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Segurança e Saúde no Trabalho Professor Flávio Nunes

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Academic year: 2021

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Página 1 O Ministério do Trabalho e Emprego publicou, em 09/05/2013, a Portaria 644, que alterou os itens 18.6, 18.14 e 18.17 da Norma Regulamentadora nº 18. O item 18.6 trata de Escavação, Fundações e Desmontes de Rochas. O item 18.14 estabelece dispositivos de segurança para equipamentos de transporte vertical de materiais e pessoas nos canteiros de obras. Já o item 18.17 que trata – superficialmente – sobre medidas de proteção durante a execução das atividades de Alvenaria, Revestimento e Acabamento, passou a dispor – de modo mais detalhado – de medidas de controle dos riscos durante a execução de serviços de impermeabilização. A seguir vamos abordar o conteúdo dessa Portaria que – supostamente – é mais relevante para concurso publico.

I. Item 18.6 - Escavação, Fundação e Desmonte de Rochas

A alteração do item 18.6 basicamente se limitou a tratar das medidas de controle dos riscos para os trabalhadores que exercem a atividade de escavação de tubulão a céu aberto. A execução de tubulão a céu aberto é uma das atividades mais perigosas existentes na construção de uma edificação. Apenas para ilustrar veja a foto abaixo:

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Página 2 Toda edificação possui – logicamente – a sua fundação! Existem diferentes tipos de fundação, tais como: sapatas; estacas; radier; tubulão, entre outras. Vejamos a seguir um esquema (retirado da internet) que mostra alguns tipos de fundação.

Normalmente os tipos apresentados acima são executados com a utilização de equipamentos, como o bate estacas, por exemplo. Nesses casos, o risco para o trabalhador existe, mas é menor do que o risco na execução do tubulão. Vejamos a seguir fotos que mostram trabalhadores executando a escavação de tubulões a céu aberto.

Fonte: Flávio Nunes Fonte: Fiscalização MTE

Vale frisar, a título meramente informativo, que, após alcançar a profundidade desejada, o tubulão é preenchido com concreto e ferro, de acordo com o especificado no projeto estrutural.

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Página 3 Com base nessas fotos, é possível imaginar o elevado grau de risco para os trabalhadores. Certamente medidas de controle efetivas devem ser adotadas para evitar os diferentes riscos existentes na atividade, tais como:

1. Risco físico: temperaturas extremas; pressão anormal; radiação não ionizante; 2. Riscos químicos: poeiras minerais

3. Risco biológico diverso 4. Riscos de acidente 5. Riscos ergonômicos

No CPN da NR 18, no processo de negociação, as bancadas do Governo e dos Trabalhadores propuseram acabar com esse tipo de fundação em virtude dos elevados riscos para os trabalhadores. A bancada Patronal, no entanto, posicionou-se contrária a essa proposta, alegando que há situações geográficas (terreno) em que não é tecnicamente possível substituir esse tipo de fundação e que há técnicas para controlar os riscos para a preservação da integridade física dos trabalhadores envolvidos nessa atividade. Como as decisões são preferencialmente por consenso, buscou-se encontrar uma alternativa que tecnicamente fosse viável, preservando a integridade física dos trabalhadores.

O item inicial da Portaria 644 se refere a escavações para a execução de fundação. Dessa forma, passou a NR 18 a exigir que toda escavação - para execução de fundação - somente pode ser iniciada com a liberação e autorização – formal – do engenheiro responsável pela fundação, que pode ser o mesmo engenheiro responsável pela obra como um todo.

18.6.20.1 Toda escavação somente pode ser iniciada com a liberação e autorização do Engenheiro responsável pela execução da fundação, atendendo o disposto na NBR 6122:2010 ou alterações posteriores.

Nos itens seguintes, que se referem a escavação, viu-se a preocupação apenas com a segurança do trabalhador durante a execução do tubulão. No item 18.6.21, tratou-se de definir requisitos mínimos para o tubulão. Já o item 18.6.22, a preocupação é com o equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais.

Uma das medidas mais eficientes para o controle dos riscos na execução dos tubulões é – sem dúvida – o seu encamisamento. Encamisar o tubulão é revesti-lo de algum material

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Página 4 resistente (tubo de concreto ou metálico) durante a sua execução, para evitar o desmoronamento do terreno e o consequente soterramento do trabalhador . É muito comum, durante a execução do tubulão, o solo se desprender e atingir o trabalhador que se encontra no seu interior.

A Norma estabelece – como regra – que todo tubulão deve ser encamisado e que apenas se o profissional legalmente habilitado autorizar formalmente poderá ser executado sem o encamisamento. Vejamos a seguir o item da Norma.

18.6.21 Os tubulões a céu aberto devem ser encamisados, exceto quando houver projeto elaborado por profissional legalmente habilitado que dispense o encamisamento, devendo atender os seguintes requisitos: (grifo nosso)

Quando a profundidade for superior a 3 metros, diz a Norma, devem ser apresentados projetos ou laudo de sondagem que apresentem as características do terreno. Vejamos a seguir a alínea “a” do item 18.6.21.

a) sondagem ou estudo geotécnico local, para profundidade superior a 3metros;

Embora o item 18.3.4 da NR 18 já estabeleça a obrigatoriedade de os projetos das proteções coletivas e suas especificações constarem do PCMAT, o item 18.6.21 repetiu essa exigência em sua alínea “b” quanto às medidas de controle dos riscos na execução de tubulão. Há também a exigência da elaboração de um plano de resgate e remoção para os casos de emergência.

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Página 5 Diz o item:

b) todas as medidas de proteção coletiva e individual exigidas para a atividade devem estar descritas no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, bem como plano de resgate e remoção em caso de acidente, modelo de check list a ser aplicado diariamente, modelo de programa de treinamento destinado aos envolvidos na atividade contendo as atividades operacionais, de resgate e noções de primeiros socorros, com carga horária mínima de 8 horas;

De modo a permitir melhor movimentação do trabalhador no interior do tubulão, a Norma estabelece que o seu diâmetro deve ser de, no mínimo, 80 cm. Diâmetro de 70 cm poderá ser utilizado caso o profissional legalmente habilitado responsável justifique tecnicamente a inviabilidade de atender a exigência dos 80 cm.

g) o diâmetro mínimo para escavação de tubulão a céu aberto é de 0,80m;

h) o diâmetro de 0,70m somente poderá ser utilizado com justificativa técnica do Engenheiro responsável pela fundação.

Vejamos a seguir outras exigências do item 18.6.21 quanto ao tubulão.

c) as ocorrências e as atividades sequenciais das escavações dos tubulões a céu aberto devem ser registradas diariamente em livro próprio pelo engenheiro responsável;

d) é proibido o trabalho simultâneo em bases alargadas em tubulões adjacentes, sejam estes trabalhos de escavação e/ou de concretagem;

e) é proibida a abertura simultânea de bases tangentes;

f) a escavação manual só pode ser executada acima do nível d'água ou abaixo dele nos casos em que o solo se mantenha estável, sem risco de desmoronamento, e seja possível controlar a água no interior do tubulão;

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Página 6 A seguir abordaremos os itens da Norma que tratam de dispositivos de segurança nos equipamentos de descida e içamento de trabalhadores e materiais.

18.6.22 O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais utilizado na execução de tubulões a céu aberto deve ser dotado de sistema de segurança com travamento, atendendo aos seguintes requisitos para a sua operação:

Para facilitar o entendimento, apresentamos a seguir uma foto de um equipamento utilizado para transporte de pessoas e materiais na execução de tubulão. O tripé (cor alumínio) é exigência da NR 35 (trabalho em altura) e não faz parte do equipamento previsto no item 18.6.22.

Fonte: Flávio Nunes

A Norma exige que o equipamento possua dupla trava de segurança, para evitar a descida em queda livre tanto do trabalhador quanto do recipiente com o material (solo) a ser retirado do interior do tubulão.

Quanto a corda utilizada para descida e içamento, deve ser de fibra sintética. Na corda para sustentação do recipiente (balde) deve haver um gancho com trava de segurança, para evitar a queda do recipiente ou de material sobre o trabalhador que está no interior do tubulão.

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Página 7 A empresa deve garantir que no interior do tubulão o nível de oxigênio seja adequado para o trabalhador. Para tanto, deve realizar medições periódicas e se necessário adotar medidas como o insuflamento de ar para o interior do tubulão.

Toda a área onde estiver sendo executado o tubulão deve ser sinalizada e isolada, de modo a impedir o trânsito de pessoas e veículos nas suas proximidades. Nos intervalos para descanso e/ou nos intervalos entre jornadas de trabalho, as aberturas devem ser fechadas, para evitar a queda de trabalhadores ou transeuntes ou animais no interior do poço (é comum encontrar animais mortos no interior de tubulões – risco biológico).

A Norma exige ainda a colocação de cobertura translúcida, para evitar que o trabalhador fique exposto à radiação solar. Para trabalho noturno ou quando for utilizada no interior do tubulão, a iluminação deve ser blindada e a prova de explosão.

Em caso de chuvas, a atividade de escavação de tubulão deve ser paralisada imediatamente.

Por fim, a Norma estabelece que todas as ocorrências na execução do tubulão devem ser registradas em livro próprio diariamente.

A seguir apresentamos uma foto da execução de tubulões e o texto do item 18.6.22 da Norma, em que é possível comparar e perceber o atendimento de algumas das exigências.

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Página 8 Se você achou que a condição acima ainda não é boa, veja a condição abaixo e tire suas conclusões:

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Página 9 Por fim, vale ressaltar que devem ser observadas, nas escavações de tubulões a céu aberto, as exigências da NR 35 – Trabalho em Altura -, como já mencionado acima. Deve-se observar se a atividade é rotineira ou não rotineira e seguir as determinações da Norma.

II. Item 18.14 – Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas

As alterações do item 18.14 tratam basicamente dos elevadores tracionados a cabo. Um dos eventos que contribuiu de forma relevante para essa alteração foi – sem dúvida – a tragédia que ocorreu em Salvador, em agosto de 2011. Nessa tragédia nove trabalhadores morreram após o elevador, em que se encontravam, despencar – por absoluta falta de segurança – do 26º pavimento. (A cena dos trabalhadores mortos naquela cabina amarela destruída repleta de cabos e corpos jamais sairá da minha mente. Cheguei ao local do acidente 20 minutos após a queda do elevador).

Cerca de 20 dias após o acidente, em set/2011, o CPN da NR 18 esteve reunido em Salvador e na oportunidade foi aprovado por consenso que em maio de 2013 seria proibido o uso dos elevadores a cabo único para o transporte de passageiros. Em 2013, decidiu-se prorrogar esse prazo por mais doze meses. Portanto, as empresas poderão instalar e utilizar o elevador tracionado com cabo único até maio de 2014.

Decidiu-se também estabelecer uma regra de transição que permite a utilização por mais doze meses, a contar de maio de 2014, nas obras que, em maio de 2014, possuirem já instalados tais equipamentos. Dessa forma, é permitido:

1. até maio de 2014, instalar e utilizar elevadores tracionados a cabo único para o transporte de trabalhadores;

2. até maio de 2015, utilizar elevador tracionado a cabo único se esse já estiver instalado no canteiro de obras em maio de 2014.

Resumindo: A instalação do elevador tracionado a cabo único só será permitida até maio de 2014 para o transporte de trabalhadores. A utilização, no entanto, será permitida até maio de 2015.

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Página 10 Para utilizar tais equipamentos dentro do prazo mencionado, é necessário, no entanto, que os itens da NR 18 que preveem requisitos mínimos de segurança para esses elevadores sejam atendidos.

Vejamos a seguir os itens da Portaria 644 que estabelecem as condições mencionadas:

18.14.23.7 São permitidas por 12 meses, contados da publicação desta portaria, a instalação e a utilização de elevador de passageiros tracionado com um único cabo, desde que atendidas às disposições da NR-18.

18.14.23.7.1 Terminado o prazo estabelecido no subitem 18.14.23.7, os elevadores de passageiros tracionados a cabo somente poderão ser utilizados nas seguintes condições:

a) As obras que já tenham instalados elevadores de passageiros tracionados com um único cabo poderão continuar utilizando por mais 12 meses, desde que atendam às disposições desta NR.

b) Somente podem ser instalados elevadores de passageiros tracionados a cabo que atendam ao disposto na norma ABNT NBR 16.200:2013, ou alteração posterior, além das disposições desta NR.

18.14.23.7.2 As disposições do item 18.14.23.7 e seus subitens não se aplicam a elevadores definitivos tracionados a cabo utilizados para transporte vertical de pessoas, nem a elevadores provisórios tracionados a cabo para transporte de materiais.

A proibição da utilização de elevador a cabo se refere apenas àquele para o transporte de trabalhadores, ou seja, continuará permitido para o transporte de cargas (o que é um absurdo, pois o trabalhador acessa a cabina do elevador para colocar e retirar materiais).

Vale ressaltar ainda que tais medidas dizem respeito apenas aos elevadores que utilizam apenas um cabo para movimentação da cabina. Portanto, será possível instalar e utilizar elevador a cabo a partir de maio de 2014 caso esse equipamento possua mais

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Página 11 de um cabo. A proibição é para o cabo único! Ressalte-se que atualmente no Brasil não há elevador de obra tracionado a cabo que não seja com um único cabo.

Os novos elevadores - tracionados com mais de um cabo - deverão atender aos dispositivos previstos na Norma Técnica da ABNT NBR 16.200:2013 (Elevadores de canteiros de obras para pessoas e materiais com cabina guiada verticalmente — Requisitos de segurança para construção e instalação).

O fato é que a partir de maio de 2014 qualquer elevador a cabo para ser utilizado deverá atender a NBR mencionada, exceto quanto a condição prevista no 18.14.23.7.1, alínea “a”, que vale até maio de 2015.

Por fim, houve a prorrogação, conforme estabelece o art. 2º da Portaria 644, por mais 24 meses do prazo para entrada em vigor de itens da NR 18 que tratam de elevadores (cabo e cremalheira). Os itens são os seguintes:

18.14.1.2 Os elevadores de transporte vertical de material ou de pessoas devem atender às normas técnicas vigentes no país e, na sua falta, às normas técnicas internacionais vigentes. (Alterado pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

18.14.21.16 As torres do elevador de material e do elevador de passageiros devem ser equipadas com chaves de segurança com ruptura positiva que dificulte a burla e impeça a abertura da barreira (cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

18.14.22.4 Os elevadores de materiais tracionados a cabo devem dispor:

b) sistema de segurança eletromecânica monitorado através de interface de segurança no limite superior, instalado a dois metros abaixo da viga superior da torre do elevador;

(Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

d) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de chaves de segurança com ruptura positiva, que garantam que só se movimentem quando as

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Página 12 portas, painéis e cancelas estiverem fechadas; (Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

e) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida. (Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

18.14.23.3 O elevador de passageiros deve dispor de:

a) interruptor nos fins de curso superior e inferior monitorado através de interface de segurança; (Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

c) sistema de segurança situado a dois metros abaixo da viga superior da torre, monitorado através de interface de segurança, ou outro sistema com a mesma categoria de segurança que impeça o choque da cabine com esta viga; (Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

d) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de chaves de segurança com ruptura positiva, que garantam que só se movimentem quando as portas, painéis e cancelas estiverem fechadas; (Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

g) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida. (Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13)

18.14.25.4 Os elevadores de carga e passageiros devem dispor no mínimo dos seguintes itens de segurança: (Alterado pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644/13 )

a) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de chaves de segurança com ruptura positiva, que impeça a movimentação da cabine quando:

I. a(s) porta(s) de acesso da cabine não estiver (em) devidamente fechada(s);

II. a rampa de acesso à cabine não estiver devidamente recolhida no elevador do tipo cremalheira; e

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Página 13 III. a porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de proteção da base estiver aberta;

b) dispositivo eletromecânico de emergência que impeça a queda livre da cabine, monitorado por interface de segurança, de forma a freá-la quando ultrapassar a velocidade de descida nominal, interrompendo automática e simultaneamente a corrente elétrica da cabine;

c) chave de segurança monitorada através de interface de segurança, ou outro sistema com a mesma categoria de segurança, que impeça que a cabine ultrapasse a ultima parada superior ou inferior;

d) nos elevadores do tipo cremalheira, de dispositivo mecânico, que impeça que a cabine se desprenda acidentalmente da torre do elevador.

III. Item 18.17 - Alvenaria, Revestimento e Acabamento

A Portaria 644 incluiu no item 18.17, que trata de alvenaria, revestimento e acabamento, o item de segurança na execução dos serviços de impermeabilização.

A impermeabilização, que pode ser a quente ou a frio, oferece para os trabalhadores uma série de riscos a sua integridade física e/ou a sua saúde. Nessa atividade, podem ser observados os mais variados riscos ocupacionais: físicos; químicos; biológicos; mecânicos ou de acidentes e ergonômicos.

Para preservar a integridade física dos trabalhadores, por meio de medidas de controle desses riscos, foi publicada a Portaria com o novo texto do item 18.17 com diversas exigências de segurança para os equipamentos utilizados no serviço de impermeabilização, o local utilizado para aquecer e armazenar os materiais, o treinamento dos trabalhadores, entre outras.

Passemos a seguir a analisar os itens supostamente mais relevantes para o concurso publico.

O item inicial determina que se no canteiro de obras houver serviços de impermeabilização, esses deverão constar do PCMAT ou do PPRA, conforme o caso. Deverão

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Página 14 constar não apenas a informação de que haverá serviços de impermeabilização na obra, mas – e principalmente – quais serão as medidas de controle dos riscos para o trabalhador.

18.17.4 Os serviços de aquecimento, transporte e aplicação de impermeabilizante a quente e a frio devem estar previstos no PCMAT e/ou no PPRA e atender a NBR 9574:2008 ou alteração posterior. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

Nos itens seguintes observamos que a Norma estabelece requisitos mínimos de segurança para os EQUIPAMENTOS utilizados para aquecer e transportar material para a impermeabilização a quente. Há também exigências quanto ao LOCAL utilizado para aquecer a matéria prima utilizada na impermeabilização. Esse local deve possuir ventilação natural e /ou artificial, ter piso nivelado e incombustível, ter sinalização de advertência e isolamento e ser mantido limpo e em ordem.

Os trabalhadores envolvidos na atividade devem possuir TREINAMENTO específico nos termos desta NR, com carga horária mínima de 4 horas anuais e o possuir o seguinte conteúdo mínimo: 1. operação do equipamento para aquecimento com segurança; 2. manuseio e transporte da massa asfáltica quente; 3. primeiros socorros; 4. isolamento da área e sinalização de advertência.

Quanto aos EPIs, devem ser observados os dispositivos da NR 06. Basicamente os trabalhadores que executam atividades de impermeabilização utilizam luvas, máscaras e sapatos de segurança. Caso sejam impermeabilizadas áreas consideradas como espaços confinados, devem ser observados os dispositivos da NR 33 (Espaço Confinado).

Como são utilizados na preparação do impermeabilizante diferentes produtos químicos, para que se tenha conhecimento dos riscos que cada um desses produtos oferece, a Norma estabelece a obrigatoriedade de a empresa disponibilizar no canteiro de obras e/ou na frente de trabalho as Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico – FISPQ – de cada um dos produtos. É necessário ainda disponibilizar no canteiro de obras ou frente de trabalho um Plano de Emergência.

Transcrevemos a seguir o item 18.17, que trata de impermeabilização, e sublinhamos os itens supostamente mais relevantes para o concurso.

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18.17.4 Os serviços de aquecimento, transporte e aplicação de impermeabilizante a quente e a frio devem estar previstos no PCMAT e/ou no PPRA e atender a NBR 9574:2008 ou alteração posterior.

18.17.4.1 O equipamento para aquecimento deve ser metálico, possuir tampa com respiradouro de segurança, termômetro ou termostato, bem como possuir nome da empresa fabricante ou importadora e CNPJ em caracteres indeléveis e visíveis.

18.17.4.2 O Manual Técnico de Operação do equipamento deve acompanhar qualquer serviço de impermeabilização.

18.17.4.3 Não é permitido o aquecimento a lenha nos serviços de impermeabilização.

18.17.4.4 O local de instalação do equipamento para aquecimento deve:

a) possuir ventilação natural e /ou artificial;

b) ter piso nivelado e incombustível;

c) ter sinalização de advertência e isolamento;

d) ser mantido limpo e em ordem.

18.17.4.5 O transporte do material a quente deve ser feito através de recipiente metálico, com tampa e alça, utilizando no máximo ¾ de sua capacidade.

18.17.4.6 Os trabalhadores envolvidos na atividade devem possuir treinamento específico nos termos desta NR, com carga horária mínima de 4h anuais e o seguinte conteúdo mínimo:

a) operação do equipamento para aquecimento com segurança;

b) manuseio e transporte da massa asfáltica quente;

c) primeiros socorros;

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Página 16 18.17.4.7 O fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI deve atender o disposto no item 18.23 desta NR.

18.17.4.8 As operações em Espaços Confinados devem atender os itens 18.20 e

18.26.4 da NR-18 e a NR-33.

18.17.4.9 A armazenagem dos produtos utilizados nas operações de impermeabilização, inclusive os cilindros de gás, deve ser feita em local isolado, sinalizado, ventilado e isento de risco de incêndios, sendo proibida sua armazenagem no local de operação do equipamento de aquecimento.

18.17.5 Não é permitida a utilização de cilindros de GLP inferiores a 8 quilos em QUALQUER operação de impermeabilização.

18.17.5.1 Os cilindros de GLP de 45 quilos devem estar sobre rodas e afastados no mínimo 3 metros do equipamento de aquecimento.

18.17.5.1.1 Devem ser utilizados tubos ou mangueiras flexíveis, previstos nas normas técnicas brasileiras, de no mínimo 5 metros em qualquer operação, quando do uso do equipamento de aquecimento a gás.

18.17.6 Quanto ao funcionamento do equipamento de aquecimento, devem ser observados os seguintes itens:

a) manter o trabalhador próximo ao recipiente quando o mesmo estiver em aquecimento;

b) possuir abertura da válvula para escoar o asfalto derretido de forma lenta;

c) manter a tampa fechada;

d) proibir qualquer movimentação com a tampa destravada.

18.17.7 Após o uso, a manutenção e a limpeza do equipamento de aquecimento devem seguir as recomendações do fabricante.

18.17.8 O Contratante deve manter no canteiro de obras a cópia da Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico - FISPQ, bem como o Plano de Emergência.

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Página 17 18.17.9 Os equipamentos de aquecimento elétrico e seus componentes devem ser aterrados nos termos da NR-10.

18.17.10 O equipamento de aquecimento a gás deve ser verificado a cada nova conexão do cilindro com solução de água e sabão para identificação de eventuais vazamentos no queimador, regulador e válvulas.

18.17.11 É proibida atividade que envolva o equipamento de aquecimento em locais sujeitos à ocorrência de ventos fortes e chuva.

Grande abraço e excelente estudo a todos

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