Subjects on this conversation: Copa do Mundo e Eleições 2018.
Context: In this episode, Andre and Guilherme talk about Brazil’s
situation on the 2018’s World Cup and also the political scenario,
since brazilians are about to choose their new President.
Transcrição:
André: E aí pessoal, tarda, mas não falha. Estamos aqui de novo, eu e o Guilherme pra gravar mais uma conversa pro Real Brazilian Conversations.
Guilherme: É isso aí. André: E aí Guilherme?
Guilherme: Como é que vai, cara? Tudo bom?
André: Tudo bem, velho. Só tô morrendo de frio, cara. Guilherme: Ah é, estamos no inverno aqui, né bicho?
André: Isso, estamos no inverno brasileiro e a gente mora na região Sudeste, de vez em quando faz bastante frio aqui.
Guilherme: Faz, faz frio. Inclusive lá em casa faz frio demais, cara. Lá em casa não pega sol, sabe?
André: Uhum.
Guilherme: Pega sol só em uma parte do dia e geralmente no inverno também o sol tá mais fraco.
André: É, aqui no meu caso o nosso apartamento pega só o sol da manhã que não é muito forte...
Guilherme: É.
André: Depois tipo assim não pega sol nenhum. Guilherme: Depois já era.
André: Depois já era. Bom, vamos lá cara. É sobre o que que a gente vai conversar hoje?
Guilherme: Então cara, a gente ficou de dar um feedback a respeito da Copa do Mundo, né? E a gente deve fazer uma pequena introdução também sobre um período importantíssimo que vai se iniciar agora. Na verdade, já se iniciou praticamente, né? Mas a gente vai dar alguns detalhes que é as eleições de 2018, né?
André: Exatamente. Eleições pra presidente, governador, deputado e senador. Ó, até rimou.
Guilherme: Vamos lá.
André: Vamos lá então, mas primeiro a Copa. Guilherme: Isso.
André: Cara, o Brasil não ganhou a Copa. Guilherme: Que decepção, hein cara?
André: Ah eu já esperava que talvez não ia ganhar. Guilherme: É? Você não tava tão confiante assim não?
André: Não. Principalmente depois que eu vi o tanto que a seleção da Bélgica tava jogando bem.
Guilherme: É, eu acho que o Brasil mostrou assim que não tava com tanta força quando jogou... eu acho que até ali no primeiro jogo com a Suíça que empatou, né? Depois teve um pouquinho de dificuldade de ganhar da Costa Rica eu já não senti tanta confiança. E tiveram alguns erros, né cara, que prejudicaram demais o Brasil contra a Bélgica, né? Então gol contra, alguns chutes que realmente não entraram, eu acho que isso tudo contribuiu pra que o Brasil não ter conseguido passar de fase, né? Infelizmente não conseguiu, mas eu acho que tivemos uma representação bem justa no final que foi a França, né? Então acho que na verdade a França representou bem e realmente o melhor venceu. André: Uhum, com certeza. Cara, eu confesso que eu tava torcendo pra Croácia.
Guilherme: É, eu também tava torcendo pra Croácia.
André: Porque eu queria que uma seleção que nunca tinha ganhado a Copa ganhasse, né? Mas...
Guilherme: É, o emocional ali no finalzinho falou mais alto, eu acho que eles perderam um pouco do controle, né?
André: Aham.
Guilherme: Embora eu também acredite que os erros da arbitragem no começo do jogo favoreceram um pouco a França, cara.
André: Sim.
Guilherme: E aí depois acabou que o restante do jogo foi mais domínio emocional mesmo.
André: É, mas a gente tem que reconhecer, o time da França tava muito bom, aquele carinha lá que eu esqueci o nome.
Guilherme: Mbappé.
André: Mbappé, ele tá jogando demais e o cara tem só 19 anos? Guilherme: Exato.
André: O cara é um monstro, no bom sentido, né? Quando a gente fala monstro assim quer dizer que o cara é forte pra caramba.
Guilherme: Corre muito rápido.
André: Corre muito e é novinho, cara.
Guilherme: É, ele é promessa aí pro futebol aí nas próximas... pelo menos na próxima década, né cara?
André: Dizem que ele vai ser o jogador... vai quebrar o recorde de jogador tipo assim vendido mais caro.
Guilherme: Eu acredito que isso pode acontecer também. André: É, vamos ver.
Guilherme: Vamos ver.
André: Bom, mas voltando um pouquinho antes na Copa, o Brasil ele não tava encantando muito, mas tava vencendo os jogos e conseguiu chegar até as quartas.
Guilherme: Isso.
André: Já foi uma posição muito boa, né? Porque se o Brasil não passasse nem da fase de grupos ia ser uma decepção bem maior, né? Guilherme: Com certeza, com certeza. Aí seria o mico da Copa, né?
André: Cara, eu até acho que o Brasil poderia ter passado da Bélgica porque teve chance...
Guilherme: É, ele assustou bastante no começo, a Bélgica tava bem pra trás assim, com medo, né? Podia ter aproveitado mais, né, eu acho.
André: Sim. E eu acho que houve um erro da arbitragem num pênalti que não foi marcado. Há controvérsias, mas assim...
Guilherme: No Gabriel Jesus, né? André: Não, acho que foi no Neymar.
Guilherme: Foi no Neymar? Ah tá, no Neymar, sei qual foi o lance. André: Uma coisa que tá muito controvérsia também é a atuação do Neymar na Copa porque ele era o jogador referência do time do Brasil e assim ele tomou certas atitudes que na minha opinião prejudicaram o Brasil inteiro como time. Por exemplo, ficar simulando demais falta e tal tirou toda a credibilidade quando ele sentia falta de verdade.
Guilherme: Isso.
André: Por exemplo, esse pênalti eu acho que ele foi puxado mesmo, mas ele atuou tanto, né, fez uma dramatização tão exagerada que tipo assim você para e ri do cara.
Guilherme: É.
André: Você fala assim “poxa, esse cara devia tá em Hollywood ganhando o Oscar”.
Guilherme: ((risos)) Realmente essa questão da simulação tirou um pouquinho da credibilidade mesmo pra quando as faltas de verdade aconteceram, né?
André: Sim e aconteceram. Guilherme: Aconteceram, sim.
André: Aconteceram demais. Outra coisa também que teve um dos jogos, não sei se foi esse último contra a Bélgica, mas ele ficou muito nervoso.
Guilherme: Isso.
André: Falou muito palavrão, tanto com o juiz, quanto com outros jogadores e isso não é legal de se ver, né gente?
Guilherme: É, prejudicou um pouco a imagem dele mesmo. Eu acho que pra gente fechar aqui o assunto eu também acredito que o Tite, que é o técnico da seleção, escalou mal...
André: É?
Guilherme: Em algumas oportunidades, é. Por exemplo, o Felipe Luís entrou melhor do que o Marcelo quando o Marcelo sofreu aquela lesão, né, nas costas. E eu acho que ele poderia ter mantido o Felipe Luís pra dar uma segurança maior e talvez ter colocado o Marcelo em alguma outra oportunidade e tudo mais. Eu acredito também que o Douglas Costa também fez muita falta assim...
André: Eu ia mencionar isso, cara.
André: Ele foi o cara...
Guilherme: O Gabriel Jesus também não foi um atacante que não fez nenhum gol, igual o (Giroud) da França também, né? Ganhou a Copa e não fez nenhum gol, mas o Jesus também acho que ele já poderia ter entrado como reserva no último jogo, o Firmino já poderia ter tido mais oportunidade. E o William também assim ele demorou mostrar alguma coisa então acho que no lugar do William já deveria ter entrado Douglas Costa no começo do jogo da Bélgica também.
André: Concordo totalmente, velho. O Douglas Costa ele tava jogando com raça, ele tava jogando sem medo nenhum...
Guilherme: Isso, mudou completamente o jogo. André: Sim, com certeza. Bom...
Guilherme: Fica de aprendizado, aí né?
André: É, é isso aí. Alguém tem que ganhar e dessa vez foi a França novamente.
Guilherme: Exatamente.
André: Parabéns aí aos franceses que nos escutam. Guilherme: E até a próxima Copa no Qatar, né?
André: É, no Qatar. Vamos ver, né, como é que vai ser essa Copa no Qatar.
Guilherme: Vai ser bem legal. André: Se vai ser tipo escaldante...
Guilherme: É, se vai ser quente, né? André: Aham.
Guilherme: Vamos lá.
André: Beleza. Então pessoal, isso foi nossas opiniões aqui, né, sobre a Copa. Ah, uma outra coisa que o pessoal falou muito sobre a Copa é que esse ano não teve música, uma música oficial da Copa. Que em 2010 e 2014 teve a música, 2010 foi Shakira e 2014 foi Pit Bull e outros.
Guilherme: Hum, é, da Shakira foi realmente uma música que marcou, né?
André: Uhum.
Guilherme: Na África do Sul, né?
André: E na Rússia não teve música então não sei porquê.
Guilherme: É, eu acho que teve até uma música oficial, eu não lembro agora exatamente de quem que é a música, acho que até o Will Smith participou do clipe e tudo, mas assim não foi uma música que pegou igual da África, por exemplo.
André: Entendi. E pra finalizar, gente, mais dois minutinhos aqui, sempre que tem Copa do Mundo tem eleições no Brasil, né Guilherme? Guilherme: ((risos)) É, cara, é verdade.
André: E são eleições importantíssimas. A gente tem eleições no Brasil de dois em dois anos sendo que as eleições que coincidem com as Olimpíadas são eleições pra prefeito e pra vereador. E as eleições que
coincidem com a Copa do Mundo são eleições pra presidente, governador, senador e...
Guilherme: Deputados.
André: Deputados, os congressistas, né? Guilherme: Muito bem.
André: Esse ano a eleição no Brasil vai ser assim bem diferente, a gente vinha aí de vários anos de uma polarização quase semelhante à dos Estados Unidos, dos democratas com os republicanos, mas no nosso caso aqui era PT e PSDB.
Guilherme: Isso, são dois partidos de grande expressão aqui no Brasil. Devido à situação do Lula, né, que é o maior representante na atualidade, o fato de ele estar preso, né? A gente já gravou alguns episódios falando disso. Então o fato do Lula estar preso, o PT não conseguiu achar um representante à altura pra poder lançar candidatura, né? E agora nós vamos ter aí uma polarização maior, né? Então na verdade não é mais PT e PSDB, agora nós vamos ter vários partidos. Então nós temos aí representantes como Bolsonaro, né, que é de direita, eu não sei exatamente se a gente pode falar que ele é direita, mas enfim, então temos o Bolsonaro, temos o Ciro Gomes que representa uma parte da esquerda também, mas tem outras vertentes da esquerda também concorrendo, né?
André: A Marina de novo, né?
Guilherme: A Marina de novo. Tem o Guilherme Boulos também, né? André: Uhum.
André: O João Amoêdo.
Guilherme: O João Amoêdo que é um libertário, né? André: Poxa, não sabia. Aprendi contigo.
Guilherme: Então eu acho que vai ser bem interessante assim ver o debate político, embora sempre a imprensa tem aquela necessidade de trazer pra um e pra outro, né? Pra dois, no máximo. Mas eu acredito que nós vamos ter debates bem legais esse ano, eu acho que mais pra presidente, o restante eu acho que continua do jeito que tá mesmo. A gente continua tendo políticos que estão envolvidos com corrupção que vão acabar candidatando de novo, né? Muita controvérsia. Por exemplo, eu tava vendo o Garotinho no Rio de Janeiro, ele teve uns escândalos terríveis agora recentemente, inclusive ele teve preso, né? E agora foi dado um veredito que ele não poderia candidatar por causa da improbidade administrativa, né?
André: Sim.
Guilherme: E ele disse que vai recorrer, ou seja, tem cara aí que que já tá envolvido com corrupção há muito tempo e tá concorrendo de novo pra deputado, pra senador e etc., mas eu acho que o debate político no Brasil está crescendo bastante, as pessoas estão se preocupando um pouco mais com o ambiente político, né? Eu acho que isso pode ser o começo de uma transformação maior, né? Embora isso seja um processo muito lento, né? Uma vez eu até vi uma reportagem, não sei se na BBC, não me lembro exatamente, falando que pesquisador inglês ele disse que o Reino Unido, né, ele demorou mais de 200 anos pra começar a ter uma mentalidade de menos corrupta, né? E de ter mais ética e etc. Então é um processo que é muito lento,
mas eu acho que é válido começar porque tem que começar de algum lugar, né?
André: Sim.
Guilherme: Então vamos ver o que que acontece aí, em breve a gente deve atualizar o pessoal. Inclusive o pessoal recentemente lançou oficialmente as candidaturas, né? Os partidos aí no dia 25 do sete dessa semana eles tiveram que enviar pra Justiça Eleitoral os dados sobre os recursos financeiros que eles vão usar pra poder financiar a campanha, né? Então até agosto a gente tem um limite pros partidos apresentarem o requerimento de registro das candidaturas oficiais e aí por aí já começa, né? 31 do oito, 31 de agosto início da propaganda eleitoral na rádio e na televisão, dia nove de setembro a primeira parcial de prestação de contas. Depois, a partir do dia 22 nenhum candidato já pode ser detido ou preso, né? E aí no mês 10 então a gente já tem o primeiro turno das eleições no dia sete, né? E aí depois, caso seja necessário, segundo turno. A questão do segundo turno é quando um candidato não alcança a quantidade mínima de votos pra poder ser eleito, né? E aí precisa fazer então um segundo turno com os dois primeiros, né?
André: Isso, exatamente. No Brasil entende-se que a maioria não elegeu o primeiro candidato é porque tem alguma coisa aí que talvez vai mudar a opinião do pessoal.
Guilherme: Né? Não esteja tão claro, né?
André: Isso. E talvez até o cara que ficou em segundo lugar tenha chance de ganhar.
André: Beleza, pessoal. É isso aí. Espero que vocês tenham gostado e a gente vai acompanhando esse processo todo de eleições à medida que as coisas forem acontecendo.
Guilherme: É isso aí. Muito obrigado a todos e até a próxima. André: Até a próxima, um abraço.
