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Auditoria
Controle e Auditoria – Conceitos
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Auditoria
CONTROLE E AUDITORIA: CONCEITOS
Controle
Teoria da administração: planejamento, organização, direção e controle
• 4ª função do ciclo administrativo • Funções interagem de forma dinâmica
• Funções integradas, formando um processo cíclico
Teoria do controle: o controle também é um processo cíclico, cujas fases são:
• definição de padrões e critérios (desempenho e normas)
• observações do processo (busca de informações precisas do que é controlado) • comparação com padrões/critérios (identificação de desvios)
• Implementação de ações corretivas (manter operações dentro da normalidade para alcan-çar objetivos). Agente corretivo. Ex: Disjuntor, termostato, piloto automático
Controle Interno e Governança
Controle interno: conjunto de atividades e processos que garantem que uma organização atinja
de forma razoável seus objetivos com administração dos riscos inerentes a suas atividades. As instituições identificam os riscos associados à consecução dos seus objetivos e implantam diversos processos para controlar e/ou mitigar essas ameaças
Faz parte do conceito de governança corporativa, que pode ser definido como o conjunto dos princípios básicos de
• transparência, • equidade,
• prestação de contas, e
Governança corporativa, gestão de riscos e controles internos são usados por instituições
pú-blicas e privadas para a edição de normas e modelos para implantação de controles internos e gestão de riscos.
Tipos de controles
Controle preventivos: impedem a ocorrência de informações incorretas e devem ser
enfatiza-dos no projeto de processos. São os mais eficientes, mas em geral não provam evidência do-cumentada de seu benefício. Exemplos: controle de acessos a locais e sistemas, autorizações, segregação de funções
Controle de detecção: são complementos aos controles preventivos que fornecem evidência
de que erros são impedidos. Exemplos: conciliação, conferência de estoque.
Custo x benefício: O custo do controle deve ser inferior ao benefício gerado. O resultado dos
controles internos pode ser de difícil mensuração. Pressão por benefícios pode forçar a admi-nistração a evitar custos que não produzam retorno imediato. Mesmo bem mensurados, certos controles podem ser eliminados baseados nessa premissa.
Decreto Lei 200/67:
“Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja eviden-temente superior ao risco.”
Classificação quanto ao momento:
Controle prévio
Anterior à execução do ato administrativo
Exemplo: análise prévia de edital de licitação pública
Vantagem:
Verificação dos atos antes de serem praticados, podendo evitar erros ou fraudes
Desvantagens:
• Restrição do fluxo dos processos (gargalo)
• Excesso de trabalho, análise superficial, comprometimento do controle • Alto custo
Controle concomitante:
Auditoria – Controle e Auditoria - Conceitos – Prof. Marcelo Spilki
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• Vantagens e desvantagens: as mesmas do controle prévio, mas o uso de sistemas de infor-mação e de critérios adequados de seleção de processos baseados em riscos possibilita grande eficiência no controle
Controle posterior ou subsequente (a posteriori)
Exercido após a execução do ato administrativo, permitindo a sua confirmação
Exemplo: homologação de licitação ou concurso público, correção (convalidação de um ato ad-ministrativo maculado com vício sanável) ou desfazimento (anulação de ato ilegal)
• Em geral é a forma de controle mais utilizada
• Baseado na responsabilização do gestor, já que erros ou fraudes muitas vezes não poderão ser corrigidos após os atos já terem sido praticados
• Grande dificuldade para a recuperação de valores e punição dos responsáveis
Atividades de Controle Interno
Segregação de funções: busca evitar que indivíduos sejam postos em situações que possam
cometer e encobrir fraudes. Ex: autorização de transação, registro e custódia física de ativo
Procedimentos de autorização: garantem que somente sejam realizadas transações
permiti-das e que pessoas sem autorização não tenham acesso a transações registrapermiti-das, nem tenham poder de alterá-las. As autorizações correspondem à responsabilidade pela tarefa/função. Ex: crédito x vendas
Documentação adequada: gera evidência das autorizações, da existência das transações, da
fundamentação de lançamentos e das obrigações financeiras. Ex: documentos prenumerados
Acesso aos ativos: protegem contra destruição acidental, deliberada ou furto. Ex: controle de
acesso a estoques, equipamentos e centrais de computação; cofres
Conciliações: conferência de registros e transações. Ex: saldo bancário e registro contábil,
con-tagens físicas de ativos e registro
Controles de TI: acesso e alterações em dados, sistemas, equipamentos, downloads
Auditoria
• A auditoria é um exame sistemático formado por um conjunto de procedimentos técnicos estruturados que busca avaliar de forma independente se determinados atos e fatos cor-respondem a critérios estabelecidos.
• Aplicada a uma organização, parte dela ou processo • Técnica milenar
→ Provas arqueológicas de inspeções/verificações de registros de 4500 a.c.
→ Inglaterra 1314, França 1318 – cargos de auditor do tesouro
→ Brasil – Erário Régio 1808 – acompanhamento da execução da despesa
Evolução da auditoria
• Empresas familiares, fechadas
• Necessidade de alavancar e ampliar negócios
• Captação de recursos com investidores (bancos, acionistas) • Publicação das demonstrações contábeis
• Necessidade de avaliação independente sobre dados financeiros e contábeis para investi-dores avaliarem segurança, rentabilidade e liquidez dos investimentos
• Surgimento da auditoria como é hoje
• Considerada por muitos autores como técnica contábil
• Aprimorada ao longo do tempo, avançando sobre outros campos de atuação além das Ci-ências Contábeis: sistemas informatizados, engenharia, meio ambiente, recursos humanos, qualidade, programas, etc.
• Valorizada com casos de fraudes nas últimas décadas. Salto evolutivo. COSO ICF e ERM (1992, 2004, 2013 e 2017), Lei Sarbanes-Oxley (2002). Gerenciamento de riscos, governan-ça corporativa, reformulação das práticas contábeis internacionais (International Accoun-ting Standards Board – IASB), convergência mundial das normas de contabilidade e audito-ria (International Financial Reporting Standards – IFRS)
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Auditor clássico
• Missão clara, sem grande necessidade de visão estratégica e criatividade • Inspeciona e revê atuações e decisões passadas
Auditor do presente
• Deve alinhar suas atividades às expectativas dos clientes e ao planejamento estratégico da organização
• Deve conhecer os objetivos da organização, o negócio, os processos e os seus riscos • Deve ter compromisso com o futuro da organização
• Deve aplicar seus conhecimentos de gestão de riscos e de controle interno nas áreas que possam impactar significativamente o sucesso da organização
• Antes de auditores, devem ser bons profissionais de negócio
Benefícios da auditoria
• Administração
• Verifica os controles internos
• Avalia a adequação do objeto auditado (demonstrações contábeis, setor, processo) • Dificulta erros e fraudes
• Informações sobre a situação da empresa • Investidores
• Análise sobre a continuidade dos negócios, retorno e liquidez • Maior exatidão nos resultados apurados
• Administração Tributária
• Maior grau de exatidão nas demonstrações e resultados • Maior observância ao cumprimento da legislação • Parâmetro para direcionamento dos trabalhos • Sociedade
• Credibilidade às demonstrações contábeis
• Tranquilidade social: atividade econômica, emprego, etc. • Reflete economia da região e do país
Classificação
• Privada x Pública ou Governamental
• Conformidade x Operacional (regularidade x desempenho) • Interna x Externa
• Quanto ao objeto: contábil, fiscal, obras, TI (sistemas, segurança da informação, governan-ça de TI, dados), ambiental, qualidade, etc.
Os objetivos específicos das auditorias podem ser diferentes, mas de modo geral o objetivo comum de todas as auditorias é emitir uma opinião independente sobre uma organização ou parte dela