Newsletter da Sociedade Israelita da Bahia - Ano 05 - N°203, 15 de Iyar 5770 - 29/04/2010
PARASHÁ DA SEMANA
B”H O poder de nossas palavras
Esta semana leremos na Torá a Parashá Emor, que poderíamos traduzir do hebraico como " Deves dizer", já que assim começa a leitura dizendo: "Disse Ad' à Moche: Fala aos Kohanim filhos de Aharon e deves dizer..." (Levítico 21:1).
Este versículo nos está introduzindo para uma reflexão de um dos conceitos mais importantes na vida de todo ser humano, e é justamente o poder que tem nossas palavras, as quais nem sempre lhe prestamos atenção, e inclusive nem sempre conseguimos compreender quanto valor elas tem ou o poder nas mesmas.
Certa vez me contaram o seguinte relato Chassídico:
Em um povoado muito distante na Polônia, vivia um Rabino muito famoso, a qual tinha sua casa de estudos sempre cheia de discípulos que se aproximavam dele para estudar.
Certo dia, o Rabino pediu a um dos seus discípulos que fosse para o mercado e lhe trouxesse a melhor comida que ali encontrasse.
O aluno assim o fez acatando o pedido do Rabino.
Nem bem este chegou, o Rabino lhe pediu (ao mesmo discípulo) que agora fosse ao mercado e lhe trouxera a pior comida que ali encontrasse. E assim foi o aluno e cumpriu com o desejo do seu mestre.
ser que quando lhe pediu que trouxesse a melhor comida, lhe trouxe língua e quando pediu que trouxesse a pior, novamente lhe trouxe língua?
O aluno lhe explicou que a língua pode ser a pior comida que existe sobre a terra, já que com ela se pode destruir o mundo. Se puder gerar muito ódio, rancor e alienar as pessoas. Ainda assim, a língua pode também ser o manjar mais saboroso que existe sobre a terra, já que com esta, não somente se pode dizer palavras bonitas, de amor, de companheirismo e ajuda ao próximo, mas também se pode conseguir construir um mundo melhor.
Neste momento, o Rabino concordou com sua cabeça e compreendeu aquele ensinamento talmúdico que diz: "Rabi Chanina nos ensina: 'Muito aprendi dos meus mestres e muito mais dos meus camaradas mas, acima de todos, aprendi com meus alunos..." (Taanit 7ª). Este relato nos ensina justamente quão importantes são as palavras que saem de nossos lábios. Com elas podemos dizer, falar, explicar, gritar, exclamar e proclamar nossos pensamentos e demais sentimentos que temos diariamente. Mesmo assim, também devemos saber que para que nós possamos cumprir com este propósito sempre tem que existir alguém que possa escutar.
Escutar, assim como falar, são dois conceitos fundamentais que permitem que nós homens nos comuniquemos, nos entendamos e consigamos construir uma sociedade melhor, dia a dia.
Claro está que nem sempre somos escutados, ou bem, nem sempre comunicamos e dizemos da forma mais amena, o qual pode gerar no outro algum tipo de rechaço a nossas palavras.
Seguramente se pudéramos escutar a nós mesmos antes de falar, ou até mesmo prestar a adequada atenção a quem nos está falando e quer que o escutemos, estou seguro que outra seria a história.
Queira D-us que neste Shabat Kodesh, possamos aprender a escutar aquele que o necessita e poder criar orações que possuam palavras de harmonia, bem estar e construção de um mundo sem ódio nem inveja e sim um mundo de amor entre os seres que o compõem. .
Shabat Shalom Umeborach Rab. Ari Oliszewski
Notícias da comunidade
Para ver as outras fotos clique aqui ou copie e cole o seguinte endereço no seu navegador: http://www.flickr.com/photos/sibenews/sets/72157623956633556/
Fotos de Rosinha Cardonsky, Alexandre SIlva e Roberto Camara Jr.
Shabat Festivo
CONVITE:
Convidamos nossa coletividade para participar do Cabalat Shabat Festivo,
no dia 30.04.2010, às 19:00 h, na SIB, com a presença do Sr. Rony
Steinitz - Diretor Geral da Agência Judaica na América Latina, da Sra.
Gaby Glazman - Representante Geral da Agência Judaica no Brasil e da
Sra. Drorit Kaufmann Nedal – Representante do Depto. Financeiro da
Agência Judaica no Brasil.
SHALOM!!
A DIRETORIA
Fotos do último Motzei Shabat
Na semana passada o diretor Executivo de Masorti Para America Latina Lic. Ariel Blufstein, esteve em nossa comunidade onde participou das cerimônias de Shabat. sua visita foi muito bem
aproveitada, com reuniões com membros da diretoria e da comunidade que é o começo de uma nova etapa de trabalho pela a comunidade, o movimento e a continuidade judaica no mundo interno.
Como sempre a presença dos Semi-Novos foi imprescindível para a alegria da festa.
Felicitações
Parabéns a Miguel Kertzman pela sua nova posição como superintendente da Transalvador. Que seja em boa hora. Neste Shabat, o Rabino Ari fará uma benção especial à Miguel para ajudá-lo nesta nova fase.
Habonim Dror
CAROS CHAVERIM,
ESSE SÁBADO NÃO TEREMOS ATIVIDADE DO DROR,
DEVIDO AO FERIADO.
CONTATOS: Marcus Fichman: 9932-2292 / 3247-2514 Igor Brachmans: 8886-1899 / 3267-0334
http://www.habonimdror-ba.blogspot.com/
CONHECENDO + O HABONIM DROR
Hoje vamos dar início à parte ideológica do estatuto do DROR, com o nosso primeiro pilar, o Judaísmo.
Definimos nosso judaísmo como Judaísmo Cultural Humanista, pois acreditamos que o judaísmo é uma civilização que possui povo, nação, idioma, história, tradições, uma cultura e uma religião que faz parte dessa cultura, e porque os valores dessa cultura se relacionam diretamente com o bem-estar do ser humano e a busca do mesmo, como tzedaká, tikun olam, educação e outros.
O judaísmo cultural humanista está intrínseco na ideologia do Habonim Dror como um todo. Acreditamos que Israel é o centro da civilização judaica e, o advento do sionismo revolucionou a maneira pela qual podemos manifestar nosso judaísmo. Acreditamos também que o judaísmo visa à liberdade e dignidade do povo judeu, assim como a liberdade e dignidade de todo ser humano e todos os povos.Os seres humanos têm a responsabilidade de resolver problemas humanos. A tzedaká, que é a justiça e ação social, e a tikun olam, que é o compromisso em melhorar o mundo, são valores fundamentalmente judaicos.
seus valores culturais, e assim, da maneira como a utilizamos, é também um instrumento de transformação.
O chaver do Habonim Dror deve buscar se vincular com o judaísmo de forma ativa praticando sua cultura, suas festividades, suas tradições, seu ciclo de vida, criando e mantendo seus rituais, estimulando o estudo de sua história, sua filosofia, literatura e todo tipo de manifestação cultural judaica, em um ambiente livre e pluralista. Deve também se conectar com o passado, o presente e o futuro do povo judeu, valorizando e preservando sua história, preocupando-se com seu estado atual suprindo suas necessidades e desenvolvendo-o em um caminho mais humanista, e comprometendo-se com seu futuro participando da sua construção para concretizar nossos objetivos atuais.
Curso de liderança da Conib realiza segundo módulo com a participação
de membros da comunidade
A Conib desenvolve, em parceria com o Insper – IBMEC São Paulo, um curso de liderança com o objetivo de aprimorar as competências dos atuais e futuros líderes da comunidade judaica brasileira. Mais de 20 representantes das comunidades judaicas de Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo participaram do segundo módulo, em abril, que tratou dos dilemas de ser líder. Vários integrantes do grupo
consideraram esta fase mais puxada que a anterior. O primeiro módulo foi realizado no final de 2009; o terceiro e último está previsto para o segundo semestre de 2010.
Jayme Nigri, aluno do curso que trabalha no Espaço Saber do Departamento Cultural da Hebraica de São Paulo, avalia o curso como uma formação de longo alcance, que lhe trouxe uma nova visão de mundo. Segundo Nigri, o curso não dá um roteiro de como fazer as
Estiveram presentes no curso Mauricio Szporer, Luciano FIngergut, Sérgio Auster, Rabino Ari Oliszewski e Alan Kertzman, representando a nossa comunidade.
Sobre o curso, diz Sérigio Auster: "O curso de liderança comunitária em SP realizado de 12 á 16 de Abril foi muito proveitoso pelos debates e reflexões trazidas pelo professor Maurizio Mauro, e pela integração do grupo nos trabalhos desenvolvidos em sala com enfoque nas comunidades no Brasil."
Colaboração dos leitores
Oi!
Pra quem não me conhece, meu nome é Jéssica Maguilnik Leão, tenho 16 anos,
sou parte da comunidade judaica da Bahia e sou madrichá do Dror. Como alguns
de vocês sabem, estou aqui nos Estados Unidos, mais precisamente em Boston,
Massachusetts, fazendo intercâmbio por um ano. Vou contar minha experiência
até agora em relação ao judaísmo.
Cheguei aqui há 8 meses atrás, e estou morando desde o primeiro dia em um
bairro chamado Brookline, onde 40% da população é constituída de judeus. No
início, devo dizer, foi uma grande surpresa, até mesmo um choque. Estava
empolgada, "Você é judeu/judia? EU TAMBÉM!!! Olha que legal!!!", apesar de que
ninguém entendia e achava muito estranha a minha reação. Logo entendi que o
que eu estava fazendo aqui era o equivalente de parar alguma garota da escola e
falar "Você é uma menina!!! EU TAMBÉM! Coincidência, não é?". Todos os
supermercados têm uma seção gigante de produtos kosher. Têm tantas sinagogas
que já perdi a conta. Em feriados judaicos não tenho aula ou dever de casa (e a
minha escola não é judaica). Todos os meus amigos, judeus ou não, sabem o que é
Bar e Bat Mitzvah, Pessach, Chanuká, Yom HaShoah. Desconhecidos te desejam
Shabat Shalom ou Shavua Tov nas ruas. Têm cerimônias e comemorações de todos
os tipos, de todos os jeitos, em todos os lugares. O clima judaico é impossível de
ignorar!!
Confesso que estou desacostumada. Vou achar estranho quando voltar e meus
amigos ainda vão chamar minha sinagoga de igreja, me desejar feliz páscoa e
perguntar quantos presentes eu ganhei no Natal. Eles sabem que eu sou judia,
respeitam muito a minha religião, mas simplismente não têm contato nenhum no
dia-a-dia para realmente entender o que é o judaísmo. Vou sentir falta de ter
todos os meus colegas me dando aulinhas de hebraico e poder escolher entre 10
casas todo shabat qual terá os melhores latkes. É muito bom ser 'compreendida'...
Porém, comunidades judaicas grandes nem sempre são perfeitas. Talvez pelo fato
de que todos são judeus, muitos aqui mantêm algumas tradições, mas sem
realmente entendê-las, sem realmente ter muito significado. Eles gostam de ser
judeus, mas também não se importam muito. Ser judeu é tão normal! Todos falam
hebraico, muitos estudarem em colégios judaicos, mas cadê o orgulho? Eles sabem
como conduzir uma cerimônia de shabat mas não sabem porque temos duas chalot
na mesa, ao invés de uma. Elas sabem dizer echad, shta'yim, shalosh, arba,
chamesh (...) mas não sabem explicar muito bem o conflito em Israel.
que vai além das rezas que significam muito para nós, mas que muitas vezes, não
entendemos. Senti falta da nossa comunidade que vence uma luta a cada semana.
É milagroso, estarmos todos juntos ainda, cantando e rezando juntos. Aqui, é
difícil ver o milagre...
Minha experiência aqui está sendo maravilhosa. Ter tantos judeus por perto é um
sonho realizado, aprendi muito, muito mesmo, e mais do que nunca quero ter uma
família judaica, ensinar valores, tradições, e cultura.
Mas estou com saudades da minha comunidade, que em relação ao judaísmo,
praticamente me criou.
Shabat Shalom,
Jéssica
Para rir um pouco
Um casal judeu ganhou vinte milhões de libras na Loteria e começaram a
viver uma vida de luxo.
Compraram uma magnífica mansão em Knightsbridge e proveram suas
vidas com toda a riqueza material imaginável.
Então decidiram contratar um mordomo.
Acharam um perfeito numa agência, muito adequado e bem britânico, e o
trouxeram para casa.
No dia seguinte, o casal instruiu o mordomo a preparar a mesa de jantar
para quatro, pois convidaram os Cohens para almoçar, e depois os dois
saíram de casa para fazer algumas compras.
Quando retornaram encontraram a mesa preparada para oito.
Eles perguntaram a razão, já que o tinham instruído especificamente a preparar a
mesa apenas para quatro.
Cartas
Representante na Bahia:Rosinha Cardonski - 55 71 9973-4330
CALENDÁRIO JUDAICO
PARASHAT HASHAVUA: Eemor ACENDIMENTO DAS VELAS: 17:05 KABALAT SHABAT: 19:00
SHACHARIT: 8:00 MINCHÁ: 17:00
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