do projecto.

z Para se calcular o Benefício Líquido Após Financiamento, é

necessário calcular primeiro o Financiamento Líquido do projecto ao longo da sua vida e adicioná-lo (se for positivo) ou subtraí-lo (se for negativo) aos Benefícios Líquidos Adicionais Antes do

(11)

Processo de Integração dos

Fluxos Financeiros

(cont.)

z O Financiamento Líquido deve integrar:

z O Autofinanciamento z Os Empréstimos

z O Serviço de Dívida

z O Autofinanciamento corresponde à fracção do conjunto dos

capitais investidos que é financiada pelo próprio empresário

z Deve ser incluído no 1º ano da situação com projecto.

z Mas não deve ser considerado aquando do cálculo dos diferentes

critérios de rentabilidade para a situação após financiamento. De facto, o autofinanciamento constitui precisamente a componente principal dos capitais próprios investidos, cuja taxa de remuneração se pretende

(12)

Processo de Integração dos

Fluxos Financeiros

(cont.)

z Os Empréstimos, são os recursos financeiros postos à disposição

do empresário por entidades exteriores à empresa, para o financiamento de determinado projecto de investimento. São recursos que mais tarde ou mais cedo têm de ser pagos.

Consideram-se normalmente de dois tipos:

z Os de Longo Prazo, que se devem destinar às despesas de investimento inicial;

z Os de Curto Prazo, que se devem destinar a permitir a viabilidade

financeira dos investimentos nos primeiros anos após a sua realização. z A componente de Longo Prazo dos empréstimos deve ser incluída no(s)

ano(s) em que se procede à realização do investimento.

z A componente de Curto Prazo deve ser estimada anualmente em função das condições consideradas adequadas à viabilidade financeira do

(13)

Processo de Integração dos

Fluxos Financeiros

(cont.)

z Essas condições adequadas à viabilidade financeira do projecto dependem do tipo de empresa em causa:

z Nas empresas familiares: o benefício líquido com projecto e após o

financiamento deve ser no mínimo igual ao benefício líquido sem projecto.

z Nas empresas patronais: o benefício líquido com projecto e após o

financiamento não deve apresentar valores negativos.

z Se houver subsídios em capital eles devem integrar uma nova rubrica nos inflows (Financiamento) – conforme figura num dos slides

seguintes.

z O Serviço de Dívida corresponde ao pagamento dos juros e do

reembolso do capital que o empresário obteve de empréstimo para financiamento do investimento

(14)

Resumindo

+ Autofinanciamento

+ Empréstimos

+ Subsídios

– Serviço de Dívida

= Financiamento Líquido

+ Benefício Líquido Adicional Antes do

Financiamento

= Benefício Líquido Adicional Após o

Financiamento

(15)

O aspecto do Cash Flow após

o Financiamento

Sub total

Benef. Líq. Após o Financiamento:

Total Adicional Financiamento Líquido Serviço de Dívida: Longo Prazo Juros Amortizações Curto Prazo Juros Amortizações Financiamento: Autofinanciamento Empréstimos: Longo Prazo Curto Prazo Subsídios

Benef. Líq. Antes do Financiamento:

Total Adicional Ano 6 Ano 5 Ano 4 Ano 3 Ano 2 Ano 1

Situação com Projecto Situação sem Projecto

Referências

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