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1. Imposto de Importação e Exportação:

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DIREITO TRIBUTÁRIO

DIREITO TRIBUTÁRIO

PONTO 1: Imposto de Importação e Exportação

PONTO 2: Normas de Competência dos Impostos Federais PONTO 3: Imposto sobre Operações Financeiras

PONTO 4: Imposto de Produtos Industrializados

1. Imposto de Importação e Exportação:

Os impostos de Importação e Exportação referem-se como tributos do comércio exterior. Estão inseridos na sistemática do direito aduaneiro que transcendente o direito tributário porque o direito aduaneiro é o conjunto de princípios e regras que visam disciplinar a política aduaneira.

A política aduaneira é a intervenção estatal do tráfego econômico e internacional de bens e serviços, tentando controlar o tráfego para fins de submetê-los ao interesse público. Política Aduaneira são várias disciplinas do direito que se interligam, se complementam, direito comercial, administrativo, penal, internacional e tributário.

Por exemplo: direito penal. Contrabando – é a importação de mercadoria proibida. Descaminho – importação que se utiliza de um artifício fraudulento para elidir o pagamento do tributo devido.

Imposto de Importação é um dos tributos mais antigos que existem, eram cobrados pelos senhores feudais. O termo Alfândega (origem árabe - Al-fundua = hotel) e Aduana.

► Imposto de Importação – art. 153, I, CF:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros.

Importação é ato de trazer para o território nacional determinado produto para fins de incorporação na economia interna. Não basta o mero ingresso físico, deve haver o elemento volitivo – vontade de incorporar o bem na economia nacional.

Produto – termo amplo que engloba tanto mercadoria quanto qualquer outro bem.

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DIREITO TRIBUTÁRIO ► Exportação – art. 153, II, CF:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

A redundância exportação para exterior tem fundamento histórico, devido a primeira Constituição Republicana do Brasil, na qual se postulou pela cobrança de imposto de exportação sobre a operação interestadual.

As Constituições posteriores colocaram as normas de competência apenas imposto de exportação de produtos para fora do exterior.

Produto nacional: fabricado no Brasil.

Produto nacionalizado – de origem estrangeira, mas foi objeto de embaraço aduaneiro, ou seja, foi objeto de exportação irregular.

Esses dois impostos (importação e exportação) têm uma finalidade extrafiscais acentuada, principalmente os impostos de exportação, cuja finalidade arrecadatória é nula. Ex: uso da alíquota que se pode reduzi-la para obter objetivo econômico.

Extrafiscalidade – refere-se em se obter com a alíquota um objetivo não-tributável. Estimular um comportamento desejável ou inibir um comportamento indesejável.

São impostos seletivos, ou seja, a incidência tributária observa a qualidade do bem. Leva-se em conta o objeto da tributação. Os produtos essenciais não são tributados ou com alíquotas baixas. Os produtos supérfluos são tributados com uma alíquota mais elevada.

Quanto ao imposto de importação, além da finalidade extrafiscal e seletivo é indireto porque a carga tributária será suportada por um terceiro.

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DIREITO TRIBUTÁRIO ► Imposto de Importação:

Art. 19, CTN: “O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.”

O Produto pode ser tanto produto tangível quanto intangível.

Art. 155, §3º, CF: “À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.”

Ou seja, somente para essas operações ICMS, II e IE.

Fato gerador: é a entrada do produto no território geográfico (território nacional = território geográfico).

A entrada (fato gerador) será mensurada pelo registro da declaração de importação – formulário eletrônico preenchido pelo importador ou despachante aduaneiro que contém todas as informações da operação de importação – momento em que se tem alíquota.

O art. 19 do CTN não colide com o art. 23 do Decreto-Lei 37/66, o qual foi recepcionado pela CF.

Art. 23 do Decreto-Lei 37/66: “Quando se tratar de mercadoria despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro, na repartição aduaneira, da declaração a que se refere o artigo 44.”

Entendimento Sumulado pelo TRF da 4ª Região.

Operação de Importação:

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qual acordam fazer a operação, definem o valor, meio de pagamento e transporte. O meio de pagamento dependerá do relacionamento preexistente entre as partes.

Quando há confiança entre as partes se faz pagamento antecipado e celebra um contrato tipo 02 num banco autorizado a operar em câmbio. O contrato de câmbio tipo 02 é um contrato em que o brasileiro adquire, por meio do Banco Central, Dólares ou Euros que serão transmitidos por este banco para o banco do exportador estrangeiro. No momento em que o exportador receber embarca a mercadoria.

Quando não há este relacionamento estruturado há a emissão de cartas de credito do Banco intervenientes, no qual são garantes do crédito. Porém, há cobrança da operação.

No momento do embarque da mercadoria o exportador deve remeter os documentos comprobatórios da negociação, de forma que quando a mercadoria chegar ao Brasil o importador já esteja na posse desses, pois só assim poderá ser feito o registro do DI. Deve haver correspondência entre dados informações na DI e os documentos.

Há uma classificação que através de 08 dígitos (posição, sub-posição, item e sub-item) poderá classificar qualquer tipo de mercadoria correspondente ao comércio internacional. Facilita a importação e exportação, uma vez que trata de uma classificação válida para todos os países.

Nem sempre só a chegada de documentos possibilita que se faça o registro da DI, há necessidade de outros requisitos. Por exemplo: em algumas importações há necessidade licenciamento da importação. Se não for necessário esse licenciamento prévio, basta a carga ter chegado e já se faz o registro da DI. Caso haja necessidade, abrirá um campo pedindo o número da LI já concedida.

Outro impedimento da importação é quando o importador não está habilitado a operar no SISCOMEX – sistema de comércio exterior, é o sistema que organiza e direciona todo o fluxo da importação brasileira.

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Portanto, no momento em que não é necessária a LI, no momento em que o importador tenha os documentos comprobatórios da operação, no momento em que está autorizado a operar no Siscomex e quando chegar a mercadoria no território nacional poderá ser feito o registro da DI. No momento em que a mercadoria chegar terá a entrega do transportador ao depositário (no Brasil – Infraero), o qual contará volumes e pesará a carga. A partir desse momento é responsável pela carga.

Então, tanto o transportador, quanto o depositário podem ser responsáveis pelo tributo, pela entrada presumida da mercadoria no território, porque se consta na documentação, na fatura que foi comprado e não for encontrado fisicamente que o produto se presume que tenha entrado. Os direitos aduaneiros serão cobrados ou do transportador ou do depositário.

Caso não haja discrepâncias nos documentos e volumes a mercadoria será recebida no sistema – momento em que poderá ser feito o registro do DI.

Art. 1º, §2º do Decreto-Lei 37/66: “Para efeito de ocorrência do fato gerador, considerar-se-á entrada no Território Nacional a mercadoria que constar como tendo sido importada e cuja falta venha a ser apurada pela autoridade aduaneira.”

Entrada presumida não é para todos os produtos, há percentuais de tolerância, por exemplo, para granéis.

No momento em que é feito o registro da DI – o processo administrativo recebe um número. Há uma rotina chamada paralelisação (canal verde, amarelo e vermelho):

- Canal verde: há uma homologação dos montantes informados. Homologação tácita daquele lançamento. Pode haver fiscalização até 5 anos depois.

- Canal amarelo: é o canal que se exige análise documental.

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Quando há uma discrepância se faz uma exigência no próprio sistema.

É comum haver divergência na classificação do fiscal e da empresa importadora – nesse caso, se dúvida for razoável, a fiscalização deve liberar a mercadoria e fazer o lançamento do valor. Poderá também a questão ser levada ao judiciário, podendo exigir o pagamento ou garantia.

As alíquotas estão na tabela NCM/SH, sistema harmonizado.

► Base de cálculo:

Imposto = Base Cálculo x alíquota.

A Base de cálculo deve seguir o valor aduaneiro.

Art. 20, CTN: A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;

III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.

Esse artigo 20 se aplica com o art. 7º do Acordo de Tarifas e Comércio que o Brasil é signatário.

O valor aduaneiro se estabelece por vários métodos.

Como regra geral, aceita-se o valor aduaneiro como o valor da transação, devido ao princípio da boa-fé é universal. Método Primeiro. Trata-se do valor efetivamente pago pelo produto.

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Algumas vezes, o valor informado não merece, assim, recorre-se ao valor da mercadoria importada idêntica ao valor do Brasil. Considera-se mercadoria similar com a mesma origem e com as mesmas especificações físicas – Método Terceiro.

Se não houver mercadoria similar, a pessoa importa uma mercadoria nova e diferente – Método Quarto. Aplica-se o valor aduaneiro o valor de revenda do mercado interno do país exportador.

Há vários outros métodos, de forma, que sempre irá haver a possibilidade do fisco chegar ao valor real da transação.

Art. 98 CTN: Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

► Importação - Art. 20 CTN:

A base de cálculo do imposto está incluído o frete e o seguro internacional (CIF – “Cost, Insurance and Freight”).

► Exportação – art 24, CTN:

Art. 24. A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.

A base de cálculo pata o imposto de exportação é FOB (“Free On Board”).

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Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.

Este artigo foi recepcionado em parte pela CF, pois o poder executivo não pode mexer em base de cálculo, somente pode alterar as alíquotas.

Art. 22. Contribuinte do imposto é:

I - o importador ou quem a lei a ele equiparar.

II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.

É equiparado todo aquele que é destinatário de remessa internacional. Também é equiparado a importador o adquirente de mercadoria entreposta - entreposto aduaneiro – recinto alfandegário que são situados para determinada revenda. Há agentes econômicos que obtém alfandegamento de determinada área e fazem a internação de determinadas peças de reposição para um setor específico. Eles assumem um termo de responsabilidade e quando fazem a internação não pagam o tributo - fica suspenso. Quem irá pagar o tributo será o adquirente.

O inciso II menciona que o contribuinte seria o arrematante do leilão, porém, não há instituição efetiva sobre o leilão.

2. Normas de Competência dos Impostos Federais – art. 153, VI e VII, CF: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

VI - propriedade territorial rural.

► Art. 153, VI, CF – ITR:

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A definição de área rural e urbana é feita pela lei do Município. Porém, não poderá ter expansão indevida da área urbana do Município. Art. 32, CTN.

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.

§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.

CF, art. 153, § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:

I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;

II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;

III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

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O inciso II trata-se de uma imunidade para o proprietário de pequena gleba rural. Uma gleba rural é assim considerada dependendo da sua localização. Também há o requisito da uni titularidade.

O inciso III refere a possibilidade de transferir para o Município, através de celebração de convênio, a fiscalização e arrecadação do imposto, ficando com 100% da arrecadação. Neste caso, apenas há delegação da capacidade tributária ativa.

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Esse imposto, apesar de previsto na CF desde 1988, não foi instituído e provavelmente não será, pois cada vez mais se verifica que o imposto sobre grandes fortunas não rendeu beneficio para a sociedade em outros países.

Há um projeto de LC em tramitação que prevê que grande fortuna seria 5 milhões de reais.

3. Imposto sobre Operações Financeiras - IOF: Art. 153, V, CF:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

Imposto chamado impropriamente IOF, pois o imposto tributa operações financeiras e operações não financeiras.

Esse inciso V traz quatro bases econômicas que são apropriadas pelo Estado a fim de obter receitas.

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- Operação de câmbio: temos uma situação em que o dinheiro se transforma em mercadoria e por isso, tem custo e preço. Enseja tributação pelo IOF, principalmente quando se utiliza o cartão de crédito no exterior.

- Operação de Seguro: é operação pela qual o agente se compromete a indenizar riscos futuros que estão definidos na apólice mediante o pagamento de um prêmio pelo segurado.

O prêmio é o valor pago pelo segurado que não deve ser confundido com a indenização – sinistro.

- Operações relativas a títulos de valor imobiliários: são operações quando há oferta de investimentos públicos a massa de investidores em geral.

Na prática, as alíquotas de operações estão comparadas a zero,, porque não se quer tornar pouco atrativa a compra de títulos públicos.

- Ouro - §5º, art. 153, CF

§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:

I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem.

Depende de sua destinação: se destinado a indústria de jóias pode pagar tributação (ICMS, II, entre outros). Se ouro como artigo financeiro ou instrumento cambial se sujeita a incidência de IOF e na operação de origem.

4. Imposto de Produtos Industrializados – IPI: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

IV - produtos industrializados.

§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:

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II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;

III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.

O imposto não incide sobre o produto diretamente, incide sobre a operação do produto que é o negócio jurídico onde há a transmissão de um direito de propriedade atinente a um produto que foi resultado de uma elaboração industrial. Deve haver a saída do estabelecimento. Há necessidade de que uma das partes seja industrial.

A própria CF determina que o IPI será seletivo, ou seja, a tributação se dará conforme a essencialidade do produto. As alíquotas devem variar na razão inversa da essencialidade.

Cumulatividade significa a incidência em cascata da operação.

O cálculo da não cumulatividade se faz através de compensação de débitos e créditos. Temos produto que irão dar credito: matéria primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, a sua entrada dará um credito. Quando a saída do estabelecimento irá debitar. Trata-se de uma imunidade.

O exportador tem mais uma vantagem que é o crédito presumido de IPI que se trata de uma compensação que o exportador faz jus pelo fato de ter suportado tributos internos. Esse crédito presumida é uma relação entre receita bruta e aquisição no mercado interno.

Portanto, há créditos básicos que é a entrada de insumos, produtos intermediários e embalagens numa empresa, os créditos presumidos que é um incentivo fiscal ao exportador e havia os crédito premium que também era um incentivo ao exportador, mas foi extinto em 1993 pelo STJ.

A CF prevê que quem compra bens de capital para modernizar deverá pagar menos impostos sobre produtos industrializados. Porém, essa norma ainda não foi editada.

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Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:

I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;

II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.

Art. 47. A base de cálculo do imposto é:

I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante:

a) do imposto sobre a importação;

b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;

c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do artigo anterior:

a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;

b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar , no mercado atacadista da praça do remetente;

III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.

Só pode utilizar pauta fiscal quando a documentação fiscal não for idônea (nota fiscal fria, rasurada, em elementos necessários). São valores pré-estabelecidos pelo Fisco.

Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos.

Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.

Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos seguintes.

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séries próprias e contendo, além dos elementos necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à elaboração da estatística do comércio por cabotagem e demais vias internas.

Art. 51. Contribuinte do imposto é:

I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;

III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;

IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.

Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.

Regulamento do IPI – art. 3º:

Art. 4o

Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como:

I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação);

II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);

III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

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Operação industrial é uma operação composta: obrigação de fazer – transformação, recondicionamento, montagem, condicionamento, beneficiamento e a obrigação de dar – promove a saída.

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