Estudo Experimental do Momento de
Inercia de uma Placa
(Experimentalstudyofthemomentofinertiaofaplate)
Carlos A. F. Pint~aoe Moacir P. de SouzaFilho
DepartamentodeFsica,Unesp-Bauru
C.P.473,17033-360, Bauru,SP, Brasil
e-mail: fonzar@fc.unesp.br
Recebidoem20defevereiro, 2002. Revisadoem22deoutubro,2002. Aceitoem25deoutubro,2002.
Neste trabalho, mostra-se um caminho diferente para se estudar o momento de inercia de um
corpo em rotac~ao. Descreve-se um experimento que permiteestabelecer como ainercia de uma
placa depende desua massa e geometria, emque se determinapar^ametros comoos expoentes e
aconstantedatradicional equac~aodomomentodeinercia deumaplaca, a partirdemedidasde
correnteeletrica. Paraissoescolhe-sequatroplacasdemassadiferentes,mantendo-seemduasdelas
as mesmasdimens~oes, enquanto quenasoutrasduasuma dasdimens~oese odobrodaoutra. Os
resultadosobtidosreforcamaideiadequeosistemaeoprocedimentodemedidautilizadopodem
serumaalternativaemrealizarestapraticanoslaboratoriosdeensino.
Inthis work, adierent way to study themoment of inertia of abody inrotation is shown. It
isdescribedanexperimentthatallows toestablishhowtheinertiaofaplatedependsonitsmass
and geometry,where parameters like the exponentsand the constant of the traditionalequation
ofthemomentofinertiaofaplatearedetermined,startingfromthemeasurementsoftheelectric
current. Forthispurposeitwaschosenfourplatesofdierentmasses,whichtwoofthemhavethe
samedimensions,whilefortheotherpairofplatesonehasthesidetwicelargerthantheotherone.
Theobtainedresultsreinforcetheidea thatsuchasystem andtheproposedprocedure canbean
alternativeinaccomplishingthisexperimentinteachinglaboratories.
I Introduc~ao
Em umartigorecente, Pint~aoet al. [1] adotaramum
procedimento experimental diferente dos tradicionais
como aqueles de Goldemberg [2] e Tyler [3] para
de-terminar o momento de inercia de um disco.
Utiliza-ram um metodo originalmente proposto por Fleming
e Clinton[4]eBennet [5]para amedir capacit^ancia e
determinaramdiretamente,apartirdeuma leitura de
corrente eletrica,avelocidadeangulardo discoaposo
corpo suspenso descer de uma determinada altura h.
Conhecendo-seavelocidade,obtem-seaacelerac~ao
an-gular. Para que isto fosse possvel, construram um
circuito R C
j
, com uma chave que e acionada atraves
de um sensor opto-eletr^onico (emissor e receptor
in-fravermelho) que emite luz sobre a superfcie de um
CD xo ao eixo de rotac~ao e dividido em 24 setores
circulares igualmente espacados (12 superfcies
espe-lhadas e 12 opacas, alternadas entre si). Atraves de
uma das duas posic~oes possveis desta chave, o
capa-citor C
j
ira secarregar ou descarregar. Durante este
processo, a frequ^encia de comutac~ao desta chave, f ,
pode ser expressa pela relac~ao, f
j = i j =C j V em que i j
ea corrente medida nomedidor analogico DC
aco-pladoao circuito, eV eavoltagemaplicada por uma
fonte DC no capacitorC
j
. No casodeste CD com 24
divis~oes, a frequ^encia de rotac~ao do eixo e 1/12
da-quela da comutac~ao f
j
, portanto, a velocidade
angu-lar associada ao eixo e w
j = f j =6: Lembrando que aacelerac~ao, j
, pode serdeterminadadaequac~ao de
Torricelli para ummovimento circular uniformemente
acelerado, como w 2
j = 2
j
, e do fato que a altura
hedadaporh=r, ent~aoseconsegueexpressar
j
comoumafunc~aodacorrenteaoquadrado.Outros
de-talhes do circuitoutilizado podem serencontrados na
Ref. [1]. Comesteprocedimento, eliminaram a
neces-sidade de se medir o tempo. O experimento e ent~ao
repetido, variando-se a massa do corpo suspenso. O
momentodeinercia,porsuavez,edeterminadoa
par-tir da inclinac~ao da reta obtida, do graco do torque
(queeconhecido)versusaacelerac~aoangular. A
van-tagemdometodoequen~aoeprecisosepreocuparcom
dotorqueassociadoasforcasdeatrito,alemdesepoder
determina-lofacilmente. Comoavaliac~aodosistemade
medida, Pint~aoet al. [1]determinaramomomentode
inercia de um disco e anel e compararam esses
resul-tadosaosvaloresdescritosnaliteratura[6],vericando
umdesviopercentualinferiora1%. Aposestaprimeira
avaliac~aoexperimental,Pint~aoetal. [7]realizaramum
experimentodandoumnovoenfoqueaosistemade
me-dida e conseguiram estabelecer adepend^encia do
mo-mentodeinerciadeumcorpo(partcula)emrelac~aoa
suamassaedist^anciaaoeixoderotac~ao. Osresultados
vericadosnestestrabalhos[1,7]forambastante
impor-tantes narealizac~aodestasnovasmedidas. Como uma
extens~ao dos trabalhos anteriores, apresenta-se agora
umanovaalternativaexperimentalparadeterminaros
expoenteseaconstantedatradicionalequac~aodo
mo-mentodeinerciadeumaplaca.
II Medida do momento de
inercia
De uma maneira geral, na medida do momento de
inercia de uma placa, usou-se a montagem
esquema-tizadanaFig.1,ondeumadasplacasjestaxaaoeixo
dosistemarotacional. Inicialmente,adotou-seomesmo
procedimentoutilizadoporPint~aoetal. [1]para
deter-minar ainercia do eixo mais os acessorios (CD e
pa-rafusode xac~ao). Sabe-se queo torqueresultante ,
responsavel pelo movimento de rotac~ao do eixo e
ex-pressocomo = T ATR =I EIXO 0 ; (1) emque T e ATR
s~ao,respectivamente,ostorques
as-sociados a trac~ao T aplicada pelo o e as forcas de
atrito; I
EIXO
e omomento de inercia do eixo com os
acessorios e
0
sua acelerac~ao angular. Com base na
Ref. [1]pode-seexpressaraacelerac~aoangular deum
corporgidoqualqueremrotac~aocomo
j =k j (i j ) 2 ; (2)
emqueossub-ndicesjsignicam: j=0,arotac~aodo
eixo mais acessorios e,j = 1, 2, 3ou 4, arotac~aodo
mesmoeixomaisasplacas1,2,3ou4,respectivamente;
k
j
euma constante conhecida (k
j =r 2 =72h(C j V) 2 ),
umavezquer;h;C
j
eV s~aograndezaspreviamente
de-terminadas. Aforcaresultantesobreamassadetrac~ao
m; enquanto esta caindo, e mg T = ma = m
j r, demodoqueT =m(g j r). Como T =Tr,resulta T =m(g j
r)r;que,usandoaEq. (2),podetambem
serexpressoemtermosdecorrentecomo
=mgr mk (r) 2
(i ) 2
: (3)
Figura1. Sistemarotacionalcomacessorios e,placasde
diferentesmassasMj(detalhesnavistaA).
Assim, conhecendo-se as constantes que
compare-cemnasEqs. (2)e(3),pode-sedeterminartantoa
ace-lerac~ao angular como otorque, apartir da leitura da
corrente. Variandoamassa docorposuspenso e
man-tendoconstanteasdemaisgrandezas,pode-seobterum
conjunto de valoresde
T
versus
j
. Pela Eq. (1), a
relac~aoentre essasgrandezaselineareainclinac~aoda
reta fornece omomento de inercia do eixo, I
EIXO . A
partir doinstante em que a massa de trac~ao m deixa
de atuar no movimento do eixo, a Eq. (1) pode ser
expressacomo = ATR =I EIXO 0 : (4)
SeadicionarmosumaplacademassaM
j
,cujomomento
deinerciaeI
PLACAj
,quegirasolidariaaoeixo(verFig.
1) e repetir o procedimento anterior, no instante que
a mesma massa deixar de atuar no movimento desse
corpo,aEq. (1)podesermodicadapara
= ATR =I (PLACAj+EIXO) j ; (5) emqueI (PLACAj+EIXO)
eomomentodeinerciado
con-juntoplacaeeixo.
Considerandoqueamassapresanaextremidadedo
o e a mesma para as duas situac~oes descritas pelas
Eqs. (4)e(5),daigualdadeI PLACAj =I (PLACAj+EIXO) -I EIXO
elembrandodaEq. (2)que
j =k j (i j ) 2 ,
deduz-seuma express~aopara omomento deinerciadaplaca
I PLACAj =I EIXO A j ; (6) em queA j =[k 0 =k j (i 0 =i j ) 2 1]: As grandezas i 0 ei j
s~ao as correntes medidas nas
duassituac~oesdescritaspelasEqs. (4)e(5). Osvalores
dek
0 ek
j
referem-seasconstantesxadaspararealizar
asmedidas, semecomaadic~aoda placaj nosistema
rotacional, respectivamente. Atraves dos valores
ex-perimentais substitudos na Eq. (6), e conhecendo-se
previamenteainerciaderotac~aodosistema(eixomais
acessorios),epossvelavaliaromomentodeinerciado
corpo que esta girando. Como proposta deste artigo,
realizou-seumapraticaquepermiteestabelecercomoo
momentodeinerciadeumaplacadependedesuamassa
M
j
,desuasdimens~oes(aeb)equantovaleaconstante
de proporcionalidade(B) da tradicionalequac~ao para
ocalculo dainercia[6]
I PLACAj =B(M j ) X [(a) Y +(b) Y ]; (7)
onde X, Y eB s~aoos par^ametrosaserem
determina-dos.
Estrategicamente,foram utilizadas 4 placas (cujas
dimens~oes est~ao denidas navista A daFig. 1), e
es-tabelecemosasseguintesequac~oesparacalculodos
ex-poentesX eY daEq.(7): X =[1=log(M 2 =M 1 )]log(I PLACA 2 =I PLACA1 )e (8) Y =(1=log2)[log(I PLACA 3 =I PLACA4 )+Xlog(M 4 =M 3 )]: (9)
Eimportante mencionar queas Eqs. (8) e(9)
sur-gemda(7), levando-seemconsiderac~aoaescolha
ade-quada dedois pares deplacas, sendo todas de massas
diferentes poremcomumpardeplacasdemesmas
di-mens~oeseooutroparcomumaplacapossuindoumdos
lados duasvezesmaiordoqueumladocorrespondente
aoutra.
OvalordaconstanteB podeserobtidodaEq. (7),
usandooresultadodaEq. (6) (momento deinerciada
placa) para quaisquer uma das placas, a massa (M
j ),
as dimens~oes(aeb)eosvaloresdosexpoentes X eY
calculadosdasEqs. (8)e(9).
Utilizou-se cinco massas de trac~ao diferentes para
aplicar o torque associado a forca T. Isto de fato e
necessarioparaseobter omomentode inerciadoeixo
(I
EIXO
). No entanto, conhecendo-seI
EIXO
, como
sis-temademedidautilizado,n~aoeprecisousartodasessas
massasparadeterminarospar^ametrosdaEq. (7). Este
ultimo procedimento pode servantajoso em casosem
quesetenhapoucotempopararealizarumapraticaem
laboratorio. Emnossasmedidas, utilizou-sesempreas
cinco massaspara poder aplicarateoriaestatstica de
pequenasamostras[8]naavaliac~aodoserrosassociados
III Resultados
III.1Momentodeinerciadoeixocomacessorios
(I
EIXO )
NaFig. 2,utilizandoometododosmnimos
quadra-dos,representou-searetaquemelhorseajustaaos
va-loresexperimentaisdotorqueemfunc~ao daacelerac~ao
angular. O valor encontrado para a inclinac~ao desta
retarepresentaomomentodeinerciadoeixoeseu
va-lore I EIXO =(0;00550;0001)10 2 kgm 2 , enquanto
ocoecientelinear,quecorrespondeaovalordotorque
deatrito,e
ATR
=(0;0520;008)10 2
Nm.
Figura2. Curvase pontosexperimentaisdotorqueT em
func~aodaacelerac~aoangular. Ainclinac~aodareta
ajus-tadapelometododosmnimosquadradosrepresentao
mo-mentodeinercia doeixocomacessorios I
EIXO
e,o
coeci-entelinear,otorquedeatrito
ATR .
III.2Estudodo momentode inerciada placa
III.2.1 Depend^encia coma massa da placa(M
j )
oucalculo doexpoente X
Utilizando-seduasplacasdemesmadimens~oes(a=
b = (20;00;1)cm) com massas de valores M
1 =
(461;74 0;01)geM
2
=(210;22 0;01)g,sendoumade
aco(placa1)eoutradealumnio(placa2),
conseguiu-semanteramesmageometriaduranteasmedidas. Na
Tabela1,encontram-seosvaloresdasmassasdetrac~ao
m, intensidade das correntes eletricasi
0 , i 1 e i 2 , eos par^ametrosA 1 ,A 2
eX. Nocalculodospar^ametrosA
1
eA
2
,est~aopresentesrelac~oescomok
0 =k 1 ,k 0 =k 2 ,i 0 =i 1 ei 0 =i 2 . Sabemosquek j =r 2 =72h(C j V) 2 euma
cons-tante caracterstica de nosso sistema [1], e que, antes
deefetuar qualquermedida de correnteeletrica,
deve-sexar adequadamente todas estas grandezas.
Usou-se para todas as medidas deste artigo, uma polia de
raio r = (1;250;01 cm, uma fonte com voltagem
queseconsiderousoomovimentodoeixosem aplaca
j, xou-se uma capacit^ancia C
0
=(32,720,01)nF, um
poucomenorqueC
j
=(95,500,01)nF(j de1a4,
cor-respondendoacadauma dasplacas). Comeste
proce-dimento,conseguiu-seevitarqueoponteirodomedidor
ultrapassasseofundodeescala(50Aeresist^encia
in-terna1k). Asconstantesdetempo,emborasejam
le-vementediferentesnocircuitoR C
j
destesistemade
me-dida[1], n~aointerferemnaleitura dacorrente eletrica,
poishatemposucienteparaqueocapacitorcarregue
ou descarregue totalmente. Os valores de corrente e
voltagemforamdeterminadoscomummesmomedidor
paraevitarerrosistematiconasualeitura. Finalmente,
osvaloresX daultimacoluna,daTabela1,foram
cal-culadosatravesdaEq. (8). OvalorencontradoparaX,
com umnvel de conanca 1
de 95%e0,960,05.
Pe-quenasvariac~oesnageometria dasplacas(paralelismo
dasfaces, angulac~aodoscantosefuroscentrados)
jus-ticamofato deX serlevemente diferente de1,valor
previstodeliteratura[6].
Tabela 1 - Valores utilizados na Eq. (8) para
deter-minar X, sendo M 2 =M 1 =0,455; k 0 =k 1 = k 0 =k 2 =9,25e I EIXO =(0,00550,0001)10 2 kgm 2 .
m(g) i0(A) i1(A) i2(A) A1 A2 X
20,29 23,0 10,0 14,0 47,9 24,0 0,881
30,29 28,5 12,0 17,5 51,2 23,5 0,987
40,29 33,5 14,0 20,5 51,9 23,7 0,998
50,29 37,5 16,0 23,0 49,8 23,6 0,950
60,29 40,5 17,5 25,5 48,5 22,3 0,987
III.2.2 Depend^encia comas dimens~oesa e bda
placaou calculodo expoenteY
Com os valores das massas das placas 3 e 4, isto
eM 3 =(96,290,01)geM 4 =(47,640,01)g,sendoa
di-mens~ao a=(60,00,1) cm da placa 3, odobro da
res-pectiva dimens~ao daplaca 4(vervista A da Fig. 1),
foi possvel deduzir a Eq. (9), que permitiu calcular
Y. Usou-se,para ocalculo deY, o valorde X
encon-trado no item 3.2.1, ou seja 0,960,05. NaTabela 2,
encontram-se os valores das massas m de trac~ao,
in-tensidadedascorrentesi
0 ,i 3 ei 4 eos par^ametrosA 3 , A 4 e Y. Os valores de m e i 0
utilizados para a
de-terminac~aodoexpoenteX (tabela1)foramosmesmos
paraestecaso(determinac~aodoexpoenteY),sendo
ne-cessarioesteprocedimentoparaavalidadedometodo.
Os par^ametros A
3 e A
4
foram calculados levando-se
emconsiderac~aoasrelac~oesk
0 =k 3 ,k 0 =k 4 ,i 0 =i 3 ei 0 =i 4 .
Avaliou-se oerroassociadoaY,comumnvelde
con-ancade 95%,eencontrou-sequeovalordeY e2,1
0,1.
Tabela2-Valoresutilizados naEq. (9)para
determi-narY, sendoM 4 =M 3 =0,495; k 0 =k 3 =k 0 =k 4 =9,25;X= 0,960,05eI EIXO =(0,00550,0001)10 2 kgm 2 .
m(g) i0(A) i3(A) i4(A) A3 A4 Y
20,29 23,0 9,5 26,0 53,2 6,24 2,1
30,29 28,5 12,0 32,0 51,2 6,34 2,04
40,29 33,5 14,0 37,5 51,9 6,38 2,05
50,29 37,5 15,5 42,0 53,1 6,37 2,09
60,29 40,5 17,0 46,0 51,5 6,17 2,09
III.2.3 Calculo do fatorB para a placa1
ParadeterminarBrelativoaplaca1(aco),
calculou-seovalormediodeA
1
combasenaTabela1,e
aplicou-se a teoriaestatstica de pequenas amostras, com um
nvel de conanca de 95%, para avaliar o seu erro.
Encontrou-se que A
1
e 502. Em seguida, coma
in-clinac~aodareta,daFig. 2,determinou-semomentode
inerciadoeixo,ouseja: I
EIXO
=(0;00550;0001)10 2
kgm 2
. Substituiu-se este valor e o anterior (A
1 =
502) na Eq. (6), e determinou-se o momento de
inerciadaplaca 1,istoe: I
PLACA1
=(0;280;01)10 2
kgm 2
. Utilizando todas as grandezas relativas a
placa 1, massa (M
1
= (461;740;01)g), dimens~oes
(a = b=(20,00,1)cm), expoentes (X=0,960,05 e
Y = 2;10;1) e o respectivo valor de momento de
inercia(I PLACA1 =(0,280,05)10 2 kgm 2 ). Ent~ao,
-nalmente,substituindo-asnaEq. (7),encontrou-seque
aconstanteBe0;0830;003.Estevalorconcordabem
comaprevis~aoteorica[6],ouseja1/12.
IV Conclus~ao
Dos resultados encontrados nos itens III.2.1, III.2.2 e
III.2.3pode-seconcluirque:
a)OmomentodeinerciadeumaplacademassaM
j
dependediretamentedesuamassaelevadaaoexpoente
0,960,05;
b) O momento de inercia da placa de massa M
j
depende diretamente das suas dimens~oes a e b, mais
explicitamente da forma a Y
+b Y
, sendo que o valor
experimentaldeterminadoparaY e2;10;1;
c)AconstanteB,determinadaexperimentalmente,
e0;0830;003;
d)Combaseemnossosresultadosexperimentais,a
equac~ao para calculo do momento de inercia de uma
placa(Eq. 7),podeserexpressacomo
I =0;083M 0;96 [a 2;1 +b 2;1 ]: (10) 1
DateoriadepequenasamostrasemEstatstica,opar^ametroX eexpressocomo:X=X
M 2;13(S= p N 1),ondeX M eamedia
doscincovaloresX daTabela1,onumero2,13t^emorigemnadistribuic~aode\Student"(verap^endiceIIIdaref. 8),considerandoque
existe95%deprobabilidadedeX pertenceraointervalo estimado;Seodesvioquadraticomedio,istoeS= p (X M X i ) 2 =N;com
Portanto,comoconclus~aogeral,osistema
desenvol-vidopermiteestudardeumaformasimplescomoo
mo-mentodeinerciadeumobjetodependedesuamassae
geometria,eemalgunscasos,comoestedaplaca,
esta-belecerumaequac~aoparaoseucalculo. Logo,comeste
trabalho experimental,encontrou-seum caminho
dife-rente paraestudar omomento deinerciadeumcorpo
emrotac~ao. Osvaloresencontradosreforcamaideiade
que este sistema de medida pode seruma ferramenta
utilnoauxliodenovaspraticasdentrodoslaboratorios
didaticos,principalmentenoqueserefereaoestudoda
din^amicaderotac~ao.
Agradecimento
Gostaramos de agradecer a FUNDUNESP pelo
apoio nanceiro e a todos os colegas do
Departa-mentodeFsicapeloincentivo,comentariosesugest~oes
construtivas, dando sempre um voto de conanca e
encorajando-nos durante o andamento de nossos
tra-balhos.
Refer^encias
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AO,C.A.F,SOUZAFILHO,M.Pde.,
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