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Relatório e contas consolidadas Dezembro 2003 SONAECOM, S.G.P.S., S.A.

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Relatório e contas consolidadas

Dezembro 2003

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Relatório e contas consolidadas

Dezembro 2003

I. Relatório de gestão 3 1. Quem somos 4 1.1. O Grupo Sonaecom 4 1.2. Os nossos accionistas 5 1.3. As nossas empresas 5

1.4. O nosso Conselho de Administração 6

1.5. A nossa Missão 6

1.6. Os nossos resultados em 2003 6

1.7. Perspectivas para 2004 7

2. Performance operacional 8

2.1. Carta de Paulo Azevedo – CEO Sonaecom 8

2.2. O negócio de comunicações móveis : António Casanova – CEO Optimus 10

2.3. Fixo e Internet : Luis Filipe Reis – CEO Novis 13

2.4. Software e Sistemas de Integração (S&SI) 18 3. Análise financeira por Chris Lawrie – CFO do Grupo Sonaecom 19

4. Inovação e desenvolvimento na Sonaecom 29

5. Regulação 31

6. Ambiente 32

7. Agradecimentos 33

Anexo – Governo das Sociedades 34

II. Demonstrações financeiras consolidadas 55

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(4)

1. Quem somos

1.1. O Grupo Sonaecom

A Sonaecom exerce a gestão e controlo de várias empresas enquadradas nas 4 vertentes principais do seu sector de negócios: móvel, fixo, media & internet e software e sistemas de informação.

(2) Apenas para efeitos de G estão

Sonaecom

Número de colaboradores: 2.332 (39 Sonaecom SGPS) Sonae SGPS : 82,79% Capital disperso : 17,21%

Capitalização : 536 milhões de euros (31/12/03) (2) 56.7% Fixo (199 colaboradores) 100% Media & Internet (472 colaboradores) Móvel (1.020 colaboradores) (1) 52,34% direitos de voto ( 602 colaboradores) Software & Sistemas de Informação

Rede de Transmissão Única

100% 46,29% (1)

Divisão de Serviços Partilhados

Sonae SGPS

Retail, Real Estate, Wood panels, Telecoms, Tourism

093X 25,7% Maxistar 2,8% DGT. 5,0% 20,2% 43,3% 43,3% 56,7% 56,7% 75,1% 100% 66% Legal, RH, Finanças, Contabilidade, Tesouraria, Comunicação, Instalações, Ambiente, Serviço ao Cliente, IT/IS, Auditoria

Interna

100%

(2) Apenas para efeitos de G estão

Sonaecom

Número de colaboradores: 2.332 (39 Sonaecom SGPS) Sonae SGPS : 82,79% Capital disperso : 17,21%

Capitalização : 536 milhões de euros (31/12/03) (2) 56.7% Fixo (199 colaboradores) 100% Media & Internet (472 colaboradores) Móvel (1.020 colaboradores) (1) 52,34% direitos de voto ( 602 colaboradores) Software & Sistemas de Informação

Rede de Transmissão Única

100% 46,29% (1)

Divisão de Serviços Partilhados

Sonae SGPS

Retail, Real Estate, Wood panels, Telecoms, Tourism

093X 25,7% Maxistar 2,8% DGT. 5,0% 20,2% 43,3% 43,3% 56,7% 56,7% 75,1% 100% 66% Legal, RH, Finanças, Contabilidade, Tesouraria, Comunicação, Instalações, Ambiente, Serviço ao Cliente, IT/IS, Auditoria

Interna

100%

Em 2003, a Sonaecom atingiu um Volume de Negócios de 838 milhões de euros, um EBITDA de 146 milhões de euros (uma margem de 17%), 35 milhões de euros de FCF e, no final do ano, contava com 2.332 colaboradores, dos quais 1.020 registados na unidade de negócio de telecomunicações móveis, a Optimus. • Novis Telecom 199 Internet & Media 472 SSI 602 Sonaecom SGPS 39 Optimus 1.020 2.332 colaboradores

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A Sonaecom integra uma Divisão de Serviços Partilhados que explora activamente as sinergias de grupo e que constitui uma base significativa de contenção de custos dentro do Grupo. A integração das funções administrativas e de back-office encontra-se já finalizada, enquanto a integração das áreas intermédias (encontra-serviço ao cliente e IT/IS) está bastante adiantada, encontrando-se já a funcionar na Optimus e na Novis. Neste momento, está ainda em desenvolvimento uma Rede de Transmissão Única que irá servir todas as empresas de telecomunicações.

1.2. Os nossos accionistas

Existe um grupo de accionistas de referência que continua a desempenhar um papel importante no desenvolvimento dos vários segmentos de negócio.

A Sonae SGPS detém 83% do capital social da empresa e os restantes 17% representam o capital disperso cotado na Euronext. A Sonae SGPS é o maior Grupo privado, não financeiro em Portugal que gere um portfólio diversificado de negócios. Para além da actividade no sector das telecomunicações, a Sonae SGPS é líder no retalho e na detenção, promoção e gestão de centros comerciais no mercado nacional. A Sonae SGPS posiciona-se, de igual modo, como um dos líderes mundiais do sector de aglomerados de madeira.

A France Telecom é um accionista chave da Optimus (20%), Novis (43%), Mainroad (43%) e Clix (43%) providenciando apoio em áreas como a de desenvolvimento técnico, expansão de redes e manutenção de equipamentos. Os administradores da France Telecom estão representados nos Conselhos de Administração da Optimus, Novis e Clix.

1.3. As nossas empresas

Móvel: A Optimus iniciou a sua actividade em Portugal em 1998 e é considerado como

um dos terceiros operadores móveis mais bem sucedidos na Europa tendo registado, em 2003, uma quota de mercado de 22%, um Volume de Negócios de 636 milhões de euros e uma margem EBITDA de 23%. Durante os últimos 7 trimestres , a Optimus registou resultados líquidos positivos, tendo gerado, em 2003, um FCF de 53 milhões de euros.

Fixo: A Novis caracteriza-se como o principal operador alternativo capaz de desafiar o

operador incumbente em Portugal. No seu mercado alvo, PMEs e pequenos escritórios, a Novis posiciona-se como o operador alternativo líder em Portugal com quotas de mercado de 39,9% e 42,1%, respectivamente, registando mais de 210 mil clientes activos. Em 2003, a Novis gerou um volume de vendas de 152 milhões de euros e, pela primeira vez desde o seu arranque, gerou um EBITDA positivo no quarto trimestre de 2003.

Internet & Media: A Sonaecom desenvolve a sua actividade neste segmento através

de duas marcas, o Clix, um dos principais ISP’s em Portugal, e o Público que se posiciona em terceiro lugar em termos de circulação diária e que é considerado como o jornal de referência no seio da imprensa portuguesa. Em 2003, o Clix e o Público geraram um Volume de Negócios de 34 milhões de euros e 52 milhões de euros, respectivamente.

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S&SI: A divisão de Software e Sistemas de Informação reúne um conjunto de

especialistas nas áreas de telecomunicações e integração de sistemas de retalho, nomeadamente a Enabler e a WeDo. Para além de uma forte implementação no mercado nacional, estas empresas possuem importantes contratos com clientes no Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha e Brasil. Em 2003, a divisão de S&SI gerou um Volume de Negócios de 62 milhões de euros e um EBITDA de 6 milhões de euros.

1.4. O nosso Conselho de Administração

A Sonaecom cumpre com padrões internacionais em termos de governo das sociedades. O Conselho de Administração da Sonaecom é constituído por 9 membros, incluindo 5 Administradores não-executivos, dos quais 3 são independentes.

Por outro lado, o Conselho de Administração da Sonaecom integra dois sub-comités: o Comité de Auditoria e Finanças (“CAF”) e o Comité de Nomeações e Remunerações (“CNR”) (ver Anexo sobre Governo das Sociedades).

Administradores Não-Executivos

Belmiro de Azevedo – Presidente do Conselho de Administração António Borges (independente) – Membro do CNR

Jean-François Pontal (independente) – Membro do CAF e do CNR Richard O’Toole (independente) – Presidente do CAF

David Bain – Membro do CAF

Administradores executivos

Paulo Azevedo – CEO da Sonaecom António Casanova - CEO da Optimus

Luis Filipe Reis – CEO da Novis Telecom & Media Chris Lawrie – CFO da Sonaecom

Adjunto do Conselho de Administração

António Lobo Xavier – Responsável pelos Departamentos Legal e de Regulação da Sonaecom

1.5. A nossa Missão

A ambição da Sonaecom é ser a melhor empresa na prestação de serviços de comunicações em Portugal, criando um ambiente de eleição para o desenvolvimento do potencial dos melhores profissionais.

A Sonaecom procura, de uma forma consistente, criar produtos, serviços e soluções inovadores que satisfaçam integralmente as necessidades dos seus mercados e gerem valor económico superior.

1.6. Os nossos resultados em 2003

Não obstante a conjuntura macroeconómica difícil e a estagnação das questões regulatórias durante o ano de 2003, a Sonaecom registou uma melhoria significativa em termos de rentabilidade e geração de FCF. Os principais indicadores consolidados da Sonaecom estão descritos na tabela seguinte:

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(milhões de euros)

Sonaecom Consolidado 2002 2003 % var. Volume de Negócios 789 838 6%

EBITDA 72 146 103%

Margem de EBITDA 9% 17% 91%

EBIT (58) 16 128%

EBT (89) (8) 91%

Resultados antes de minoritários (99) (20) 80%

Resultados líquidos (65) (19) 71%

CAPEX 127 123 (3%)

FCF levered (após função financeira) (55) 35 164%

Dívida Líquida Consolidada 377 336 (11%)

Em 2003, o Volume de Negócios Consolidado registou um aumento de 6% relativamente ao ano anterior, tendo atingido 838 milhões de euros, sendo que o

EBITDA aumentou 103% para 146 milhões de euros gerando uma margem de 17%

em comparação com 9% no ano de 2002. O Grupo gerou um FCF de 35 milhões de euros em comparação com os 55 milhões de euros negativos no mesmo período do ano anterior.

A maior rentabilidade operacional e geração de fluxos de caixa foram alcançados através da implementação de iniciativas de geração de receitas, da melhoria dos processos e sinergias do negócio, bem como de rigorosos programas de contenção de despesas aplicáveis a todas as empresas do Grupo.

Em 2003, o Grupo continuou a fortalecer a sua estrutura de capital e reduziu a dívida líquida consolidada para 336 milhões de euros em comparação com 377 milhões de euros no final de 2002. O rácio Dívida Líquida/EBITDA registou uma melhoria, tendo passado de 5,3x em 2002 para 2,3x no final de 2003.

1.7. Perspectivas para 2004

A equipa de gestão da Sonaecom está confiante que 2004 vai ser, mais uma vez, um ano de desafio para a empresa, mas partindo agora de uma plataforma mais positiva do que a de 2002 e 2003. Para além dos sinais indicadores de retoma económica e dos sintomas de recuperação do mercado de capitais no sector das telecomunicações, Portugal vai beneficiar da organização de dois eventos internacionais de vulto: o campeonato europeu de futebol, “Euro 2004”, e o festival de música “Rock in Rio”.

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2. Performance Operacional

2.1. Carta de Paulo Azevedo – CEO Sonaecom

No início de 2003, a continuidade da crise económica e da instabilidade política mundial era praticamente uma certeza. No decorrer do ano, o nível de confiança dos consumidores continuou a baixar e todos os indicadores económicos vieram a confirmar que Portugal vivia de facto um período de recessão.

Apesar deste enquadramento negativo, encaramos os desafios sempre de forma a criar as nossas próprias oportunidades. Em 2003, num difícil contexto operacional fizemos um feito notável; assegurámos grandes progressos no alcance das nossas metas financeiras e de crescimento:

O nosso Volume de Negócios aumentou 6% para 838 milhões de euros; •

• • •

A nossa rentabilidade operacional (EBITDA) mais que duplicou para 146 milhões de euros;

Alcançamos um Free Cash Flow (FCF) positivo pela primeira vez em 2003 de 35 milhões de euros;

Reduzimos o nosso Endividamento Consolidado Líquido em 11% para 336 milhões de euros e aumentamos a nossa capacidade para cumprir com as nossas obrigações financeiras (melhoria do rácio Endividamento Líquido / EBITDA para 2,3x o que compara com 5,3x em 2002).

Paralelamente, temos vindo a dedicar um nível significativo de recursos humanos e financeiros ao reforço da nossa posição competitiva, nomeadamente através de um trabalho continuado na área de Investigação e Desenvolvimento (I&D). Consideramos esta (I&D) uma área crucial para a obtenção de vantagens competitivas sustentáveis e em 2003, despendemos cerca de 10 milhões de euros na investigação e desenvolvimento de novas tecnologias. Os projectos realizados, que juntaram em equipas transversais elementos de todo o Grupo Sonaecom, tiveram como principais objectivos a criação de valor para o cliente final, e a melhoria de sistemas, processos de trabalho e iniciativas ambientais.

Ao nível de Recursos Humanos, continuamos com uma política de actuação activa, que fomente nos nossos colaboradores o desenvolvimento continuado de competências técnicas cruciais para o nosso sucesso de mercado e que são a garantia da nossa capacidade em exceder as expectativas dos consumidores. O Mercado de capitais reconheceu que a Sonaecom tem vindo sistematicamente a alcançar as expectativas de mercado e que procura desenvolver uma política de comunicação financeira proactiva e transparente. A nossa cotação valorizou 51% em 2003 para fechar a 2,37 euros por acção, mais 35% que o principal índice de acções português, o PSI20. Em Junho, voltamos a ser reconhecidos pelo nosso trabalho junto do mercado de capitais ao ser a primeira empresa portuguesa a ser incorporada no “Euronext Next Economy segment”. No sentido de melhorar a nossa comunicação com o mercado financeiro, no primeiro trimestre de 2003 adoptámos as normas internacionais de contabilidade (IAS) para todo o nosso reporte consolidado fornecendo assim a todo o mercado, informação financeira comparável e reconhecível internacionalmente.

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Continua a ser a nossa principal fonte de preocupação a falta de uma política de regulação eficaz no sentido de estimular o desenvolvimento de um mercado de concorrência livre para o sector das telecomunicações nacional. Actualmente, a Portugal Telecom beneficia de uma quase total falta de acção de regulação aos seus repetidos comportamentos de abuso de posição dominante. Em consequência, os mercados de telecomunicações fixo e de Internet estão a ficar cada vez menos concorrenciais e em alguns caso, os operadores alternativos viram-se mesmo forçados a abandonar por completo o mercado.

A concorrência no mercado de telecomunicações fixas e de Internet continuará a diminuir se a actual situação de propriedade simultânea das únicas duas redes de acesso local de cobre e de cabo, por parte do mesmo Grupo económico persistir. Consideramos ser uma prioridade nacional e do interesse de todos que o operador histórico seja forçado a efectivamente separar a propriedade da rede de cabo por forma a que os operadores alternativos possam fornecer ofertas realmente competitivas e de valor acrescentado para os consumidores.

No mercado de telecomunicações móveis há um maior nível competitivo fruto do dinamismo e capacidade de inovação dos três operadores. Contudo, apesar desta situação existe o risco crescente de o operador incumbente, desenvolver, através do “efeito de rede”, uma estratégia de estrangulamento do mercado nomeadamente com o advento de novos serviços, conteúdos e aplicações de dados em banda larga. O “efeito de rede” é causado pela elevada discrepância entre os preços das chamadas dentro da mesma rede e as chamadas para outras redes e pelos elevados valores das tarifas de interligação móvel-móvel. Trata-se de uma barreira artificial à concorrência que beneficia, enquanto recebedor de receitas de interligação, o operador com maior número de clientes em detrimento dos operadores mais pequenos.

Tendo esgotado os mecanismos reguladores apropriados no sentido de defender o nosso direito a operar num Mercado livre de barreiras artificiais à concorrência, em 2003 dirigimo-nos à Autoridade Nacional da Concorrência para apreciar os problemas em disputa. Para além do mais, decidimos apresentar os principais problemas estruturais do sector ao Comissário Europeu com a responsabilidade da Sociedade da Informação.

Em termos de perspectivas futuras, mantemos o nosso desejo de ser o mais bem sucedido e preferido operador de serviços de telecomunicações em Portugal e de sempre alcançar formas de acrescentar valor para os nossos accionistas, clientes e colaboradores. Agradeço à nossa equipa pelo seu profissionalismo inquestionável, dedicação e empenho. Agradeço também aos nossos accionistas, parceiros e gestores pelo seu apoio e aconselhamento ao longo do ano. No passado e nos tempos mais difíceis, fomos sempre capazes de exceder as nossas melhores expectativas. Contamos voltar a fazê-lo no futuro.

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2.2. O Negócio de Comunicações Móveis : António Casanova – CEO OPTIMUS

A melhoria da rentabilidade e da geração de FCF eram os nossos objectivos principais quando iniciámos 2003. Isto foi conseguido não só através do crescimento de Receitas de Clientes mas também através da busca activa de fontes alternativas de receitas e de novas formas de alcançar poupanças de custos e eficiências de processo.

Em 2003, a Optimus relançou a sua marca e reposicionou todas as suas lojas e respectivo merchandising. A nova linha de comunicação estimula a exploração dos sentidos, os desejos e as expectativas: “Segue o que sentes”. Na Optimus deu-se particular atenção ao lançamento de novos serviços de dados de entre os quais o “Optimus Personal Assistant”, o primeiro equipamento que conjuga as funcionalidades de telemóvel GPRS com as de um PDA, e ao lançamento do “Optimus Zone”, um serviço multimédia que incorpora no mesmo telemóvel, um portal multimédia, MMS, funcionalidades de máquina de filmar, e acesso à Internet através do browser “Opera”.

Receitas

Em 2003, as Receitas de Serviço da Optimus aumentaram em 3% para 580 milhões de euros. Este aumento explica-se pelo crescimento das receitas de clientes em 8% para 361 milhões de euros motivado pelo crescimento da base de clientes, pelo aumento generalizado das tarifas em 2,5% em Maio e pelo aumento das receitas de dados e das mensalidades. O aumento das Receitas de Clientes foi particularmente relevante tendo em conta o difícil ambiente económico vivido durante o ano.

milhões de euros

Receitas da Optimus 2002 2003 ▲%

Receitas de Serviço Totais 565,5 580,3 3%

Receitas de Clientes 335,8 361,1 8%

Receitas de Operadores 229,7 219,2 -5%

As Receitas de Operadores diminuiram 5% para 219 milhões de euros, resultado da redução das tarifas de interligação fixo-móvel (FM) e móvel-móvel (MM) decidida pelo Regulador em 2002 e que impede uma comparação directa entre as Receitas de Operadores entre períodos homólogos. As tarifas MM reduziram 25%

para 18,701 cêntimos por minuto e as tarifas FM reduziram 21% para 18,7

2

cêntimos por minuto. A queda das Receitas de Operador também se explicou por uma redução estrutural de tráfego originado nas redes fixas, o qual caiu em cerca de 15% face ao ano anterior.

1Em 2002, o Regulador deliberou que a tarifa de interligação móvel-móvel (MM) fosse de 20,7 cêntimos para uma

chamada de 100 segundos (facturação ao segundo a partir do primeiro minuto), o que equivale a 24,9 cêntimos por minuto durante o primeiro semestre de 2002. Durante esse período, a Optimus facturou a terminação de chamadas móveis a 18,7 cêntimos / minuto pelo que a alteração resultou num aumento das receitas da Optimus no segundo trimestre de 2002 devido a esse ajustamento. A tarifa em vigor desde então é 18,7 cêntimos por minuto.

2 No princípio de 2002, o Regulador deliberou uma redução progressiva da taxa máxima de interligação que os

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cêntimos de euro

Tarifas de Interligação Optimus

(restrições da ANACOM) 1T02 2T02 3T02 4T02 1T03 2T03 3T03 4T03

Fixo-Móvel (chamada de 100 segundos) 23,69 21,7 20,7 19,7 18,7 18,7 18,7 18,7 Móvel-móvel (minuto) 20,7 20,7 18,7 18,7 18,7 18,7 18,7 18,7

A receita média por minuto da Optimus (ARPU) reduziu de 23,9 euros em 2002 para 22,4 euros em 2003 devido à já referida redução das tarifas de receitas de operador e de tráfego originado em redes fixas e a terminar na rede móvel.

Utilizadores e Tráfego

A base de clientes da Optimus aumentou em 186 mil clientes em 2003 para 2,306 milhões de clientes. Estima-se que no final de 2003, a penetração total no mercado era já superior a 100% e que a penetração activa rondaria os 75% da população, devido à existência de casos de mais do que um cartão SIM por cliente e à existência de um período de inactividade que antecede a desactivação dos clientes pré-pagos. O tráfego total aumentou 1,5% para 2,7 mil milhões de minutos.

As receitas de dados móveis registaram um aumento significativo em 2003. Embora ainda representem uma percentagem não muito elevada das receitas de serviço totais, 8,6%, cresceram cerca de 14% no ano para 50 milhões de euros. Deste montante, cerca de 82% referem-se a SMSs pessoa a pessoa tradicionais o que compara com 84% em 2002. O tráfego GPRS aumentou cerca de 6 vezes e no final do ano, a Optimus tinha mais de 30 mil utilizadores activos de MMS.

DADOS MÓVEIS 2002 2003 ▲%

Dados como % Receitas de Clientes 9,80% 10,80% 10%

Dados como % Receitas de serviço 7,60% 8,60% 13%

% Receitas de Dados originados por SMS 84% 82% -2%

% Receitas de Dados não originados por SMS 16% 18% 13%

Tráfego GPRS GB 41,7 290,4 596%

MMS enviados e Recebidos 83.441 1.360.253 1530% Interligação

A concorrência no sector móvel em Portugal é distorcida pela diferenciação agressiva de preços entre chamadas dentro da rede e para fora da rede praticada pelo operador incumbente, provocando assim um agravamento do “efeito de rede” e criando fortes efeitos de exclusão no mercado. A Optimus (operador com menor dimensão) vê-se obrigada a competir com os preços on-net do operador maior que por sua vez são inferiores ao preço de terminação na rede móvel.

O “efeito de rede” representa uma barreira artificial à concorrência pois quando os operadores com menor dimensão procuram inverter o efeito através da prática de preços off-net mais baixos, os seus clientes tendem a aumentar o volume de chamadas efectuado para clientes do operador com mais Clientes, movimento que não é compensado pelo volume de chamadas recebidas dos mesmos. Assim o tráfego para fora da rede do operador com menor dimensão torna-se cada vez mais desproporcional ao tráfego a entrar na sua rede, degradando ainda mais a sua capacidade financeira para competir com os preços on-net do operador maior.

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Em 2003, os custos de interligação da Optimus não reduziram na mesma proporção das receitas de interligação sendo que a Optimus não reduziu a suas tarifas de fixo-móvel. O valor de Interligação de voz e de dados pago a outros operadores móveis em 2002 foi inferior ao nível do ano anterior em 3,6% porém esta redução não foi suficiente para compensar a redução das receitas de operadores móveis. Assim, o desbalanceamento de interligação móvel com outros operadores aumentou em 2003 em 37% para 15 milhões de euros.

A margem de serviço após custos de interligação e de aquisição de conteúdos, medido enquanto percentagem de receitas, aumentou para 74% em comparação com 73% em 2002.

Rentabilidade

Resultado do aumento das receitas de clientes e das reduções de custos alcançadas, a Optimus conseguiu um aumento de receitas operacionais (EBITDA) de 37% para 147 milhões de euros, 23% do Volume de Negócios, o que compara com 18% em 2002. Os Resultados Líquidos aumentaram em 253% para 25 milhões de euros o que compara com Resultados Líquidos negativos em 2002 de 16 milhões de euros. EBITDA 107 147 23% 18% 0 20 40 60 80 100 120 140 160 2002 2003 0% 5% 10% 15% 20% 25% +37% Milhões de Euros Investimento

A Optimus aumentou o seu volume de investimento em 18 milhões de euros para 110 milhões de euros. O aumento de 20% explica-se pela aquisição em 2003 de activos da OniWay no montante de 38,8 milhões de euros, os quais foram contabilizados como investimento no terceiro trimestre (dos quais 33 milhões de euros apenas serão pagos em 2005). Desta forma, uma comparação equiparável demonstraria que o investimento de facto reduziu em 22% em 2003 face ao ano anterior, representando 11% do Volume de Negócios.

O investimento foi canalizado maioritariamente para o desenvolvimento de novas plataformas de dados e serviços disponíveis não só em ambiente 2G e 2,5G como também em 3G , para a preparação da rede de comunicações para UMTS e para a realização de testes piloto sobre a mesma. No final de 2003, a Optimus tinha 3

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Móvel em 2004

É expectável que surjam receitas adicionais de Clientes e de Roaming em 2004 devido à melhoria generalizada no sentimento do consumidor, à tendência continuada de substituição do fixo pelo móvel e à realização de dois grandes eventos internacionais: o campeonato europeu de futebol “Euro 2004” e o festival de música “Rock in Rio” em Lisboa. A rentabilidade da Optimus será certamente melhorada em 2004.

Em termos de CAPEX, a Optimus estima investir cerca de 100 milhões de euros em 2004, dos quais 30% dizem respeito a investimento na rede UMTS. No segundo semestre de 2004, a Optimus irá lançar serviços comerciais UMTS em antecipação aos requisitos de cobertura da população definidos pela ANACOM. Apenas se espera a massificação dos serviços e aplicações UMTS a partir de 2006 devido essencialmente ao atraso na disponibilização de equipamento terminal atraente e ao ciclo de substituição dos equipamentos.

2.3. Fixo e Internet: Luis Filipe Reis – CEO Novis

2003 foi um ano muito importante para a Novis: a empresa atingiu todos os seus objectivos estratégicos e consolidou a sua posição de liderança do mercado de entre os operadores alternativos. Nos seus mercados estratégicos, Microempresas e PMEs, a Novis alcançou uma quota de mercado entre operadores alternativos de 42,1% e 39,9% respectivamente. Adicionalmente, no último trimestre de 2003, a Novis conseguiu ainda assumir a liderança em termos de clientes no mercado residencial com uma quota de mercado de 34,8%. No quarto trimestre de 2003, os operadores alternativos detinham uma quota do mercado de 28,1%, 27,4% e 20,1% do total de Microempresas, PMEs e Residencial respectivamente incluindo a Portugal Telecom. Microempresas PMEs Outros 4,3% Outros 9,3% Jazztel 11,5% Novis 42,1% Novis 39,9% Jazztel 14,5% Vodaf. 18,7% Oni 16,6% Vodaf. 17,6% 25,5%Oni

Fonte : DataE & Marktest.

Resultado do esforço da empresa para obter uma estrutura de custos mais eficiente a Novis alcançou o seu objectivo de EBITDA breakeven no quarto trimestre de 2003.

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Clientes

A Novis terminou o ano com 209 mil clientes activos, mais 87% face a 2002. Destes, 13 mil eram PMEs (mais 97% que ano 2002) e 29 mil eram Microempresas (mais 82% que em 2002).

Milhares de Euros

Clientes activos Novis 2002 2003 ▲%

PMEs 6.546 12.902 97%

Microempresas 15.681 28.589 82%

Residenciais 88.603 166.876 88%

Tráfego

O tráfego total aumentou 30% em 2003 para 3,2 mil milhões de minutos. Destes, 680 milhões de minutos eram minutos de voz, mais 34% em comparação com 2002. O negócio wholesale (grossista) registou um forte crescimento com 216 milhões de minutos, mais 132% face ao ano anterior, e com um peso de 29% do total das receitas da Novis. A Novis é o segundo maior operador de tráfego

wholesale em Portugal a seguir ao operador histórico. Em 2003 a Novis efectuou

investimentos em ADSL para o segmento de clientes de Microempresas e PMEs, tendo terminado o ano com 3,6 mil clientes activos ADSL. No final do ano, a Novis começou a chegar a alguns dos seus clientes através da desagregação do lacete local.

Receitas

As receitas de serviços aumentaram em 2003 cerca de 9% para 152 milhões de euros. A contribuir para este crescimento estiveram um aumento de 6% nas comunicações do mercado de retalho para 47 milhões de euros (voz), um aumento de 13% nas comunicações de Internet e dados para 15 milhões de euros e um aumento de 97% nas receitas de tráfego wholesale e de circuitos para 19 milhões de euros. As receitas de Internet wholesale (essencialmente Clix) sofreram uma redução de 5% para 55 milhões de euros devido ao difícil contexto vivido no mercado de Internet de banda larga (explicado em detalhe na secção sobre o Clix em “Internet e Media”). euros milhões Receitas Novis 2002 2003 ▲% Volume de Negócios Receitas de serviço 140 152 9% Telecomunicações (Novis) 126 136 9% Telecomunicações retalho 44 47 6% Internet Retalho 13 15 13%

Tráfego Wholesale e Circuitos 10 19 97%

Internet Wholesale (clix) 58 55 -5%

IT (Mainroad) 14 15 8%

(15)

As receitas de serviços de IT aumentaram 8% em 2003 para 15 milhões de

euros. Este negócio integrado sob a marca “Mainroad” em 2003 foi gerido dentro da unidade S&SI (Software e Sistemas de Integração) da Sonaecom. Para efeitos de reporte financeiro, a Mainroad encontra-se consolidada nas contas da Novis.

As Vendas de Equipamento reduziram 98% em 2003 para 361 mil euros. Esta

redução explica-se pelo facto de no princípio de 2003, a actividade de venda de equipamentos ter sido integrada na Digitmarket (BizDirect), uma empresa da unidade S&SI. Assim, o Volume de Negócios total da Novis em 2003 não é directamente comparável com o Volume de Negócios de 2002.

Custos Operacionais

A Novis desenvolveu esforços em 2003 para reduzir a sua estrutura de custos. A maioria das principais rubricas de custo diminuíram em comparação com o ano anterior, porém, devido ao esforço realizado para angariar novos clientes e ao efeito causado pelo aumento de volume de tráfego, os custos de marketing e de interligação registaram aumentos face ao ano anterior.

Rentabilidade

A Novis alcançou o seu objectivo de EBITDA breakeven no quarto trimestre de 2003 fruto da melhoria nas receitas de serviço e do programa rigoroso de controlo de custos. O EBITDA do ano foi negativo em 6 milhões de euros tendo registado sistemáticas melhorias trimestrais ao longo do ano para 546 mil euros positivos no último trimestre do ano.

EBITDA (11) (7) (6) (3) (3) (2) (1) 1 (12) (10) (8) (6) (4) (2) 2 1T02 2T02 3T02 4T02 1T03 2T03 3T03 4T03 Milhões de Euros Investimento

A Novis completou todos os investimentos significativos na sua rede de telecomunicações no princípio de 2003 e actualmente a sua necessidade de investimento prende-se com a necessidade de construir infra-estrutura para chegar a novos clientes e com custos de manutenção da infra-estrutura. Assim, em 2003 o investimento da Novis foi de 10 milhões de euros o que compara com 27 milhões de euros em 2002.

(16)

Em 2003, a Novis começou a investir em tecnologia SHDSL sobre o acesso local desagregado de modo a fornecer a Optimus com circuitos de alta capacidade e os seus clientes com ligações de dados de 2 MB. Adicionalmente, no caso de clientes residenciais cujas linhas se encontrem nas centrais da PT que já estejam desagregadas com SHDSL, a Novis e o Clix começaram a fornecer uma oferta conjunta de voz e Internet.

Internet e Media Clix

Durante 2003 acentuou-se o decréscimo do mercado de Internet de banda estreita resultante da massiva e acelerada migração para a banda larga. O total de acessos de banda larga no final do terceiro trimestre cresceu 16% para 434 mil acessos. Destes, os acessos por cabo representavam ainda a maioria, cerca de 280 mil, no entanto o peso das ligações ADSL registou um aumento para 34% face a 20% em final de 2002.

Fonte : Anacom

Mercado de Clientes de Banda Larga 2000 2001 2002 1T03 2T03 3T03

Total 25.154 96.587 259.491 309.410 374.635 422.773

Clientes de acesso ADSL n.a 2.866 52.005 76.315 112.296 142.503

Clientes de acesso Cabo 25.154 93.721 207.486 233.095 262.339 280.270

Os fornecedores de acesso Internet (ISPs) alternativos vêm-se impedidos de competir de forma economicamente viável devido à prática agressiva de esmagamento de margens por parte do operador incumbente, o qual, dentro do mesmo grupo económico, determina não só o preço de acesso grossista ADSL para os seus concorrentes, como também o preço de venda ao consumidor através das ofertas ADSL e Cabo das suas subsidiárias. Contas feitas, para os ISPs alternativos poderem oferecer pelo menos o mesmo preço de venda que o operador incumbente, são forçados a operar com margens de produção directa, antes de custos fixos, negativas em cerca de 8% do Volume de Negócios.

Apesar das inúmeras solicitações dos ISPs alternativos junto do regulador do sector – ANACOM – no sentido de solicitar uma acção correctiva urgente para as distorções do mercado, o regulador não implementou qualquer medida de fundo para estimular a concorrência neste segmento. Assim, já em Janeiro de 2004, dois dos principais ISPs alternativos do mercado, Clix e IOL, viram-se forçados a abandonar a sua oferta ADSL para novos clientes.

Como consequência das difíceis condições de Mercado acima descritas, o Clix registou uma quebra de 17% dos seus clientes activos de acesso para 187 mil e o Volume de Negócios em 2003 desceu cerca de 5% para 34 milhões de euros em comparação com o ano anterior.

Clix - Principais indicadores operacionais 2002 2003 ▲% Clientes activos (final período - EoP) 225.560 187.237 -17%

Page-views / mês (EoP) milhões 47 59 26%

(17)

De forma a reduzir as perdas operacionais resultantes da descida de receitas, o Clix reduziu em 13% os seus custos operacionais para 36 milhões de euros, conseguindo assim uma redução nas perdas EBITDA de 6 milhões de euros negativos em 2002 para 2 milhões de euros negativos em 2003

As perspectivas para 2004 dependem fortemente da vontade do Regulador em implementar medidas eficazes para desenvolver um mercado concorrencial de Internet em Portugal. Actualmente, o mercado de Internet está a regredir para uma situação de monopólio do incumbente com cada vez menos incentivos à inovação e ao desenvolvimento de serviços que de facto acrescentem valor para o consumidor.

Público

O Grupo Público aumentou o seu Volume de Negócios em 24% para 52 milhões de euros e gerou um EBITDA positivo em 484 mil euros, o que compara com um EBITDA negativo em 2,8 milhões de euros em 2002. O aumento das receitas e da margem foi alcançado principalmente devido ao sucesso continuado da venda de produtos associados, ao lançamento de novos suplementos e encartes e a um aumento de preço de capa à 6ª feira para €1 justificado pela inclusão de novos suplementos pré-fim de semana.

O total de Mercado publicitário em imprensa diária registou uma quebra de 10,3% em 2003 enquanto que a redução registada pelo Público foi de 7%. Em termos de circulação, o Público manteve a sua posição enquanto 3º jornal diário tendo no entanto diminuído em cerca de 1% face ao ano anterior. Existe uma tendência de aumento dos tablóides em Portugal como se aprecia no quadro abaixo.

Fonte APCT

Circulação de Jornais Diários 2001 2002 2003 ▲% 03/02

Diário de Notícias 58.310 52.854 49.060 -7% Jornal de Notícias 104.954 104.686 104.135 -1% Correio da Manhã 98.859 96.038 111.424 16% Público 53.904 55.645 55.106 -1% Diário Económico 12.574 9.784 10.428 7% 24 Horas 30.809 35.990 49.033 36% Total 359.410 354.997 379.186 7%

Em termos de audiência3, o Público aumentou a sua quota para 5,4 pp no último

trimestre de 2003 o que compara com 4,9 pp no trimestre homólogo de 2002 e no trimestre anterior.

O sector de media em Portugal parece estar preparado para beneficiar de uma recuperação de receitas de publicidade que já deu sinais no último trimestre de 2003, principalmente no sector de publicidade em televisão. A realização em Portugal do Euro 2004 e do festival de música Rock in Rio irá provavelmente estimular receitas adicionais de publicidade.

(18)

2.4. Software e Sistemas de Integração (S&SI)

2003 foi um ano muito difícil para o sector de vendas de IT empresariais a nível mundial: a recessão económica provocou uma redução generalizada de investimento em IT por parte das empresas, uma redução de estruturas de colaboradores na maioria das empresas de IT, um excesso de capacidade no mercado de consultoria e consequentemente uma forte pressão sobre as margens praticadas. Os dois principais negócios da Sonaecom nesta área, a WeDo e a Enabler, conseguiram crescer apesar do contexto negativo.

Mercados e Resultados

A Enabler teve bons resultados nos seus principais mercados geográficos, Portugal, Reino Unido, Alemanha e Itália, mantendo e desenvolvendo a relação com os seus clientes principais, tais como a Nisa-Todays, Spar Group, Debenhams, AVA e Sonae.

A WeDo ganhou dois novos contratos e aprofundou as relações com os clientes existentes de entre os quais se destacam : Oi, Telemar, Contax, Telefónica, Brasil Telecom, Amena, Optimus, Esegur. Durante o ano, a WeDo lançou novas versões do seus 4 produtos de software próprio: RAID (Revenues Assurance Integrity Driller), ICS (Integrated Collections System), RMS (Roaming Management System) e CMS (Commissions Management System).

Receitas e Rentabilidade

O Volume de Negócios aumentou 33% face ao ano anterior, no entanto o mesmo não é directamente comparável com o período homólogo de 2002 face à integração na unidade de S&SI do negócio de venda de equipamentos via Digitmarket (BizDirect) a partir do início de 2003. Anteriormente a venda de equipamentos era um negócio desenvolvido pela Novis. As Receitas de Serviços da área de S&SI reduziram cerca de 1% em 2003 para 46 milhões de euros devido à pressão do mercado sobre as margens de negócio. Cerca de 64% das receitas foram geradas por empresas fora do Grupo Sonaecom e cerca de 31% foram geradas por empresas fora do Grupo Sonae.

O FCF consolidado da unidade de S&SI em 2003 foi de 1,6 milhões de euros, menos 3,4 milhões que no período homólogo de 2002, devido em parte pela aquisição de interesses minoritários na Enabler UK e a investimentos efectuados em investigação e desenvolvimento ao nível da WeDo e da Enabler nos seus produtos de software próprio.

2004 demostra já alguns sinais de recuperação económica, ao que se segue um princípio de retoma de gastos em IT pelas empresas. A Enabler está a avaliar o potencial de entrada no mercado francês e irá consolidar a sua presença nos mercados do Reino Unido e da Alemanha, para além de procurar reforçar a sua posição no mercado português e espanhol. A WeDo irá igualmente procurar consolidar a sua presença em mercados internacionais e naqueles em que não possui uma presença directa, procurará estabelecer parcerias para vender os seus produtos.

(19)

3. Análise financeira por Chris Lawrie – CFO do Grupo Sonaecom PRINCIPAIS INDICADORES

Durante o ano de 2003, a Sonaecom conseguiu implementar melhorias significativas na sua performance financeira e operativa, tendo igualmente melhorado quer a estrutura quer o perfil de maturidade do seu endividamento, isto apesar do difícil enquadramento regulatório verificado ao longo do ano:

• Volume de Negócios consolidado aumentou em 6%, para 838 milhões de euros no exercício de 2003;

• EBITDA (resultados operacionais) consolidado mais do que duplicou em relação a 2002, para 146 milhões de euros;

• Prejuízos consolidados reduziram-se em 46 milhões de euros, para 19 milhões de euros;

• A Sonaecom atingiu Free Cash Flow positivo pela primeira vez em 2003 no montante de 35 milhões de euros;

• Endividamento Líquido consolidado reduziu-se em 11%, para 336 milhões de euros, determinando uma melhoria no rácio de Dívida Líquida / EBITDA para 2.3x (5.3x em 2002);

• Dívida de médio e longo prazo representa actualmente 88% do nível de endividamento bruto, face a 61% no final de 2002.

VOLUME DE NEGÓCIOS

Um conjunto de factores limitaram o crescimento da receita em 2003: • Manutenção do clima económico recessivo;

• Elevada taxa de penetração no mercado móvel Português; • Reduções regulamentadas nas taxas de interligação móveis; • Manutenção do clima recessivo no mercado de publicidade;

• Enquadramento regulatório desfavorável nos mercados de telefonia fixa e de Internet;

• Redução na utilização do acesso à Internet em banda estreita;

• Reduzido investimento do sector empresarial em tecnologias e sistemas de informação.

Apesar destas condicionantes, o volume de negócios consolidado aumentou em 6%, numa base anual, para 838 milhões de euros (face a 789 milhões de euros em 2002). As contribuições para o volume de negócios consolidado são explicitadas no quadro abaixo:

Milhões de Euros

Contributos para o Volume de

Negócios Consolidado 2002 2003 ▲% Optimus 595 626 5% Novis 84 83 -1% Clix 36 34 -6% Público 41 52 27% S&SI 30 42 40% Outros* 3 0,3 -90% Total 789 837 6%

(20)

• A contribuição da Optimus para o volume de negócios consolidado foi de 626 milhões de euros, representando um aumento de 31 milhões de euros face a 2002 e cerca de 75% do total dos contributos. As Receitas de Clientes da Optimus (numa base individual) registaram um acréscimo de 8%, para 361 milhões de euros. No entanto, as Receitas de Operadores diminuíram em 5%, para 219 milhões de euros, como resultado das reduções determinadas pelo Regulador nas tarifas de interligação (ver secção sobre a performance da Optimus).

• A contribuição da Novis para o volume de negócios consolidado foi de 83 milhões de euros, marginalmente inferior à contribuição de 2002. O volume de negócios da Novis não é comparável com o registado no ano anterior devido à transferência, no final de 2002, do negócio de vendas de equipamento da Novis para a Digitmarket (Bizdirect) (incluída na área de S&SI). Esta transferência não tem impactos nas demonstrações financeiras consolidadas. Corrigindo este efeito, a contribuição da Novis para o volume de negócios consolidado, numa base comparável, aumentou 15% em 2003, para 97 milhões de euros.

• As receitas do Clix diminuíram em cerca de 6%, para 34 milhões euros, devido ao ambiente regulatório adverso. Esta redução foi compensada dentro da área de Internet e Media por um acréscimo de 27% da contribuição para o volume de negócios consolidado do Público, para 52 milhões de euros. Esta performance foi determinada pelo sucesso das vendas de produtos associados.

• A contribuição para o volume de negócios consolidado da área de S&SI aumentou 40%, numa base anual. Estes valores não são comparáveis atendendo à transferência, referida anteriormente, do negócio de venda de equipamento informático da Novis para a área de S&SI. A contribuição desta área, numa base comparável, diminuiu 6.7% para 28 milhões de euros.

CUSTOS OPERACIONAIS

Foram efectuados esforços significativos durante 2003 para conter e reduzir custos. Os custos operacionais totais consolidados diminuíram para 567 milhões de euros, face a 606 milhões de euros em 2002, o que se traduz numa redução de cerca de 6%.

O total dos custos operacionais, excluindo o custo das mercadorias vendidas e consumidas, em percentagem do volume de negócios diminui de 77% em 2002 para 68% em 2003.

(21)

21 19 24 31 95 24 17 23 47 111 142 159 152 153 606 138 144 155 130 567 163 178 176 184 701 162 161 178 177 679 1T02 2T02 3T02 4T02 2002 1T03 2T03 3T03 4T03 2003 CMVC OPEX ex CMVC OPEX Consolidado Milhões de Euros -3%

As principais reduções de custos registaram-se em Custos com Pessoal, Fornecimentos e Serviços Externos e em Custos de Interligação e Circuitos Alugados, que sofreram uma redução de 7%, 6% e 4%, respectivamente, face aos níveis de 2002.

EBITDA

Os resultados consolidados da Sonaecom em 2003 reflectem o sucesso conseguido no balanceamento entre um crescimento mais lento das receitas e as reduções de custos e melhorias de processos de negócio. Como consequência, o EBITDA consolidado praticamente duplicou em 2003, de 72 milhões de euros para 146 milhões de euros (aumento de 103%).

Em percentagem do volume de negócios consolidado, a margem EBITDA foi de 17% em 2003, face a 9% em 2002. 12 19 24 16 72 30 34 45 37 146 1T02 2T02 3T02 4T02 2002 1T03 2T03 3T03 4T03 2003 EBITDA Consolidado Milhões de Euros +138% +81% +88% Trimestre homólogo 2002 +126% +103%

(22)

O quadro abaixo explicita as principais contribuições para o EBITDA consolidado durante 2003 e reflecte não só o significativo contributo positivo da Optimus como também a considerável melhoria da performance da Novis, Clix e Público:

Milhões de Euros

Contributos para EBITDA Consolidado 2002 2003 ▲%

Optimus 111 150 35% Novis (25) (3) 88% Clix (5) (1) 80% Público (2) 2 200% S&SI 5 5 0% Outros* (12) (7) 42% Total 72 146 103%

Outros inclui contributos da Sonaecom Holding, Matrix e activos de empresas que operam na Internet

AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES

O montante total de amortizações e depreciações atingiu 129 milhões de euros, representando cerca de 15% no volume de negócios consolidado. Este nível é semelhante ao registado em 2002 (16% do volume de negócios).

RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS

Os Resultados antes de impostos consolidados melhoraram em 81 milhões de euros para um valor negativo de 8 milhões de euros.

Os resultados financeiros no segundo semestre de 2003 foram afectados pelo refinanciamento da dívida da Optimus (ver secção sobre financiamento). A Optimus refinanciou em Julho de 2003 a totalidade das suas linhas de crédito, o que permitiu uma melhoria significativa do perfil global do endividamento da Sonaecom.

No final de 2003, 88% do endividamento bruto consolidado era amortizável apenas a médio e longo prazo, face a 61% no final de 2002. O refinanciamento da Optimus foi conseguido com um custo adicional em termos de spread de taxa de juro o que determinou um acréscimo dos custos financeiros, parcialmente compensado por uma redução das taxas de juro de mercado (taxas Euribor) e por um menor montante de endividamento bruto.

As provisões para Investimentos Financeiros foram substancialmente inferiores em relação às registadas no ano anterior. Em 2003 foram efectuadas provisões no montante total de 4.4 milhões de euros para investimentos em activos das áreas de capital de risco e de Internet (2.2 milhões de euros para o investimento na Despegar e 2 milhões de euros para a Investimento Directo), o que compara com provisões de 11,3 milhões de euros registadas em 2002 para estes activos.

(23)

RESULTADOS LÍQUIDOS

Os resultados líquidos antes de interesses minoritários melhoraram em 79 milhões de euros para um valor negativo de 19 milhões de euros. Esta melhoria foi justificada pelo significativo acréscimo no EBITDA (+74 milhões de euros) e pelo menor nível de provisões para investimentos financeiros (-7 milhões de euros).

A taxa de impostos sobre os lucros em Portugal foi reduzida para 27.5% em 2004 (face a 33% em 2003). Como tal, a Sonaecom teve de reconhecer essa redução nos Impostos Diferidos Activos, registados no Balanço, e de registar o correspondente custo na sua Demonstração de Resultados no montante total de aproximadamente 15,7 milhões de euros. Adicionalmente, foi reconhecida uma perda de imparidade no montante de 3.9 milhões de euros relacionada com os

Impostos Diferidos Activos acumulados da subsidiária Clix. Foram ainda

registados Impostos Diferidos Activos na Optimus, no valor de 18 milhões de euros, gerados aquando da transição para IAS mas entretanto não registados, por razões de prudência que neste momento não se justificam, atenta a evolução mais favorável do que previsto dos resultados apresentados por esta filial e das previsões de resultados futuros, que permitirão a utilização dos créditos fiscais correspondentes. No entanto, o impacto líquido na rubrica de Impostos sobre lucros da Demonstração de Resultados de 2003 foi compensado pela utilização da

“valuation allowance4” na Optimus.

As contribuições para os Resultados Líquidos consolidados são explicitadas no quadro abaixo:

Milhões de Euros

Contributos para o Resultado Líquido

Consolidado 2002 2003 ▲% Optimus (8) 12 250% Novis (29) (12) 59% Clix (2) (4) -100% Público (3) 0 100% S&SI 3 1 -67% Outros* (26) (16) 38% Total (65) (19) 71%

Outros inclui contributos da Sonaecom Holding, Matrix e activos de empresas que operam na Internet

INVESTIMENTO EM ACTIVOS FIXOS

Ao longo do exercício de 2003, o Investimento em activos fixos consolidado atingiu cerca de 123 milhões de euros, o que representou uma redução de 3% face ao registado no ano de 2002. Para esta redução contribuíram, basicamente, dois factores: em primeiro lugar, a Optimus não teve de investir fortemente na implementação da sua rede UMTS durante o ano de 2003 e, em segundo lugar, o investimento da Novis foi significativamente mais baixo do que o registado em anos anteriores, uma vez que completou a implementação da sua rede em Fevereiro de 2003.

(24)

Milhões de Euros

Contributos para Investimento

Consolidado 2002 2003 ▲% Optimus 92 110 20% Novis 27 10 -63% Clix 1 -100% Público 2 -100% S&SI 1 2 100% Outros* 4 1 -75% Total 127 123 -3% .

Outros inclui contributos da Sonaecom Holding, Matrix e activos de empresas que operam na Internet

A maior parte do investimento do Grupo Sonaecom foi efectuado pela Optimus, atingindo o valor de 110 milhões de euros. No entanto, neste valor estão incluídos os activos adquiridos à Oniway ao abrigo do acordo assinado em 2002 entre esta e os três operadores móveis Portugueses (incluindo a Optimus), pelo montante de 38,8 milhões de euros. Daquele montante, 33 milhões de euros são neutros em termos de FCF, pois o correspondente investimento em activos fixos é compensado por um aumento nos fornecedores de imobilizado (o pagamento será devido a partir do início de 2005). O restante investimento em activos fixos do Grupo foi essencialmente associado à manutenção/desenvolvimento da sua rede, projectos de TI e, no caso da Novis, à implementação de acessos locais para novos clientes a partir da segunda metade do ano.

FCF

Ao longo do exercício de 2003, a Sonaecom gerou, pela primeira vez, um FCF (FCF depois de custos financeiros) positivo de 35 milhões de euros, representando uma melhoria de cerca de 90 milhões de euros comparada com 2002. A geração crescente de fundos foi possível devido à forte performance operacional, ao reduzido investimento em activos fixos e à melhoria na gestão do fundo de maneio.

(43) (23) (12) 23 (55) (4) (5) 9 35 35 1T02 2T02 3T02 4T02 2002 1T03 2T03 3T03 4T03 2003 FCF Consolidado Milhões de Euros + 90 milhões de euros

(25)

Embora a Optimus tenha sido a principal geradora de cash-flow, o Público e a área de S&SI geraram FCF positivo enquanto que tanto a Novis como o Clix reduziram significativamente o FCF negativo e estão no bom caminho para atingir o break

even.

FINANCIAMENTO E ESTRUTURA DE CAPITAIS

Durante o ano, a principal fonte de financiamento do Grupo foi o FCF positivo gerado. A Dívida Líquida da Sonaecom reduziu em 34 milhões de euros (de 370 milhões de euros em 2002 para 336 milhões de euros em 2003) consequência do FCF positivo gerado em 2003 (35 milhões de euros). Os accionistas minoritários das empresas operacionais contribuíram com 6,5 milhões de euros (consequência do aumento de empréstimos de accionistas da Novis e do Clix) o que também permitiu uma redução do endividamento consolidado líquido da Sonaecom, compensando em parte a redução de liquidez resultado da exclusão da Investimento Directo do perímetro de consolidação.

336 370 1 -7,5 6,5 35 Dívida Líquida 2002 Free Cash Flow Fundos de Minoritários Exclusão da Investimento Directo Outros Dívida Líquida 2003

Em Julho de 2003, a Optimus concluiu com um Sindicato Bancário Internacional a negociação e assinatura de um contrato de financiamento, através de dívida sénior, no montante de 575.000.000 Euros, por um prazo de 8 anos. Este financiamento bancário sindicado destinou-se à substituição dos contratos de dívida existentes (nomeadamente o financiamento sindicado de 400 milhões de euros contratado em 1999 e os financiamentos intercalares de 100 milhões de euros contratados em 2000, destinados ao pagamento da licença UMTS) e providencia fundos suficientes para financiar o seu actual plano de negócios, incluindo a implementação do UMTS.

As condições do novo financiamento seguem de perto as transacções concluídas em 2001 por outros operadores móveis europeus independentes explorando redes 2G com opção de desenvolvimento de negócio em UMTS (tendo como objectivo atingir o rácio de alavancagem financeira de 55/45 (endividamento/capitais próprios)). O spread do financiamento é de 225 pontos percentuais mas pode diminuir até 75 pontos percentuais à medida que o rácio Endividamento Bruto/EBITDA for reduzindo. Consequentemente, em Julho de 2004 o spread será reduzido para 185 pontos percentuais. Adicionalmente, foi concedido um período de carência de 3 anos para as amortizações de capital. Em resultado do refinanciamento da dívida da Optimus, o perfil da dívida da Sonaecom melhorou significativamente. No final de 2003, 88% do endividamento bruto da Sonaecom era de longo prazo comparado com 61% no final de 2002.

(26)

Existiam outras linhas de crédito na Sonaecom a 31 de Dezembro de 2003: 50 milhões de euros na Novis (46,6 milhões de euros utilizados), 4,2 milhões de euros no Público (3,4 milhões de euros utilizados) e 1 milhão de euros na Enabler (não utilizado).

A liquidez da Sonaecom SGPS continua a ser a principal fonte de financiamento de algumas empresas do grupo Sonaecom, nomeadamente aquelas cujo valor de EBITDA e de FCF ainda não é suficiente para cobrir o recurso a financiamento externo ao accionista.

Alterações na liquidez da Sonaecom SGPS milhões de Euros

Liquidez da Sonaecom SGPS em 2002.12.31 89,8

Subscrição de Capital e Prestações Acessórias (7,1)

Aquisição da Miauger à Matrix (4,4)

Prestações Suplementares à Novis (2,7)

Suprimentos Líquidos devolvidos/(concedidos) (5,9)

Novis 1,0

Sonae Telecom BV 35,8

Sonae Matrix (76,9)

Sonae Com Sistemas de Informação 34,2

Empréstimos de Empresas do Grupo (1,2)

Pagamento de Dívida Bancária (0,3)

Movimentos Financeiros da Sonaecom 5,2

Juros pagos (0,3)

Juros recebidos 6,4

Receitas operacionais 4,7

Despesas operacionais e outras (5,6)

Total de movimentos do período (9,3)

Liquidez da Sonaecom SGPS em 2003.12.31 80,5

Ao longo do exercício de 2003, a Sonaecom viu a sua posição de liquidez diminuir em 9,3 milhões de euros o que compara com uma diminuição de liquidez de 21,6 milhões de euros durante 2002. Este valor representa até à data a menor diminuição de liquidez anual, reflectindo assim as significativas melhorias operacionais e a consequente performance em termos de FCF nas empresas da Sonaecom.

Esta evolução explicou-se principalmente pela aumento líquido de empréstimos accionistas da Sonaecom subordinados e não subordinados, efectuados às suas subsidiárias (a soma das Prestações Acessórias concedidas de 7,1 milhões de euros e dos Suprimentos recebidos / concedidos de 5,9 milhões de euros):

Suprimentos e Prestações Acessórias milhões de Euros

Suprimentos concedidos à Novis (convertidos em prestações acessórias) (6,7)

Suprimentos concedidos ao Clix (1,8)

Opção de compra de 6% da Retailbox (1,5)

Aumento de Capital na Altitude (1,0)

Devolução de Empréstimos pelo Público 2,9

Para financiamento de custos operacionais e financeiros de empresas do grupo (4,9)

Total (13,0)

A redução de liquidez da Sonaecom explica-se também pela redução em 1,2 milhões de euros das aplicações de tesouraria das subsidiárias da Sonaecom à Sonaecom SGPS.

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A actividade operacional da Sonaecom SGPS gerou ainda 5,2 milhões de euros de entrada de fundos a qual compensou em parte os efeitos dos empréstimos accionistas concedidos e a diminuição das aplicações de tesouraria. A principal fonte de entrada de fundos foram os juros recebidos, os quais atingiram quase 6,4 milhões de euros em 2003.

ESTRUTURA DE CAPITAL

Como consequência da boa performance operacional, da geração de fundos e do refinanciamento na Optimus a estrutura de capital consolidada da Sonaecom melhorou significativamente, tal como se pode verificar no quadro abaixo:

Milhões de Euros

Estrutura de Capital Consolidada 2002 2003 ▲%

Dívida Bruta Consolidada 509 480 -6%

Liquidez 132 144 9%

Dívida Líquida Consolidada 377 336 -11%

Capitais Próprios + Interesses Minoritários 417 403 -3%

Dívida : Capitais Próprios (Debt : Equity) 55,0% 54,3% -1%

No final de 2003, o Endividamento Bruto Consolidado foi de 480 milhões de euros, 6% menos do que no final do ano anterior. A Liquidez Consolidada, no final de 2003, foi de 144 milhões de euros e como tal o Endividamento Líquido Consolidado diminuiu para 336 milhões de euros, comparativamente com 377 milhões de euros no final de 2002.

A acima mencionada melhoria no endividamento e o aumento da rentabilidade operacional originaram uma melhoria significativa dos rácios de estrutura de capital e da capacidade para cumprir com as obrigações financeiras:

• Endividamento Bruto : Capitais Próprios diminuiu de 55% para 54% • Endividamento Líquido / EBITDA melhorou de 5,3x para 2,3x

• Rácio de cobertura de juros (EBITDA / Juros Pagos) aumentou de 3,9x para 9.4x 10,9 x 4,9 x 5,8 x 3,2 x 2,8 x 2,1 x 2,3 x 7,4 x 5,3 x* 2,3 x* 1T02 2T02 3T02 4T02 2002 1T03 2T03 3T03 4T03 2003 Redução de 56%

Dívida Líquida /EBITDA anualizado (x4)

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O total de juros pagos em 2003 diminuiu 15% para 15,5 milhões de euros comparativamente com 18,2 milhões de euros em 2002, como resultado de menores custos financeiros no primeiro semestre de 2003, antes do refinanciamento da Optimus e do menor endividamento bruto em 2003 comparativamente com 2002. O rácio de cobertura de juros melhorou 138% devido à melhoria significativa no EBITDA e à diminuição dos custos financeiros.

2,7 x 4,1 x 5, x 3,9 x 7,6 x 9,4 x 11,5 x 9,0 x 9,4 x 3,9 x , x 2, x 4, x 6, x 8, x 10, x 12, x 1T02 2T02 3T02 4T02 2002 1T03 2T03 3T03 4T03 2003

Rácio de Cobertura de Juros (EBITDA / Juros Pagos)

+ 138 %

PLANOS DE OPÇÕES SOBRE ACÇÕES

Em Dezembro de 2003, a Sonaecom assinou um acordo com a Sonae Investments BV abrangendo a execução e cobertura dos seus Planos de Stock

Options e responsabilidades associadas. O acordo estipula que a responsabilidade

total da Sonaecom ao abrigo dos referidos Planos é fixada a um preço máximo por acção de 2,25 euros (acrescido de juros em pagamentos que sejam diferidos). A responsabilidade total perante a Sonae Investments BV em 31 de Dezembro de 2003 no montante de 7,72 milhões de euros está incluída nas Contas Consolidadas. No anexo sobre práticas relativas ao governo das sociedades é fornecida informação com maior detalhe sobre os Planos de Opções sobre

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4. Inovação e Desenvolvimento na Sonaecom

A Sonaecom dedica bastante tempo e recursos à área de investigação e desenvolvimento (I&D) e da qualidade. Em 2003, a Sonaecom investiu cerca de 10 milhões de euros em actividade relacionadas com I&D.

I&D é visto na Sonaecom como uma forma de desenvolver uma vantagem competitiva sustentada e assim compreender inovações tecnológicas e avaliar o seu potencial para desenvolver novos negócios e serviços com valor acrescentado para o cliente. O compromisso da Sonaecom em termos de I&D estende-se também à melhoria contínua de processos e procedimentos de negócio.

Os projectos de I&D na Sonaecom dividem-se genericamente em 2 categorias: Projectos de Análise: aqueles que investigam o potencial de novas tecnologias; • • • • • • • • • •

Projectos de Desenvolvimento: aqueles que implementam novas tecnologias. Devido à natureza do seu negócio, os Projectos de Desenvolvimento na Sonaecom tendem a ser mais numerosos que os Projectos de Análise. Enquanto empresa prestadora de serviços, a Sonaecom tende a implementar os resultados de projectos de investigação realizados pelos seus fornecedores no sentido de responder ou antecipar necessidades dos seus clientes. Foram realizados alguns projectos de desenvolvimento para melhorar e facilitar os processos em áreas de apoio ao cliente tais como facturação electrónica, comunicação com agentes e apoio ao cliente online.

Em 2003, alguns dos principais projectos de investigação realizados pela Sonaecom foram :

Análise do potencial do WAP 2.0 enquanto forma de melhorar a qualidade dos serviços móveis;

Análise de diversas tecnologias wireless para garantir o acesso à Internet sem fios, incluindo FWA, UMTS e WiFi, este último englobando também WLANs sobre a rede da Optimus;

Análise da desagregação do lacete local como forma de garantir o acesso à Internet ao cliente final sem dependência da infra-estrutura do incumbente, utizando em particular tecnologia SHDSL.

Análise de tecnologia de base do cabo em termos de utilização de espectro, padrões de desenvolvimento standard, tecnologias emergentes, arquitectura da rede e escalonamento de comparáveis, standards de nova geração.

Soluções de Voice over IP para cabo e cobre;

Análise de soluções de televisão e Video over DSL, como uma consequência natural do aumento de largura de banda para o cliente final;

Análise do potencial de “Video on demand”, vídeo-conferências e vídeo telefonia sobre DSL;

Os projectos de desenvolvimento executados na Sonaecom em 2003 incluíram: Projectos de serviço ao cliente relacionados com a melhoria do circuito de processos pós venda, interface de comunicação com agentes e substituição de facturas tradicionais por facturas electrónicas;

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Desenvolvimento pela Enabler de novas soluções de Software para o sector do retalho tais como o “Target Markdown” (optimização da gestão de produtos com tempo de exposição limitado), “Target Supplier Billing” (uma plataforma para melhorar a interacção de planeamento com fornecedores), “Bumblebee” (uma plataforma B2B para retalhistas no sector da moda) e “Grocer” (uma plataforma que junta funcionalidades de comércio electrónico à experiência de compra na loja física com recurso a equipamento terminal tipo PDA e a comunicações sem fios);

• • • • • • •

Lançamento de novas versões de software da WeDo:”RAID” (Revenue Assurance Integrity Driller), “CMS” (Commissions Management System), “RMS” (Roaming Management System) and “ICS” (Integrated Collection System); Implementação, na Optimus, de novos projectos geradores de receitas, tais como o Optimus Zone (um portal de Internet móvel optimizado para WAP 1.2.1), equipamento terminal com conteúdos vídeo e um novo sistema de billing para novos e mais complexos planos tarifários;

Desenvolvimento de projectos estruturais para melhorar processos em áreas como o roaming, facturação e funções administrativas;

Desenvolvimento pela Optimus de uma série de novos projectos que visam promover a oferta integrada de produtos de dados para o segmento empresarial tais como : “SMS PRO Webservices” (integração fácil das funcionalidades de messaging sobre sms, característica do SMS-Pro, nas aplicações informáticas dos clientes empresariais); “Geo SMS” (Permite a gestão em tempo real, sobre interface Web, de recursos móveis das empresas (telemóveis ou módulos de comunicação) nomeadamente: localização, atribuição eficiente de tarefas e controlo de percursos/rotas; “PC Connection” (Placa PCMCIA, com software plug&play e interface simples e intuitivo, para comunicações de dados (Internet, mail, intranet), SMS e fax, sem fios, a partir de qualquer computador portátil, com redução média de 70% no custo de

acesso à Internet); “M-Office” (Para acesso às funcionalidades do Outlook® a

partir de qualquer telemóvel Optimus); Sales Force Automation Solution (software de gestão e PDA com comunicações GSM/GPRS da Optimus).

Desenvolvimento do portal Clix para telemóveis;

Lançamento do Clix Rapidix em consequência do trabalho de investigação sobre todos os aceleradores possíveis para fornecer acesso à Internet de alta velocidade a utilizadores com modem.

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5. Regulação

O sector português das telecomunicações não é um mercado competitivo. Apenas o mercado móvel poderá ser considerado competitivo face à existência de três operadores dinâmicos e inovadores. Em relação aos restantes mercados potenciais, comunicações fixas e Internet, a possibilidade de desenvolvimento de concorrência tem vindo a ser estrangulada e em alguns casos, mesmo impedida, face ao sucesso do operador incumbente em eliminar a concorrência por via de práticas agressivas de esmagamento de margens. A situação torna-se ainda mais grave à luz da falta de vontade do Regulador para alterar esta situação.

A Portugal Telecom domina as duas redes de acesso local – cobre e cabo, o que faz com que os operadores alternativos estejam na dependência das suas ofertas grossistas ou então de uma regulação clara do processo de desagregação do lacete local, por forma a poderem alcançar o cliente final.

Na posição de claro domínio que tem sobre as redes de acesso local, tem sido possível ao Grupo PT definir não só os preços de venda ao consumidor através das suas ofertas comerciais, como também os preços das ofertas grossistas através das suas actividades de revenda. O resultado mais relevante desta situação é a perpetuação de uma prática sistemática de esmagamento de margens por parte do incumbente. No caso do mercado do acesso residencial à Internet, a prática tem sido de tal forma abusiva que dois dos principais ISPs do mercado, o Clix e o IOL, viram-se forçados a abandonar as suas ofertas de ADSL para novos clientes.

No mercado móvel existe ainda o risco latente do incumbente também assumir uma posição de domínio, principalmente com o surgimento de novas aplicações e conteúdos móveis para banda larga através do chamado “efeito de rede”. Este efeito, provocado pela elevada discriminação praticada pelo incumbente para chamadas a terminarem dentro e fora da própria rede e ainda pelo alto nível de preços de interligação móvel-móvel, constitui uma barreira artificial à concorrência que beneficia o operador incumbente em detrimento dos operadores mais pequenos.

A situação tornou-se insustentável, e é agravada pelo facto da ANACOM não ter demonstrado vontade ou capacidade para impedir este tipo de comportamento por parte do operador incumbente o que faz com que o mercado gradualmente vá perdendo competitividade e regredindo para uma situação de monopólio do Grupo PT, semelhante à que existia antes de 2000.

Tendo recorrido de todas as formas ao seu alcance junto da entidade reguladora do sector em Portugal, num esforço para proteger o seu direito de actuar num mercado livre de barreiras á concorrência, a Sonaecom apresentou queixas formais na recentemente criada Autoridade da Concorrência (AC) a denunciar o sistemático abuso de posição dominante por parte do Grupo PT particularmente no mercado de acesso de banda larga e no mercado de conteúdos. A Sonaecom fez ainda uma aproximação informal ao Comissário Europeu com a responsabilidade pela Sociedade de Informação no sentido de denunciar os problemas estruturais que actualmente persistem no sector português das telecomunicações.

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