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SÍNTESE DAS AÇÕES CIVIS PÚBLICAS JULGADAS PELO STJ EM 2014.

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SÍNTESE DAS AÇÕES CIVIS PÚBLICAS

JULGADAS PELO STJ EM 2014.

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 231.561 – MINAS GERAIS

Relator: Ministro Herman Benjamin. Data do julgamento: 16.12.14.

(...) A delimitação e a averbação da Reserva Legal configuram dever do proprietário ou adquirente do imóvel rural, independentemente da existência de florestas ou outras formas de vegetação nativa na gleba. Outrossim, constitui obrigação do proprietário ou adquirente tomar as providências necessárias à restauração ou à recuperação das formas de vegetação nativa para se adequar aos limites percentuais previstos nos incisos do art. 16 do Código Florestal

Em matéria ambiental, a adoção do princípio tempus regit actum impõe obediência à lei em vigor quando da ocorrência do fato ilícito.

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.421.163 – SÃO PAULO

Relator: Ministro Humberto Martins. Data do julgamento: 06.11.14.

As infrações ao meio ambiente são de caráter continuado, motivo pelo qual as ações de pretensão de cessação dos danos ambientais são imprescritíveis.

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.396.306 - PERNAMBUCO

Relator: Ministro Mauro Campbell Marques. Data do julgamento: 14.10.14.

“1. O Tribunal local, ao examinar a demanda, entendeu que o IBAMA não ostentava interesse de agir para propor a ação civil pública porque se destinava esta a ultimar providência a qual podia ser acolhida na esfera administrativa, razão por que não cumpria ao Poder Judiciário intervir no feito. 2. A simples possibilidade do exercício do poder de polícia estatal e da executoriedade dos atos administrativos, caso se prestasse a impedir o acesso ao Poder Judiciário, excluiria per se toda e qualquer demanda ajuizada por ente público, porque a propedêutica do direito administrativo atribui o predicado da autoexecutoriedade, em tese, a todo ato administrativo, assim como o poder de polícia constitui-se como prerrogativa inerente e estrutural da Administração Pública.

3. A conclusão, portanto é de que a utilização dessa premissa para justificar a ausência de interesse de agir é inexoravelmente equivocada, certo de que esta condição para o exercício do direito de ação implica apenas e tão-somente a exigência de que o sujeito ostente a necessidade do provimento judicial para repelir a resistência à sua pretensão e, ainda, que se utilize do meio processual adequado para tanto.”

RECURSO ESPECIAL Nº 1.382.999 – SANTA CATARINA

Relator: Ministro Humberto Martins. Data do julgamento: 19.08.14.

“3. O Superior Tribunal de Justiça tem externado o entendimento de que as ações de obrigação de fazer podem ser cumuladas com as indenizatórias; e que nem sempre a recomposição da área

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degradada ou o saneamento do dano provocado ilide a necessidade de indenização. Todavia, esse entendimento não implica a conclusão de que, sempre, será devida a indenização, pois, quando é possível a completa restauração, sem que se verifique ter havido dano remanescente ou reflexo, não há falar em indenização.”

RECURSO ESPECIAL Nº 1.307.938 - GOIÁS

Relator: Ministro Benedito Gonçalves. Data do julgamento: 16.06.14.

“4. A jurisprudência do STJ está firmada no sentido de que a necessidade de reparação integral da lesão causada ao meio ambiente permite a cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar. Precedentes (...).”

RECURSO ESPECIAL Nº 1.172.553 - PARANÁ

Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima. Data do julgamento: 27.05.14.

“2. A melhor exegese a ser dispensada ao art. 1º da Lei 7.990/89 é a de que a compensação financeira deve se dar somente pela utilização dos recursos hídricos, não se incluindo eventuais danos ambientais causados por essa utilização. “

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 490.601 – MATO GROSSO

DO SUL

Relator: Ministro Humberto Martins. Data do julgamento: 15.05.14.

“2. É sabido que as medidas liminares de natureza cautelar ou antecipatória são conferidas à base de cognição sumária e de juízo de mera verossimilhança. Por não representarem pronunciamento definitivo, mas provisório, a respeito do direito afirmado na demanda, são medidas, nesse aspecto, sujeitas à modificação a qualquer tempo, devendo ser confirmadas ou revogadas pela sentença final. Em razão da natureza precária da decisão, em regra, não possuem o condão de ensejar a violação da legislação federal. Incidência, por analogia, da Súmula 735/STF: ‘não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar”.

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.415.062 - CEARÁ

Relator: Ministro Humberto Martins. Data do julgamento: 13.05.14.

“1. Em ação civil pública ambiental, é admitida a possibilidade de condenação do réu à obrigação de fazer ou não fazer cumulada com a de indenizar. Tal orientação fundamenta-se na eventual possibilidade de que a restauração in natura não se mostre suficiente à recomposição integral do dano causado.”

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RECURSO ESPECIAL Nº 1.383.707 – SANTA CATARINA

Relator: Ministro Sérgio Kukina. Data do julgamento: 08.04.14.

“(...) 3 - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que, nas ações civis públicas por danos ambientais e urbanísticos, a regra geral é a do litisconsórcio facultativo.

4 - No caso dos autos, porém, a exordial da ação civil pública dá conta de que os supostos danos ambientais foram provocados, por mão própria, pelas empresas locatárias dos denominados ‘postos de praia’. Dito por outro modo: de acordo com a petição inicial, as empresas locatárias são agentes diretos da relatada degradação ambiental.

5 - Ademais, a efetividade da prestação jurisdicional buscada pelas associações autoras da ação civil pública pressupõe a participação das empresas locatárias na lide. Com efeito, a relação jurídica em exame não comporta solução diferente em relação aos seus partícipes, pois será impossível determinar, às partes que até o presente momento ocupam o polo passivo da demanda, a adoção das providências pleiteadas na exordial sem afetar, diretamente, o patrimônio jurídico e material das empresas que efetivamente exploram os postos de praia (as locatárias).

6 - O acórdão recorrido, ao desconsiderar essas particularidades do caso e concluir pela não configuração do litisconsórcio necessário, acabou por violar o art. 47 do CPC.”

A seguir, apresentamos a estatística dos vários assuntos tratados pelo STJ em 2014 envolvendo Ações Civis Públicas.

Importante observar que, para a compilação de dados e melhor didática, foram considerados os vários assuntos tratados num mesmo acórdão. Por essa razão, o número final de dados é maior que o número de acórdãos. 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 7% 5% 5% 7% 21% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%

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SÍNTESE DAS AÇÕES CIVIS PÚBLICAS JULGADAS

PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 2014

21% Questões processuais diversas. Não cabimento de REsp, matéria constitucional não submetida ao STF, Óbice ao REsp em razão da impossibilidade de revolver matéria fática etc. 7% Imposição de obrigação de fazer ao Poder Público. Cabimento.

7% Possibilidade de cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar.

5% Loteamento clandestino.

5% Acordo judicial com Ministério Público. Cumprimento.

2% Discussão sobre legitimidade do IBAMA para propor ACP para obrigar o licenciamento ambiental, constituir Reserva Legal e cessar atividade agrícola em APP. Legitimidade acolhida. 2% A constituição de Reserva Legal constitui obrigação do proprietário ou adquirente.

2% A Reserva Legal deve ser constituída independentemente da existência de florestas ou outras formas de vegetação nativa no imóvel.

2% Constitui obrigação do proprietário ou adquirente tomar as providências necessárias à restauração ou à recuperação das formas de vegetação nativa para se adequar aos limites percentuais previstos nos incidos do art. 16 do Código Florestal.

2% Em matéria ambiental, a adoção do princípio tempus regit actum impõe obediência à lei em vigor quando da ocorrência do fato ilícito. 2% Lançamento de óleo ao mar.

2% A revisão dos valores fixados a título de indenização por danos morais no STJ somente é admissível quando o montante for exorbitante ou irrisório.

2% É inviável analisar a presença dos requisitos de fumus boni iuris e do periculum in mora em sede de REsp ante o óbice da Súmula 7/STJ.

2% A Lei 8.437/1992 deve ser interpretada restritivamente quanto à vedação de concessão de medidas liminares de caráter satisfativo, sendo tais medidas cabíveis quando há o fumus boni iuris e o periculum in mora, com o intuito de resguardar bem maior. 2% A jurisprudência do STJ tem mitigado, em hipóteses excepcionais, a regra que exige a oitiva prévia da pessoa jurídica de direito público nos casos em que presentes os requisitos legais para a concessão de medida liminar em ação civil pública (art. 2º da Lei 8.437/92). 2% Deslizamento de encontas.

2% A regra geral é do litisconsórcio facultativo. Mesmo havendo múltimos agentes poluidores não há obrigatoriedade de formação do litisconsórcio. O autor pode demandar qualquer um deles, isoladamente ou em conjunto, pelo todo. 2% As infrações ao meio ambiente são de caráter continuado. Por essa razão, as ações de pretensão de cessação dos danos ambientais são imprescritíveis.

2% Apesar da regra geral do litisconsórcio passivo facultativo, o litisconsórcio transforma-se em necessário quando ocorre a particularidade de se conhecer o causador do dano, o agente direto da degradação ambiental.

2% Impossibilidade da análise dos critérios adotados pela instância ordinária para a concessão ou não da liminar ou antecipação de tutela. 2% Não cabe Recurso Especial contra acórdão que defere medida liminar.

2% Analisar valor da multa implica revolver matéria fática.

2% A compensação ambiental da Lei 7.990/89 deve se dar somente pela utilização dos recursos hídricos,

não se incluindo eventuais danos ambientais causados por essa utilização.

2% Provimento para deferir a realização de prova.

2% O MP tem legitimidade proteger o meio ambiente, exigir a recomposição do dano causado pela ocupação irregular e tutelar direitos individuais homogêneos daquele grupo de pessoas que estão vivendo em área de encosta, correndo sério risco de vida. 2% Decisão interessante pela má redação: Responsabilidade objetiva pelos atos que desrespeitam as normas ambientais “mormente quando comprovado o nexo causal entre a conduta e o dano”.

2% Edificação em APP. Aspectos intertemporais do Código Florestal.

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BELO HORIZONTE - MG

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BRASÍLIA - DF

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