TERMINAL INTERNACIONAL
RODOVIÁRIO DE RESSANO GARCIA (KM4) : POTENCIAL IMPACTO NO
CORREDOR DE
DESENVOLVIMENTO DE MAPUTO
Apresentação de constatações preliminares
18 Maio 2016 E. Jocitala
M. Dengo O. Zimba
CONTEUDO
A. O nosso ponto de partida B. O que é que CTA pediu?
C. Como procedemos?
D. O que é que aprendemos?
Tempo, Custos, Presivibilidade e impacto nos negocios e competitividade
E. Principais nós de estrangulamento
F. Percepções sobre o desempenho do km4
G. Posição de Moçambique em relação aos outros países?
H. Sugestões à consideração
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O NOSSO PONTO DE PARTIDA
• O Km4 tem um enorme potencial de facilitar o
comércio internacional e melhorar a competitividade do corredor de Maputo
Mais
• Preocupa a forma como os serviços no Km4 são operacionalizados, induzindo a:
– Custos altos
– Demoras no desembaraço – Perda de competetividade – Não previsibilidade
– Possivel redução do volume de carga escolha de rotas mais competetivas
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O QUE SE ESPERAVA DO ESTUDO? O QUE É QUE A CTA PEDIU?
Um estudo de averiguação de factos:
• Avaliar os principais custos associados a tramitação do comércio internacional através do KM4
• Analisar comparativamente com outros terminais em corredores concorrentes
• Avaliar o impacto do KM4 na competitividade do corredor de Maputo
Haverá espaço para a melhoria do
funcionamento das terminais internacionais rodoviárias?
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COMO PROCEDEMOS?
• Abordagem “Fact Findings”- Comunicar as partes interessadas sobre os aspectos relevantes do
estudo:
– Centramos a analise no Km4 para compreender as operações
– Realizamos a revisão de literatura relevante – Recorremos a informantes chave
• Entrevistamos (em grupo e individualmente)
– Observamos no terreno as operações dos terminais (KM4 e KM7)
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INFORMAÇÕES RECOLHIDAS
• Centramos essencialmente no seguinte:
– Custos (parqueamento, scanner, MCNet) – Tempo de permanência no km4 + tempo de
espera para o acesso ao Km4
– Percepções sobre a presivibilidade e o desempenho do km4
– Implicações na competitividade do corredor (potencial desvio de carga)
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
TEMPO
• A maioria dos veículos levam menos de 6 horas a
completar as formalidades de desembaraço aduaneiro no Km4, quatro vezes mais que no Km7, na vizinha Africa do Sul!
• Mais de 85% dos veículos que usaram os serviços do TIRO de Km4 num período inferior a 3 dias
• Destes cerca de 60% o fizeram em menos de 6 horas!
• Fixar a tarifa associada a 3 dias de parqueamento garantido induz a perdas económicas e
incentiva ineficiências!
• Os veículos em regime de trânsito são os que permanecem menos tempo no KM4
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
TEMPO
LBDP (Km7)
África do Sul
TIRO de Km4
Moçambique Tempo de espera para o
acesso ao terminal 0 horas 3-4 horas Parqueamento/desembara
ço na terminal
30 min - 2
horas 45 min – 5 horas Horário de Funcionamento 24/7 16/7
Área de parqueamento
Enorme, difícil ficar
congestionada
Capacidade limitada com congestionamentos
frequentes
Fonte: Análise dos dados do Relatório de Portaria da SGT e entrevistados na LBDP
Comparação do Tempo de Espera
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
TEMPO
O MCLI estima perdas de receitas devido a tempo de espera variam de
ZAR 2,500.00 (equivalente a MZM 8,250.00) – ZAR 9,900.00 (MZM
32,670) por camião mês para tempos de espera de 15 mim à 1
hora respectivamente!
Perdas induzidas
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
CUSTOS
• O modelo adoptado pelo km7 sugere maior eficiência
• A tarifa (Parqueamento) horária equivalente
praticada no Km4 para as importações em veículos de mais de 28 ton (MZM 161) é dez vezes mais alta que a tarifa praticada no Km7!
• A tarifa básica de parqueamento mais baixa é
referente a carga em trânsito de minérios e é igual a tarifa praticada no KM7.
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
CUSTOS
• Taxa de transferência para o seu armazém: 1,532.70 (IVA incl.)/veiculo
• O carregamento e descarregamento da mesma mercadoria paga duas vezes
• Este ultimo caso tem impactos económicos nas empresas e a sua racionalidade económica é
questionável- Penaliza sobretudo as importações
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
CUSTOS
Outras questões associadas
• A falta de participação do sector privado (utilizadores do KM4) na definição das actuais taxas é
questionada
• A legislação (Diploma que regula os TIM) é omissa sobre o racional subjacente a fixação das tarifas de parqueamento e a participação dos utilizadores na vida dos terminais
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
CUSTOS
Especifico ao Scanner
É questionada a forma como a INI é implementada:
• Definição da taxa em função do peso do veiculo
• Penaliza os operadores que manuseiam pequenas quantidades de mercadorias
• Pagamento de toda carga seja que ela passe ou não pelo scanner
• A indexação da tarifa paga a taxa de câmbio
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
CUSTOS
Especifico a Janela Única Electrónica
• Apesar do reconhecimento positivo do impacto da JUE na facilitação do comercio, persistem problemas associados a
– Disponibilidade irregular do sistema (internet) para a realização do desembaraço demoras no sdesembaraco aduaneiro – A não integração de algumas instituições públicas relevantes
no comércio internacional na plataforma, como são os casos da agricultura aumenta os atrasos sobretudo na exportação onde deve-se obter manualmente uma licença.
– A racionalidade da aplicacao da taxa aplicada de 0,85% do valor CIF, a importacoes com valores superiores a USD
50,000.00
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
PREVISIBILIDADE
• Deficiente partilha de informação entre os actores de Moçambique e Africa de Sul
• Tempo (demora) que se leva a executar o desembaraço aduaneiro.
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
IMPACTO NOS NEGÓCIOS
Caso das exportacoes da banana
• As tarifas aplicadas representam um custo adicional de cerca 8,5 milhões de meticais a industria da Banana.
• Fixar a tarifas cobradas na exportação da banana ao mesmo nível das praticadas nos citrinos em transito, iria reduzir o custo da exportação da banana em cerca de 50%.
• As tarifas praticadas são danosas aos produtores e
exportadores Moçambicanos- penalizam as exportações Moçambicanas.
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
NA COMPETITIVIDADE DO CORREDOR DE MAPUTO
Comparado os corredores de Maputo, MZ e de Rishards Bay, SA
• Maputo é apenas competitivo no transporte rodoviário, explicado pela distância relativamente curta entre os
mercados e o porto de Maputo;
• Maputo é não é competitivo nos restantes segmentos da cadeia de valor, sendo mais caro US$4.38/ ton que
Richards Bay cerca de 5% dos custos totais da cadeia de valor do corredor de Maputo .
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O QUE É QUE APRENDEMOS?
NA COMPETITIVIDADE DO CORREDOR DE MAPUTO
•
O custo dos serviços (JUE, INI e Km4), que deveriam facilitar o comércio, se eficientes, encarecem o corredor em US$ 2.12/ton, 50% dos custos adicionais que retiram a competitividade do corredor e cerca de 3
% do custo total da cadeia de valor do corredor.
•
Num contexto de preços de mercadorias baixos, tomando o exemplo de minério de ferro, o custo
adicional (JUE, INI e Km4) representa hoje 10% do preço internacional do minério de ferro, muito mais alto que os 3%, quando os preços das commodities (incluindo o minério de ferro) eram bem melhores.
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• Factores que contribuem para as demoras verificadas no uso dos serviços do Km4: Examinação “excessiva”
pelas alfândegas
– suspeita de erros (e/ou inconsistências) na classificação das mercadorias,
– 100% verifição da autenticidade dos certificados de origem, e
– A limitada capacidade dos clientes (particularmente importadores)
• Não tem documentos necessários
• Não prontidão nos pagamentos
PRINCIPAIS NÓS DE ESTRANGULAMENTO
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• Acessibilidade e serviços
– Reconhecimento da modernidade da infraestrutura – Importante localização para o aumento de receitas
fiscais através de melhor controlo do fluxo rodoviário – Em períodos de maior demanda, a infraestrutura
torna-se pequena e exacerbada pelos procedimento burocráticos
• Atendimento e tempo
– O processo de tramitação documental ao nível das alfandegas ainda é descrito como moroso
PERCEPÇÕES SOBRE O DESEMPENHO DO KM4
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PERCEPÇÕES SOBRE O DESEMPENHO DO KM4
Pontos fortes Pontos fracos
• Infraestrutura
• Existente cooperação entre Moçambique e África do Sul
• Pouca previsibilidade
• Rigidez na fixação das tarifas
• Horário limitado (16H em Moc.
24H AS)
• Parqueamento limitado
• Excessiva examinação física
• Limitada capacidade do pessoal da examinação
• Deficiente coordenação (Scanner vs Examinação)
Oportunidades Ameaças
Localização geoestratégica Redução de volume de trafego Perda de competitividade do porto de Maputo