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M E M B R O S. Fortalecer o Associativismo e Cooperativismo (FAC) Participantes:

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Academic year: 2021

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Fortalecer o Associativismo e Cooperativismo (FAC)

Participantes:

M

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S

1. Jony Lucio da Costa

2. Fabiany Maria Made e Vellasco 3. Enir Sebastião Mendes

4. Celio Bueno de Freitas 5. Walter Nunes de Sousa 6. Marco Tulio Alves de Paula 7. João Antônio de Oliveira 8. Plinio Costa Artiaga 9. Joveni Magalhães de Sá

ASSOCIATIVISMO é toda ação ou iniciativa formal ou informal, onde pessoas, grupos ou entidades reúnem esforços, vontades e recursos, com o objetivo de superar dificuldades, resolver problemas, encontrar soluções e gerar benefícios comuns.

COOPERATIVISMO é um sistema econômico e social utilizado no mundo inteiro, que tem na cooperação a base sobre a qual se constroem as atividades econômicas.

Origens do associativismo e do cooperativismo

I. Os homens primitivos viviam em grupos. Com a evolução, o homem agrupou-se em pequenas tribos. A convivência favorecia a aprendizagem coletiva na criação de armas de pedra para caça, no domínio do fogo, no cozinhar...

O Associativismo acompanha a evolução da humanidade e, com o passar do tempo em função das novas necessidades que foram se estabelecendo, tornou-se fundamental o estabelecimento de normas e/ou regras para que as pessoas pudessem se sentir seguras por estarem participando de grupos e processos que respeitem a vontade e o desejo de todos.

A sociedade democrática é fruto do aperfeiçoamento desse processo, pois a prosperidade de uma nação tem relação direta com o nível de esclarecimento de seu povo que, ao conhecer suas chances e oportunidades de participação, se organizam para viver numa sociedade que garanta a todos o direito a uma vida com dignidade.

ASSOCIAÇÃO

Constitui-se pela união de pessoas físicas e/ou jurídicas, Que se organizam para fins não econômicos, sejam eles Sociais, filantrópicos, científicos, culturais ou de trabalho.

II. Com a crise e a ameaça da perda de trabalho na Revolução Industrial, os tecelões lutando contra a exploração na compra de alimentos e roupas do comercio local, reuniram-se dezembro de 1844 e decidiram fundar um armazém cooperativo, uma sociedade que atuaria no mercado tendo o homem como principal finalidade e não o lucro. Passaram a identificar a necessidade mensal de alimentos do conjunto das 28 famílias e a realizar a compra dos mesmos de forma coletiva, reduzindo os preços pagos pelos alimentos.

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Portanto, as cooperativas caracterizam-se por dar suporte econômico e social a pessoas físicas e/ou jurídicas, que muitas vezes encontram-se isoladas ou excluídas dos meios de produção e renda, e que veem no cooperativismo um instrumento de justiça, lealdade e ética, trazendo aos seus cooperados resultados na qualidade de vida.

COOPERATIVA

Sociedade de pessoas físicas, que se unem voluntariamente, através da constituição de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida, sem fins lucrativos.

O Cooperado é ao mesmo tempo dono e usuário da Empresa Cooperativa.

Em uma sociedade cooperativista, todos têm o direito de entrar e sair de forma voluntária e livre, sem discriminação de raça, sexo, bem como posição social, politica, financeira e religiosa. Para participar a pessoa deve conhecer e decidir se tem condições de cumprir os acordos estabelecidos pela maioria, cujas regras estão escritas no estatuto social e no regimento interno.

Os cooperados, reunidos em assembleia, discutem e votam os objetivos e metas do trabalho conjunto, bem como elegem os representantes que irão administrar a sociedade. Cada cooperado representa um voto, não importando se alguns detenham mais quota capital do que outros e mesmo o cargo que ocupam na organização.

Todos contribuem para a formação do capital da cooperativa, o qual é controlado democraticamente. Se a cooperativa é bem administrada e obtém uma receita maior que as despesas, esses rendimentos (sobras liquidas) serão divididos entre os cooperados, sempre de forma proporcional às operações por eles efetuadas via a empresa cooperativa. Parte ou toda sobra poderá ser destinada para investimentos na própria cooperativa ou para outras aplicações, sempre de acordo com a decisão tomada em assembleia.

Para conceber e colocar em pratica esta ideia de cooperativismo, é necessário que o devido setor organizado (principalmente em associação), compartilhe as necessidades e objetivos comuns que dificilmente seriam alcançados individualmente e proponha ações conjuntas para realiza-los, através de uma interação consciente para o amadurecimento do espirito cooperativo nos participantes do processo.

Fatores que influenciam no fortalecimento/ sucesso do associativismo:

De acordo com o Código Civil, uma associação é uma sociedade de fins não econômicos, o que significa dizer que ela não pode realizar operações comerciais em seu nome, mas é um excelente instrumento de defesa dos interesses dos seus associados, auxiliando no acesso ao mercado, estimulando a melhoria técnica/tecnológica, profissional e social. Assim, estas organizações, quando bem gerenciadas, acabam produzindo resultados que promovem a qualidade de vida e o desenvolvimento integrado e sustentável das comunidades e regiões onde atuam. Vamos nos deter nas associações de estimulo aos interesses econômicos, ou seja, organizações de pessoas que se organizam para criar trabalho e gerar renda. As formas mais usuais de associações para a defesa de interesses econômicos são:

1. Associações de Trabalho (produtores rurais/urbanos); 2. Redes de Empresas – Centrais de Negócios*;

3. Consórcios;

4. Sociedade de Propósito Específico (SPE).

Redes de Empresas – Centrais de Negócios* - é uma forma associativa que tem se propagado por todo o país. São grupos de empresas de um determinado segmento ou setor que enxergam nos seus concorrentes uma oportunidade de parceria e, com isso, se unem para a melhoria da competitividade.

Se isso for economicamente viável, muitas vezes essas associações também constituem uma sociedade empresária, que funciona como uma Central de Negócios, para transações comerciais – compra e venda – em nome dos associados. Há a centralização da comercialização numa única estrutura.

ALGUMAS VANTAGENS NAS AÇÕES COLETIVAS • Aumento do poder de barganha em compras;

• Acesso a novos mercados, tecnologia, fornecedores e mão-de-obra; • Melhoria da produtividade, redução de custos e poupança de recursos; • Menor custo de estocagem, frete e administração;

• Preços mais competitivos;

• Trocas de experiências e maior acesso à informação; • Especialização nas atividades;

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• Acesso a instituições e programas governamentais; • Melhoria da reputação do setor e da região.



A Associação dos Ceramistas do Norte de Goiás é uma forma associativa de Rede de Empresas do setor cerâmico que foi criada em 1999 e teve sua fundação oficial (Razão Social) em 05 de janeiro de 2001. Apesar das adversidades e dificuldades encontradas no meio do caminho associativista, obteve muitos avanços e progressos. Uma das grandes conquistas foi o desenvolvimento do projeto APL da Cerâmica Vermelha do Norte de Goiás, iniciado no ano de 2007, isto, devido à comprovação do alto grau de organização e capacidade de articulação dos dirigentes, bem como do engajamento e comprometimento dos ceramistas associados.

PRINCIPAIS METAS DA ASCENO

• Criar um ambiente representativo, onde as carências das empresas sejam supridas coletivamente.

• Minimizar os custos de regulamentação das jazidas de argila. • Contratação de assessoria ambiental e jurídica.

• Treinamento de mão de obra.

• Serviços de laboratório para controle do produto e do processo produtivo. • Consultorias técnicas de apoio à certificação.

• Central de compra de insumos.

• Central de venda em mercados mais amplos, viabilizando o escoamento da produção, com finalidade de equilibrar a oferta e procura de mercado de abrangência das empresas associadas.

• Acesso à combustível de biomassa reflorestada e picada.

• Racionalização dos custos de logística, manutenção e suprimento de insumos. • Lograr reconhecimento em todos os meios das esferas governamentais federal e

estadual, para obtenção de investimentos via APL e de políticas públicas de desenvolvimento para o setor.

HIPÓTESES Hipótese 1:

Aplicar a metodologia do associativismo e cooperativismo como instrumento de gestão sustentável proporcionará o desenvolvimento do setor.

Hipótese 2:

Institucionalizar a cooperação e associação poderá limitar o desenvolvimento do APL fortalecendo algumas empresas em detrimento de outras.

Hipótese 3

A Cooperação e associação instituída de forma desorganizada impedirá o desenvolvimento setorial levando ao desaparecimento de algumas indústrias do setor.

Bibliografia:

SEBRAE – Programa Redes Associativas Despertando para o Associativismo. Asceno-GO – Informativo.

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13. Melhoria do grau de escolaridade (MGE)

Participantes:

Nathalia Cordeiro Laurias

Nos últimos dez anos o Brasil tem vivenciado o aumento significativo nos índices relacionados ao grau de escolaridade da população nos mais diversos Estados do país. De acordo com o IBGE (2013) o analfabetismo diminuiu assim como aumentaram não só o número de concluintes do ensino médio, como aqueles que terminaram cursos superiores, mestrados e doutorados. São diversos os autores que vinculam a perspectiva do Desenvolvimento Econômico ao capital intelectual dos cidadãos, deste modo, a busca por melhorias relacionadas ao grau de escolaridade se mostram como objetivos recorrentes das políticas públicas na área de educação. Porém, uma grande contradição existente é de que estas políticas públicas fomentadoras da educação acabam dispondo de êxito nos grandes centros urbanos, enquanto os municípios mais distantes dos centros ainda carecem da efetivação destas políticas no que tange a resultados eficazes e satisfatórios.

Voltando o olhar para o Norte do Estado de Goiás, nota-se que, apesar das melhorias relativas a escolaridade a desigualdade é muito grande, principalmente, quando são feitas comparações com os centros urbanos. Tais desigualdades se vinculam ao quantitativo de escolas públicas e privadas nos níveis: fundamental e médio. Além de que,no caso da educação superior, os grandes centros urbanos são capazes de oferecer um leque maior de cursos tanto no âmito público como privado.

O aprofundamento desta variável irá favorecer a compreensão de aspectos inerentes à realidade de alguns municípios do Norte Goiano, no que tange a alfabetização, número de matrículas no Nível Médio, PROEJA e Educação Profissional, além, das evoluções inerentes ao ensino superior.

Ao se pensar a consolidação do APL da cerâmica vermelha em Goiás, se torna imprescindível o aprofundamento de reflexões sobre a necessidade de melhorias relativas ao grau de escolaridade nos municípios que compõem. Deste modo, assim que melhorias significativas forem alcançadas, será possível pensar em Desenvolvimento Econômico com vistas a melhoria na qualidade de vida da população local.

Evoluções Passadas:

Ao tratarmos de Prospectiva Estratégica, não podemos perder de vista que, de acordo com Godet (2002, p.10) [...] “A prospectiva estratégica constitui uma antecipação (pré-ativa e pró-ativa) para esclarecer a ação presente à luz dos futuros possíveis e desejáveis. Neste sentido, inicio este texto a partir da necessidade de reflexão sobre o futuro, realizada a partir de evoluções passadas.

Para Godet (2002) são exigidos no processo da prospectiva, a antecipação, ação e apropriação, acompanhados de participação e integração dos agentes sociais e transparência. Conforme considera Aulicino (2014), o aprofundamento das variáveis chave vai ao encontro da necessidade de análise documental e estatística, focadas nos setores de atividade, por microregião.

No intuito de oferecer subsídios estatísticos vinculados ao grau de escolaridade em Goiás, é possível perceber a evolução, por exemplo, a taxa de alfabetização. De acordo com a tabela 1 identifica-se que em todos os municípios do norte goiano houveram aumentos nas taxas de alfabetização na última década.

Tabela 1: Taxa de alfabetização nos municipios do Norte Goiano (2000-2010) TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (%) MUNICÍPIO 2000 2010 Alto Horizonte 86,1 88,6 Barro Alto 79,2 88,59 Campinorte 83,8 89,29 Campos Verdes 81,7 82,58 Carmo do Rio Verde 84,1 90

Crixás 84 89,16 Estrela do Norte 81,1 85,82 Ipiranga de Goiás - 88,57 Itapaci 85,4 88,33 Mara Rosa 82,3 85,79 Minaçu 86,9 87,76 Niquelândia 84,4 88,81

Nova Iguaçu de Goiás 84,3 90,46

Porangatu 87 90,43

Rialma 89,3 92,49

Rubiataba 86,7 90,96

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São Miguel do Araguaia 83,1 88,87

Trombas 83,2 84,04

Uruaçu 85,7 89,92

Fonte:IMB (2014)

Por meio da Tabela 1 também é possível constatar que a maior evolução da taxa de alfabetização, no período considerado, ficou a cargo do município de Barro Alto, que de acordo com dados do IMB (2014) desde o ano de 2006 registra produção significativa de Nióbio, destinado não só a atender ao mercado nacional, assim como o internacional.

Outro dado importante vinculado ao grau de escolaridade nos municípios que fazem parte do Norte Goiano,trata-se da evolução no número de matrículas em se tratando de matrículas no ensino médio. Através da tabela 2 é possível identificar o comportamento histórico destas matrículas e perceber que na maioria dos municípios houve queda neste número em se tratando do ensino médio. Tal fato pode ser analisado através de diferentes perspectivas, uma delas, seria o êxodo rural constante, e a migração para fins de estudos nos grandes centros, o que demandaria estudos mais aprofundados para a confirmação ou não desta hipótese.

Tabela 2: Matrículas no Ensino Médio nos municipios do Norte Goiano (2000-2013) MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO NORTE GOIANO- TOTAL (ALUNOS)

MUNICÍPIO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Alto Horizonte 106 124 119 82 89 103 139 152 174 219 219 231 227 257 Campinorte 522 605 573 688 660 532 516 473 491 405 439 435 479 495 Campos Verdes 507 425 455 469 526 525 503 409 344 363 308 275 282 243 Crixás 887 1.052 835 728 718 662 679 715 702 734 765 727 743 760 Estrela do Norte 193 167 155 150 159 201 177 167 152 134 136 154 144 166 Mara Rosa 668 745 672 596 490 444 519 505 501 544 529 525 463 403 Minaçu 2.072 2.584 2.645 2.434 2.123 2.000 1.901 1.858 1.675 1.752 1.578 1.479 1.405 1.364 Niquelândia 2.822 3.514 2.810 2.379 2.553 2.448 2.345 2.111 2.130 2.181 2.137 1.935 1.963 1.970 Nova Crixás 221 286 398 473 428 406 402 411 393 468 482 480 442 485 Nova Iguaçu de Goiás 187 205 177 173 170 164 172 159 137 150 160 151 154 162 Porangatu 2.283 2.677 2.801 2.602 2.506 2.320 2.277 2.202 2.134 2.203 2.151 2.112 2.050 1.976 Santa Terezinha de Goiás 676 596 727 625 676 637 606 579 457 576 534 452 433 458 São Miguel do Araguaia 1.124 1.153 1.203 1.114 1.118 1.138 1.130 1.041 1.072 1.069 997 1.073 989 939 Trombas 195 231 244 235 238 218 227 205 199 170 176 195 184 149 Uruaçu 2.201 2.075 2.210 1.906 1.890 1.659 1.707 1.694 1.624 1.540 1.593 1.730 1.717 1.762 TOTAL: 16.919 18.759 18.512 17.186 16.934 16.027 15.980 15.249 14.778 15.022 14.850 14.582 14.071 13.848 Fonte:IMB (2014)

Outra possibilidade seria a implantação da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) criada em 2000 através de Resolução do Ministério da Educação, sendo uma alternativa para os jovens e adultos concluírem o ensino fundamental e médio.

Buscando confrontar esta hipótese com a série histórica, nota-se, a partir da tabela 3, que as matrículas vinculadas a EJA nos municípios do Norte Goiano. Municípios que chamam atenção pela redução no número de matrículas na EJA é o de Estrela do Norte e Mara Rosa, pois é possível verificar que em um período de 10 anos houve uma redução de cerca de 90% no número deste tipo específico de matrículas.

Tabela 3: Matrículas na Educação de Jovens e Adultos nos municipios do Norte Goiano (2000-2013) MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - TOTAL (ALUNOS) MUNICÍPIO 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Alto Horizonte 66 20 80 112 77 82 69 101 113 141 95 Campinorte 171 192 224 172 168 115 130 178 174 159 147 Campos Verdes 314 246 323 238 163 54 47 42 64 28 32 Crixás 879 733 795 708 447 410 373 427 353 297 322 Estrela do Norte 213 96 62 92 79 93 137 66 52 41 20 Mara Rosa 462 441 444 300 131 183 170 113 113 130 56

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Minaçu 1.573 1.580 1.217 1.158 971 790 886 970 682 643 589 Niquelândia 2.118 2.188 1.970 1.548 1.182 1.140 850 937 757 691 702 Nova Crixás 418 391 222 226 125 38 132 132 105 82 85 Nova Iguaçu de Goiás 59 14 91 48 49 35 42 19 - - - Porangatu 1.731 1.414 1.115 838 560 549 654 607 612 578 505 Santa Terezinha de Goiás 362 384 315 243 80 118 99 84 85 85 55 São Miguel do Araguaia 872 853 596 542 405 358 272 309 284 255 274 Trombas - 18 - - 20 20 - - - - - Uruaçu 1.207 1.280 1.356 1.372 1.119 1.117 1.014 856 735 601 562 TOTAL: 12.023 11.299 10.208 8.806 6.486 5.747 5.630 5.532 4.736 4.199 3.939 Fonte:IMB (2014)

No sentido de elucidar ainda mais, aspectos do panorama de evolução no número de matrículas no Norte Goiano, foi possível, através da Tabela 4, identificar a demanda expressiva por matrículas na educação profissional nestes municípios, ou seja, enquanto houve decréscimo nas outras modalidades de ensino, esta se mostrou diferente pelo comportamento em ascensão.

Tabela 4: Matrículas na Educação Profissional nos municipios do Norte Goiano (2000-2013) MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - TOTAL (ALUNOS) MUNICÍPIO 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Minaçu 207 254 320 329 350 520 508 448 793 894 Niquelândia 430 404 539 548 620 781 465 396 757 619 Porangatu 42 10 35 89 63 231 217 238 388 211 Santa Terezinha de Goiás - - - 96 29 São Miguel do Araguaia - - - 55 Uirapuru 41 72 125 - - - - Uruaçu - - - 101 90 94 94 43 TOTAL: 720 740 1.019 966 1.033 1.633 1.280 1.176 2.128 1.851 Fonte:IMB (2014)

Os municípios de Minaçu, Porangatu e Niquelândia tem se destacado pela procura por educação profissional. De acordo com dados do IMB (2014) no mesmo período analisado, houve a intensificação de políticas públicas de atração e retenção de indústrias para estes municípios, com destaque para a extração de minérios.

Outra forma de se pensar o grau de escolaridade se volta também para a educação superior, de acordo com o INEP (2014), Goiás vivenciou o aumento expressivo no número de matrículas no ensino superior na última década, praticamente duplicando o número em sete anos, conforme tabela 4.

Tabela 4: Evolução no número de matrículas em IES no 1º Semestre na Região Centro Oeste (2000-2013)

Evolução do Número de Matrículas no Primeiro Semestre Segundo a Região e a Unidade da Federação - Brasil - 2000 - 2007 UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 225.004 260.349 323.461 368.906 384.530 398.773 411.607 427.099 MS 42.304 47.475 55.824 61.078 64.462 65.336 67.113 66.707 MT 42.681 44.622 52.297 61.151 64.598 68.563 72.257 76.480 GO 72.769 88.923 119.297 137.724 144.406 149.034 149.384 155.851 Centro-Oeste DF 67.250 79.329 96.043 108.953 111.064 115.840 122.853 128.061 Fonte: INEP (2014)

Atrelada a evolução no número de matrículas está o aumento no número de cursos que foi expressivo principalmente se comparado a Região Centro-Oeste, conforme Tabela 5.

Tabela 5: Evolução no número de cursos nas IES da Região Centro Oeste (2000-2013) Evolução do Número de Cursos segundo a Região e a Unidade da Federação - Brasil - 2000 - 2007

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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Variáveis que provocaram as evoluções: Investir em Formação e capacitação de pessoas

Administração Capacitada para reduzir a falta de Gestão Profissional Investimento em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Educação

Desenvolvimento de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no APL Situação atual das variáveis provocadoras das evoluções:

Bassaler (2000) nos ajuda a compreender não só a ação pública em um contexto complexo, mas apresenta as contribuições da prospectiva. É necessário ver longe, com o intuito de pensar de forma sistemática, ao mesmo tempo em que, faz-se necessária a criação de uma linguagem comum, identificação de desafios, bem como, margens de manobra e alavancas. De modo a não só aprender a navegar nas incertezas, mas se preparar para diferentes futuros possíveis. Lembrando da importância da construção de cenários e as consequências das decisões no longo prazo.

Neste sentido, a situação atual das variáveis provocadoras podem ser pensadas, por exemplo, em relação a oferta de cursos superiores nos municípios do Norte Goiano.

De acordo com o quadro 1, municípios com potencialidades diversas, como Mara Rosa, Alto Horizonte e Barro Alto não dispõem de IES públicas ou privadas, no sentido de fomentar a formação e a capacitação de pessoas neste nível, sendo necessário, que estas pessoas busquem qualificação em municípios limítrofes ou nos grandes centros urbanos.

Quadro 1: Municípios do Norte Goiano que não dispõem de IES Municípios do Norte Goiano que não dispõem de IES

Mara Rosa Alto Horizonte Barro Alto Campinorte Campos Verdes Estrela do Norte Ipiranga Itapaci Carmo do Rio Verde

Nova Iguaçu Rialma Santa Terezinha

Trombas Fonte: EMEC (2014)

Tendo em vista a potencialidade mineral dos municípios do Norte Goiano, nota-se a partir do quadro 2 que em Crixás-GO, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) se volta para a oferta dos cursos de pedagogia e rede de computadores. É certo que haveriam maiores chances do município explorar suas potencialidades se houvessem políticas públicas de capacitação em nível superior, para atender ao público local.

MS 246 274 297 326 334 360 383 387 MT 229 259 271 323 370 426 450 483 GO 296 384 533 613 646 712 754 811 DF 218 246 294 312 343 425 439 490 Fonte:INEP (2014)

Vale destacar que um volume maior de dados relacionados a evolução no número de matrículas no ensino superior nos municípios do Norte Goiano, seria de suma importância para o aprofundamento deste estudo, mas infelizmente estes dados não se encontram disponibilizados pelas instituições oficiais.

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Quadro 2: Cursos Superiores Oferecidos em Crixás-GO Cursos Superiores Oferecidos em Crixás

Instituição(IES) Nome do Curso Grau

UEG PEDAGOGIA Licenciatura

UEG

REDES DE

COMPUTADORES Tecnológico

Fonte: EMEC (2014)

O caso de Minaçu-GO se assemelha ao de Crixás-GO pelo fato do município oferecer curso de pedagogia, ao mesmo passo que o curso de geografia contribui para a qualificação da população local, conforme mostra o quadro 3. Porém, deve-se considerar que o município de Minaçu-GO é carente de cursos superiores voltados para a exploração de potencialidades relacionadas a Mineração.

Quadro 3: Cursos Superiores Oferecidos em Minaçu-GO Cursos Superiores Oferecidos em Minaçu

Instituição(IES) Nome do Curso Grau

UEG GEOGRAFIA Licenciatura

UEG PEDAGOGIA Licenciatura

Fonte: EMEC (2014)

Em Niquelândia, nota-se, a partir do quadro 4, que apesar da oferta de curso tecnológico na área de mineração,também é possível perceber a ausência de oferta de cursos superiores com foco na exploração das potencialidades do município.

Quadro 4: Cursos Superiores Oferecidos em Niquelândia-GO Cursos Superiores Oferecidos em Niquelândia

Instituição(IES) Nome do Curso Grau

UEG MINERAÇÃO Tecnológico

UEG TURISMO Tecnológico

Fonte: EMEC (2014)

O município de Porangatu, conforme quadro 5, dispõe de duas IES responsáveis pela oferta de cursos, assim como, é possível percebera variedade de cursos oferecidos, porém, nenhum destes cursos se destina exclusivamente a atender as demandas do setor mineral.

Quadro 5: Cursos Superiores Oferecidos em Porangatu-GO Cursos Superiores Oferecidos em Porangatu

Instituição(IES) Nome do Curso Grau

FNG ADMINISTRAÇÃO Bacharelado

UEG CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Licenciatura

UEG EDUCAÇÃO FÍSICA Licenciatura

FNG ENFERMAGEM Bacharelado

UEG GEOGRAFIA Licenciatura

UEG HISTÓRIA Licenciatura

UEG

LETRAS - PORTUGUÊS E

INGLÊS Licenciatura

UEG MATEMÁTICA Licenciatura

UEG SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Bacharelado

Fonte: EMEC (2014)

De acordo com o quadro 6 é possível constatar que em Rubiataba-GO apenas uma IES oferece dois cursos, mas também, não se vincula diretamente ao setor mineral.

Quadro 6: Cursos Superiores Oferecidos em Rubiataba-GO Cursos Superiores Oferecidos em Rubiataba

Instituição(IES) Nome do Curso Grau

FACER ADMINISTRAÇÃO Bacharelado

FACER DIREITO Bacharelado

Fonte: EMEC (2014)

Em São Miguel do Araguaia-GO, conforme quadro 7, a UEG oferta três cursos diferentes em especial, o tecnológico em aquicultura, na busca por valorizar a potencialidade local.

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Cursos Superiores Oferecidos em São Miguel do Araguaia

Instituição(IES) Nome do Curso Grau

UEG AQÜICULTURA Tecnológico

UEG

LETRAS - PORTUGUÊS E

INGLÊS Licenciatura

UEG PEDAGOGIA Licenciatura

Fonte: EMEC (2014)

Por fim, o município de Uruaçu-GO, conforme mostra o quadro 8, dispõe de três IES com diferentes cursos, nas mais diversas áreas. Porém, há a necessidade de explorar o potencial mineral do município, mesmo com a oferta do curso de Engenharia Civil pelo IFG.

Vale destacar que o IFG de Uruaçu oferece curso técnico subsequente em cerâmica na modalidade à distância, buscando explorar a potencialidade local, no que tange ao APL da Cerãmica Vermelha.

Quadro 8: Cursos Superiores Oferecidos em Uruaçu-GO Cursos Superiores Oferecidos em Uruaçu

Instituição(IES) Nome do Curso Grau

FASEM ADMINISTRAÇÃO Bacharelado

FASEM ALIMENTOS Tecnológico

UEG CIÊNCIAS CONTÁBEIS Bacharelado

FASEM ENFERMAGEM Bacharelado

IFG ENGENHARIA CIVIL Bacharelado

FASEM FARMÁCIA Bacharelado

FASEM FILOSOFIA Licenciatura

FASEM

GESTÃO DA TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO Tecnológico

UEG HISTÓRIA Licenciatura

FASEM MÚSICA Licenciatura

UEG PEDAGOGIA Licenciatura

IFG QUÍMICA Licenciatura

Fonte: EMEC (2014)

Por meio da descrição da situação atual das variáveis relacionadas a educação superior, e portanto, escolaridade, formação e capacitação, foi possível perceber o nicho de mercado a ser explorado pelas IES no sentido de ofertar cursos que se vinculem a formação e capacitação na área de Cerâmica Vermelha no Norte Goiano.

Tendências Futuras das variáveis provocadoras: Capacitação de um número maior de pessoas;

Ampliação na oferta de cursos de gestão, em especial, para os ceramistas;

Investimento em Pesquisas voltadas para a gestão da qualidade e inovação para a Cerâmica Vermelha; Fortalecimento do APL através do incremento de Pesquisa e Desenvolvimento, atrelado à Inovação.

Rupturas Futuras das variáveis provocadoras:

A capacitação de um número maior de pessoas também exige a maior absorção de indivíduos no mercado de trabalho.

A ampliação na oferta de cursos de gestão se vincula a um nicho a ser explorado tanto por IES públicas e privadas.

As pesquisas voltadas para a Cerâmica Vermelha devem não só ser efetuadas mas também compartilhadas com os ceramistas, no intuito de oferecer as mesmas uma utilidade prática.

Fortalecimento do APL no longo prazo exige a adesão dos ceramistas e a visualização de resultados satisfatórios nos mais diversos aspectos.

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Detalhamento das variáveis:

Através do aumento no grau de escolaridade da população dos municípios do Norte Goiano será possível não só fortalecer o APL da cerâmica vermelha, mas, principalmente, favorecer o aumento do valor agregado dos produtos, sendo possível não só o crescimento, mas o desenvolvimento econômico local.

Definição de Hipóteses Hipótese 1

Se não houver a melhoria no grau de escolaridade dos indivíduos a competitividade e a sustentabilidade do APL de Cerâmica Vermelhado Norte Goiano ficarão comprometidas.

Hipótese 2

Se houver a melhoria no grau de escolaridade dos indivíduos nos municípios do Norte Goiano, haverá possibilidade de melhoramento da produtividade e do alcance da sustentabilidade da região.

Hipótese 3

A universalização de ensino fundamental e médio no norte goiano.

Referência Bibliográfica:

ASCENO. Associação dos Ceramistas do Norte Goiano. Disponível em:

<www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1248268566.pd>. Acesso em: 01 de mai. 2014.

AULICINO, Antônio Luís. Relatório das oficinas que proporcionaram o início do Processo Prospectivo do APL da Cerâmica Vermelha do Norte Goiano. Disponível em: http://www.idsust.com.br/. Acesso em: 01 de ma1. 2014.

BASSALER, Nathalie. Le maïs et ses avenirs. Cahier du Lipsor, nº 13, mai. 2000.

EMEC. Ministério da Educação. Disponível em: < http://emec.mec.gov.br>. Acesso em: 01 de mai. 2014. GODET, Michel. Prospectiva Estratégica: Problemas e métodos. Cadernos LIPSOR. 2002.

Referências

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