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BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO NA IMAGEM CORPORAL PARA MULHERES

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VIAIS, A. S.

FACIDER Revista Científica, Colider, n 09, 2015 Página 1

RESUMO: Atualmente o treinamento de força vem sendo um dos exercícios mais procurados nas academias. Percebe-se que a prática da musculação vem ganhando espaço e aceitação entre as mulheres, principalmente, devido a uma grande preocupação com a estética. Para elas, a imagem corporal tem grande importância, pois é vista como um componente de identidade pessoal e também é através dela que a mulher demostra sua satisfação ou insatisfação consigo mesma. Foi realizado um trabalho de revisão bibliográfica com o objetivo de mostrar os benefícios da prática da musculação na melhora da imagem corporal em mulheres. Observou-se que a musculação quando realizada sob supervisão adequada, pode beneficiar qualquer individuo. Notou-se que a falta de tempo tem sido apostada como um dos principais fatores para não se praticar atividade física. Nestes casos, indica-se a musculação, por ela ser um programa de exercícios físicos que exige pouco tempo de dedicação, possui vários treinamentos eficazes e ainda pode proporcionar resultados satisfatórios. As mulheres apontam como principais benefícios do treinamento de força uma série de aspectos, tais como a redução do percentual de gordura, aumento da massa muscular, minimização da ansiedade e depressão, além de melhora no sono.

PALAVRAS-CHAVE: Mulher, Musculação, Treinamento de Força.

ABSTRACT: These days, the strength training has been one of the most sought exercises in the fitness centers. It‟s realized that the bodybuilding practice has gotten space and acceptance among women, mainly, due to a great concern about esthetic. For them, the body image has great importance because it‟s seen as an element of the personal identity and it‟s also trough it that the woman shows her satisfaction or dissatisfaction with herself. Was performed out a paper of bibliographic review with the goal of showing the benefits of the bodybuilding practice on improving the women‟s body image. South at that when the bodybuilding is realized under an adequate supervision, it can benefit any person. She watched her that the lack of time has been keen as one of the main factors not to practice physical activities. It is noticed, it‟s advisable the bodybuilding, because it is a program of physical exercises that demands little time of dedication, has several efficient trainings and still may provide satisfactory results. Women point out as main benefits of the strength training a number of aspects, such as the reduction of fat percentage, increase of muscle mass, minimization of anxiety and depression, besides the sleep improvement.

KEYWORDS: Women, Bodybuilding, Strength Training

1. INTRODUÇÃO

A imagem corporal (IC) é um conceito multidimensional que descreve de forma geral a estrutura corporal e aparência física, em relação a nos mesmos e aos

BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO NA IMAGEM

CORPORAL PARA MULHERES

Alessandra dos Santos Viais¹

¹Faculdade de Colider – FACIDER, Av. Senador Júlio Campos, 1039 – Setor Leste, Colider, Centro – MT, 78.500-000.

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outros. Esse conceito refere-se à insatisfação que se tem com seu tamanho corporal e/ou em partes especificas. Indivíduos apresentam grande preocupação com a IC, pois ela exerce um papel muito importante na seleção das atividades físicas e a na motivação ao se procurar um programa de exercícios (FERMINO et al., 2010).

Segundo Schimidt e Rocha (2013), para as mulheres a IC é fator muito importante, pois é um componente de identidade pessoal, que demostra como estão em relação à satisfação e insatisfação corporal. Atualmente o modelo de beleza não está relacionado à saúde, e sim a uma imagem corporal atraente. Perante a sociedade atual o modelo de beleza perfeito corresponde a um corpo magro, desconsiderando aspectos muito importantes relacionados à saúde.

Ainda, de acordo com os estudos de Schimidt e Rocha (2013) a IC é um fator, muito preocupante entre as mulheres, pois através da mesma a mulher demostra sua satisfação ou insatisfação consigo mesma.

Conforme salienta Damasceno et al. (2006), as relações com o corpo são amplamente influenciadas por diversos fatores socioculturais. Fatores esses que conduzem homens e mulheres a apresentarem preocupações e insatisfações com a imagem corporal, induzindo-os a se exercitarem a cuidarem de seus corpos através de uma atividade física adequada, direcionando - os a desejos, hábitos e cuidados com a aparência visual do corpo.

Segundo Fleck e Kraemer (2006), cada vez mais mulheres estão realizando treinamento de força como parte da totalidade de seus programas diários. De forma crescente, mulheres atletas vêm buscando o treinamento de força para melhorar seu desempenho esportivo. Isso é evidente pelo simples fato de encontrarmos um grande número de locais disponíveis para o treinamento de força para mulheres.

Há algum tempo atrás, não era comum notar a presença do público feminino nas academias de musculação, que por sua vez pensava-se que ao frequentar a mesma só lhes trariam um corpo masculinizado, sem curvas e com músculos exagerados. Nos dias atuais percebe-se que essa visão não tem sido mais a mesma, Bagnara e Bagnara (2012) em uma pesquisa com 50 mulheres na faixa etária de 20 a 35 anos, praticantes de musculação em uma academia de Erechim RS, notaram que 44% delas se conscientizaram que a prática da musculação só lhes traz benefícios como obter uma vida saudável, melhora da estética, perda de

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peso, dentre outros, quebrando assim a insegurança que existe entre o público feminino e treinamento com peso.

O treinamento de força, também conhecido como treinamento contra resistência ou treinamento com pesos, tornou-se uma das formas mais populares de exercícios para melhorar a aptidão física de um indivíduo e para o condicionamento de atletas (FLECK e KRAEMER, 2006).

Devido ao recente aumento na prática do treinamento de força por parte do publico feminino, o objetivo deste trabalho é de compreender os benefícios da musculação na melhora da IC em mulheres.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo propõe-se a analisar quais são os principais benefícios da musculação na IC em mulheres praticantes, por meio de uma revisão bibliográfica.

O trabalho foi delineado a partir de fontes bibliográficas, tais como: livros, teses e artigos científicos. Na busca de artigos científicos, utilizou-se as bases de dados Lilacs e Scielo.

3. IMAGEM CORPORAL E MULHERES

Atualmente, a IC é um conceito muito amplo, que está cada vez mais relacionada com diversos fatores, surgindo variadas definições a seu respeito (SOUSA, 2012). A IC esta presente nas experiências básicas da vida de qualquer pessoa. De fato, reconhece a grande importância que as relações sociais, culturais, psicológicas e fisiológicas têm na formação da imagem corporal (SCHIMIDT e ROCHA, 2013).

A busca de uma IC adequada, é um dos fenômenos mais impressionantes na sociedade atual, existe uma grande influência cultural sobre a imagem do corpo, o que pode criar aspectos contraditórios relacionados ao universo do corpo. A sociedade atual impõe um corpo modelado, que esta muito distante da maioria dos indivíduos, para demostrar que o que realmente, na maioria das vezes, se procura está distante da realidade, foram criados modelos de referência quase inatingível, assumindo a realidade (ADAMI et al., 2005).

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Essa busca incessante por uma melhor aparência física idealizada pelos praticantes acaba que sendo vista como um fenômeno sócio cultural, porque muitas vezes é mais importante do que a própria satisfação econômica, afetiva ou profissional, ou seja, praticantes estão dando mais importância para sua IC perante a sociedade do que para as satisfações da vida pessoal (DAMASCENO et al., 2006). O padrão de beleza valorizado pela sociedade está muitas vezes associado à magreza, que acaba por salientar aspectos que estão relacionados somente com a forma em que se encontra o corpo, desconsiderando aspectos importantes, como o de saúde e o bem estar. Por mais que existam valores de percentual de gordura (%G) e índice de massa corporal (IMC) estipulado para um indivíduo saudável. Acredita-se que o tipo físico é determinado culturalmente pela sociedade, ou seja, o individuo com sobrepeso apresenta uma IC negativa, seus parâmetros fisiológicos nem sempre se encontram negativos. A partir desse padrão de beleza valorizado pela sociedade, cria-se uma insatisfação muito grande com a IC, o que tem sido um dos principais motivos que levam as pessoas a realizarem um programa de exercícios físicos em busca de uma melhor aparência, acarretando também o aumento a procuras de academias e/ou centros de saúde (FERMINO et al., 2010).

De fato, ter uma IC negativa pode influenciar na diminuição à motivação que se tem ao procurar a prática de atividade física e/ou ao mesmo tempo pode aumentar a procura por um programa de exercícios. Esses fatores se dão pelo simples fato de que, enquanto para alguns praticantes apresentar uma imagem corporal negativa seja desanimador para a busca da prática de uma atividade física, para outros é um processo prazeroso poder realizar essas atividades em busca da melhor aparência (FERMINO et al., 2010).

Dentre os fatores que mais preocupam as mulheres está a IC, que, contudo segundo Schimidt e Rocha (2013) na generalidade está é entendida como a imagem que temos em nossa mente em relação à forma, aparência e tamanho de nosso corpo. Por esse motivo a procura em academia se torna um processo confiável para a solução desse fator.

Segundo Schimidt e Rocha (2013) a IC é mais voltada para características femininas, que começam desde cedo na adolescência quando a mulher ainda está desenvolvendo seu corpo e suas curvas, indo até a fase mais madura, ocorrem mais preocupações em relação à manutenção do corpo, principalmente na faixa etária

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dos 30 a 40 anos, nas quais começam dificuldades de manter o peso, uma IC aceitável e dificuldade em controlar a alimentação. A consequência disso é o aumento da procura na adesão a prática de atividade física, como forma de solução para tal dificuldade.

Ainda, Schimidt e Rocha (2013) demonstram em seus estudos que algumas mulheres na faixa etária dos 30 anos têm seu primeiro filho, e acabam, por algum tempo, deixando sua IC em segundo plano devido à atenção estar voltada para os cuidados maternos. Com o passar do tempo, existe a tendência dessas mulheres voltar sua atenção para a IC pós-parto, fazendo com que elas procurem formas de alcançar o seu corpo ideal.

São vários os fatores que influenciam a formação da IC, sendo eles idade, sexo, meios de comunicação, bem como valores e atitudes inseridos em uma cultura. O aumento da insatisfação com a IC se dá pelo que a mídia expõe, ou seja, belos corpos, fato que faz com que indivíduo queira cada vez mais buscar um corpo ideal e melhorar sua aparência física. É possível que essa insatisfação seja o principal fator incentivador para que os indivíduos procurem uma atividade física, e até mesmo seja o responsável por inúmeras consequências negativas como distúrbios alimentares (DAMASCENO et al., 2006).

Schimidt e Rocha (2013) estudaram 24 mulheres na faixa etária de 30 a 40 anos, 12 praticantes de atividade física e 12 não praticantes, sendo que das 12 que praticavam atividade física, 6 faziam academia e 6 realizam outro tipo de atividade. Ao analisar o questionário sócio demográfico, notou-se que a maioria das mulheres que não praticam atividades físicas não estão felizes com a sua IC, pretendendo melhorar, porém, há fatores que atrapalham isso, assim como filhos, trabalho, falta de tempo e condição financeira. A partir desse fato é importante ressaltar o quanto é importante à prática de uma atividade física no dia a dia, pois é também através dela que podemos notar o grau de insatisfação da imagem corporal que cada qual tem consigo mesmo.

Sendo assim, existe uma forte tendência cultural em aceitar a magreza como situação ideal de aceitação entre as mulheres. Não há dúvida de que para as mulheres a presença da mídia acaba impondo um padrão ideal de magreza, contribuindo significativamente para os altos níveis de insatisfação corporal e desordens alimentares (DAMASCENO et al., 2006).

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4. A PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO

Podemos dizer que a musculação segundo Coelho, Natalli e Borragine (2010), é o termo mais usado para designar o treinamento com pesos, sendo assim, a musculação não pode ser caracterizada como uma modalidade esportiva, mais sim como uma forma de treinamento.

De acordo com Fermino et al. (2010), é devido ao baixo número de pessoas que praticam exercícios físicos que a prevalência de inatividade física está muito elevada em varias capitais brasileiras. Desta forma, através de estudos se procura saber quais foram os motivos que influenciaram a participação de indivíduos em programas de atividades físicas em academias e/ou clínicas. Os motivos mais citados foram questões estéticas, saúde e qualidade de vida.

A mídia está influenciando no fato de academias estarem cada vez mais superlotadas, uma vez que a divulgação de corpos perfeitos e modelados, esta cada vez mais presente em nosso dia a dia, em revistas, jornais e televisão. Este fato acaba por contribuir na procura para a iniciação de uma atividade física e/ou treinamento especializado, incluindo aí o treinamento de força (TAHARA, SCHWARTZ e SILVA 2003).

Tahara, Schwartz e Silva (2003) estudaram 50 indivíduos de ambos os sexos com faixa etária variando até 24 anos, no estudo em relação à frequência semanal na academia, revelaram que 33,33% dos sujeitos da pesquisa aderem a pratica quatro vezes na semana, 26,67% cinco vezes por semana, 20% três vezes, 13,33% duas vezes e apenas 6,67% frequentam uma vez na semana. Embora a maioria dos pesquisados pratiquem regularmente uma atividade física, é interessante ressaltar que o tempo disponível foi o fator mais citado em relação à dificuldade que se tem para buscar a pratica de atividade física.

Mulheres que praticam musculação pelo menos uma vez na semana, quando comparadas as que não praticam tem um ganho significativo muito alto na melhora da sua imagem corporal (VIDAL, 2006).

A elaboração de um programa de treinamento de força envolve uma série de variáveis que devem ser consideradas pelos praticantes. Não é apenas chegar a uma academia e ir diretamente realizando os exercícios. Desta forma, a expectativa que os indivíduos praticantes de um treinamento de força têm em relação à melhora

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na condição física, poderá acabar em frustação e muita dor muscular. Uma ferramenta bastante útil para monitorar o progresso na realização de um treinamento de força é a avaliação física, que hoje em dia, está disponível em quase todas as academias (GUIMARÃES NETO, 2007).

A esse respeito pode-se notar que a população esta cada vez mais preocupada com a melhoria de qualidade de vida e com isso consequentemente a respeito da importância da prática de um exercício físico, uma vez que já foi dito que a mídia acaba contribuindo para essa preocupação, através de suas divulgações (TAHARA, SCHWARTZ e SILVA, 2003).

O termo „„esperar‟‟ significa ter satisfação em acreditar em alguma coisa, e assim, conforme Fleck e Kraemer (2006, p.19) num trecho do seu livro Fundamentos do Treinamento de Força Muscular “[...] Os indivíduos que participam de um programa de treinamento de força esperam que ele produza determinados benefícios, tais como aumento de força, aumento de massa magra, diminuição da gordura corporal e melhoria do desempenho físico em atividades es portivas e da vida diária [...]”. Ou seja, é necessário que o profissional de educação física saiba lidar com esse tipo de espera, que na maioria das vezes é imprescindível que ela seja imediata na espera de resultados.

4.1 A PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO PARA MULHERES

A prática da musculação para mulheres está longe de se tornar uma modalidade comum quando comparada ao público masculino, pois ainda são bastante frequentes as indagações sobre seus efeitos ao corpo, o que acaba criando uma limitação à execução pelas mulheres (SILVA et al., 2014).

“Nos últimos anos a prática da musculação vem paulatinamente ganhando espaço e aceitação entre as mulheres, se consolidando como uma opção a mais para o público feminino frequentador das academias” (SILVA et al., 2014, p.01).

De fato, algumas mulheres tem grande necessidade de escolher uma academia exclusivamente feminina para adesão à prática de uma atividade física. Lima e Maffia (2010) estudaram 50 indivíduos do sexo feminino, com idade entre 15 a 46 anos, todas praticantes de atividades físicas em uma academia feminina do município de Ubá – MG, e encontraram que durante a troca de uma academia mista

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por uma exclusivamente feminina 58% delas afirmaram que houve mudanças em relação à pratica de atividade física e 42% disseram que não.

A preferência por uma academia exclusivamente feminina deixa as mulheres muito mais a vontade, podendo realizar a execução de vários exercícios que em uma academia mista lhes traria algum tipo de constrangimento. Como por exemplo, na realização de exercícios para Glúteos, nem todas as mulheres se sentiriam a vontade em meio a uma academia mista. Vários são os motivos que levaram as mulheres a procurar uma academia feminina, dentre eles primeiramente estão: poder usar roupas mais a vontade; não ter a presença de homens e por existir um tratamento diferenciado para as mulheres (LIMA e MAFFIA, 2010).

A presença de homens durante a prática de atividade física incomodou 48% das mulheres pesquisadas, nos estudos de Lima e Maffia (2010), sendo que 52% disseram não incomodar, dentre as participantes que afirmaram estar incomodas, a maioria justificou que não se sente a vontade e/ou sem liberdade para a execução do programa de treinamento e até mesmo as que responderam não estar incomodadas preferem praticar as atividades só com mulheres, mais o fato de estarem entre homens não as incomoda.

Além disso, a musculação acrescenta as mulheres uma série de aspectos positivos a sua saúde, não acarretando nenhum tipo de prejuízo. Silva et al. (2014), mostra isso em seu estudo, apontando que das 20 mulheres na faixa etária de 17 e 47 anos praticantes de musculação, 100% delas disseram ter notado mudanç as decorrentes da prática. Como motivos de adesão a prática da musculação, estão 90% motivos estéticos, 60% preocupação com a saúde física e 15% melhora no bem estar psicológico. Diante do exposto, torna-se possível constatar que a musculação é uma atividade física muito indicada para as mulheres, não havendo nenhuma contraindicação, desde que seja exercida respeitando as possibilidades físicas de cada individuo e com a devida orientação adequada.

É preciso destacar que mulheres buscam músculos mais firmes para evitar assim a tão indesejada flacidez, o mesmo ainda destaca que para alcançar esse objetivo, tem-se como aliada a prática da musculação, que consequentemente causa um aumento da hipertrofia muscular aumentando o gasto calórico e melhorando a modelagem corpora (SARTORI e JUNIOR, 2013).

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Para Guimarães Neto (2007), mesmo quando homens e mulheres obtêm similares ganhos em relação à força, a hipertrofia nas mulheres não é da mesma magnitude que é alcançada nos homens. Denomina-se hipertrofia ganhos de resistência muscular e força que são geralmente acompanhados do aumento de cada fibra muscular.

Portanto, mulheres praticantes de treinamento com pesos não devem se preocupar quando não obtêm similares ganhos de massa muscular em relação aos homens. Já praticantes do culturismo, normalmente injetam esteróides anabólicos (testosterona) dentre outros medicamentos, para que possam alcançar seu objetivo maior, que é ter um ganho de massa muscular significativo; porém esse método acaba por prejudicar muito a saúde e acarreta o risco de uma série de efeitos colaterais (GUIMARÃES NETO, 2007).

Atualmente em nossa sociedade muitos são os preconceitos existentes em relação a mulheres praticantes de musculação, mais mesmo assim é comum observar um número crescente de mulheres que buscam a musculação como forma de melhorar a estética, saúde, qualidade de vida, dentre outros. Elas se veem incentivadas pelos padrões de beleza determinados pela sociedade atual, o que as leva a cada vez mais buscar na musculação uma forma de atingir a sua tão desejada estética ideal (BAGNARA e BAGNARA, 2012).

Além disso, o treinamento com pesos contribui para vários fatores, sendo eles: prevenção de doenças, manutenção da saúde e melhora da qualidade de vida, que consequentemente contribui para a melhora da autoestima, autoconfiança e autoimagem, diminuindo quadros ansiosos e depressivos (SILVA et al., 2014).

O treinamento de força é permitido para mulheres de todas as idades, desde que sejam orientadas por um profissional da área que saiba atender a necessidade de cada uma delas. Mulheres treinadas tem muito mais facilidade na realização de tarefas do cotidiano quando comparado às mulheres que não praticam nenhuma atividade (SARTORI e JUNIOR, 2013).

5. BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO PARA MULHERES

Devido aos hábitos modernos, cada vez mais indivíduos tem se tornados sedentários. Vários são os fatores que influenciam o sedentarismo, como por

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exemplo: a utilização dos aparelhos eletrônicos, computadores, o uso do controle remoto, do telefone sem fio, destacando também o fato de que cada vez menos se anda a pé, e que subidas de escadas foram simplificados em apenas um toque de botão (SANTOS, 2013).

O sedentarismo também é destacado pela falta de tempo existente entre as pessoas, muitas vezes não se pratica uma atividade física pelo simples fato de não saber conciliar seu próprio tempo e por muitas vezes não se alimenta em casa, trocando uma alimentação saudável e caseira por comidas industrializadas e gordurosas, o que acarreta a má alimentação que somada à falta de exercícios físicos, ocasiona o sedentarismo. Estes aspectos presentes no estilo de vida dos indivíduos, só tem aumentado à incidência de doenças e prevalência delas, que vem também acompanhada do stress e de doenças como, osteoporose, artrite, diabetes e, claro a obesidade (SANTOS, 2013).

Já que a falta de tempo tem sido um grande aliado para não se praticar atividade física, Santos (2013), indica a musculação que é um programa de exercícios que exige pouco tempo de dedicação, possui vários treinamento eficazes e ainda pode proporcionar resultados satisfatórios.

Para Lima e Pinto (2008, apud BAGNARA e BAGNARA, 2012), nos dias atuais a musculação tem sido uma das modalidades de atividade física mais praticada pelo público no geral, crianças, jovens, adultos e também os idosos, cada qual com seu objetivo. Tem sido manifestador a procura de um programa de treinamento, tanto para homens como mulheres, com fins preventivos, ainda que a maioria seja para fins estéticos.

Para se obter ganhos em um programa de musculação, deve-se obedecer aos princípios básicos de treinamento quanto as técnicas de execução, número de repetições, séries e tipo de contração muscular, sem contar que essas técnicas devam alcançar as demandas estipuladas do esporte em questão. Na modernidade, a musculação vem sendo utilizada para beneficiar vários esportes, como tendo grandes benefícios a fim de aumentar a força, potência e desempenho de atletas (BOMPA, 2004 apud SANTOS, 2013).

Qualquer indivíduo pode se beneficiar da musculação quando sobre supervisão adequada, sendo está uma excelente opção para a manutenção da

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saúde e melhoria da qualidade de vida, lembrando também que o protocolo deva ser ajustado à realidade e objetivos de cada um (PRAZERES, 2007).

Bagnara e Bagnara (2012) ressaltam que dentre os muitos benefícios da musculação estão:

 “Manutenção e Aumento do Metabolismo - decorrente do aumento de massa muscular, pois a mesma é responsável pela maior parte do metabolismo orgânico”.

 “Diminuição da perda de Massa Muscular - efeito este de grande utilidade principalmente aos idosos, pois no processo de envelhecimento há uma diminuição progressiva da Massa Muscular”.

 “Redução da Gordura Corporal - devido ao aumento do gasto energético e da consequente queima de calorias, ocorre uma diminuição das reservas de gordura corporal”.

 “Diminuição das Dores Lombares - com um programa adequado de alongamento e fortalecimento da musculatura lombar ocorre uma significante queda no desconforto lombar”.

 Minimização da Ansiedade e da depressão – a pratica de exercícios físicos ajuda muito pessoas deprimidas. A prática de Exercícios Físicos libera substâncias que relaxa e acalma indivíduos com tendência à ansiedade e depressão. As endorfinas, aumentadas no organismo de quem pratica musculação, por exemplo, ajudam muito na diminuição da hiperatividade.

 Melhora do sono - quem pratica atividade física evidentemente que aproveita melhor o sono e dorme com mais facilidade, um programa de exercícios físicos comprovadamente melhora a qualidade e duração do sono e ajuda o praticante a adormecer com mais facilidade. Todo exercício físico beneficia ao seu praticante um relaxamento e uma redução da tensão nervosa, por esses motivos é que a melhora do sono esta interligada aos exercícios físicos.

 “No meio estético, conclui-se que a musculação gera dois importantes benefícios: o aumento da massa corporal metabolicamente ativa e a melhoria da autoimagem”.

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Do ponto de vista funcional, o treinamento realizado com peso, desenvolve grande importância na qualidade da aptidão física, desenvolvendo uma das formas mais completas para uma preparação física ideal. Um fator muito importante dentro do treinamento com pesos é o de que até mesmo pessoas totalmente debilitadas podem se exercitar, pelo fato que se tem grande facilidade em poder adaptar os exercícios a condição física individual de cada indivíduo (COELHO, NATALLI e BORRAGINE, 2010).

Silva et al. (2014), em sua pesquisa revelou que a prática de exercícios para mulheres só acarreta benefícios, pois ela aumenta a resistência física, favorece o bem estar psicológico, melhora a autoestima e consequentemente eleva a qualidade de vida, o que contribui muito para a incidência de doenças, não tendo assim nenhuma contraindicação.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os aspectos que permearam essa revisão bibliográfica, pudemos verificar, de forma geral, que a IC é entendida como a imagem que temos em nossa mente em relação à forma, aparência e tamanho de nosso corpo. É um componente de identidade pessoal muito importante para as mulheres, que demostra como estão em relação à satisfação ou insatisfação corporal. Constatou-se que a IC sofre influências significativas em relações aos fatores sociais, culturais, psicológicos e fisiológicos presentes em sua formação. Sendo os fatores que influenciam essa formação o sexo, idade, a influencia da mídia, bem como valores e atitudes que são inseridos dentro de uma cultura.

Com base nos estudos pode-se concluir que mulheres que não praticam nenhum tipo de atividade física não estão satisfeitas com a sua IC, pretendendo melhorar. Porém, essas mulheres apontam fatores que atrapalham a busca pela IC, tais como falta de tempo, cuidados com os filhos, condição financeira e trabalho.

Os motivos mais citados que influenciaram a participação de mulheres a um de programas de atividades físicas em academias são, principalmente, questões estéticas, saúde e qualidade de vida. Considerando esses aspectos, observa-se que os indivíduos tem hoje grande preocupação com a questão estética, bem como

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adotar para si um estilo de vida saudável e consequentemente, melhorar a qualidade de vida.

Notou-se que a procura de um programa de treinamento, com fins preventivos, devido ao grande número de benefícios que a prática da musculação proporciona, está cada vez maior. Sendo eles, a manutenção e aumento do metabolismo, aumento da força, potência e desempenho de atletas, diminuição da perda de massa muscular, redução da gordura corporal, aumento da resistência física, minimização da ansiedade e da depressão, melhora do sono, favorecimento do bem estar psicológico, melhora a autoestima, e consequentemente eleva a qualidade de vida dos indivíduos.

Assim, foi possível constatar que a prática da musculação quando sobre supervisão adequada é uma excelente opção para a manutenção da saúde e melhoria da qualidade de vida, sendo uma atividade física muito indicada para mulheres, trazendo diversos benefícios, não havendo nenhuma contra indicação.

De maneira geral, a prática do treinamento de força pode trazer diversos benefícios as mulheres praticantes, principalmente devido ao ganho de massa muscular e diminuição do percentual de gordura, sendo esses fatores envolvidos na estética do corpo feminino.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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