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Câmara Municipal de Campo Limpo Estado de São Paulo

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LEI ORDINÁRIA N ° 225, DE 11 DE JUNHO DE 1970

Dispõe sobre a criação dos Cemitérios Públicos e particulares de Campo Limpo Paulista.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO LIMPO PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO, DECRETA A SEGUINTE LEI:

Art. 1º. - A presente lei fixa normas para a criação, funcionamento,

administração e fiscalização dos Cemitérios Públicos e particulares de Campo Limpo Paulista.

Capítulo I Das Definições

Art. 2º. - Para os efeitos desta lei, são adotadas as seguintes

definições:

Sepultura – cova funerária aberta no terreno com as seguintes dimensões : para adulto, dois metros e dez centímetros de comprimento por setenta e cinco centímetros de largura e um metro e cinquenta centímetros de profundidade; para infantes, um metro e cinquenta centímetros por um metro e cinquenta centímetros, respectivamente.

Carneiro – cova com paredes laterais revestidas de tijolos ou material similar, tendo internamente o máximo de dois metros e cinquenta centímetros de comprimento, por um metro e vinte e cinco centímetros de largura.

Carneiro geminado – dois carneiros e mais o terreno entre eles existentes, formado uma única cova, para sepultamento dos membros da mesma família.

Nicho – compartimento do columbário, para depósito de ossos retirados de sepultura ou carneiro.

Ossuário – vala destinada ao depósito comum de ossos provenientes de jazigos, cuja concessão foi reformada ou caduca.

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Mausoléu – monumento fune´raio suntuoso que se levanta sobre o carneiro; o caráter suntuoso pode ser obtido não só pela perfeição da forma, como também pelo emprego de materiais finos, que pelas suas qualidades intrínsecas, supram enfeites e ornamentos.

Jazigo – palavra empregada para designar tanto a sepultura, como o carneiro.

Art 2º. - Para os efeitos desta lei, são adotadas as seguintes definições:

I – sepultura – cova funerária aberta no terreno, com as seguintes dimensões:

a) para adulto: dois metros e dez centímetros de comprimento, por setenta e cinco centímetros de largura e um metro e cinquenta centímetros de profundidade;

b) para crianças: um metro e cinquenta centímetros de comprimento, mantidas as demais dimensões de adultos;

II – Carneiro – cova com paredes laterais revestidas de tijolos ou material similar, tendo, internamente o máximo de dois metros e cinquenta centímetros de comprimento, por um metro e vinte e cinco centímetros de largura;

III – Carneiro germinado – dois carneiros e mais o terreno entre eles existentes, formando uma única cova, para sepultamento de membros da mesma família;

IV – Nicho – compartimento do columbário destinado a depósito individualizado de ossos retirados de sepultura ou carneiro;

V – Columbário – dependência do cemitério, construída em alvenaria e composta de nichos destinados ao seu fim específico;

VI – Ossuário – dependência do cemitério construída em alvenaria, constituída de compartimentos destinados ao depósito comum de ossos provenientes de jazigos, cuja concessão não foi reformada ou caduca;

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IX – Túmulo – construção de características singelas, que se levanta sobre o carneiro;

X – Mausoléu – monumento funerário suntuoso, que se levanta sobre o carneiro. O caráter suntuoso pode ser obtido não só pela perfeição da forma, como também pelo emprego de materiais finos, que, por suas qualidades intrínsecas, supram enfeites e ornamentos;

XI – Gaveta – conjunto de câmaras funerárias, até o máximo de três, superpostas ao nível do solo, obedecidas as dimensões internas aplicáveis aos carneiros, construído em alvenaria e revestido, ao menos externamente, para assegurar compartimentos estanques;

XII – Gaveta subterrânea – conjunto de câmaras funerárias estanques, subpostas ao nível do solo e acessíveis através de um túmulo dotado de entrada adequada. São admissíveis até seis câmaras, separadas pela entrada, sendo duas ou três de cada lado e lateral a entrada, no caso de apenas duas câmaras.

XIII – Jazigo – palavra empregada para designar sepultura, carneiro, túmulo ou gavetas. (Nova redação dada pela Lei nº 1320/1994).

Capítulo II

Disposições Gerais

Art 3º. - Os Cemitérios do Município terão caráter secular e serão

administrados e fiscalizados diretamente pela Prefeitura Municipal.

Parágrafo único – É facultado às associações religiosas manterem cemitérios particulares, mediante prévia autorização da Prefeitura, observadas as prescrições constantes deste capítulo.

Art 4º. - Os cemitérios serão cercados por muro, com altura de dois

metros, ao longo do qual haverá, nas duas faces, uma cerca viva, que se manterá bem tratada.

Art 5º. - Será reservada em torno dos cemitérios uma área externa

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Parágrafo único – A área de proteção será exigida apenas para os novos cemitérios e para os existentes em que, pela sua localização em área inedificada, seja a medida exequível. (Revogado pela Lei nº 535/1976).

Art 6º. - No recinto dos cemitérios, além de área destinada a ruas e

avenidas, serão reservadas espaços para construção da capela e depósitos mortuários.

Art 7º. - Os cemitérios poderão ser abandonados, quando tenham

chegado a tal grau de saturação, que se torne difícil a decomposição dos corpos ou quando se hajam tornado muito centrais.

Parágrafo 1º. - Antes de serem abandonados, os cemitérios

permanecerão fechados durante cinco anos, findo os quais será sua área destinada à praça ou parques, não se permitindo proceder-se aí ao levantamento de construções para qualquer fim.

Parágrafo 2º. - Quando, do cemitério antigo para o novo, se tiver

de proceder à transladação dos restos mortais, os interessados mediante pagamento das taxas devidas, terão direito de obter nele espaço igual em superfície do antigo cemitério.

Art 8º. - É permitido a todas as confissões religiosas praticar nos

cemitérios os seus ritos, respeitadas as disposições deste capítulo. Capítulo III

Das inimações

Art 9º. - Nenhum enterramento será permitido nos cemitérios

municipais sem a apresentação da certidão de óbito, devidamente atestada por autoridade médica.

Art 10º. - As inumações serão feitas em sepulturas separadas, que

se classificam em gratuitas e remuneradas, subdivididas em temporárias e com prazo determinado.

Art 10º. – Os sepultamentos serão individuais e far-se-ão em

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Art 11º. - Nas sepulturas temporárias gratuitas, serão enterrados os

indigentes e aqueles cujas posses não permitam pelas concessões com prazos determinados, pelos prazos de cinco anos, para adultos e de três, para infantes.

Art 11º. – Nas sepulturas temporárias gratuitas, serão enterrados os indigentes e aqueles cujas posses não permitam o uso pelas concessões com prazos determinados, pelos prazos de três anos para adultos e dois anos para infantes. (Nova redação dada pela Lei nº 1589/2000).

Art 12º. - As sepulturas remuneradas com prazo determinado serão

concedidas por quinze anos, findo os quais, a pedido do concessionário e a critério da Prefeitura, haverá prorrogação do prazo por mais cinco anos, e assim se processará ao final de cada quinquênio prorrogado.

Parágrafo único – As sepulturas temporárias gratuitas não poderão ser transformadas em remuneradas, sendo permitido, entretanto, a transladação dos restos mortais para as destinadas para esse fim, observando-se as normas do presente artigo.

Art 13º. - É condição para renovação das concessões das

sepulturas com prazo determinado, a boa conservação das mesmas pelo concessionário.

§ 1º - Ficam os concessionários de terrenos no cemitério municipal, ou seus representantes, obrigados a executar serviços de limpeza, obras de conservação e reparação nas sepulturas que tiverem construído e necessárias à estética, segurança e higiene da necrópole. (NR) (Acrescido pela Lei nº 2236/2014).

§ 2° – Serão consideradas em ruínas e abandonadas, as sepulturas onde não se executarem as obras de reparação exigidas pelo administrador do cemitério, mediante convocação do concessionário, feita por edital publicado em órgão da imprensa local, três vezes em dias alternados. (NR) (Acrescido pela Lei nº 2236/2014).

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Art 14º. - As concessões com prazo determinado só serão feitas

para sepulturas do tipo destinado a adultos, em carneiros simples ou geminados e sob as seguintes condições, que constarão do título:

Art 14º. – As concessões com prazo determinado só serão feitas para sepulturas do tipo destinado a adultos, em carneiros simples, geminados ou gavetas, sob as condições adiante, que constarão do título: (Nova redação dada pela Lei nº 1320/1994).

a) possibilidade de uso do carneiro para sepultamento do cônjuge e de parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau; outros parentes do concessionário só poderão ser sepultados mediante sua autorização por escrito e pagamento das taxas devidas;

a) possibilidade de uso do carneiro ou gaveta para sepultamento do cônjuge e de parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau; outros parentes do concessionário só poderão ser sepultados mediante sua autorização por escrito e pagamento das taxas devidas, respeitados sempre os prazos do artigo 16; (Nova redação dada pela Lei nº 1320/1994).

b) obrigação de construir, dentro de três meses, os baldrames, convenientemente revestidos e coberta a sepultura, afim de ser colocada a lápide aos construído o mausoléu, para o que é fixado o prazo máximo de três anos;

c) caducidade da concessão no caso do não cumprimento dos disposto na alínea “B”.

Parágrafo único – Nas sepulturas a que se refere este artigo poderão ser inumados infantes ou para elas transladados seus restos mortais.

Art 15º. - Nenhum concessionário de sepultura ou carneiro poderá

dispor da sua concessão, seja a que título for, só se respeitando com relação a este ponto, os direitos decorrentes de sucessão legítima.

Art 15º. – Nenhum concessionário de sepultura, carneiro ou gaveta

poderá dispor de sua concessão, seja a que título for, só se respeitando, com relação a este ponto, os direitos decorrentes de sucessão legítima. (Nova redação dada pela Lei nº 1320/1994).

Art 16º. - É de cinco anos, para adultos, de três anos infantes, o

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Art 16º. – É de três anos, para adultos e de dois anos para

infantes, o prazo mínimo a vigorar entre duas inumações no mesmo jazigo. (Nova redação dada pela Lei nº 1589/2000).

Capítulo IV Das Construções

Art 17º. - As construções funerárias só poderão ser executadas nos

cemitérios depois de expedido o alvará de licença, mediante requerimento do interessado, o qual deverá ser acompanhado de memorial descritivo das obras e respectivo projeto.

Parágrafo único – As peças gráficas serão em duas vias, as quais serão visadas, pela autoridade competente, devendo uma delas ser entregue ao interessado com alvará de licença, depois do projeto ter sido aprovado. (Revogado pela Lei nº 1434/1997).

Art 18º. - A prefeitura deixará as obras de embelezamento e

melhoramento das concessões, tanto quanto possível ao gosto dos concessionários, reservando-se, porém, o direito de rejeitar os projetos que julgar prejudiciais à boa aparência geral de cemitério, à higiene e à segurança.

Art 19º. - O embelezamento das sepulturas temporárias gratuitas

de cinco anos será feito por gramados ou canteiros ao nível do arruamento, rigorosamente limitados ao perímetro da sepultura sendo permitida a colocação de símbolos.

Art 19º. – O embelezamento das sepulturas temporárias gratuitas de três e dois anos, será feito por gramados ou canteiros ao nível do arruamento rigorosamente limitados ao perímetro da sepultura, sendo permitida a colocação de símbolos. (Nova redação dada pela Lei nº 1589/2000).

Art 20º. - Os serviços de conservação e limpeza de jazigos só

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Art 20º. – “Os serviços de limpeza e conservação dos jazigos poderão ser realizados por quaisquer pessoas autorizadas pelo concessionário, ou por determinação da Prefeitura Municipal.” (Nova redação dada pela Lei nº 1124/989).

Art 21º. - A Prefeitura exigirá, sempre que julgar necessário, que as

construções sejam executadas por construtores legalmente habilitados.

Art 21º. – “Os serviços de construção e reforma de jazigos serão executados por profissionais devidamente cadastros na Prefeitura Municipal.” (Nova redação dada pela Lei nº 1124/989).

Art 22º. - É proibida, dentro do cemitério, a preparação de pedras

ou outros materiais destinados à construção de jazigos e mausoléus, devendo o material entrar no cemitério em condições de ser empregado imediatamente.

Art 22º. – “A Prefeitura Municipal designara local do Cemitério para ser utilizado na preparação do material destinado a construção e reforma de jazigos.” (Nova redação dada pela Lei nº 1124/989).

Art 23º. - Os restos de materiais provenientes de obras

conservação e limpeza de túmulo, deverão ser removidos imediatamente pelos responsáveis, sob pena de multa equivalente de dez por cento a duas vezes o salário mínimo vigente no Município, além das despesas de remoção se a intimação não for cumprida no prazo fixado.

Art 23º. - Os restos de materiais provenientes de obras, conservação e limpeza de túmulos, deverão ser removidos imediatamente pelos responsáveis, sob pena de multa, equivalente de 10 (dez) a 200 (duzentas) UFIR, além das despesas de remoção, se a intimação não for cumprida no prazo fixado. (Nova redação dada pela Lei nº 1434/1997).

Art 24º. - Não serão permitidos trabalhos no cemitério entre os dias

25 de outubro e 1º de novembro, a fim de ser executada, pela administração, a limpeza geral.

Art 25º. - A Prefeitura fiscalizará a execução dos projetos

aprovados para construções funerárias.

Art 26º. - É permitido o ladrilhamento do solo em torno dos jazigos,

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Art 27º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 24, de 23/09/1965. Sala das Sessões, 11/junho/1970.

José Roberto de Assis Presidente

Publicada na Secretaria da Câmara Municipal de Campo Limpo Paulista, aos doze dias do mês de junho de mil novecentos e setenta.

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