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BACEN - Técnico Administrativo Fundamentos de Gestão de Pessoas. Prof. Rafael Ravazolo

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Prof. Rafael Ravazolo

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Fundamentos de Gestão de Pessoas

Principais modelos de administração pública: patrimonialista, burocrático, nova gestão pública e papéis do Estado.

O papel da área de recursos humanos.

Recrutamento e seleção – formas de recrutamento, perfil do candidato, perfil do posto, técnicas seletivas.

Gestão de desempenho: avaliação de desempenho, feedback, reconhecimento, elementos que favorecem desempenho de equipes.

Gestão por competências: mapeamento e avaliação. Gestão de pessoas com foco em resultados.

Treinamento, Desenvolvimento e Educação: conceitos e importância, operacionalização e rotinas. Planos de carreira. Educação corporativa.

Benefícios, higiene, segurança e qualidade de vida. Benefícios e serviços.

Bancos de dados e sistemas de informações de recursos humanos.

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Modelos Teóricos de Administração Pública

Três modelos básicos: patrimonialista, burocrático e gerencial.

Estas três formas se sucedem no tempo, sem que, no entanto,

qualquer uma delas seja inteiramente abandonada.

Patrimonialismo: res publica não é diferenciada da res principis; o

aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano; os cargos são considerados favores pessoais.

Burocracia: surgiu para combater o patrimonialismo, por meio do

controle rígido (a priori) dos processos, da impessoalidade, da legalidade e da profissionalização. Na prática, possui inúmeras disfunções.

Gerencialismo (Nova Administração Publica): busca combater as

disfunções burocráticas (ineficiência); tem foco nos resultados (controle a

posteriori), redução de custos, descentralização da autoridade e aumento

da qualidade dos serviços ofertados aos cidadãos.

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Modelo Patrimonialista

• ­Primeiro modelo de administração dos Estados Nacionais modernos.

‒ Estado era uma extensão do poder do soberano ­ não havia diferenciação entre os bens do governante (res principis) e os bens públicos (res publica); ‒ Captura da Administração Pública por entes privados: propriedade e o

exercício do poder são parte do patrimônio pessoal do governante.

‒ Administração é tratada como assunto pessoal do senhor: falta de regras universais – predominância de situações casuísticas e personalistas.

• Max Weber:

‒ Estado Patrimonialista: governos servem ou favorecem os interesses de uma rede de amigos, familiares, apadrinhados e afiliados políticos que demonstram lealdade aos donos do poder.

‒ Estado Não Patrimonialista: defende os interesses da sociedade como um todo de forma impessoal; as instituições e cargos públicos existem para servir a nação e não podem ser usados para ganhos privados.

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Modelo Patrimonialista

Dominação legitimada pela tradição (Dominação Tradicional ­

Weber) tende ao Patrimonialismo.

‒ Tem respaldo nos costumes, nas tradições.

‒ Não se obedece a estatutos, mas a pessoas indicadas pela tradição. ‒ Não se obedece ao líder devido ao seu carisma ou “poder divino”. ‒ Há quadro administrativo, mas não possui elementos como:

o competência fixa segundo regras objetivas; o hierarquia racional fixa;

o nomeação e promoção regulada por contrato; o formação profissional;

o salário fixo ­ as fontes de sustento dos "servidores" são a

apropriação privada de bens e a degeneração do direito a taxas.

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CESPE 2011 PREVIC

O modelo patrimonialista é caracterizado pela confusão entre o

interesse público e o interesse privado, em que prevalece a noção de que o Estado é uma extensão da família real.

CESPE 2011 TRE

O gestor público que se pauta pelo modelo patrimonialista age de acordo com o princípio que preconiza ser o Estado aparelho que funciona em prol da

sociedade.

CESPE 2014 SUFRAMA

No Estado patrimonial, a estrutura pública é tida como extensão do poder do soberano, de modo que seus servidores possuem status de nobreza.

CESPE 2011 PREVIC

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CESPE 2014 TRE

O modelo burocrático foi adotado por diversos países em substituição

ao modelo patrimonialista de administração pública, no qual o patrimônio público não se distinguia do privado.

CESPE 2012 ANCINE

A administração pública burocrática substituiu a administração patrimonialista, na qual o Estado era entendido como propriedade do rei e em que não havia clara distinção entre o patrimônio público e o privado.

CESPE 2013 BACEN

Um dos principais modelos da administração pública é o modelo burocrático, segundo o qual o Estado é uma extensão do poder soberano, e o interesse

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Modelo Burocrático

Forma de combate ao patrimonialismo:

‒ Busca proporcionar maior controle e eficiência da coisa pública, justiça e tratamento igualitário

para servidores e para cidadãos.

Ganha força devido às mudanças ocorridas nas sociedades

modernas (séc. XVIII):

‒ Distinção entre mercado, sociedade e Estado; Liberalismo;

Democratização; Revolução industrial; Emergência de novas classes sociais; Economia monetária; Iluminismo; Protestantismo;

Crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas, etc.

É uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade,

isto é, na adequação dos meios aos objetivos,

a fim de garantir a máxima eficiência (Weber).

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O que é burocracia?

Diversas visões:

‒ Sociológica – Max Weber – tipo puro, tipo ideal. ‒ Popular – disfunções.

‒ Classe social.

X

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Burocracia

Remonta à época da Antiguidade, quando o ser humano

elaborou e registrou suas primeiras normas estatais e sociais.

Uso da expressão Burocracia: século XVII ­ Vincent de Gournay

‒Poder exercido pelos funcionários da administração estatal sob a

monarquia absolutista francesa.

Bureau = escritório + Krátos = poder, força

‒“Temos uma doença que faz muitos estragos; essa doença se

chama buromania”.

‒Gounay considerava a burocracia uma quarta forma de governo

(junto com monarquia, aristocracia e democracia).

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Max Weber – Teoria da Burocracia

1864 – 1920

• Professor, Sociólogo, Filósofo, Jurista, Economista, Cientista Político... • Era Administrador de empresas?

• Inventou a burocracia?

• Defendia a Burocracia?

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Max Weber – Teoria da Burocracia

• Weber não se preocupou em definir a burocracia: ele relacionou suas

características ao estudar a modernização na sociedade alemã no século XIX.

‒ Modernização = mudanças nas sociedades capitalistas: liberalismo, democratização, iluminismo, reforma protestante, revolução

industrial, emergência de novas classes, etc.

• Queria entender a forma pela qual uma comunidade social

aparentemente amorfa chegava a transformar­se em sociedade dotada de racionalidade.

• Entendia que a peculiaridade histórica do Estado moderno estava exatamente em ser uma empresa similar a uma fábrica.

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Max Weber – Teoria da Burocracia

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Max Weber – Teoria da Burocracia

“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”

Por que algumas sociedades ocidentais desenvolveram o

capitalismo, enquanto outras sociedades não?

‒ Por convicções religiosas!

• Catolicismo: lucro = pecado, culpa.

• Ética Protestante: normas sociais e morais que pregam o

trabalho árduo, a poupança e o ascetismo (desapego aos

prazeres mundanos).

‒ Reaplicação dos excedentes no próprio negócio, em vez do consumo em símbolos improdutivos de vaidade e de prestígio.

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Max Weber – Teoria da Burocracia

“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”

O capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna são

três formas de racionalidade que surgiram a partir das mudanças

religiosas ocorridas inicialmente em países protestantes ­ Inglaterra e

Holanda – e não em países católicos.

‒Capitalismo = empresas cujo objetivo é o maior lucro possível e

cujo meio é a organização racional do trabalho/produção.

Papel da Burocracia = racionaliza a evolução do capitalismo,

organizando as pessoas e o crescimento econômico, político e social.

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Max Weber – Teoria da Burocracia

“Economia e Sociedade”

Originalmente: parte da coletânea Grundriss der Sozialökonomik ­

Elementos de economia social.

Obra póstuma:

‒4 primeiros capítulos (conceitos sociológicos básicos) ­ escritos

em 1919­1920 e entregues para publicação pelo próprio Weber.

‒Outros segmentos – manuscritos (entre 1909 e 1914)

organizados pela viúva (Marianne Weber).

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“Economia e Sociedade”

Estudos sobre Poder: probabilidade de impor a própria vontade em

uma relação social.

Tipos de poder:

‒Disciplina ­ obediência pronta, automática

‒Dominação ­ “probabilidade de encontrar obediência a uma

ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas

indicáveis”

o Fundamento: crença na legitimidade.

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Max Weber – Teoria da Burocracia

Três tipos puros de dominação:

‒Carismática: baseada na veneração ­ características pessoais

especiais, extracotidianas, poderes sobrenaturais, etc.

o “O Líder” e “os adeptos”: psicologicamente, esse “reconhecimento”

é uma entrega crente e inteiramente pessoal, nascida do entusiasmo ou da miséria e esperança.

‒Tradicional: baseada em costumes, tradições – típica do Estado

Absolutista – patrimonialismo.

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Max Weber – Teoria da Burocracia

“Tipo puro” ou “Tipo ideal”: mostra como se desenrolaria uma ação

humana se estivesse orientada para o fim de maneira estritamente

racional, pura, sem perturbações ou desvios irracionais.

‒ Conceito abstrato ­ não encontrado na vida real.

‒ “A sociologia constrói conceitos de tipos e procura regras gerais dos

acontecimentos”

Ação real: influenciada por irracionalidades

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“A forma de legitimidade mais corrente na sociedade é moderna é a

crença na legalidade, a submissão a estatutos e a procedimentos

formalmente corretos.”

‒Estado Moderno = conjunto de normas e regras, de origem

impessoal e pré­determinada

‒Vantagem da administração burocrática: é a forma mais racional

do ponto de vista técnico e formal

‒É inevitável para a administração de massas

‒É uma forma de profissionalização

‒É a dominação baseada no saber/conhecimento

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Burocracia Weberiana ­ características

Chiavenato:

‒Caráter legal das normas e regulamentos

‒Caráter formal das comunicações

‒Racionalidade e divisão do trabalho

‒Impessoalidade nas relações

‒Hierarquia de autoridade

‒Rotinas e procedimentos padronizados

‒Competência técnica e meritocracia

‒Especialização da administração

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Burocracia Weberiana ­ vantagens

Vantagens = avanço da burocracia sobre as outras formas de

associação

‒Racionalidade e precisão

‒Rapidez nas decisões

‒Univocidade de interpretação

‒Uniformidade de rotinas e procedimentos

‒Continuidade da organização e constância

‒Redução do atrito entre as pessoas

‒Confiabilidade – previsibilidade

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Resumo ­ Burocracia Weberiana

• Palavras­chave: formal, legal, racional, impessoal,

eficiente, profissional, mérito, especialização, controle a priori (processo). • Coisas que os autores dizem:

‒ Conjunto de regulamentos, leis e normas que os funcionários devem cumprir, sempre supervisionados e respeitando a hierarquia.

‒ É um sistema que busca organizar, de forma estável e duradoura, a cooperação de um grande número de pessoas, cada qual detendo uma função especializada.

‒ Separa­se a esfera privada e familiar da esfera do trabalho, esta vista como a esfera pública do indivíduo.

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Disfunções da Burocracia

Disfunções = problemas da burocracia na prática

Para os autores que criticam a burocracia:

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Disfunções da Burocracia

Weber era um crítico à burocratização:

‒“É horrível pensar que o mundo possa vir a ser um dia dominado

por homenzinhos colados a pequenos cargos, lutando por

maiores.”

Weber foi reinterpretado de forma equivocada: o ponto central de

sua obra era poder e dominação.

‒As críticas à burocracia “tipo puro” de Weber são oriundas desse

erro.

‒Ele não queria tornar a burocracia um modelo administrativo

para as organizações modernas.

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Disfunções da Burocracia

Merton: burocracia é um sistema social desumano e mecanicista.

‒Internalização das normas.

‒Excesso de formalismo e papelório.

‒Resistência a mudanças.

‒Despersonalização do relacionamento.

‒Categorização do processo decisório ­ excesso de hierarquia.

‒Superconformidade às rotinas e procedimentos ­ maior

importância ao modo de fazer do que ao resultado.

‒Exibição de sinais de autoridade.

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Disfunções da Burocracia

Crozier: a fragmentação e a subordinação impostas pelo modelo burocrático paralisam as comunicações e a inovação;

‒ As regras moldam as relações entre os grupos, reforçando a impessoalidade na organização;

‒ A centralização do poder, a estratificação dos indivíduos em grupos homogêneos e fechados induziriam comportamentos que reforçariam ainda mais essas mesmas regras e estruturas, em um círculo vicioso; ‒ É impossível conceber nas organizações burocráticas uma política de

mudança gradual e permanente – a mudança de burocracias é causada por crises;

o Crise é o meio para chegar a operar os reajustes necessários.

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Disfunções da Burocracia

Autores estruturalistas:

‒O caminho moderno consiste em utilizar o modelo burocrático de

Weber como ponto de partida, mas reconhecendo as suas

limitações e consequências disfuncionais.

o É adequada para atividades rotineiras e repetitivas; não é para

organizações flexíveis.

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Burocracia como classe social

Burocratas:

‒ Tendência a se unir como um segmento social diferenciado da população em geral, buscando privilégios e poder.

• Administração da coletividade: burocratismo

• China, Rússia, etc. – classe de funcionários que detinha o Estado como sua propriedade.

A sociedade moderna é uma sociedade de organizações burocráticas

submetida a uma grande organização burocrática: o Estado.

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CESPE 2013 TCE

O controle dos abusos contra o patrimônio público é uma das características almejadas pela administração pública burocrática. CESPE 2014 TRE

Comparativamente a outros modelos, as desvantagens do modelo burocrático incluem a sua rigidez, que pode levar à ineficiência do aparelho administrativo. CESPE 2013 CNJ

A administração pública burocrática é orientada para a racionalidade absoluta e prevê o controle rígido dos processos e procedimentos como o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção.

CESPE 2012 MP

A reforma burocrática mais recente da administração pública seguiu um modelo cujos pilares envolvem conceitos de impessoalidade, profissionalismo e

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