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Introdução. Revista Científica da Faminas (RCFaminas), Muriaé, v. 13, n. 1, jan./abr. 2018, p

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Revista Científica da Faminas (RCFaminas), Muriaé, v. 13, n. 1, jan./abr. 2018, p. 24-46 24

Análise do comportamento frente ao consumo de bebidas alcoólicas

e seu efeito sobre a função hepática entre universitários

de um centro universitário da Zona da Mata mineira

Verlúcio Alves de AGUIAR JÚNIOR1, veverlucio@hotmail.com; Christiane Mariotini-Moura

VASCONCELLOS2; Eliabe do Carmo ALMEIDA1; Caio Agostini Calheiros GROSSO1; Tiago César Gouvêa

MOREIRA1

1. Graduandos do curso de Biomedicina do UNIFAMINAS (Centro Universitário UNIFAMINAS), Muriaé (MG).

2. Doutora em Biologia Celular e Estrutural pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa (MG); docente no UNIFAMINAS, Muriaé (MG).

RESUMO: Investigou-se a relação entre 30 universitários, de 18 a 25 anos, e o consumo de

álcool, na cidade de Muriaé (MG). Um questionário semiestruturado levantou dados estatísticos sobre o tipo de bebidas alcoólicas ingeridas, quantidade, frequência da ingestão e dosagem de indicadores de função hepática. Em análise sanguínea de 30 voluntários, foram dosadas as enzimas hepáticas TGO, TGP, GGT, fosfatase alcalina e proteína albumina. Não foram encontradas alterações que indicassem dano hepático. Constatou-se que os jovens adultos estão bebendo com frequência alta e pode-se sugerir que lesões hepáticas apareçam mais cedo na população, gerando custos ao SUS e danos à saúde de adultos jovens.

Palavras-chave: fígado, hepatotoxicidade, álcool.

Introdução

Sabe-se que o etanol é uma substância hepatotóxica e que sua hepatotoxicidade está relacionada com seu metabolismo. Cerca de 2% a 10% da quantidade de álcool ingerida é eliminada pelos rins e pulmões e o restante é oxidado no fígado, que contém enzimas capazes de metabolizá-lo (MOYSÉS, 2011). A comprovação de sua hepatotoxicidade veio de estudos epidemiológicos de trabalhos realizados em macacos babuínos e no homem. Em um destes estudos foi observado uma formação de esteatose após 48 horas ingerindo uísque (MINCIS, 2008).

As mulheres são mais susceptíveis à lesão hepática pois, em geral, possuem menor quantidade de água corporal quando comparado aos homens e, também, menos atividade de ADH (álcool desidrogenase) gástrica, o que resulta na diminuição da metabolização do álcool no estômago (MOYSÉS, 2011).

É relevante destacar que os padrões de consumo do etanol variam conforme a cultura, país, gênero, faixa etária, normas sociais vigentes, subgrupo social e outros (MELONI; LARANJEIRA, 2004). Diversos danos estão relacionados ao hábito de ingestão de álcool, como comportamentos e exposições de risco, como ter relações sexuais sem proteção, dirigir

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embriagado, uso de entorpecentes e outras drogas, mortes violentas, danos ao patrimônio público, violência e danos à saúde, além do comprometimento do desenvolvimento e da estruturação de habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais (DARKES, J.; GOLDMAN, M. S., 2003).

O uso abusivo de bebidas alcoólicas pode levar à dependência e seu uso crônico pode provocar DHA (doença hepática alcoólica), elevando seus índices na saúde pública (MANGADO et al., 2009). Além dos problemas psíquicos, o consumo de álcool de forma crônica e intensa resulta em consequências ao sistema hematopoiético (macrocitose por redução na absorção da vitamina B12), alterações hepáticas como esteatose hepática, cirrose, desnutrição, pancreatite e outras (OLIVEIRA, 2013).

Não existe praticamente nenhum grupo humano contemporâneo que desconheça o álcool, contudo, altos custos advêm de seu consumo exagerado na nossa sociedade. Aproximadamente 20% dos gastos com cuidados hospitalares é destinado ao tratamento das complicações do consumo (MERRIL et al., 1993). Em muitas pessoas, o acúmulo de gordura no fígado é definido pelo excesso de álcool. O exagero no consumo altera a absorção de vitaminas, aminoácidos, proteínas, o que pode desencadear desnutrição e dano hepático (MINCIS, 2006).

Esta pesquisa analisou o efeito do consumo do álcool através da aplicação de questionários e dosagem de enzimas hepáticas de universitários do UNIFAMINAS, na cidade de Muriaé (MG). Analisou o comportamento dos alunos pesquisados acerca de diversos fatores a partir de um questionário aplicado, relacionando-os com a função hepática desses frente ao consumo do álcool, avaliando o risco do consumo entre os jovens.

Muitos países reconhecem que o consumo excessivo do álcool é um problema sério na saúde pública, e tomam medidas de prevenção para reduzir o seu consumo (OMS, 2011). No Brasil, uma em cada dez pessoas terão diversos problemas devido ao uso abusivo do álcool (OGA, 2003). O Brasil está acima da média mundial em consumo de bebidas alcoólicas: 8,7 litros de álcool foi consumido por pessoa ao ano entre 2008 e 2010, sendo que a média mundial é de 6,2 litros (OMS, 2014).

A deficiência nutritiva, principalmente relacionada às proteínas, favorece os efeitos danosos do etanol por espoliação das reservas de enzimas e aminoácidos do fígado, influenciando a homeostase (SILVA, 2007).

O reconhecimento físico de doenças causadas pelo consumo do álcool se dá pela busca de características biológicas que indicam dano aos órgãos e sistemas, especialmente em parâmetros indicativos do fígado, como a elevação nos níveis da GGT e FAL (MANGADO et

al., 2009).

As enzimas TGP e TGO são indicadores de dano hepático em diferentes doenças. A causa mais comum de elevações destas enzimas é o fígado gorduroso (esteatose) e a causa mais frequente desta patologia é o abuso de álcool (GALLIERI et al., 2006).

A utilização de meios de rastreamento e marcadores biológicos estão sendo utilizados com a finalidade de fornecer uma maior percepção de problemas sobre o consumo do etanol e permitir uma melhor prevenção no seu desenvolvimento (MINCIS, 2009).

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O consumo do álcool na adolescência é um fator de exposição para consequências na saúde na idade adulta, além de aumentar consideravelmente o risco da pessoa se tornar um dependente ao longo da vida (STRAUCH, 2009).

Apesar do uso indevido do álcool ser uma das maiores causas de mortalidade e morbidade no mundo de acordo com a OMS, e do aumento do consumo de álcool entre jovens aumentado de acordo com a pesquisa feita pelo IBGE em 2017, poucos estudos foram encontrados sobre o impacto desse comportamento na saúde deste grupo de indivíduos. A dosagem das enzimas hepáticas frente a hepatotoxicidade do álcool é bem conhecida e relacionada ao consumo crônico e abusivo de bebidas alcoólicas, porém, não há dados disponíveis na literatura sobre este perfil de diagnóstico quando considerado a precocidade deste consumo entre jovens, especialmente entre universitários, objetivo do presente estudo.

I – Revisão bibliográfica

1.1 – O fígado

É o maior órgão do corpo humano, possuindo cerca de 2,5% a 4,5% da massa

corporal, pesando em média 1.500g (NUNES, 2007).É um órgão complexo do corpo, atuando

em mais de 5 mil funções; recebe suprimentos sanguíneos e é constituído de cinco tipos de células distintas e um arcabouço extracelular (RAMALHO, 2000). Possui um mecanismo contra perda de tecido, já que este é o único órgão com a capacidade de regeneração por dano viral, trauma, hepatectomia parcial ou dano químico (JESUS, 2000).

As variadas funções hepáticas são realizadas por dois tipos celulares: o hepatócito e as células de Kupffer. A atividade fagocitária é explicada por essas células, e o potencial mitótico dos hepatócitos é mantido durante toda a vida do organismo. Esta propriedade somada à hipertrofia é o principal responsável pela restauração do órgão lesado (RICHARD, 1993).

1.2 – Metabolismo do etanol

O etanol (C2H5OH) é uma substância de baixo peso molecular, hidrossolúvel, sendo

rapidamente absorvida no estômago (20%) e intestino delgado (80%). Entre 90 e 98% do etanol ingerido são biotransformados no fígado através da oxidação. Diferente da maioria das substâncias, a taxa de oxidação do álcool segue uma cinética de ordem-zero, ou seja, é relativamente constante ao longo do tempo e independente das suas concentrações plasmáticas (OGA, 2003).

O metabolismo normal de outros nutrientes, como o dos lipídios, pode ser alterado pelo metabolismo do álcool, formando espécies de oxigênio reativo, causando estresse e depleção de glutationa, fatores que exacerbam o dano hepático. Esse estresse oxidativo tem papel fundamental no mecanismo no qual o etanol produz dano hepático. O álcool também interfere com o ciclo do folato, resultando hipometilação de DNA e pode causar câncer (DEY; CEDERBAUM, 2006).

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A principal via de oxidação do álcool é a ADH (álcool-desidrogenase, que se localiza no citosol ou fração solúvel do hepatócito), que produz aldeído acético, formando complexos estáveis de aldeído acético-proteína, o que causa dano inflamatório ao fígado. Com isso, a oxidação na via ADH acarreta uma maior produção de NADH, que vai causar alterações no metabolismo dos lipídios, carboidratos, ácido úrico, como também a diminuição da síntese proteica, aumento de colágeno e esteatose (MINCIS, 2006).

O aumento da atividade das enzimas do citocromo P-450 (sistema enzimático responsável pelo processo de metabolismo de substâncias) aumenta a produção de oxigênio reativo, potencializando ainda mais os efeitos prejudiciais do álcool (SCOTT, 2000).

Quase nenhum sistema é poupado dos efeitos do álcool. Em indivíduos saudáveis que consomem álcool com moderação, a maioria das alterações são reversíveis. Todavia, quando ingerido em maiores quantidades ou em indivíduos com patologias prévias, as lesões nos diversos órgãos tornam-se mais graves e irreversíveis, podendo servir de alerta para o clínico de que aquele paciente faz uso abusivo ou é dependente do álcool (OGA, 2003).

1.3 – Fatores de risco

Os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças hepáticas alcoólicas incluem: gênero, obesidade, fatores genéticos, quantidade de álcool consumida, hepatites virais, estado nutricional e outros. Doenças hepáticas em estágios avançados são observadas após muitos anos de ingestão de álcool em níveis acima de 100g/dia, sendo que para os homens o risco aumenta acima de 60g/dia (HABER, 2003).

1.4 – Doenças hepáticas alcoólicas

A morfologia da hepatite alcoólica se caracteriza em três formas distintas. A primeira, esteatose, dá-se pela deposição excessiva de gorduras na célula hepática, podendo ser causada por obesidade, diabetes, deficiência nutritiva, medicamentos, agentes tóxicos e principalmente o álcool. Pode ser uma lesão única ou estar associada com outra (HA ou cirrose). Cerca de 50% a 55% dos alcoólatras apresentam esteatose (MINCIS, 2008). É marcada no início, por pequenas gotículas lipídicas (microvesiculares) que se acumulam nos hepatócitos, mesmo quando há uma ingestão moderada do álcool. Com ingestão crônica, o lipídio acumula-se em grandes glóbulos (macrovesiculares) que deslocam o núcleo. O órgão torna-se grande, macio, amarelo e gorduroso. Há pouca ou nenhuma fibrose no início, e a condição é reversível (FAUSTO, 2006).

Após, ocorre a hepatite alcoólica (HA), que é uma complicação importante do alcoolismo. Se caracteriza pela presença de esteatose macrovesicular e processo inflamatório no parênquima hepático, podendo haver corpúsculos de Mallory (agregados eosinofílicos intracelulares de filamentos intermediários), fibrose ou cirrose (MINCIS, 2006). Caracteriza-se por necroCaracteriza-se dos hepatócitos na região centrilobular, reação neutrofílica à degeneração de hepatócitos, inflamação portal que permeia o lóbulo e fibrose (FAUSTO, 2006).

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Na HA, a AST se torna desproporcionalmente elevada em relação à ALT. Ocorrem elevações acentuadas da enzima GGT, fora da proporção às elevações da FAL. A menos que o paciente alcoólatra seja desnutrido, os níveis de proteínas totais e de albumina encontram-se dentro dos padrões (BERNARD, 2008).

Por fim, ocorre a cirrose alcoólica, onde esta é a forma final e irreversível da doença hepática alcoólica. O órgão passa de gorduroso e aumentado para um órgão castanho, contraído, não gorduroso. Os nódulos degenerativos podem ser proeminentes ou estar encravados na cicatriz fibrosa densa (FAUSTO, 2006).

O álcool induz um ataque imunológico aos novos antígenos hepáticos, possivelmente devido às alterações nas proteínas originais (FAUSTO, 2006).

1.5 – Avaliação da função hepática

Uma área onde a medicina laboratorial trouxe importantes contribuições para o diagnóstico de condições patológicas de forma não invasiva é a avaliação da função hepática. Esses exames se tornam mais fáceis de serem interpretados quando se entende que o fígado engloba três sistemas: o hepatócito, que está envolvido no processo bioquímico fundamental; o trato biliar, relacionado com a excreção de bile; e o sistema retículo endotelial, envolvendo o metabolismo da hemoglobina e das bilirrubinas. Os níveis séricos dos analitos específicos refletem nos distúrbios em um ou mais desses três sistemas (BERNARD, 2008).

Mais de 90% de todas as proteínas e 100% das proteínas específicas, como a albumina, são sintetizadas pelo fígado. Por isso, os níveis séricos de proteínas totais e a albumina tornam-se importantes indicadores de função hepática (BERNARD, 2008). A ALT (TGP) está predominantemente presente no fígado e é um excelente marcador para a lesão ou necrose hepática (BERNARD, 2008).

No ciclo da ureia, a amônia, um subproduto do metabolismo dos aminoácidos e dos ácidos nucléicos, é detoxificada, sendo convertida em ureia. Esta é secretada pelos rins e a maioria das enzimas envolvidas no ciclo da ureia são exclusivamente hepáticas (BERNARD, 2008).

Em condições agudas, a maior parte do fígado não é afetada e a função hepática é facilmente regenerada. Contudo, durante este processo agudo, uma quantidade suficiente de hepatócitos sofre lesão ou necrose, de maneira que as enzimas TGO e TGP são liberadas na circulação local. Os níveis séricos das mesmas tornam-se elevados. A TGO e TGP possuem meia vida sanguínea de 17 e 47h, respectivamente (BERNARD, 2008).

A proporção TGO/TGP ou quociente de De-Ritis, que normalmente é de 1 ou discretamente superior, tem sido utilizada para o diagnóstico da hepatopatia alcoólica, na qual um valor de 3:1 a 4:1 pode ser encontrado e com um valor de TGP próxima do normal. A razão ainda é desconhecida, mas há duas explicações possíveis: a primeira é que o álcool é uma toxina mitocondrial e a segunda é que os alcoólatras apresentam uma deficiência de piridoxina, que por sua vez é um fator limitante no que concerne a avaliação da TGP. A proporção normalmente é de 1 ou inferior em pacientes com lesão hepatocelular aguda (VANDERLINDE, 1986; BERNARD, 2008).

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Se a maior parte do fígado for acometida, em condições como cirrose, os níveis séricos dessas enzimas são normais ou baixos devido à pouca quantidade de tecido restante. A síntese protéica, especialmente da albumina, encontra-se em valores abaixo da referência, causando hipoalbuminemia e hipoproteinemia (BERNARD, 2008).

A elevação crônica da atividade das aminotransferases em pacientes assintomáticos pode ter várias causas, incluindo o uso de álcool ou medicamentos, hepatite viral crônica ou degeneração gordurosa do fígado (PALMER, 1989; BERNARD, 2008).

1.6 – Fosfatase alcalina (FAL)

A enzima se encontra presente em vários tecidos, incluindo o fígado, ossos, rins, intestino e placenta. A FAL no fígado é predominante e também é encontrada no trato biliar e, por isso, é um marcador para a disfunção biliar. O volume de FAL no soro de um paciente normal é composto por FAL hepática e óssea (BERNARD, 2008).

A FAL se encontra nas membranas de revestimento dos canalículos biliares, pode ser encontrada em concentrações elevadas nas desordens do trato biliar. O aumento ocorre em metástases, abscessos e granuloma, lesões expansivas, hepatite viral e cirrose, mononucleose infecciosa, tumores ósseos e outros (MOTTA, 2009).

A FAL também se encontra moderadamente elevada na maioria das icterícias decorrentes de lesão hepática (BERNARD, 2008).

Essa enzima é uma fosfomonohidrolase inespecífica, capaz de hidrolisar em pH alcalino monoésteres de fosfato (ATP, ADP, AMP e outros), pirofosfato, diésteres de fosfato, bem como catalisar reações de transfosforilação (REZENDE, 1998).

Uma ligação entre as variações nos níveis de FAL, em razão da mesma funcionar como um marcador da atividade óssea, e a influência do consumo crônico do álcool na regulação óssea pode ser sugerida (ARAUJO, 2014). Em um estudo realizado por Tezal et al., (2001), os autores demonstraram que o abuso no consumo do álcool pode levar a diminuição nos níveis da enzima no soro e estimular a reabsorção óssea. Entretanto, dados que liguem o consumo crônico do álcool e as variações de FAL são escassos (ARAUJO, 2014).

1.7 – γ- Glutamil Transferase (GGT)

A enzima GGT é marcador bioquímico principal para diagnóstico e evolução clínica do alcoolismo (VIEIRA, 2010). Mesmo tendo sua maior concentração no tecido renal, tem sua importância ligada às doenças do fígado e vias biliares (lesões hepáticas inflamatórias e tóxicas). Pode ser encontrada no interior dos hepatócitos e nas células epiteliais biliares, considerada marcadora de lesão hepatobiliar de alta sensibilidade, mas de pouca especificidade, pois pode estar alterada por uso de medicações, álcool e outras doenças (DUFOUR et al., 2000).

Esta pode ter um acréscimo isoladamente em alguns casos de hepatite alcoólica, certamente pela maior degeneração enzimática do etanol. Em exames clínicos de pacientes

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dependentes, poderá haver um crescimento dos níveis de GGT mesmo se não houver lesão hepática perceptível (REIS, 2010).

No parênquima hepático, a enzima se encontra no retículo endoplasmático liso, e é propensa ao aumento de atividade enzimática causada por drogas. As elevações nestes casos, poderão atingir um grau quatro vezes maior do que o limite superior encontrado nos valores de referência. Sua dosagem é boa para acompanhar os efeitos da abstinência do etanol. Assim, os níveis enzimáticos voltam aos valores de referência em algumas semanas, podendo aumentar caso o indivíduo volte a fazer o uso do etanol (DEQUITI, 2000).

Sua maior utilidade é na discriminação da origem da FAL elevada, se a FAL estiver elevada e houver aumento correspondente de GGT, a origem da FAL elevada deve ser o trato biliar. A GGT frequentemente se encontra elevada em pacientes alcoólatras mesmo sem hepatopatia, em algumas pessoas obesas, na presença de altas concentrações de drogas terapêuticas (BERNARD, 2008).

As concentrações de GGT são em sua maioria, de origem hepática. Quando há lesões hepáticas ligadas ao álcool, sua vida aumenta para 28 dias, e normalmente tem meia-vida de 7 a 10 dias (HELANDER; TABAKOFF, 1997; MUNDLE et al., 1999a; MUNDLE et

al, 1999b; FIGLIE et al., 2002, HOCK et al., 2005).

A enzima catalisa a transferência do grupo gama glutamil, de peptídeos e outros compostos para outros aminoácidos, água e peptídeos. Os níveis aumentados de álcool no soro refletem a indução de atividade enzimática da GGT, tornando-a uma enzima álcool induzida (HELANDER; TABAKOFF, 1997; MUNDLE et al., 1999a; MUNDLE et al, 1999b; FIGLIE et al., 2002).

Seus valores são aproximadamente 50% mais elevados nos homens, pois são diretamente proporcionais à massa corporal, ao consumo de café, álcool e nível de atividade física. Pacientes com hipertireoidismo, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica e artrite reumatoide apresentam valores de GGT aumentados (HELANDER; TABAKOFF, 1997; MUNDLE et al., 1999a; MUNDLE et al, 1999b; FIGLIE et al., 2002, HOCK et al., 2005).

Em alcoolistas, mesmo sem hepatopatias, no uso de drogas como analgésicos, anticonvulsivantes, estrogênio e contraceptivos orais e na obesidade, é encontrado concentrações elevadas de GGT (ALCÂNTARA, 2007).

A ingestão a curto prazo de álcool não modifica a concentração de GGT no soro em hepatopatas nem em voluntários sadios. Observa-se uma elevação da GGT em cerca de 35 a 85% dos alcoolistas crônicos. Em alguns casos, os valores da GGT chegam a ser 3 vezes maiores do que os valores de referência e não é comum que cheguem a valores até 20 vezes maiores dependendo do consumo do álcool e de uma possível doença hepática (HELANDER; TABAKOFF, 1997; MUNDLE et al., 1999a; MUNDLE et al, 1999b; FIGLIE et al., 2002, HOCK et al., 2005).

A abstinência do álcool vem acompanhada de uma redução dos níveis da GGT, chegando aos valores normais em 5 semanas, caso não há doença hepática. Caso ocorra o consumo, os valores sobem e sua determinação periódica serve para controle da abstinência

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de pacientes em tratamento (HELANDER; TABAKOFF, 1997; MUNDLE et al., 1999a; MUNDLE et al, 1999b; FIGLIE et al., 2002, HOCK et al., 2005).

Além de sua importância clínica, seu uso é pouco disseminado no Brasil, enquanto indicadores laboratoriais como AST/ALT, FAL e bilirrubinas têm sido o foco de estudo frequente em pacientes alcoolistas (BORINI et al., 2003).

Em estudos que utilizaram de marcadores biológicos em pacientes que apresentam doença hepática, a GGT apresentou sensibilidade de aproximadamente de 44 a 96%, e especificidade variando de 18 a 100%, para pontos de corte entre 33 a 80 U/L (RUBLO et al., 1997).

1.8 – Transaminase glutâmico pirúvica (TGP)

A alanina aminotransferase (ALT), também conhecida como transaminase glutâmico pirúvica (TGP), é uma enzima transaminase. A mesma é encontrada no plasma de tecidos corpóreos, e é associada ao fígado. No sangue, estas enzimas são liberadas em altas quantidades quando ocorre dano na membrana do hepatócito e, como consequência, um aumento da permeabilidade. Assim, o aumento das aminotransferases tem grande significado no diagnóstico das hepatopatias agudas (GALLIERI et al., 2006).

O teste ALT é feito em associação com outros testes que verificam danos hepáticos, incluindo aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina, lactato dehidrogenase (LDH) e bilirrubina. Os níveis de ALT são testes confiáveis para o fígado (GALLIERI et al., 2006). Também é uma transaminase hepato específica dos carnívoros e é utilizada para avaliação de lesão hepática, pois é liberada por hepatócitos lesados (COUTO, 1993).

A atividade da TGP é mais específica para detecção de hepatopatia em pacientes assintomáticos e não alcoólatras (BELLENTANI, 1989; BERNARD, 2008).

A ALT e a AST são importantes para o diagnóstico de lesões hepáticas e cardíacas provocadas por infarto agudo do miocárdio, infecções ou drogas tóxicas, pois nesses eventos algumas enzimas, incluindo TGO e TGP, extravasam das células lesadas e vão para corrente sanguínea. A concentração dessas enzimas pode fornecer informações essenciais sobre a severidade do estágio de uma lesão hepática (PINTO, 2010).

Elevações das transaminases também ocorrem na mononucleose, hepatite viral e tóxica, cirrose, carcinoma hepático primário ou metastático, mononucleose, colestase, choque prolongado, traumatismo extenso e pancreatite (PINTO, 2010).

1.9 – Albumina

A albumina compreende em torno de 60% das proteínas presentes no plasma humano. É sintetizada no fígado em velocidade dependente da ingestão proteica, mas regulada por retroalimentação pelo teor de albumina circulante (MOTTA, 2009).

Dosagens vitais da função hepática são a de proteínas totais e a da albumina do soro. Por isso, uma destruição extensa do tecido hepático resulta em níveis séricos baixos desses dois analitos (BERNARD, 2008).

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Os níveis baixos de albumina sérica devidos a hepatopatias são quase sempre causados por uma destruição maciça do tecido hepático e são observados principalmente na cirrose, mais frequentemente secundária do alcoolismo (BERNARD, 2008).

1.10 – Transaminase glutâmico oxalacética (TGO/ AST)

Cerca de 80% são encontrados na mitocôndria dos hepatócitos. Na lesão hepatocelular leve, quando o hepatócito tem seu citoplasma lesado e sua membrana mitocondrial permanece íntegra, a TGO e TGP citoplasmáticas são liberadas no soro. Nas lesões hepatocelulares mais severas, a lesão mitocondrial pode resultar na elevação da proporção TGO/TGP. A TGO mitocondrial sérica tem sido dosada em pacientes cirróticos e não cirróticos que fazem uso abusivo do álcool (NALPAS, 1986; BERNARD, 2008). A proporção de TGO mitocondrial em relação à total parece diferenciar a hepatite alcoólica de outras hepatopatias (PANTEGHINI, 1983; BERNARD, 2008).

A TGO é encontrada em uma concentração muito alta no músculo cardíaco, esqueléticos, no fígado e em menor concentração no rim e no pâncreas. Nos hepatócitos, a mesma está 40% localizada em seu citoplasma e 60% na mitocôndria. Qualquer lesão ou doença que afete o parênquima hepático irá liberar uma quantidade maior de TGO para a corrente sanguínea, consequentemente elevando os níveis séricos (GELLA, 1985). Um resumo sobre a localização das enzimas e suas enfermidades estão disponíveis no Quadro 1.

QUADRO 1 Enzimas e suas enfermidades

Enzima Principal fonte Principais aplicações clínicas

Aminotransferases (transaminases) Fígado, músculo esquelético, coração, rim, eritrócitos.

Doenças do parênquima hepático, infarto do miocárdio, doença muscular.

Fosfatase alcalina Fígado, osso, mucosa intestinal,

placenta, rim.

Doenças ósseas, enfermidades hepáticas.

γ - Glutamiltransferase Fígado, rim. Enfermidade hepatobiliar,

alcoolismo.

Albumina Fígado, plasma. Cirrose.

Fonte: MOTTA, Valter T., 2003.

II – Metodologia

Foi disponibilizado um termo de consentimento livre e esclarecido, contendo todas as informações necessárias sobre o projeto. Os estudantes participantes responderam um questionário para melhor levantamento estatístico. Ao finalizar esta etapa, foi realizada punção venosa para a dosagem das enzimas hepáticas, juntamente da proteína albumina. Foi feita a assepsia do local para evitar contaminações, e após a punção as amostras foram

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colocadas em um tubo com gel separador, contendo um ativador de coágulo. O trabalho foi submetido à Plataforma Brasil.

2.1 – Coleta, transporte e dosagem do material

As amostras de sangue foram coletadas através de punção venosa. Foi feita a assepsia do local para evitar contaminações e, após a punção, as amostras foram colocadas em um tubo com gel separador, contendo um ativador de coágulo.

Após a coleta, esperou-se a coagulação do sangue ocorrer e então colocou-se o tubo para centrifugação a 3.500 rpm, para separação do soro. Ao final da centrifugação, colocou-se as amostras em uma caixa de isopor e transportou-se para uma geladeira estéril, onde seria realizada a análise no dia seguinte.

2.2 – Análise do material

Para dosagem das enzimas hepáticas e da proteína albumina, seguiram-se os passos descritos a seguir.

2.2.1 – Transaminase oxalacética (tgo ou ast) – Bioclin

Utilizou-se método para determinação da Transaminase Oxalacética (AST ou TGO). Teste colorimétrico, somente para diagnóstico in vitro. A Transaminase catalisa a transferência do grupamento Amino de um Alfa-Aminoácido para um Alfa-Cetoácido. O Oxalacetato reage com a Dinitrofenilhidrazina. A intensidade de coloração da Hidrazona formada, em meio alcalino, é diretamente proporcional à quantidade de Oxalacetato, em determinado tempo, que por sua vez é função da atividade enzimática.

Reagentes – TGO/AST.

Amostra – O soro foi separado e processado dentro do prazo ideal para análise. A atividade

enzimática é estável 4 dias entre 2 – 8ºC e 2 semanas a 10ºC negativos.

Interferências – Amostras hemolisadas produzem interferência positiva devido à elevada

concentração de TGO nas hemácias.

Descrição do processo – Foi misturado 4 partes do Reagente Nº 1 com 1 parte do Reagente

Nº 2, formando o Reagente de Trabalho. Foi realizado o teste controle do reagente através de uma amostra PNCQ (Lote BIOQ 05002015, VAL NOV/2020, doada pelo Laboratório Amaro, no qual os resultados se apresentaram dentro dos valores de referência.

Adicionou-se 100 uL de amostra a 1,0 mL de Reagente de Trabalho, misturou-se e transferiu para uma cubeta termostatizada à 37ºC e esperou-se 1 minuto. Foi feito a leitura inicial em 340 nm após zerar o espectrofotômetro com o padrão, disparando simultaneamente

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o cronômetro. Repetiu-se as leituras após 1, 2 e 3 minutos e foi feito o seguinte cálculo presente no Quadro 2.

QUADRO 2 Cálculos utilizados para determinação da TGO

CÁLCULOS

AST (UL) 340 nm = A/min. x 1746 334 nm = A/min. x 1780 365 nm = A/min. x 3235 Os resultados serão expressos em U/L.

.

Fonte: Bula Bioclin.

2.2.2 – Transaminase pirúvica (tgp) – Bioclin

Método para a determinação de Transaminase Pirúvica (ALT ou TGP). Teste colorimétrico, somente para uso diagnóstico in vitro. A Transaminase catalisa a transferência do grupamento Amino de um Alfa-Aminoácido para um Alfa-Cetoácido. O Piruvato reage com a Dinitrofenilhidrazida. A intensidade de coloração da Hidrazona, em meio alcalino, é diretamente proporcional à quantidade de Piruvato, em determinado tempo, que, por sua vez, é em função da atividade enzimática.

Reagentes – TGP/ALT.

Amostras – O soro foi separado e processado dentro do prazo ideal para análise. A atividade

enzimática é estável 4 dias entre 2 – 8ºC e 2 semanas a 10ºC negativos.

Interferencias – Amostras lipêmicas e ictéricas aumentam a absorbância em 340 nm.

Procedimento – Foi misturado 4 partes do Reagente Nº 1 com 1 parte do Reagente Nº 2, para

formar o Reagente de Trabalho. Foi realizado o teste controle do reagente através de uma amostra doada pelo Laboratório Amaro, no qual os resultados se apresentaram dentro dos valores de referência.

Adicionou-se 100 uL de amostra a 1,0 mL do Reagente de Trabalho, homogeneizou e transferiu-se para cubeta termostatizada à 37ºC e esperou 1 minuto. Após ser feita a leitura inicial, disparou-se o cronômetro simultaneamente, repetindo as leituras após 1,2 e 3 minutos, fazendo o seguinte cálculo presente no Quadro 3.

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QUADRO 3 Cálculos para determinação da TGP

CÁLCULOS

ALT (UL) 340 nm = A/min. x 1746 334 nm = A/min. x 1780 365 nm = A/min. x 3235

Fonte: Bula Bioclin.

2.2.3 – Gama gt cinético (ggt) – Analisa

Reagentes para determinação quantitativa da atividade da gama-glutamiltransferase (Gama GT) no soro ou plasma. Somente para diagnóstico in vitro. A gama-glutamiltransferase (Gama GT) catalisa a transferência do grupamento gamaglutamil da gamaglutamil-3-carboxi-4-nitroanilida para a glicilglicina liberando gamaglutamilglicilglicina e p-nitroanilina. A p-nitroanilina apresenta elevada absorção em 405 nm e a quantidade liberada é diretamente proporcional à atividade da Gama GT na amostra. A atividade catalítica é determinada a partir da velocidade de formação da p-nitroanilina.

g-Glutamil-3-carboxi-4-nitroanilida + Glicilglicina --> g-glutamilglicilglicina + p-nitroanilina

Reagentes – GGT.

Amostras – O soro foi separado e processado dentro do prazo ideal para análise. A atividade

enzimática é estável 5 dias entre 2 – 8ºC.

Interferências – Pacientes que fazem uso de drogas anticonvulsivantes elevam falsamente os

valores de Gama GT.

Procedimento – Misturou-se 4 partes do Reagente 1 para 1 parte do Reagente 2 e

homogeneizar suavemente, formando o reagente de trabalho. Foi realizado o teste controle do reagente através de uma amostra doada pelo Laboratório Amaro, no qual os resultados se apresentaram dentro dos valores de referência.

Pipetou-se em um tubo de ensaio 1 mL de reagente de trabalho, juntamente com 50 uL de amostra, homogeneizou-se e foi colocado em uma cubeta termostatizada a 37º e acionou-se o cronômetro. Após 1 minuto fez-se a leitura inicial da absorbância em 405 nm e repetiu-se as leituras em 1, 2 e 3 minutos seguintes, fazendo o seguinte cálculo de acordo com o Quadro 4.

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QUADRO 4 Cálculos utilizados para determinação GGT

Ver linearidade.

Considerando que o coeficiente de absorção milimolar da p-nitroanilina é 8,235 em 405 nm deduz-se a seguinte fórmula para calcular a atividade catalítica:

U/L de Gama GT = A/minuto médio x 2550

Onde A/minuto = Variação média da absorbância por minuto.

Fonte: Bula Gold Analisa.

2.2.4 – Fosfatase alcalina (fa) - Bioclin

Método para a determinação da fosfatase alcalina. Teste colorimétrico, somente para uso diagnóstico in vitro. A fosfatase alcalina presente na amostra hidrolisa o substrato de timolftaleína monofosfato, liberando timolftaleína e fosfato inorgânico, em um tempo pré-determinado de 10 minutos. A atividade enzimática é proporcional à quantidade de timolftaleína formada, que é medida colorimetricamente. Com a adição do Reagente de Cor, a reação enzimática é inativada e a timolftaleína adquire cor azul. Como o substrato e o produto da reação apresentam cores diferentes, em meio alcalino, a coloração final é constituída por uma mistura de cores.

Reagentes – Fosfatase alcalina.

Amostras – Soro ou plasma obtido livre de hemólise. O analito é estável por 07 dias entre 2 e

8ºC e 30 dias a 10ºC negativos.

Interferências – Não utilizar amostras hemolisadas ou lipêmicas, pois tais amostras podem

elevar falsamente os resultados.

Descrição do processo – Foi realizado o teste controle do reagente através de uma amostra

doada pelo Laboratório Amaro, no qual os resultados se apresentaram dentro dos valores de referência. Marcou-se 3 tubos de ensaio com as Letras B (Branco), P (padrão), A (amostra) e procedeu de acordo com o Quadro 5.

QUADRO 5 Procedimento para dosagem de fosfatase alcalina

Branco Padrão Amostra

Reagente nº 1 50 µL 50 µL 50 µL

Reagente nº 2 500 µL 500 µL 500 µL

Reagente nº 4 --- 50 µL ---

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Amostra --- --- 50 µL

Homogeneizar e incubar a 37ºC por exatamente 10 minutos

Reagente nº 3 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL

Fonte: Bula Bioclin.

Homogeneizou-se bem e determinou a absorbância da amostra e do padrão em 578 nm, acertando o zero com o branco. Após a leitura, realizou-se o cálculo representado no Quadro 6.

QUADRO 6 Cálculo para determinação da fosfatase alcalina

CÁLCULOS

Fosfatase alcalina = Absorbância da amostra x 40 Absorbância do padrão (U/L)

Como a reação de cor segue a lei de Lambert Beer, pode-se usar o Fator de calibração Fator de calibração = Concentração padrão (40 U/L)

Absorbância do padrão U/L = Absorbância da amostra x Fator de calibração

Os resultados serão expressos em U/L.

Fonte: Bula Bioclin.

2.2.5 – Albumina monorreagente – Bioclin

Método para a determinação da albumina. Teste colorimétrico, somente para uso diagnóstico in vitro. A dosagem utiliza o que se chama "erro protéico dos indicadores". Em presença da albumina, o Verde de Bromocresol forma um complexo corado, que exibe um espectro de absorção diferente do corante no seu estado livre, permitindo assim, a dosagem da albumina.

Reagentes – Albumina.

Amostra – Soro obtido de hemólise. O analito é estável por 3 dias entre 2 e 8ºC.

Interferências – Não utilizar plasma.

Descrição do processo – Foi realizado o teste controle do reagente através de uma amostra

doada pelo Laboratório Amaro, no qual os resultados se apresentaram dentro dos valores de referência.

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Marcou-se 3 tubos de ensaio com as letras B (branco), P (padrão), A (amostra) e procedeu como no Quadro 7.

QUADRO 7 Procedimento albumina

Branco Padrão Amostra

Amostra --- --- 10 µL

Padrão --- 10 µL ---

Reagente de cor 2,5 µL 2,5 µL 2,5 µL

Fonte: Bula Bioclin

Homogeneizou bem e deixou-se em repouso por 5 minutos. Ao final dos 5 minutos, leu-se a absorbância da Amostra e do padrão em 630 nm, acertando o zero com o Branco. Após a leitura, fez-se o seguinte cálculo representado no Quadro 8.

QUADRO 8 Cálculo para determinação da albumina

Albumina (g/dL) = Absorbância da Amostra x 3,8 Absorbância do Padrão

Fonte: Bula Bioclin.

III – Resultados e discussão

Das 150 dosagens enzimáticas realizadas, não foram encontradas alterações que indicassem um possível dano hepático nos participantes.

De acordo com a literatura encontrada, o aumento nas concentrações das enzimas TGO, TGP, FAL, GGT e a diminuição da albumina são indicativos para o dano hepático, e uma das causas para o aumento das mesmas e o consumo do álcool. Sendo assim, não foram observadas alterações que indiquem dano hepático em nenhum dos participantes (REIS, 2010; PINTO, 2010; MOTTA, 2009).

A média da idade dos participantes do presente estudo foi de 21,5 anos, estando todos dentro da faixa de 18 a 25 anos, sendo 66,7% mulheres e 33,3% homens.

Todos os participantes afirmaram ter acesso a mais de um lugar para o consumo de bebidas alcoólicas, como festa de amigos e boates, como mostrado no Gráfico 1, enfatizando a facilidade com que se pode conseguir o primeiro contato com o álcool.

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GRÁFICO 1 Ocasiões onde os participantes consomem álcool (em %)

Todos os participantes consomem mais de um tipo de bebida alcoólica, sendo a cerveja, uma bebida fermentada, a de maior predominância entre eles, onde 90% dos participantes responderam fazer o consumo da mesma de acordo com o Gráfico 2. Cerca de 76,7% fazem ingestão do vinho e 60% responderam consumir vodka, uma bebida destilada com alto teor alcoólico. Tal preferência pela cerveja, pode ser pelo fato de ser uma bebida com baixo teor alcoólico, por ter um valor mais acessível do que as demais bebidas e também é notório ressaltar que a cerveja é a bebida alcoólica com mais propagandas publicitárias no Brasil.

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Cerca de 80% dos participantes responderam que, quando estão bebendo no dia a dia, costumam consumir mais de três copos de bebida alcoólica (Gráfico 3).

GRÁFICO 3 Consumo de bebidas alcoólicas (em %)

Cerca de 40% dos participantes afirmaram fazer o consumo de bebidas alcoólicas uma vez na semana (Gráfico 4).

GRÁFICO 4 Intensidade do consumo (em %)

Quando perguntado se já passaram mal ao consumir bebidas alcoólicas, cerca de 83,4% dos participantes afirmaram já terem se sentido mal de alguma maneira ao consumir álcool pelo menos uma vez na vida, como mostrado no Gráfico 5.

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GRÁFICO 5 Vezes em que os participantes passaram mal consumindo álcool (em %)

Cerca de 13,3% dos participantes afirmaram ter pessoas próximas na família com problemas no fígado, sendo 3% apresentando esteatose e 10% apresentando cirrose, conforme o Gráfico 6. Quando perguntado qual o motivo das patologias, todos responderam ser pelo abuso do álcool ao longo dos anos.

GRÁFICO 6 Familiares acometidos por hepatopatias (em %)

Todas essas informações somadas confirmam que os jovens estão começando a beber cada vez mais cedo e tendo um acesso cada vez mais fácil ao álcool e, por isso, pode

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significar que no futuro, pode haver achados com alterações em pessoas cada vez mais novas, pelo fato de estarem bebendo mais e cada vez mais cedo.

Foram realizados pelo governo cinco levantamentos mais amplos com estudantes do ensino fundamental e ensino médio onde os dados do último levantamento, realizado em 2004, revelaram que 65% de todos os estudantes entrevistados entraram em contato com o álcool, sendo 41% das crianças com faixa etária de 10 a 12 anos (SNA, 2007).

Outros estudos mostraram que existe grandes problemas no Brasil relacionados ao consumo de álcool. Um estudo no American Journal of Public Health em 2007 mostrou que a violência urbana estava relacionada ao álcool, e que na cidade de Diadema, com o fechamento de bares, houve uma diminuição significativa dos homicídios.

Um estudo realizado pelo Banco Mundial em 2002 sobre a América Latina, foi mostrado que os homens tendem a beber mais e ter prejuízos maiores em relação ao álcool, no entanto as mulheres sofrem mais com a violência relacionada a seu consumo.

De acordo com um estudo realizado no primeiro levantamento nacional sobre os padrões de consumo de álcool na população brasileira, foi mostrado que 52% dos brasileiros acima de 18 anos consomem bebidas alcoólicas pelo menos 1 vez ao ano. Entre mulheres são 41% e 65% entre homens. Entre os adultos que bebem, 33% das mulheres e 60% dos homens consumiram 5 doses ou mais na última vez que beberam. De acordo com o grupo dos homens adultos, 11% bebem todos os dias e 28% fazem o consumo de bebida alcoólica de 1 a 4 vezes por semana (SNA, 2007).

No presente estudo, observa-se que 40% dos participantes fazem o consumo de bebidas alcoólicas no mínimo uma vez por semana, e cerca de 20% mais de uma vez na semana. De acordo com um estudo realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas, 22% dos brasileiros consomem bebidas alcoólicas de 1 a 4 vezes na semana, 1% bebem todos os dias e 23% bebem entre 1 a 3 vezes no mês.

Com os dados obtidos, a cerveja foi a bebida predominantemente utilizada entre os participantes, onde 90% responderam fazer o consumo, ficando à frente do vinho e da vodka, com 76,6% e 60%, respectivamente. Conforme um estudo realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas, a cerveja é a bebida mais consumida pelos brasileiros quando comparada às doses consumidas por ano, ficando na frente do vinho e de bebidas destiladas, como a vodka.

Muitos estudos tentam responder se a população de jovens brasileiros está consumindo bebidas alcoólicas mais cedo. Em um estudo realizado no Primeiro Levantamento Nacional Sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, onde comparam jovens de 18 a 25 anos com adolescentes, as diferenças são significativas quanto à idade de uso regular e experimentação. Os adolescentes, no início começaram a consumir álcool aos 13,9 anos de idade e os jovens adultos com 15,3 anos. O uso regular pelos adolescentes teve começo aos 14,8 anos, e 17,3 anos pelos jovens adultos. Portanto, a tendência ao consumo precoce de álcool parece ser confirmada com esse estudo (SNA, 2007). Estima-se que o custo econômico anual do abuso de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos seja em torno de 48 bilhões de dólares, incluindo 19 bilhões de dólares com cuidados médicos (CHISHOLM et al., 2004).

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Especulações estimam que, anualmente, o Brasil gasta cerca de 7,3% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com consequências de problemas causados pela ingestão de bebidas alcoólicas, variando desde o tratamento médico até a invalidez do paciente devido ao abuso do mesmo. Levando em conta que o PIB brasileiro de 2004 foi de R$ 1,77 trilhões, estima-se que o custo referente a problemas relacionados ao uso do álcool atingirá cerca de R$ 130 bilhões por ano (SCHEINBERG, 1999).

Apesar das consequências relacionadas à saúde, o abuso no consumo de bebidas alcoólicas causa perdas econômicas e sociais importantes para a sociedade e para os indivíduos como um todo (OMS, 2014). Um estudo de revisão estimou que os custos relacionados com o álcool ultrapassam 1% do PIB dos países de alta e média renda (REHM, 2009).

De acordo com (BRASIL, 2015) a cerveja, apesar de seu teor alcoólico, é enquadrada pela legislação tributária brasileira, na categoria de bebidas frias, a mesma que bebidas não alcoólicas, como refrigerantes, águas flavorizadas e isotônico. O setor responsável pela fabricação de cervejas foi responsável por 3% do PIB em 2014 (REUTERS, 2015).

IV – Considerações finais

Pode-se concluir com este estudo que a quantidade de ingestão alcoólica na faixa etária de 18-25 anos vem crescendo cada vez mais, como falado no estudo realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas, podendo futuramente se tornar um fator primordial na recente evolução de doenças hepáticas em jovens adultos.

É muito cedo para se afirmar que os jovens de hoje em dia terão lesões hepáticas mais prematuras, novos estudos serão necessários para tal comprovação, pois como foi observado, os mesmos estão começando a consumir álcool cada vez mais cedo de acordo com o Primeiro Levantamento Nacional Sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira. Há também uma escassez na literatura sobre o assunto, reforçando a necessidade de novas pesquisas.

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