Concepções de juventude
▪
Jovem como “problema”, portador de comportamentos de risco.
Políticas voltadas ao controle e repressão.
▪
Jovem como um “vir a ser”, uma tábua rasa que precisa ser
formado para ser um adulto.
Políticas de educação e qualificação profissional.
▪
Jovem como solução ou como futuro – responsável pelas
soluções dos problemas do país e do mundo.
Programas de voluntariado juvenil.
▪Obs. As três concepções carregam uma visão de uma juventude
homogênea, como se existisse uma natureza humana e não
como uma construção histórica.
O que é ser jovem?
•
Diferentes profissionais e atores trabalhando com o tema de uma
etapa da vida que é considerada de transição para a fase adulta:
adolescência, puberdade e juventude
•
Juventude pode ser desenvolvida por uma série de pontos de
partida: como uma faixa etária, um período da vida, um
contingente populacional, uma categoria social, uma geração...
•
Todas essas definições se vinculam, de algum modo, à
dimensão de fase do ciclo vital entre a infância e a maturidade.
•
Busca-se, portanto, uma correspondência com a faixa de idade,
mesmo que os limites etários não possam ser definidos
rigidamente.
Adolescência x Juventude
• Fase que marca a transição entre a infância e a vida adulta.
• Início na puberdade (amadurecimento dos órgãos genitais): transformação
do corpo da criança que passa a ter as funções e atributos do corpo adulto.
• Estranhamento do próprio corpo e de todas as mudanças acarretadas (voz,
pelos, quadril, seios, menstruação, etc.).
• Brasil: uso concomitante dos termos “adolescência” e “juventude” - ora se
superpõem, ora constituem campos distintos, mas complementares, ora traduzem uma disputa por distintas abordagens.
Finalidade
da
adolescência
O adolescente quer ter um lugar de pertencimento, quer se tornar adulto. O que se espera dele é:
1. tempo de assimilar os valores sociais; 2. Corpo chegou à maturação necessária;
3. a comunidade impõe uma moratória. Não é reconhecido como adulto e
Nos remete à ideia de similaridade de experiências e
questões dos indivíduos que nasceram num mesmo momento
histórico, e que vivem os processos das diferentes fases do
ciclo de vida sob os mesmos condicionantes das conjunturas
históricas.
É esta singularidade que pode também fazer com que a
juventude se torne visível e produza interferências como uma
categoria social
Ao mesmo tempo, ser jovem assume contornos
diferentes quando se é rico ou pobre, homem ou
mulher, se reside no meio urbano ou rural, no centro
ou na periferia, se é negro, branco ou índio, se tem ou
não acesso à educação, a cultura e ao lazer.
Um pouco de história.
▪
Anos 1980 - Foco das preocupações e mobilizações centrado na
proteção integral das crianças e adolescentes em condição de
risco
social
-
Ano Internacional da Juventude da ONU (1985)
- Constituição Federal (1988 )
- Estatuto da Criança e Adolescente (1990)
▪Anos 1990 e início de 2000
– Debate ampliado aos jovens, para além da infância e adolescência; – Mudança de paradigma: juventude problema X jovem sujeito de
direitos;
– Surgimento dos Conselhos de Juventude e órgãos gestores de políticas públicas.
Resultado dos trabalhos da Comissão Especial da
Câmara dos Deputados sobre Políticas Públicas
de Juventude (2004)
▪
Proposta de Emenda Constitucional, que inclui o jovem
como sujeito de direitos na Constituição Federal;
▪
Projeto de Lei que institui o Plano Nacional de
Juventude.
▪
2010: Emenda Constitucional nº 65, que inclui o
jovem como sujeito de direitos na Constituição
Federal, modificando o Art. 227 da Constituição
Federal, para cuidar dos interesses da juventude;
▪
2013: Lei Federal nº 12.852/2013, que institui o
Estatuto da Juventude, os princípios e diretrizes das
políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional
da Juventude - SINAJUVE
Alinhamento da Concepção de Juventudes
12 anos 18 anos 16 anos 15 anos 29 anos votoECA ECA prevalece Estatuto da Juventude
ECA e Estatuto da Juventude se complementam
Do Direito à Vida e à Saúde
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho Do Acesso à Justiça
ECA Estatuto da
Juventude
Do Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à Representação Juvenil
Do Direito à Educação
Do Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda Do Direito à Diversidade e à Igualdade
Do Direito à Saúde Do Direito à Cultura
Do Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão Do Direito ao Desporto e ao Lazer
Do Direito ao Território e à Mobilidade
Do Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente Do Direito à Segurança Pública e ao Acesso à Justiça
Participação e direitos de adolescentes e jovens
1990 1996 2013 1988 2014 1934Direito à educação na Constituição de 1934
2003 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Art. 53.
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; .
Constituição de 1988:
contexto de luta e mobilização pela redemocratização do Brasil; aprovação de novos direitos, antes não reconhecidos, como transporte e moradia.
Lei 10.639 (ensino de história e cultura
afro-brasileiras obrigatório no EF e EM) aprovada, uma importante contribuição para a LDB.
PNE: metas para 10 anos; 10% do PIB investidos em educação. Estatuto da Juventude
aprovado, com pressão de movimentos juvenis ao longo de uma década.
Lei de Diretrizes e Bases:
A partir dela, estão garantidas a criação de pelo menos duas instituições, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil, cabendo à Direção da Escola criar condições para que os alunos se organizem no Grêmio Estudantil.
2018 SINAJUVE Sistema Nacional de Juventude 2015 Ocupação das escolas
Adolescentes e Jovens: sujeitos de direitos
Existe uma sobreposição de abrangência nos direitos do Estatuto da Juventude e do ECA na faixa etária dos 15 aos 18, instituindo assim, uma relação dialógica entre as duas
legislações.
O Estatuto da Juventude estabelece em seu art. 1º, § 2º: “Aos adolescentes com idade entre 15 e 18 anos aplica-se a Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990 – ECA, e, excepcionalmente, este Estatuto, quando não conflitar com as normas de proteção integral do adolescente” (grifo nosso).
O termo “excepcionalmente” é inapropriado, já que passa uma ideia cartesiana, de dois
sistemas em linhas paralelas, cuja interação se dará apenas eventual ou pontualmente, o que é equivocado.
Vários dispositivos garantidores de direitos insculpidos no Estatuto da Juventude, provocarão contínua sinergia entre ambas e caberá o operador / ativista dos direitos infanto-juvenis
atentar-se para a correlação, que não se dará em situações excepcionais, mas de modo constante.
Politicas Públicas para a Juventude
Brasil não possuía uma tradição de políticas
especificamente destinadas aos jovens.
Na Europa e Estados Unidos existe formulação de políticas
para jovens e a designação de instituições governamentais
responsáveis por sua implementação têm se desenvolvido
ao longo do século.
Nos demais países da América Latina ganha significação a
partir dos anos 80.
Políticas Públicas
•
Políticas de Estado (federal, municipal e estadual).
•
Podem ser executadas por organizações da sociedade civil ou
até mesmo em conjunto com a iniciativa privada.
•
Pressupõe em sua elaboração a participar de governos e
diferentes setores da sociedade civil (ONGs, lideranças
comunitárias,
organizações
religiosas,
associações
profissionais, sindicatos, movimentos sociais, grupos ativistas,
etc.)
•
Devem buscar garantir os direitos dos cidadãos.
•
Tem um objetivo público.
O caráter público da política social está em que as decisões e ações: a) Revestem-se de autoridade, por possuírem base legal;
b) Buscam efetivar direitos conquistados por segmentos da sociedade e dispostos nas leis;
c) Orientam-se pelo principio do interesse comum e da soberania popular, e não pela soberania dos governantes;
d) Devem se voltar para satisfazer as necessidades sociais e não da rentabilidade econômica privada; e
e) Possuem a conotação de res publica, ou seja, coisa (res) de todos
(publica).
Políticas Públicas
Se a questão do reconhecimento dos direitos específicos da
juventude já exige a superação de pré-conceitos, obrigando
o convencimento da opinião pública, a consideração das
diversas identidades juvenis como alicerce desse conjunto de
direitos torna o quadro ainda mais complexo. (...) No caso
das juventudes, a necessidade de articular a busca da
igualdade individual de condições com a valorização da
diferença é atributo essencial para a afirmação de direitos e,
consequentemente, para a elaboração e implementação de
políticas públicas
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Princípios das Políticas Públicas de
Juventude
▪
Promoção da autonomia e emancipação dos jovens;
▪
Valorização e promoção da participação social e política da
juventude, direta e por meio de suas representações;
▪
Promoção da criatividade e da participação da juventude no
desenvolvimento do país.
▪
Reconhecimento do jovem como sujeito de direitos
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Diretrizes para as Políticas Públicas de
Juventude
▪Desenvolver a intersetorialidade das políticas estruturais, programas e ações da
política pública de juventude;
▪Viabilizar a ampla participação juvenil na formulação, implementação e avaliação
das políticas públicas de juventude;
▪Ampliar as alternativas de inserção social do jovem, promovendo programas que
priorizem o seu desenvolvimento integral e participação ativa nos espaços decisórios;
▪Garantir meios e equipamentos públicos que promovam o acesso e produção
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Diretrizes para Políticas Públicas de
Juventude
▪
Promover o território como espaço de integração da política
pública de juventude;
▪
Fortalecer as relações institucionais com os entes federados e
as redes de órgãos, gestores e conselhos de juventude.
▪
Estabelecer mecanismos que ampliem a gestão de informação e
produção de conhecimento sobre juventude.
▪
O INCENTIVO À CRIAÇÃO DE CONSELHOS DA JUVENTUDE EM
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Dos Direitos dos Jovens
Participação social e política e na formulação, execução e avaliação das políticas públicas de juventude
Educação
Profissionalização, Trabalho e Renda Diversidade e Igualdade
Saúde Cultura
Comunicação e Liberdade de Expressão Desporto e Lazer
Sustentabilidade e Meio Ambiente Território e Mobilidade
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Sistema Nacional de Juventude
-SINAJUVE
Instâncias de Articulação, Pactuação e Participação
▪Conferências de Juventude:
- Conferências Livres, Virtuais e Territoriais - monitoramento das resoluções
▪CONSELHOS DE JUVENTUDE:
- Conselho Nacional de Juventude – Conjuve - REDE DE CONSELHOS
▪Consultas e mecanismos de participação direta do jovem, inclusive em
ambientes virtuais.
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Sistema Nacional de Juventude
-SINAJUVE
Art. 42. Compete aos Estados
IV – Convocar e realizar em conjunto com o Conselho estadual da Juventude, as Conferências Estaduais de Juventude, com intervalo máximo de 4 (quatro) anos;
Art. 43. Compete aos Municipios:
IV - Convocar e realizar em conjunto com o Conselho Municipal da Juventude, as Conferências Municipais de Juventude, com intervalo máximo de 4 (quatro) anos
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Sistema Nacional de Juventude
Instrumentos de Gestão
Planos de Juventude
- Diagnóstico da situação da população jovem;
- Diretrizes a partir dos Direitos do Estatuto da Juventude;
- Metas e Prazos a serem cumpridos;
- Vinculação ao PPA;
- Fontes de financiamento;
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
DOS CONSELHOS DE JUVENTUDE
Art. 45. Os conselhos de juventude são órgãos permanentes e autônomos, não jurisdicionais, encarregados de tratar das políticas públicas de juventude e da garantia do exercício dos direitos do jovem, com os seguintes objetivos:
I - auxiliar na elaboração de políticas públicas de juventude que promovam o amplo exercício dos direitos dos jovens ...;
II - utilizar instrumentos de forma a buscar que o Estado garanta aos jovens o exercício dos seus direitos;
III - colaborar com os órgãos da administração no planejamento e na implementação das políticas de juventude;
IV - estudar, analisar, elaborar, discutir e propor a celebração de instrumentos de cooperação, visando à elaboração de programas, projetos e ações voltados para a juventude;
V - promover a realização de estudos relativos à juventude, objetivando subsidiar o planejamento das políticas públicas de juventude;
VI - estudar, analisar, elaborar, discutir e propor políticas públicas que permitam e garantam a integração e a participação do jovem nos processos social, econômico, político e cultural no respectivo ente federado;
VII - propor a criação de formas de participação da juventude nos órgãos da administração pública;
VIII - promover e participar de seminários, cursos, congressos e eventos correlatos para o debate de temas relativos à juventude;....
“São consideradas jovens as pessoas com idade entre 15
(quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
- Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
aplica-se o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) e o Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13).
- Princípio da autonomia e emancipação dos jovens - complementar às normas de proteção integral da criança e do adolescente. (ECA)
Estatuto da Juventude
Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013
Sistema Nacional de Juventude
▪Informações, Monitoramento e Avaliação;
- indicadores de juventude
- monitoramento das metas dos planos
▪Financiamento;
- Abrir o debate sobre o financiamento das políticas públicas de juventude, com a participação dos municípios, estados e a sociedade civil.
▪Adesão dos entes federados
- compromissos de Estados e Municípios (ex: criação do conselho de juventude e definição do órgão de juventude);
▪ Unidade de Juventude (articulação do SINAJUVE no território)
- Equipamentos públicos territoriais
Conselhos de Participação Social
No Brasil, os conselhos surgiram há décadas, a exemplo do Conselho
Nacional de Saúde, que foi instituído em 1937.
Mas, será a partir da
Constituição de 1988
, como resultado de uma
demanda por mais participação e controle social por parte da
população, que há uma maior institucionalização
Os conselhos são instâncias de participação e interlocução da
sociedade com o Estado no planejamento e na execução das políticas
públicas.
Conselhos de Juventude
Os Conselhos de Juventude são espaços de participação e
interlocução da juventude com o poder público no planejamento e
acompanhamento da execução das Políticas Públicas de Juventude
– PPJ.
A composição e a forma de funcionamento dos conselhos são muito
variadas, refletindo em parte a diversidade sociocultural da
juventude brasileira,
Os formatos são definidos combinando diversas possibilidades, que
variam de acordo com a existência e efetividade das
políticas
públicas
de Juventude, o cenário político, a organização e a
mobilização da juventude e a cultura de participação dos jovens,
entre outros
Conselhos de Juventude
De acordo com a forma de intervenção nas decisões públicas, os conselhos podem receber, no texto da suas leis de criação uma de três qualificações, sendo:
• Conselhos consultivos – Quando oferecem recomendações e sugestões de quais devem ser as diretrizes e perspectivas das políticas públicas de juventude e do orçamento. Neste caso, o gestor não é obrigado a acatar o parecer emitido;
• Conselhos normativos – Quando são dotados de poder regulamentar e normativo, que se expressa por meio de resoluções, portarias, deliberações, instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
• Conselhos deliberativos – Quando possibilitam aos conselheiros participar das decisões sobre determinadas questões específicas, no sentido, como, por exemplo, determinar a forma de execução de políticas, programas e ações concretas para a comunidade.
Conselhos de Juventude
Etapas iniciais
Com o conselho formado, é hora de começar a trabalhar e iniciar as atividades.
Primeiramente, é necessário elaborar e aprovar o regimento interno. Este instrumento deve estar em consonância com a lei ou decreto de criação e definir quais as atribuições e o modo de funcionamento do conselho, incluindo a periodicidade de reuniões (ordinárias e extraordinárias), mecanismos de deliberação, organização interna, comissões e grupos de trabalho etc.
Comissões e/ou grupos de trabalho podem ser formados a partir de eixos temáticos ou da divisão de tarefas que fazem parte do dia a dia do conselho
Conselhos de Juventude
Etapas iniciais
Com o conselho formado, é hora de começar a trabalhar e iniciar as atividades.
Primeiramente, é necessário elaborar e aprovar o regimento interno. Este instrumento deve estar em consonância com a lei ou decreto de criação e definir quais as atribuições e o modo de funcionamento do conselho, incluindo a periodicidade de reuniões (ordinárias e extraordinárias), mecanismos de deliberação, organização interna, comissões e grupos de trabalho etc.
Comissões e/ou grupos de trabalho podem ser formados a partir de eixos temáticos ou da divisão de tarefas que fazem parte do dia a dia do conselho
Conselhos de Juventude
Etapas iniciais
O planejamento da atuação do conselho é essencial para a organização e o desenvolvimento das respectivas ações.
Este planejamento pode ser feito a partir da atuação das comissões, abrangendo todo o período da gestão dos conselheiros responsáveis pela sua elaboração, podendo ser ajustado ao longo do processo, considerando as avaliações que devem ser realizadas à medida que cada etapa seja cumprida.
Conselhos de Juventude
Para um funcionamento pleno, o conselho precisa de algumas condições estruturais
mínimas,
Recursos para viabilizar a participação dos seus membros em eventos relevantes, bem como
para trazer convidados que auxiliem o conselho na discussão de alguma temática específica,
entre outros itens que serão identificados de acordo com a realidade de cada um e o seu
planejamento.
Deve estar previsto na lei orçamentária anual e no Plano Plurianual (PPA) do município ou
estado.
Além dos recursos financeiros, o conselho precisa também:
• Manter uma regularidade nas reuniões gerais e dos grupos e das comissões.
• Investir na formação dos conselheiros
Conselhos de Juventude
Promover a integração e fortalecer os vínculos entre os integrantes e outros conselhos de juventude e de áreas afins, proporcionando espaços de troca entre as entidades representantes, especialmente entre o poder público e a sociedade civil.
Buscar a articulação com a juventude organizada e entidades que não fazem parte do conselho. Este diálogo é fundamental para que os representantes tenham uma atuação legítima e respaldada nas demandas juvenis.
Divulgar as ações do conselho para a sociedade em geral e para os jovens, em especial.
Conselhos de Juventude
•
Promover a integração e fortalecer os vínculos entre os
integrantes e outros conselhos de juventude e de áreas afins,
proporcionando
espaços
de
troca
entre
as
entidades
representantes, especialmente entre o poder público e a sociedade
civil.
• Buscar a articulação com a juventude organizada e entidades que
não fazem parte do conselho. Este diálogo é fundamental para que
os representantes tenham uma atuação legítima e respaldada nas
demandas juvenis.
• Divulgar as ações do conselho para a sociedade em geral e para os
jovens, em especial.
CEJ
• Conselhos de Juventude: experiência recente.
• CJs foram alavancados após a criação do Conjuve/SNJ (2005) e de programas
específicos para a juventude (ex. Projovens).
Reconhecimento da juventude, pelo Estado brasileiro, como grupo social com
interesses e necessidades particulares - construção de políticas públicas para
juventude e abertura de espaços de participação e diálogo entre o poder público e a
sociedade civil.
Etapas iniciais CJ
Elaborar e aprovar o regimento interno: deve estar em consonância com a lei ou decreto de criação e
definir quais as atribuições e o modo de funcionamento do Conselho.
❑ Definição das atribuições do CEJ; ❑ Constituição (como é formado);
❑ Periodicidade de reuniões (ordinárias e extraordinárias); ❑ Mecanismos de deliberação;
• Comissões e/ou grupos de trabalho podem ser formados a partir de eixos temáticos ou da divisão de tarefas que fazem parte do dia a dia do Conselho.
• Planejamento da atuação do Conselho: essencial para a organização e o desenvolvimento das ações.
• Sugestão: documento com objetivos, metas, atividades, responsáveis, prazos e os recursos necessários para a execução.
• O planejamento pode ser feito a partir da atuação das comissões, mas é importante que sejam compartilhados com todos os membros do Conselho e aprovados em plenária.
Necessidades para o funcionamento pleno:
• Condições estruturais: sala ampla para as reuniões de sua composição plena, que acontecem periodicamente;
• Escritório, com telefone, computador e internet, que possam ser utilizados pela secretaria executiva e os demais conselheiros no cumprimento de suas atribuições;
• Recursos para viabilizar a participação dos seus membros e de ações relevantes (orçamento precisa estar previsto na lei orçamentária anual e no Plano Plurianual do município ou estado).
Também é necessário...
• Manter uma regularidade nas reuniões gerais e dos grupos e das comissões;
• Investir na formação dos conselheiros, entendendo que este é um espaço de participação relativamente recente na história do Brasil e todos ainda precisam aprender como ocupá-lo e fortalecê-lo;
• Promover a integração e fortalecer os vínculos entre os integrantes e outros Conselhos de Juventude e de áreas afins;
• Buscar a articulação com a juventude organizada e entidades que não fazem parte do Conselho. O diálogo é fundamental para que os representantes tenham uma atuação legítima e respaldada nas demandas juvenis.
• Divulgar as ações do conselho para a sociedade em geral e para os jovens, em especial. Para isto, é interessante a elaboração de um Plano de Comunicação, no qual estejam previstos quais serão os meios utilizados (site, rádio, revista, jornal etc.), quem serão os responsáveis pela sua produção e alimentação e os recursos necessários.