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Capítulo 22. Montagem de PCs

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Academic year: 2021

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Capítulo 22

Montagem de PCs

Montando PCs novos e antigos

Todo técnico de hardware tem que ser especialista em montagem de PCs.

Primeiro porque ele pode fazer serviços de montagem, passando a ser um pequeno produtor de computadores. Segundo porque para fazer instalações e manutenção em PCs, é preciso saber desmontar a máquina, e montá-la novamente de forma correta.

A configuração de um PC novo

Se você vai montar um PC novo, identifique para que ele vai ser utilizado.

Dependendo da aplicação, poderá ser necessária uma configuração mais avançada. PCs para aplicações simples como processamento de texto e acesso à Internet podem utilizar vídeo onboard, terem processadores mais simples, uma modesta quantidade de memória e um disco rígido de capacidade média. PCs utilizados para aplicações profissionais devem ter uma placa de vídeo melhor, de resolução mais alta, e com recursos 3D, caso sejam usados para aplicações de engenharia, CAD e computação gráfica em geral. Esses PCs também precisam de processadores velozes e generosas quantidades de memória, bem como um disco rígido de alto desempenho. É fundamental o uso de um dispositivo de backup, já que em uma aplicação profissional, dados perdidos poderão representar um grande prejuízo. PCs para serem utilizados com jogos 3D de última geração devem ter uma configuração também avançada, parecida com a dos PCs para uso profissional, e preferencialmente deve ter uma boa placa de som com áudio 3D.

Qualidade dos componentes de um PC novo

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Se você vai montar um PC novo, outra questão importante é a qualidade dos componentes utilizados. Existem no mercado brasileiro, componentes de alta qualidade e preços mais elevados, e também componentes de qualidade inferior e preços mais baixos. Se você produzir e vender um PC com peças de má qualidade, seu cliente ficará inicialmente satisfeito com o preço baixo, mas depois de algum tempo ficará insatisfeito com a baixa confiabilidade do comptuador. Você irá perder este cliente. Ao usar peças de melhor qualidade, você conseguirá apenas os clientes mais criteriosos, cientes de que o melhor PC é um pouco mais caro. Em compensação seu cliente ficará satisfeito e o indicará para outras pessoas.

Cuidado com a eletricidade estática

Por melhor que seja a qualidade dos componentes, tudo pode ser colocado a perder se eles não forem manuseados corretamente. Todos os dias, milhares de chips, placas, discos rígidos, memórias e outros componentes são danificados por descargas eletrostáticas (ESD). Veremos portanto neste capítulo, os cuidados que você deve tomar para não danificar as peças do computador com a eletricidade estática.

Dificuldades mecânicas

Quem sabe montar um PC, a princípio sabe montar todos. Existem pequenas diferenças em relação ao formato do gabinete. Encontramos gabinetes horizontais e verticais (também chamados de desktop e torre, respectivamente), existem diferenças nos métodos de fixação da placa de CPU, na disposição interna dos drives. Felizmente a diversidade de gabinetes não resulta em dificuldades muito grandes, e para a felicidade dos montadores de PCs, a maioria das etapas da montagem são idênticas. De qualquer forma, antes de detalhar a montagem de PCs, faremos uma apresentação dos principais tipos de gabinetes, o que tornará a montagem ainda mais fácil.

As etapas da montagem

Dividimos a montagem do PC em etapas independentes. São elas:

1) Preparação da placa de CPU, gabinete e drives

Nesta etapa vamos instalar as memórias, o processador e o cooler, além de revisar os jumpers da placa de CPU. Desta forma não precisaremos fazer alterações depois que a placa estiver instalada no gabinete.

2) Fixação da placa de CPU no gabinete

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Veremos aqui os diferentes métodos usados para fixar a placa de CPU no gabinete. Existem os espaçadores plásticos e os parafusos metálicos, existem formas diferentes de posicionar a placa, dependendo do tamanho do gabinete.

3) Fixação dos drives e do disco rígido

Drive de disquetes, disco rígido, drive de CD-ROM e até um ZIP Drive interno, devem ser aparafusados ao gabinete. Todos esses drives possuem furos laterais para a colocação dos parafusos que os prenderão ao gabinete.

4) Fixação das placas de expansão

Esta é a hora de fixar a placa de vídeo, caso a placa de CPU não utilize vídeo onboard. Certos conectores auxiliares que acompanham algumas placas de CPU também devem ser instalados nesta etapa.

5) Conexão dos cabos

Cabos flat que interligam as diversas placas e drives, bem como os cabos de alimentação e demais cabos envolvidos são ligados nesta etapa.

6) CMOS Setup

Aqui declaramos a data e a hora, os parâmetros do disco rígido e várias opções de funcionamento do hardware.

7) Formatação do disco rígido

Somente depois de realizadas a partição e a formatação lógica o disco rígido estará pronto para receber dados, inclusive para a instalação do sistema operacional.

8) Ajustes finais

Esta é a hora de configurar o display digital, organizar os cabos e checar se tudo está funcionando. O computador estará pronto para a instalação do sistema operacional.

Logo começaremos a apresentação dessas etapas da montagem, mas antes vamos aos tópicos preliminares, sem os quais toda a montagem pode ser colocada a perder.

Cuidado com a eletricidade estática

As descargas eletrostáticas (ESD) correm quando os componentes são tocados com as mãos pelos vendedores, técnicos e usuários. Elas resultam em problemas de funcionamento. Tais problemas seriam evitados se essas

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pessoas tomassem os devidos cuidados, o que por sinal não dá trabalho algum. Vejamos então o que são as descargas eletrostáticas, os problemas que causam e como evitá-las.

Como ocorrem as descargas eletrostáticas

As descargas eletrostáticas ocorrem quando tocamos placas e chips com as mãos. Quando o vendedor coloca uma placa na vitrine, ou quando cola e escreve aquela etiqueta da garantia, ou quando ele retira ou coloca uma placa, chip ou disco rígido na embalagem. Ocorre quando o técnico ou o usuário segura as peças para fazer a instalação. Os vendedores e técnicos deveriam tomar cuidado. Afinal as peças que estão manuseando não pertencem a eles, e sim ao usuário que irá comprá-las.

O que são as descargas eletrostáticas

Todos se lembram de um belo dia, lá por volta da sexta série do primeiro grau, quando na aula de ciências é apresentada uma experiência com eletricidade estática. Esfregamos uma caneta nos cabelos ou no casaco, tornando-a eletrificada. A caneta passa a atrair para si, pequenos pedacinhos de papel. Os elétrons acumulados na caneta são os responsáveis por esta atração. Quaisquer materiais, quando friccionados entre si, produzem quantidades maiores ou menores de eletricidade estática. Ao se levantar de uma cadeira forrada com material plástico, retirar um casaco de lã ou mesmo ao andar por um carpete, o corpo humano acumula cargas suficientes para gerar uma tensão de alguns milhares de volts. Certamente você já deve ter tomado algum dia, um choque ao abrir a porta de um automóvel, ou mesmo uma porta comum. Tensões estáticas superiores a 3000 volts são percebidas por nós, na forma de um pequeno choque. Tensões mais baixas não chegam a provocar choques, por isso tendemos a não acreditar nas descargas eletrostáticas. Para danificar um chip de memória ou um processador, bastam algumas dezenas de volts.

Os estragos causados pelas descargas eletrostáticas

Descargas eletrostáticas podem causar dois tipos de falhas: catastróficas e latentes. As falhas catastróficas são as mais fáceis de serem percebidas. A placa, chip ou disco rígido simplesmente não funcionam, mesmo quando novos. O usuário compra um módulo de memória, o vendedor o toca com as mãos. Talvez tenha queimado. O usuário vai instalar o módulo e a memória não funciona. Sendo imediatamente percebida esta falha, o usuário pode ir à loja e solicitar a troca (azar do dono da loja). As falhas latentes são bem piores. O equipamento funciona aparentemente bem, mas depois de

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alguns meses, semanas ou até dias, a falha é manifestada, de forma permanente ou intermitente.

Os fabricantes avisam

Todos os chips, placas e discos rígidos possuem avisos dos seus fabricantes, alertando sobre os perigos da eletricidade estática. Todos os fabricantes, sem exceção, dão este aviso.

Figura 22.1

Etiquetas com advertências sobre a eletricidade estática.

Influência da umidade relativa do ar

É errado pensar que as descargas eletrostáticas só ocorrem quando o clima é seco. Andar em um carpete pode gerar tensões de 3500 volts se a umidade relativa do ar estiver baixa, ou de apenas 1500 volts se a umidade estiver alta. Esta tensão é mais que suficiente para danificar qualquer chip.

Porque não sentimos choque

Felizmente não sentimos choque na maior parte das descargas eletrostáticas.

Tendemos a não acreditar no perigo devido à ausência de choque. A duração das descargas é tão pequena (bilionésimos de segundo) que não permite estabelecer uma corrente elevada, mesmo sendo a tensão tão alta.

Ainda assim é suficiente para danificar os minúsculos transistores que formam os chips.

Como proteger os circuitos

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É muito fácil evitar as descargas eletrostáticas. Não dá trabalho algum, é só uma questão de cuidado. Vendedores devem manter os produtos dentro das suas embalagens anti-estáticas. Ao retirá-los da embalagem, devem sempre segurar as placas pelas bordas, sem tocar nos chips e conectores. Um disco rígido deve ser segurado pela sua carcaça, e não pela placa de circuito.

Processadores devem ser seguros sem que toquemos nos contatos metálicos.

Técnicos e usuários devem tomar os mesmos cuidados, mas como manuseiam os componentes durante muito tempo, precisam ainda realizar uma descarga de segurança. Para isso basta tocar com as duas mãos um corpo metálico, como o gabinete ou a fonte do computador, antes de realizar as instalações de hardware. Um bom laboratório de manutenção deve ter pulseiras anti-estáticas para os seus técnicos.

Figura 22.2

Pulseira anti-estática e sua utilização.

O ideal é que você utilize a pulseira anti-estática ao manusear componentes de hardware. Além disso, é preciso seguir as regras apresentadas aqui:

1) Antes de manusear os equipamentos, toque suas duas mãos em uma janela metálica, não pintada. Se isto não for possível, toque com as duas mãos a fonte de alimentação do computador. Se a fonte for pintada, toque em outra parte do interior do gabinete que seja de metal, e não pintada (figura 3). Repita esta descarga a cada 15 minutos.

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Figura 22.3

Descarregando a eletricidade estática.

2) Segure as placas pelas suas bordas laterais. A figura 4 mostra a forma correta e a forma errada de segurar uma placa. Um disco rígido deve ser segurado pela sua carcaça metálica. A figura 5 mostra a forma correta e a forma errada de segurar um disco rígido. Módulos de memória e processadores também devem ser segurados pelas laterais, sem tocar nos seus contatos metálicos.

Figura 22.4

Forma certa e errada de segurar uma placa.

Figura 22.5

Forma certa e errada de segurar um disco rígido.

O que acompanha cada peça

Ao comprar as diversas peças envolvidas na montagem de um PC, é preciso exigir os seus manuais, disquetes, cabos e demais acessórios. Este material

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será necessário para obter sucesso na montagem. Mesmo micros que são vendidos prontos devem ser acompanhados dos manuais e disquetes de suas placas. Vejamos então o que deve acompanhar cada módulo.

Placa de CPU

Este é o módulo que possui o maior número de acompanhantes. São eles:

Manual da placa de CPU

2 cabos flat IDE

Cabo flat para drives

Cabos das interfaces seriais e paralelas (nas placas padrão AT)

Conectores VGA (em placas AT com vídeo onboard)

Conectores de som (em placas AT com som onboard)

CD com software de apoio e drivers da placa de CPU

Mecanismos de fixação do processador

O manual da placa de CPU traz todas as informações necessárias à sua montagem, instalação de memórias, instalação de um novo processador e como realizar o CMOS Setup. São ainda fornecidos os cabos flat para dar acesso às interfaces IDE e interface de drives. Placas padrão ATX possuem as interfaces seriais e paralelas acessíveis por conectores na sua parte traseira, mas as do padrão AT possuem conectores auxiliares para essas interfaces.

Placas de CPU ATX com vídeo onboard possuem um conector VGA (DB- 15) localizado na sua parte traseira. Já as placas AT com vídeo onboard utilizam uma extensão VGA. Da mesma forma, placas ATX com som onboard possuem na sua parte traseira as conexões de áudio e do joystick.

As placas de CPU AT, quando possuem som onboard, são acompanhadas de um conector de som, como o mostrado na figura 6.

Figura 22.6

Conectores para som, que acompanham placas de CPU AT com som onboard.

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As placas de CPU modernas são ainda acompanhadas de um CD-ROM com software de apoio. Podemos encontrar diversos tipos de software:

Drivers de vídeo para Windows e outros sistemas operacionais, no caso de placas de CPU com vídeo onboard.

Drivers de som, para placas de CPU com som onboard.

Drivers de rede, para placas de CPU com “rede onboard”

Drivers de modem, para placas de CPU com modem onboard

Driver Ultra DMA

AGP Miniport Driver

Drivers do chipset

Software para monitoração de temperatura e voltagem.

Figura 22.7

Conectores das interfaces seriais e paralelas que acompanham as placas padrão AT.

Assim como ocorre com qualquer placa de vídeo e placa de som, as placas de CPU que englobam circuitos de vídeo e som necessitam de drivers apropriados para que esses circuitos funcionem.

As placas de CPU cujas interfaces IDE são capazes de operar nos modos ATA-33, ATA-66 e ATA-100 são acompanhadas de um driver que ativa esses modos de operação. As versões mais recentes do Windows possuem drivers similares, mas quando a placa de CPU possui um chipset mais novo, não suportado pelo Windows, é preciso utilizar o driver que o fabricante fornece neste CD.

Muitas placas são acompanhadas de um software de monitoração, através do qual vários itens do seu funcionamento são checados: temperatura do processador, temperatura do interior do gabinete, velocidade de rotação dos coolers, quantidade de memória livre, espaço em disco, tensões geradas pela

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fonte, tensões que alimentam o processador, etc. Quando são detectadas condições críticas, este software informa ao usuário, que pode providenciar o fechamento dos programas em execução antes que o problema se torne mais sério, ou até mesmo desligar o computador. Desta forma é reduzida a chance de perda de dados.

Placa de vídeo

Esta placa em geral é acompanhada do seguinte material:

Manual da placa

CD-ROM com drivers SVGA e utilitários

Algumas são acompanhadas de jogos e outros softwares

Nem sempre o manual é necessário para a montagem do computador, mas sempre existem informações técnicas valiosas. Por exemplo, certas placas antigas permitem a instalação de mais memória de vídeo. Podem ser expandidas de 1 MB para 2 ou 4 MB. As instruções para esta expansão estão explicadas no seu manual. Existem também tabelas que mostram os modos gráficos que a placa pode utilizar. Tais informações podem ser úteis para regular o funcionamento da placa, com o objetivo de aproveitar melhor os recursos do monitor.

No CD-ROM que acompanha a placa de vídeo, é possível encontrar, além de utilitários que permitem o seu controle, drivers para habilitar o seu funcio- namento em vários sistemas operacionais.

Disco rígido

O disco rígido é em geral acompanhado de:

Manual

Disquete com driver LBA

O manual é sempre muito importante. Certos modelos de disco rígido pos- suem estampadas na sua carcaça um resumo das informações mais impor- tantes do seu manual. O disquete com o driver LBA é necessário apenas para fazer a instalação em PCs com BIOS antigos. As antigas versões de BIOS disponíveis não eram capazes de operar diretamente com discos rígidos com capacidades acima de 504 MB. Os fabricantes de discos rígidos passaram então a fornecer um disquete com um software que adiciona a função LBA (Logical Block Address), permitindo o uso de discos IDE com até cerca de 8 GB. As atuais placas de CPU já possuem no BIOS a função

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