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SOUZA LIMA
(Nota nº 128, 23 de FEV - DGS)
14. DIRETRIZ Nº 04/16 - PROGRAMA OPERACIONAL DE PREVENÇÃO E
REPRESSÃO À ROUBO E FURTO DE CARGA (OPERAÇÃO MERCADORIA
LEGAL)
PUBLICAÇÃO - DETERMINAÇÃO
PMERJ EMG PM/3 24FEV16
O Comando Geral transcreve para conhecimento da corporação a Diretriz nº 04/16, com o objetivo de fornecer aos Comandos Intermediários e Comandos das UOp/E subsídios para o desenvolvimento do Programa Operacional de Prevenção e Repressão à Roubo e Furto de Cargas (Operação Mercadoria Legal).
1. FINALIDADE
Regular as atividades de planejamento, execução e controle das ações policiais militares no desenvolvimento
da “Operação Mercadoria Legal”, buscando-se a integração com os órgãos afins, no âmbito das esferas de
atribuição dos poderes públicos federal, estadual e municipal.
2. OBJETIVOS
a. Fornecer subsídios aos Comandos Intermediários no sentido de possibilitar a confecção de um planejamento adequado à missão a ser cumprida;
b. Orientar desenvolvimento simultâneo de ações prevento-repressivas aos roubos e ou furtos perpetrados contra os veículos transportadores de carga; e
c. Promover a integração das diversas medidas a serem desenvolvidas, visando desarticular as quadrilhas organizadas que agem nas rodovias e nas áreas urbanas, atuando contra o roubo e/ou furto de veículos transportadores, entregadores ou distribuidores de mercadorias, depósitos utilizados para o armazenamento das mercadorias receptadas.
3. MISSÃO
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4. CONCEITO DA OPERAÇÃO
A “Operação Mercadoria Legal” constitui em um programa operacional voltado para ações de polícia
ostensiva que busca, em parceria com órgãos de diferentes esferas de competência e organizações representativas de classes, prevento-reprimir o roubo e/ou furto de carga, com suas variáveis intervenientes.
Este programa se desenvolverá utilizando a técnica de Resolução de Problemas, no qual se contempla o estabelecimento de estratégias diferenciadas e específicas no combate a esse tipo de delito de acordo com a característica de cada APol/Atuação.
Para o êxito deste programa faz-se importante a busca da parceria dos órgãos responsáveis, direta ou indiretamente, pela solução do problema, permitindo a troca de conhecimentos tais como:
a. Cenário:
1) Locais:
- Se de origem, trajeto, ou de destino, características, etc.
2) Dias da Semana e Horários:
-Concentração de eventos por dia/horário.
b. Atores:
1) Criminosos
a) Ladrão:
-Perfil, liderança, grupos, “ modus operandi”.
b) Receptador
-Perfil, liderança, grupos, “ modus operandi”.
2) Motoristas e Ajudantes:
- Perfil, tempo de permanência no emprego, sequências de registros em que aparecem como vítimas e outros dados de interesse.
3)Vigilantes
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4) Empresas
-Ramo de atividade (tipo de mercadoria, facilidade de consumo e escoamento, etc.), situação financeira, frequência de registro de roubo de carga outros dados de interesse.
5) Testemunhas
-Funcionários, transeuntes, outros.
Vislumbra-se assim que a implantação de um programa operacional não é uma tarefa rotineira e fácil, exigindo vontade, dedicação e desprendimento. A busca pela obtenção de resultados satisfatórios deve, necessariamente, ser uma motivação para a consecução dos objetivos já estabelecidos.
Por derradeiro, faz-se oportuno ressaltar que os problemas sociais existentes ultrapassam a capacidade que a polícia tem de tratá-los por si mesmos, até porque nem sempre o que é cobrado como caso de polícia é de sua
“competência” e responsabilidade. A criação de uma consciência cidadã é um fator fundamental para a
mobilização de diversos segmentos sociais para uma saudável parceria com o Poder Público com a finalidade desejável de integrar esforços neste mister.
5. EXECUÇÃO
a. A Cargo da CI
1) Desencadear Operações de Inteligência com a finalidade de :
a) Levantar dados das quadrilhas ou grupos que agem em roubo e/ou furto de cargas e mercadorias;
b) Levantar a quantidade de investida e perfil das vítimas;
c) Levantar dados de possíveis receptadores e tipos de mercadorias/cargas compradas, bem como os ende-reços dos depósitos clandestinos;
d) Levantar as empresas que possuem segurança particular dos autos transportadores de carga/mercadorias e catalogá-los (autos e agentes); e
e) Manter intercâmbio de informações com as Delegacias Policiais da área através das Agências Classe
“B”, bem como com a Delegacia de Roubo e Furto de Carga (DRFC) e SINDCARGA.
b. A Cargo do EGQ
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c. A Cargo do EMG-PM/3
1) Coordenar o planejamento dos órgãos envolvidos na “Operação Mercadoria Legal’;
2) Promover treinamento de qualificação técnica para os coordenadores do programa, para tanto, articulando apoio junto à DRFC, SINDCARGA, Polícia Rodoviária Federal, Receita Estadual e Municipal;
3) Fazer o acompanhamento dos resultados obtidos pelas ações policiais militares realizadas pelas UOp/E, comparando com novos dados coletados junto ao SINDICARGA e à DRFC, identificando a dinâmica da mancha
criminal referente a essa prática delituosa e retroalimentando o programa “Operação Mercadoria Legal”,
estabelecendo assim estratégias diferenciadas e específicas para o combate continuado aos delitos perpetrados contra os veículos transportadores de carga; e
4) Gerir as informações produzidas ao longo de períodos antecedentes, remetendo-as no quinto dia útil de cada mês aos Comandos Intermediários (Cmdo Itrm.), que deverão determinar às suas UOpE subordinadas o desencadeamento de Operações Policiais Militares mediante planejamento.
d. A Cargo dos Comandos Intermediários
1) Designar 01 (um) oficial superior como coordenador do programa a nível tático, e determinar que suas UOp/E subordinadas designem respectivamente 01 (um) oficial intermediário ou subalterno para exercer a função de coordenador do programa a nível operacional, informando ao EMG-PM/3, para controle, devendo tais relações serem atualizadas mensalmente até o 5º (quinto) dia útil de cada mês;
2) Determinar às UOp/E subordinadas a realização de operações policiais militares nos locais, dias da semana e horários apontados pelo EMG-PM/3, independente de outras medidas de policiamento ostensivo de iniciativa das próprias UOp/E;
3) Contatar com demais órgãos que possam colaborar no desenvolvimento de operações conjuntas seguindo o princípio de gestão participativa, envolvendo-os na problemática - Delegacia de Roubo e Furto de Carga (DRFC), delegacias policiais da circunscrição, observando-se a composição de cada Área Integrada de Segurança Pública (AISP) , Secretaria Estadual de Fazenda, bem como as Secretarias Municipais de Fazenda, Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos; e
4) Elaborar relatório mensal circunstanciado consolidando os resultados obtidos por suas UOp/E subordinadas, remetendo ao EMG-PM/3 no terceiro dia útil do mês subsequente, até as 15:00h, para fins de análise comparativa e retroalimentação do sistema.
a) No relatório deverá constar o número de operações realizadas, presos, material apreendido (carga, armas e
entorpecentes), “modus operandi”, observações e demais dados de interesse.
6. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
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b. Uniforme, Equipamento e Armamento: o próprio para cada tipo de serviço.
c. Os Comandos Intermediários, bem como os respectivos comandos de UOp/E subordinadas, deverão se engajar ao programa, responsabilizando-se em prover os recursos humanos e materiais necessários à sua execução.
d. OPMs Participantes do Programa: 1º ao 7º CPA e CPE (BPRv e BPVE).
e. Atribuições do Coordenador do Programa:
1) Nível Estratégico
a) Coletar junto ao SINDCARGA e à DRFC dados estatísticos referentes a roubos e furtos de cargas, bem como coletar notícias divulgadas nos jornais a respeito desses tipos de delitos, visando à análise quantitativa e qualitativa e tratamento adequado à operacionalização de medidas de policiamento ostensivo, elaborando planilhas a serem encaminhadas pela Chefia do EMG aos Comandos Intermediários;
b) Acompanhar toda fluidez do programa e os respectivos planejamentos elaborados pelos comando intermediário e suas UOp/E subordinadas;
c) Participar, sempre que possível, de atividades que visem ao desenvolvimento do programa, quer seja de ordem técnica, doutrinária ou operacional;
d) Promover reuniões, sempre que possível e/ou necessária, com órgãos direta ou indiretamente envolvidos na problemática dos delitos em pauta, a fim de atualização de conhecimentos sobre o assunto, de modo a enriquecer o planejamento dos Comandos Intermediários e de suas UOp/E subordinadas;
e) Promover reuniões periódicas com os oficiais coordenadores do programa a nível tático, tendo em vista a integração dos mesmos, troca de conhecimento e, ainda, ajuste necessário ao bom andamento do serviço;
f) Motivar os executores do programa explorando as ideias básicas da corporação como organização aberta, democrática e prestadora de serviço que busca a excelência do desempenho profissional;
g) Esforçar-se para desenvolver o Programa como um sistema integrado, independente das situações geográficas, sem perder de vista a metodologia estabelecida nesta Dtz.;e
h) Manter-se em condição de informar a chefia do EMG a situação em que se encontra o programa.
2) Nível Tático
a) Orientar e acompanhar o planejamento das suas UOp/E, conforme as orientações contidas nesta Diretriz;
b) Fiscalizar a sua execução de acordo com as normas vigentes;
c) Orientar os oficiais intermediários responsáveis pelo programa a nível operacional, visando a eficiência e a eficácia de sua execução e desdobramentos;
d) Coordenar e controlar as ações de polícia ostensiva em cumprimento do programa;
e) Estimular a gestão participativa de representantes dos outros órgãos interessados na solução do problema de roubos/furtos de carga, elaborando operações conjuntas voltadas para esse mister;
f) Confeccionar relatório semanal dos resultados obtidos pelas suas UOp/E subordinadas, remetendo ao EMG-PM/3 até quarta-feira da semana subsequente; e
g) Manter-se em condição de informar ao seu comando intermediário, bem como ao coordenador do programa o nível estratégico a situação em que se encontra o desenvolvimento do programa na sua respectiva área de responsabilidade.
3) Nível Operacional
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escalão superior, não obstante os dados estatísticos levantado pela sua própria UOp/E, em apoio ao P/3 da sua UOp/E, priorizando as vias de saída das rodovias e vias principais, que dão acesso a favelas;
b) Articular-se com a Polícia Civil da sua AISP e órgãos públicos, que atuam diretamente ou indiretamente na problemática, destinatários do programa, buscando engajá-los na solução do problema de roubos e furtos de carga, mormente no que tange a comércio ambulante e depósitos clandestinos levantados pela CI e/ou pelas Agências de Inteligência das UOp/E;
c) Desenvolver o Programa conforme a metodologia estabelecida nesta Diretriz;
d) Coordenar e controlar as ações e o desenvolvimento do programa na sua APol;
e) Instruir a tropa de sua UOp/E buscando o aprimoramento técnico profissional e a atualização quanto aos aspectos inerentes ao problema em questão;
f) Antecipar-se sempre aos fatos de modo que, através de atuação oportuna, evite desdobramentos desagradáveis de problemas simples e facilmente evitáveis;
g) Analisar os resultados alcançados, propondo em consequência ao comandante de sua UOp/E e ao coordenador do programa a nível tático, ajustes com o objetivo de melhorar a execução do programa;
h) Confeccionar relatório semanal contendo uma síntese da aplicação do programa em sua APol, encaminhando ao coordenador do programa a nível tático, até a segunda feira da semana subsequente, para apreciação e consolidação dos dados estatísticos;
i) Manter-se em condições de informar ao comandante de sua UOp/E, bem como ao coordenador do programa a nível tático, a situação que se encontra o desenvolvimento do programa;
j) As UOp/E desencadearão a operação policial militar com a frequência de no mínimo 03(três) vezes por semana, e duração de 04 (quatro) horas, permanecendo 01(uma) hora em cada PI, cobrindo 01 (um) ou mais PI por vez, de acordo com a disponibilidade de recursos de cada unidade e a necessidade de implementar medidas saneadoras em função da criticidade dessas modalidades criminosas;
k) Nos pontos de interceptação (PI), as UOp/E deverão montar a operação policial militar nos moldes do cerco tático preventivo, adaptando com os ajustes necessários;
l) Conduzir as ocorrências para as DP das circunscrições afetas às CISP correspondentes, comunicando de imediato a DRFC, quando nos casos específicos de ilícitos vinculados a carga e auto carga;
m) As operações realizadas visam à prevenção e repressão a roubos e furtos de carga, como também ao combate a outros delitos tais como tráfico de drogas, etc., não sendo priorizadas as infrações de trânsito ou a fiscalização de veículos;
n) O desenvolvimento do programa nas rodovias estaduais fica a cargo do BPRv, e nas vias especiais a cargo do BPVE, que poderão contar com o apoio das UOp/E em caso de necessidade;
o) Anexo: formulário do programa operacional de prevenção e repressão à roubo e furto de carga -
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ANEXO À DIRETRIZ 04/2016
“OPERAÇÃO MERCADORIA LEGAL”
PMERJ
Cmdo. Itrm.
____________
PROGRAMA OPERACIONAL DE PREVENÇÃO E REPRESSÃO À ROUBO E FURTO DE CARGA
“OPERAÇÃO MERCADORIA LEGAL”
UOp:_____________ Nº Vtr.:______________ Data:_______________
Nº da OOp:____________________________
Cmt. da guarnição:_____________________________________________ (Posto/Grd-RG-Nome)
VISTO
________ __
Endereço da Operação
Rua:_________________________________________Bairro:_________________Cidade:____________
Nome do Motorista Nome da Empresa Hora da
Abordagem Placa Apreendidas Armas Entorpecente Apreendido Apreendida Carga (BOPM,OOp, Observações etc)
ALTERAÇÕES
_______________________________________ ASSINATURA DO CMT. DA GUARNIÇÃO
Tomem conhecimento e providenciem a respeito os órgãos envolvidos. OPM envolvidas: Todas.