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SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE 4 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES INTERNACIONAIS

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SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE 4

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

INTERNACIONAIS

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Nesta etapa iremos discutir um pouco sobre os princípios e diretrizes internacionais que dão suporte e direcionam as organizações na busca do desenvolvimento sustentável. Veremos também algumas ferramentas que dependendo da estratégia corporativa poderão ser essenciais no d e s e nvol v i m e n to d a s u s te n ta b i l i d a d e . Q u a n d o e s t u d a m o s s ob re o desenvolvimento sustentável, temos que ter em mente que ele só acontece quando fundamentado nos três princípios da sustentabilidade, e por isso, e por consequência do sistema de mercado que estamos inseridos, precisamos conhecer as maneiras pela qual poderemos desenvolver tais estratégias em plenitude. Para isso surgem os diversos organismos internacionais, organizações não governamentais, associações de empresas privadas, entre outros que desenvolvem metodologias, padrões, diretrizes, indicadores, protocolos com finalidade de utilização pelas organizações.

Também vamos nos inteirar um pouco da realidade diante das políticas públicas para a sustentabilidade, e consequentemente para o desenvolvimento sustentável. Vivenciaremos uma visão crítica do atual andamento das tomadas de decisões frente às políticas públicas internacionais e nacionais e a relação dos interesses de cada país. Veremos que a maior estratégia atual para a consolidação das políticas públicas é força na qual as organizações não governamentais estão exercendo nos diversos mecanismos decisórios dos estados.

APRESEN TAÇÃO

Organização Edson Torres

Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitora do EAD Prof.ª Francieli Stano

Torres

Edição Gráfica e Revisão UNIASSELVI

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PRINCÍPIOS E DIRETRIZES INTERNACIONAIS;

FERRAMENTAS PARA A GESTÃO

SUSTENTÁVEL; POLÍTICAS PÚBLICAS E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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1 INTRODUÇÃO

Nesta etapa iremos discutir um pouco sobre os princípios e diretrizes internacionais que dão suporte e direcionam as organizações na busca do desenvolvimento sustentável. Veremos também algumas ferramentas que dependendo da estratégia corporativa poderão ser essenciais no d e s e nvol v i m e n to d a s u s te n ta b i l i d a d e . Q u a n d o e s t u d a m o s s ob re o desenvolvimento sustentável, temos que ter em mente que ele só acontece quando fundamentado nos três princípios da sustentabilidade, e por isso, e por consequência do sistema de mercado que estamos inseridos, precisamos conhecer as maneiras pela qual poderemos desenvolver tais estratégias em plenitude. Para isso surgem os diversos organismos internacionais, organizações não governamentais, associações de empresas privadas, entre outros que desenvolvem metodologias, padrões, diretrizes, indicadores, protocolos com finalidade de utilização pelas organizações.

Também vamos nos inteirar um pouco da realidade diante das políticas públicas para a sustentabilidade, e consequentemente para o desenvolvimento sustentável. Vivenciaremos uma visão crítica do atual andamento das tomadas de decisões frente às políticas públicas internacionais e nacionais e a relação dos interesses de cada país. Veremos que a maior estratégia atual para a consolidação das políticas públicas é força na qual as organizações não governamentais estão exercendo nos diversos mecanismos decisórios dos estados.

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2 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES SOBRE A SUSTENTABILIDADE

Neste item iremos abordar sobre o desenvolvimento e a evolução de algumas diretrizes internacionais que norteiam as conceituações e as ações voltadas à sustentabilidade. Estas diretrizes nos remetem a não apenas ficarmos na teoria, mas, nos orientam a executar ações, que juntas promovem a sustentabilidade, e que estão relacionadas principalmente com o âmbito corporativo privado e público. Como o sistema econômico e político em que estamos inseridos estão baseados no capitalismo, e o desenvolvimento segue a regra da industrialização, temos a necessidade de criar estratégias por meio de diretrizes e normas para nortear as organizações à sustentabilidade, ou melhor, a um desenvolvimento sustentável. Por isso é imprescindível que tenhamos conhecimento das diversas diretrizes que compõem o leque de ações que levam as organizações, e consequentemente toda a sociedade, ao desenvolvimento sustentável e sustentado.

A maioria das diretrizes e princípios sobre a sustentabilidade nasce das pesquisas e trabalhos da Organização das Nações Unidas (ONU), que é uma organização internacional formada por países que se reuniram para trabalhar pela paz e pelo desenvolvimento mundial. Esta afirmação é tão verdadeira que um dos quatro propósitos da ONU é realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais. Neste contexto, temos um forte apelo à responsabilidade social pelas organizações, que dentre as ações, realizam práticas de sustentabilidade e promovem o tão almejado desenvolvimento sustentável.

Historicamente, o termo desenvolvimento surge como a reparação das desigualdades sociais e econômicas feitas no passado, criando uma conexão que preenche as lacunas entre as antigas sociedades metropolitanas e a sua periferia dependente, entre as minorias ricas e a maioria dos trabalhadores pobres. Assim, a mudança de uma sociedade insustentável e desigual para uma sociedade com princípios que remetem ao desenvolvimento sustentável começa com o gerenciamento das crises e desigualdades, necessitando, também, de uma mudança de paradigmas, uma mudança cultural (SACHS, 2004). Portanto, o desenvolvimento sustentável possui um âmbito social que deve ser plenamente explorado em suas diversas dimensões.

Assim, o conceito de desenvolvimento sustentável acrescenta outra dimensão à dimensão da sustentabilidade social: a sustentabilidade ambiental.

Esta dimensão é baseada no duplo imperativo ético de solidariedade sincrônica com a geração atual e de solidariedade diacrônica com as gerações futuras. A sustentabilidade ambiental nos compele a trabalhar com escalas múltiplas de tempo e espaço e nos conduz ainda a inovar, buscando soluções triplamente vencedoras, eliminando o crescimento selvagem obtido ao custo de elevadas externalidades negativas, tanto sociais quanto ambientais (SACHS, 2004).

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Assim, os cinco pilares do desenvolvimento sustentável (Figura 1) são (SACHS, 2004, p. 35):

a) social: fundamental por motivos tanto intrínsecos quanto instrumentais, por causa da perspectiva de ruptura social que paira de forma ameaçadora sobre muitos lugares problemáticos do nosso planeta;

b) ambiental: possui duas dimensões, uma como provedores de recursos e outro como local para a disposição de resíduos. Todos como sistema de sustentação da vida;

c) territorial: relacionado à distribuição espacial dos recursos, das populações e das atividades;

d) econômico: sendo a viabilidade econômica para que as coisas aconteçam;

e) político: tendo como valor fundamental e um instrumento necessário para fazer as coisas acontecerem, por meio das políticas públicas.

FIGURA 1 – ESQUEMA RELACIONANDO AS CINCO DIMENSÕES NECESSÁRIAS PARA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

FONTE: Adaptado de: Sachs (2004)

S e g u i n d o p o r e s t e c a m i n h o r e a f i r m a m o s a n e c e s s i d a d e d e comprometimento principalmente das organizações como atores desta busca contínua pelo desenvolvimento sustentável. E intrínseco a esta necessidade está a formulação de diretrizes e princípios norteadores e padronizadores deste processo de desenvolvimento sustentável.

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A responsabilidade socioambiental das organizações inicia por meio de discussões no âmbito internacional, que debatem sobre temas como direitos humanos e do trabalho, meio ambiente e sustentabilidade. Essas discussões acontecem principalmente com os países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU), resultando, quase sempre, em diretrizes sobre responsabilidade socioambiental no âmbito, principalmente, empresarial (LOUETTE, 2007).

Tais iniciativas ajudam a compreender e a situar a responsabilidade socioambiental como tema eminentemente necessário para as organizações continuarem a se desenvolverem, porém de maneira sustentável. Os principais documentos internacionais desenvolvidos são:

• Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho e seu Seguimento.

• Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

• Declaração Tripartite sobre Empresas Multinacionais da OIT.

• Diretrizes para Empresas Multinacionais da OCDE.

• Declaração do Rio e Agenda 21.

Esses documentos são aceitos mundialmente e direcionados para o setor empresarial, como já explicado. Suas orientações atribuem às empresas responsabilidades na promoção e cumprimento de direitos (LOUETTE, 2007).

Assim, o trabalho também é objeto de preocupações da Organização das Nações Unidas, sendo preparada por meio da Organização Internacional do Trabalho, a Declaração sobre os Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho e seu Seguimento, prevendo para as relações trabalhistas determinados princípios como:

• Liberdade de organização e o direito a negociações coletivas (Convenções 87, 98, complementadas pela Convenção 135 da OIT).

• Proibição de trabalho forçado (Convenções 29 e 105 da OIT).

• Proibição de trabalho infantil (Convenções 138 e 182 da OIT).

• Proibição de discriminação no trabalho e na profissão (Convenções 100 e 111 da OIT) e as Convenções 87 e 98 (complementadas pela Convenção 135 da OIT).

O meio ambiente, a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável são amplamente discutidos nos programas de responsabilidade social, atingindo seu ápice de importância e preocupação universal pela Organização das Nações Unidas a partir da Conferência sobre o Meio Ambiente, que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992, a chamada Rio 92. A partir da Rio 92 intensifica- se a discussão internacional e aumenta significativamente o número de convenções sobre o meio ambiente, que se somaram a outros acordos já existentes (LOUETTE, 2007). Deste modo, com o surgimento das diretrizes para

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o desenvolvimento sustentável, completa-se o ciclo de diretrizes baseadas nas dimensões da sustentabilidade: social, econômico e ambiental. Algumas das principais convenções e diretrizes são:

• Diretivas da OCDE para multinacionais (1976).

• Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio (1985).

• Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro (1992).

• Diversidade Biológica (1992).

• Convenção Aarhus (1998), pela qual se estabeleceu pela primeira vez uma relação entre os direitos humanos e os direitos ambientais.

• Convenção de Roterdã sobre o Consentimento Prévio Informado (PIC 1998).

• Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (2000).

• Protocolo de Kyoto (1995).

• Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes (2001).

• O Relatório Stern (2006).

• O Relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

• RIO + 20 (2012).

Portanto, as diretrizes da ONU têm por objetivo conceder poderes aos governos para exigirem das organizações o respeito aos direitos humanos, à soberania, ao desenvolvimento econômico local e à proteção ambiental.

É necessário que as organizações assumam a sua responsabilidade socioambiental, que cumpram, respeitem e promovam as diretrizes estabelecidas internacionalmente, fazendo-as integrantes de todos os âmbitos organizacionais (LOUETTE, 2007).

3 FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL

Vamos conhecer agora algumas das principais ferramentas e organismos nacionais e internacionais que ajudam as organizações a traçarem seu caminho para o desenvolvimento sustentável. Quando pensamos em iniciar uma gestão sustentável nas organizações, recorremos às estratégias propostas pelos organismos e suas respectivas diretrizes, sendo que os principais iremos estudar a seguir. Cabe a cada organização verificar qual a alternativa que mais se adéqua a estratégia de sustentabilidade na qual trará maiores benefícios à organização e ao meio no qual ela se relaciona.

3.1 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

A Organização das Nações Unidas foi fundada em 24 de outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia, inicialmente representada por 51 países, logo após o término da Segunda Guerra Mundial.

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A sede atual da ONU está localizada na cidade de Nova York. A precursora das Nações Unidas foi a Sociedade de Nações, organização concebida em circunstâncias similares durante a Primeira Guerra Mundial e estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes (LOUETTE, 2007).

Atualmente a ONU está representada por 192 países. Um dos principais documentos feitos pela ONU é a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.

No Brasil, a ONU possui representação desde 1950, quando o Fundo das Nações Unidas para a Infância a UNICEF e a Organização Internacional do Trabalho, a OIT, começaram seu trabalho no País (LOUETTE, 2007).

Existem atualmente, 18 agências, fundos, programas e comissões regionais no Brasil (LOUETTE, 2007):

• UNIC-RIO (Centro de Informações das Nações Unidas no Rio de Janeiro).

• CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).

• FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).

• FMI (Fundo Monetário Internacional).

• Banco Mundial.

• OIT.

• OMS/OPAS (Organização Mundial da Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde).

• PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

• PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

• UIT (União Internacional de Telecomunicações).

• UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids).

• UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

• UNFPA (Fundo de Populações das Nações Unidas).

• UN-HABITAT (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos).

• UNICEF.

• UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher).

• UNODC (Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes).

3.2 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma agência multilateral ligada à Organização das Nações Unidas, especializada em tudo o que envolve o trabalho. Com sede em Genebra, na Suíça, a OIT mantém uma rede de escritórios em todos os continentes. Foi concebida pela Conferência de Paz após a Primeira Guerra Mundial. A sua constituição converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes (LOUETTE, 2007).

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A OIT realiza seus trabalhos para a manutenção de seus valores e objetivos em prol de uma agenda social que viabilize a continuidade do processo de globalização por meio de um equilíbrio entre objetivos de eficiência econômica e de equidade social (LOUETTE, 2007).

Por meio das reflexões éticas e econômicas sobre o custo humano da revolução industrial surgiu a ideia de uma legislação trabalhista internacional.

A origem da OIT está no início do século 19, quando os líderes industriais Robert Owen e Daniel le Grand apoiaram o desenvolvimento e harmonização da legislação trabalhista e melhorias nas relações de trabalho (LOUETTE, 2007).

A criação de uma organização internacional para as questões do trabalho foi baseada nas seguintes premissas:

• econômicas: países sem condições humanas de trabalho são obstáculos para a obtenção de melhores condições para outros países;

• políticas: risco de conflitos sociais que ameaçam a paz;

• humanitárias: condições injustas, difíceis e degradantes dos trabalhadores.

3.3 PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é uma entidade das Nações Unidas que tem por objetivo promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo.

O PNUD produz relatórios e estudos sobre o desenvolvimento humano sustentável e as condições de vida das populações. Também executa projetos que contribuam para melhorar as condições de vida nos 166 países onde possui representação e elabora o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso, o PNUD dissemina as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que é o conjunto de 8 objetivos, 18 metas e 48 indicadores para o desenvolvimento do mundo, a serem cumpridos até 2015, definidas pelos países membros da ONU em 2000, e monitora o progresso dos países rumo ao seu alcance (LOUETTE, 2007).

3.4 PACTO GLOBAL

É um acordo para empresas preparado pela ONU, que pretende conciliar a força do mercado aos ideais dos direitos humanos, levando-se em conta os impactos sociais e ambientais produzidos pela sociedade globalizada. Foi concebido em 1999, durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que reúne anualmente lideranças políticas e empresariais, onde lançou-se a ideia de uma parceria entre as Nações Unidas, organizações não governamentais e empresas, denominada pacto global (LOUETTE, 2007).

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O pacto global adotou dez princípios universais, derivados dos direitos humanos, dos direitos do trabalho e do conceito de sustentabilidade, que fazem parte da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992) e de Copenhague (2004), e refere-se à luta contra a corrupção. Além de empresas, quaisquer outras partes interessadas na promoção de seus dez princípios podem participar do pacto global. Os dez princípios do pacto global são apresentados a seguir (LOUETTE, 2007):

Princípios de Direitos Humanos:

• respeitar e proteger os direitos humanos;

• impedir violações de direitos humanos.

Princípios de Direitos do Trabalho:

• apoiar a liberdade de associação no trabalho;

• abolir o trabalho forçado;

• abolir o trabalho infantil;

• eliminar a discriminação no ambiente de trabalho.

Princípios de Proteção Ambiental:

• apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;

• promover a responsabilidade ambiental;

• encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente.

Princípio contra a Corrupção:

• lutar contra toda forma de corrupção.

3.5 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

É um documento que consolidou várias metas estabelecidas nas conferências mundiais ocorridas ao longo dos anos 90, e estabelece um conjunto de objetivos para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza no mundo. Devem ser adotados pelos estados membros da Organização das Nações Unidas e farão esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015 (FUKUDA-PARR et al., 2003).

A Assembleia do Milênio, promovida pela ONU em 2000, reuniu chefes de Estado e de governo, totalizando 191 delegações. Como resultado das discussões, foi aprovada a Declaração do Milênio, que reconhece que o mundo já possui a tecnologia e o conhecimento necessários para resolver

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os problemas dos países pobres. Os objetivos estabelecidos são de grande importância para a comunidade internacional, porque são mensuráveis e delimitáveis. Porém, sua aplicação sempre esbarra em interesses políticos, o que dificulta a sua implementação (FUKUDA-PARR et al, 2003).

FIGURA 2 – HÁ UM DUPLO SENTIDO ENTRE DESENVOLVIMENTO HUMANO E CRESCIMENTO ECONÔMICO, ONDE O BOM DESENVOLVIMENTO HUMANO PROMOVE O CRESCIMENTO ECONÔMICO E ESTE, POR SUA VEZ, FAZER PROGREDIR O DESENVOLVIMENTO HUMANO

FONTE: Relatório do Desenvolvimento Humano (2003).

3.6 CARTA DA TERRA

A Carta da Terra nasceu como resposta às ameaças que assolam o planeta como um todo e como forma de se pensar articuladamente os muitos problemas socioambientais, tendo como referência central a Terra (LOUETTE, 2007).

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3.7 PROTOCOLO DE KYOTO

O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional com compromissos compulsórios para a redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa, legitimados por crescentes pesquisas científicas, como causa do aquecimento global e consequente variabilidade climática.

Teve origem por uma série de eventos iniciados com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere em 1988, seguida pelo IPCCs First Assessment Report em Sundsvall em 1990, e culminou com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na Rio 92 (LOUETTE, 2007).

Em março de 2000, no espaço da Unesco, em Paris, o texto final da Carta da Terra foi aprovado, depois de dois anos de reuniões que envolveram 46 países e mais de 100 mil pessoas, desde favelas, comunidades indígenas, universidades e centros de pesquisa (LOUETTE, 2007).

Este é um dos textos mais completos que se tem escrito atualmente, contemplando o melhor discurso ecológico já produzido, os resultados mais seguros das ciências da vida e do universo, com forte densidade ética e espiritual. Todo o documento é estruturado em quatro princípios fundamentais:

respeitar e cuidar da comunidade de vida; integridade ecológica; justiça social e econômica; democracia, não violência e paz (LOUETTE, 2007).

O IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - é o principal organismo internacional responsável pelas pesquisas e informações sobre a mudança climática. Foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) para fornecer ao mundo informações científicas sobre o estado atual da evolução das mudanças climáticas e seus potenciais impactos ambientais e socioeconômico.

Foi discutido e negociado em Kyoto, no Japão, em 1997, na 5ª COP, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente, só entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em novembro de 2004 (LOUETTE, 2007).

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FIGURA 3 – MAPA DOS PAÍSES E SUAS RELAÇÕES COM O PROTOCOLO DE KYOTO ATÉ 2005.

OS PAÍSES REPRESENTADOS EM VERMELHO NÃO RATIFICARAM O PROTOCOLO. OS PAÍSES EM VERDE RATIFICARAM O PROTOCOLO. OS PAÍSES EM AMARELO RATIFICARAM, MAS AINDA NÃO CUMPRIRAM O PROTOCOLO. OS PAÍSES EM CINZA AINDA NÃO ASSUMIRAM NENHUMA POSIÇÃO NO PROTOCOLO

FONTE: Louette (2007)

O objetivo do Protocolo de Kyoto é obrigar os países desenvolvidos a reduzirem a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990. Os países signatários terão de colocar em prática planos para reduzir a emissão dos gases de efeito estufa entre 2008 e 2012. Os seis gases de efeito estufa monitorados pelo Protocolo de Kyoto são o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorocarbonos (HFCs), perfluorocarbonos (PFCs), e hexafluoreto de enxofre (SF6) (LOUETTE, 2007).

3.8 ABNT NBR 16001

A ABNT NBR 16001 é uma norma de responsabilidade social, publicada em 2004, com caráter de sistema de gestão, podendo ser certificável.

Essa norma estabelece os princípios para um sistema da gestão da responsabilidade social, que permite à organização formular e implementar diretrizes que observam os requisitos legais, compromissos éticos e a preocupação com o favorecimento da cidadania, o desenvolvimento sustentável e a transparência das atividades. Além disso, fornece às organizações os itens de um sistema da gestão da responsabilidade social, que se integram a outros requisitos relacionados à gestão, favorecendo o cumprimento dos objetivos, que devem contemplar (LOUETTE, 2007):

• boas práticas de governança;

• combate à pirataria, sonegação e corrupção;

• práticas leais de concorrência;

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• direitos da criança e do adolescente e o combate ao trabalho infantil;

• direitos do trabalhador;

• combate à discriminação;

• desenvolvimento profissional;

• promoção da saúde e segurança;

• promoção de padrões sustentáveis de desenvolvimento, produção, distribuição e consumo;

• proteção ao meio ambiente;

• ações sociais de interesse público.

3.9 ABNT NBR ISO 14064

A ABNT NBR ISO 14064 (2007) é uma série de normas que estabelecem diretrizes e procedimentos para a implementação de Projetos MDL, o desenvolvimento de inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE), implementação de projetos de redução de emissões de gases e a verificação e gestão dos GEE, englobando os conceitos sobre mudanças climáticas, emissões e remoções de GEE (ABNT NBR ISO 14064-1, 2007).

Os projetos MDL ou Mecanismos de Desenvolvimento Limpo estão previstos no Protocolo de Kyoto e foram criados para ajudar os países Anexo I (países desenvolvidos com grandes emissões de GEE históricas e que aderiram ao Protocolo de Kyoto) a atingirem suas metas de reduções de emissões de gases de efeito estufa a menores custos e com maior efetividade. São projetos de reduções de emissões de GEE realizados em Países Não-Anexo I (países em desenvolvimento com reduzida emissão histórica de GEE), sendo financiados pelos Países Anexo I, por meio da compra dos créditos de carbono (valor monetário correspondente a um volume determinado de emissões de GEE, que são reduzidos por meio da implementação de Projetos MDL) . As reduções de emissões podem ser utilizadas para cumprimento de metas pelo país investidor e podem ser comercializadas.

Esta norma surge como um diferencial para as empresas que possuem ou estão desenvolvendo projetos de MDL na busca da credibilidade e transparência do projeto, bem como para a valorização dos seus créditos de carbono. Também busca padronizar o desenvolvimento dos inventários de carbono, assim como os projetos de mitigação de GEE. Esta norma é a que está mais intimamente ligada às ações para a diminuição dos efeitos do aquecimento global e consequentemente a variabilidade climática (ABNT NBR ISO 14064-1, 2007).

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Os principais objetivos da ABNT NBR ISO 14064 são (LOUETTE, 2007):

• melhorar a confiabilidade ambiental da quantificação de GEE;

• padronizar o inventário de emissões de gases de efeito estufa;

• aumentar a credibilidade, a consistência e a transparência da quantificação, do monitoramento e da elaboração de relatórios de GEE sobre reduções de emissões e melhorias de remoções de projetos de GEE;

• facilitar o desenvolvimento e a implementação de planos e estratégias de gerenciamento de GEE de uma organização;

• facilitar o desenvolvimento e a implementação de projetos de GEE;

• facilitar a capacidade de acompanhar o desempenho e o progresso na redução de emissões de GEE e/ou aumento nas remoções de GEE;

• facilitar a concessão de créditos de carbono originados de reduções de emissão ou melhorias de remoção de GEE e sua negociação.

O inventário de emissões de gases de efeito estufa é um documento que relata as fontes e sumidouros de gases de efeito estufa, quantificando emissões e remoções de uma organização (empresas, ONGs, associações, eventos) em um determinado período.

3.10 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE SUSTENTABILIDADE

O Sistema de Gerenciamento da Sustentabilidade é um conjunto de métodos que auxilia as empresas a inserirem a sustentabilidade como prática de gestão, permitindo o aprimoramento das medidas, visando à integração entre os indicadores econômicos, sociais e ambientais, bem como avaliar a evolução dos resultados ligados à sustentabilidade (LOUETTE, 2007).

Esse sistema foi desenvolvido pela APEL em parceria com a Natura, com o objetivo de estimular a reflexão e o diálogo, fortalecendo a transparência, a fim de se tornar uma ferramenta para aplicação da sustentabilidade nas diversas decisões e processos da gestão do negócio. Seus principais objetivos são:

• Desenvolver uma métrica de avaliação da sustentabilidade para as organizações.

• Proporcionar entendimento e alinhamento interno às questões sobre sustentabilidade e construir indicadores quantitativos e qualitativos (LOUETTE, 2007).

A aplicação do Sistema de Gerenciamento da Sustentabilidade implica a implementação de um processo que promove mudanças na cultura da organização, ajudando a implementar as práticas da sustentabilidade (LOUETTE, 2007).

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Esse sistema possibilita a identificação do estágio no qual uma organização está em um determinado momento da evolução da estratégia, fazendo com que novas variáveis sejam incorporadas ao modelo de gestão.

Com isso, espera-se minimizar a distância entre os compromissos corporativos com o desenvolvimento sustentável e sua aplicação (LOUETTE, 2007).

3.11 INDICADORES ETHOS

Os Indicadores de Sustentabilidade ETHOS correspondem a uma ferramenta de autodiagnóstico cuja principal finalidade é auxiliar as organizações a gerenciarem os impactos sociais e ambientais decorrentes de suas atividades. Foram criados como uma ferramenta de aprendizado e autoavaliação da gestão no que se refere à incorporação da responsabilidade social ao planejamento estratégico e ao monitoramento geral das organizações.

Os Indicadores ETHOS foram criados pelo Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social, uma organização não governamental criada em 1998 por empresários e executivos oriundos do setor privado (LOUETTE, 2007).

A estrutura dos Indicadores ETHOS permite que a organização planeje o modo de alcançar um grau mais elevado de responsabilidade socioambiental.

Sua estrutura fornece parâmetros para próximos passos a serem tomados, e aponta diretrizes para o estabelecimento de metas de aprimoramento dentro do universo de cada tema.

Essas ferramentas são instrumentos de autoavaliação e aprendizagem desenvolvidos para atender às necessidades das organizações, orientando e incorporando conceitos e práticas de responsabilidade social nas diversas etapas de gestão. Elas abrangem as fases de diagnóstico, implementação, benchmarking e avaliação do desempenho da organização nos três aspectos do desenvolvimento sustentável permitindo um gerenciamento cada vez mais efetivo (LOUETTE, 2007).

Contudo, a utilização dessas ferramentas é ainda tratada como negócio e praticada por um número limitado de organizações, sendo que muitas delas são também responsáveis pelo desenvolvimento dessas ferramentas juntamente com organizações não governamentais, organismos públicos, associações e universidades. Esses diversos atores diretamente ligados no desenvolvimento destas ferramentas estão entre os precursores, tanto no plano conceitual como no avanço do movimento da responsabilidade socioambiental (LOUETTE, 2007).

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3.12 GLOBAL REPORTING INITIATIVE - GRI

O Global Reporting Initiative são diretrizes de comunicação sobre a responsabilidade social, ambiental e econômica das organizações, o chamado Relatório de Sustentabilidade. O GRI tem como principal objetivo elevar a qualidade dos relatórios a um nível passível de comparação, consistência e utilidade. Esse documento determina princípios e estrutura um modelo para relatar as informações, permitindo às organizações a apresentação geral de seu desempenho econômico, social e ambiental. Além disso, facilita a comparação com o mercado, pois estabelece indicadores e ainda serve como plataforma para facilitar o diálogo e o engajamento das partes interessadas (LOUETTE, 2007). Atualmente, é um dos padrões de relatório de sustentabilidade mais utilizados no mundo e por grandes organizações no Brasil.

A primeira versão das diretrizes para relatórios de sustentabilidade foi desenvolvida com o engajamento voluntário de representantes do setor empresarial, ONGs, organizações trabalhistas, investidores institucionais, ativistas de direitos humanos, firmas de auditoria e consultoria e agências da ONU (LOUETTE, 2007).

4 POLÍTICAS PÚBLICAS E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Discutiremos neste item algumas perspectivas relacionadas às políticas públicas que envolvem o tema desenvolvimento sustentável. Podemos notar que no decorrer do texto, o tema é tratado mais como uma crítica informativa do que simplesmente um discurso sobre as principais estratégias políticas aplicadas em cada organismo ou em cada protocolo, tratada e diretriz, que direciona a efetiva adoção do desenvolvimento sustentável. Faremos uma primeira abordagem sobre o desenvolvimento sustentável, quanto às perspectivas de solução da problemática econômica, social e ambiental no sistema capitalista e considerações sobre a evolução das políticas públicas.

Uma das características inerentes à sustentabilidade é a exigência de novas posturas no quadro das relações entre nações diante da necessidade de uma política socioambiental global. Podemos perceber que duas teorias fundamentariam a política internacional, uma baseada no antagonismo entre os estados como natural no mundo moderno, e outra como idealista, na qual o antagonismo não seria a base das relações internacionais, sendo os conflitos evitáveis através do uso da razão e da cooperação (MONTIBELLER, 2004, p. 39).

A política internacional, ao longo da história, foi conduzida segundo a teoria realista, contudo, o crescimento dos ideais de sustentabilidade precisam ter uma postura idealista. Na prática, apesar da retórica de cooperação, cada país argumenta acerca de sua necessidade e busca garantir politicamente a maior vantagem na exploração dos recursos naturais e na utilização dos

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serviços ambientais de outros países. Portanto, a realidade nos apresenta ações que estão longe da cooperação internacional e do desenvolvimento sustentável.

Portanto, a realidade nos apresenta ações que estão longe da cooperação internacional e do desenvolvimento sustentável. Ainda é predominante o pensamento segundo o qual o sistema capitalista é capaz de encontrar as melhores soluções, mesmo para a crise ecológica global. É neste contexto de fortalecimento e desenvolvimento da economia de mercado mundialmente interdependente, que se acentua a crise social e ambiental do mundo (MONTIBELLER, 2007).

Por esta tendência de expansão entre fronteiras dos estados, a crise ambiental configura o drama da condição civilizatória atual. A preocupação com o meio ambiente é uma contraposição defensiva às forças do mercado, mas que luta por se impor, pois pode acabar sendo apropriado mercantilisticamente e os problemas socioambientais não resolvidos. Assim, há a necessidade de maior cooperação internacional, mas que na prática não ocorre. Nos fóruns e convenções internacionais, diversos ideais políticos podem se manifestar, dentre os quais as coalizões e os vetos, onde o interesse de um país pode não favorecer a maioria (MONTIBELLER, 2004).

Na política ambiental global atual, os países produzem os documentos legais, criando os regimes ambientais globais. Nestes fóruns onde se decidem estes documentos, os países podem exercer uma das quatro posições de:

líder, suporte, seguidor ou vetador. Portanto, a política interna de um país pode fazer com que ele vete ou aceite um determinado documento proposto.

Desta maneira, nem todo o problema ambiental global envolve o mesmo nível de interesse dos países, fazendo com que a cooperação, que derivaria da interdependência das questões ambientais, não aconteça.

Podemos perceber também, que a política ambiental está inserida no sistema de política global, no qual é influenciada por aspectos tanto militares, como também políticos e econômicos. Assim, existem grandes dificuldades no encaminhamento rumo ao desenvolvimento sustentável, mas há um crescente aliado que está ajudando o mundo na criação de políticas ambientais globais, que são as organizações não governamentais. Estes têm se desenvolvido a passos largos e por meio de mecanismos simples como a internet, estão tomando cada vez mais espaços nas discussões e envolvendo toda a sociedade (MONTIBELLER, 2004).

O consenso que se estabelece em torno da democracia na gestão de políticas públicas em torno da sustentabilidade é o do envolvimento participativo dos diversos atores sociais e políticos que englobam a comunidade ou a sociedade civil local. As organizações não governamentais

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facilitam este processo. Assim, a capacidade da população de decidir por seus próprios interesses é o ingrediente chave do processo de efetividade de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável.

Assim também o compromisso dos beneficiados, dos diferentes grupos de interesse, terceiro setor, autoridades legislativas e executivas é fundamental para que a implementação de ações se efetive e tenha sustentabilidade.

A participação da sociedade civil na gestão de políticas públicas voltadas à sustentabilidade é um elemento para a efetividade e, sobretudo, de democratização do poder local. A sociedade organizada tem força e poder para pressionar os seus representantes e deve conquistar cada vez mais influência nas decisões mundiais (TAVARES, 2005).

Desta forma, deve-se optar pela transformação das dimensões do desenvolvimento sustentável em critérios objetivos de políticas públicas.

Sabe-se que o desafio da sustentabilidade, é eminentemente político, de aliança entre os diversos grupos sociais que impulsionam as transformações necessárias, sem que se reduza a questão ambiental a argumentos técnicos para a tomada de decisões racionais.

Para se promover o desenvolvimento sustentável, não é possível que seus ideais sejam absorvidos e ficando estagnado apenas no nível da retórica, mantendo-se a tendência conservadora inercial dos sistemas sociais de resistir à mudança.

As políticas públicas, para que possam definitivamente promover o desenvolvimento sustentável, devem contemplar integralmente e pôr em prática as suas várias dimensões no seu processo decisório.

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AUTOATIVIDADE

1 O desenvolvimento sustentável não pode se pautar em apenas mecanismos econômicos como regra para promover a sustentabilidade do planeta. São cinco as dimensões na qual o desenvolvimento sustentável deve ter como norte. Quais são as cinco dimensões?

2 Relacione as colunas:

A – ONU ( ) Agência multilateral ligada à ONU, especializada em tudo o que envolve o trabalho.

B – ASTM NBR

ISO 14064 ( ) Compromissos com a redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa.

C – GRI ( )

Estabelece um conjunto de objetivos para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza no mundo.

D – ISO 16001 ( )

Ferramenta que tem como finalidade auxiliar as organizações a gerenciarem os impactos sociais e ambientais.

E – PNUD ( ) Padrão para desenvolvimento de inventários de emissões de GEE e projetos de mitigação de GEE.

F – Protocolo

de Kyoto ( ) Padrão para desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade.

G - ETHOS ( ) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

H – Metas do

Milênio ( ) Norma brasileira de responsabilidade social que tem caráter de sistema de gestão e é certificável.

I - OIT ( ) Organização das Nações Unidas fundada em 1945.

3 O consenso que se estabelece em torno da democracia na gestão de políticas públicas em torno da sustentabilidade é o do envolvimento participativo dos diversos atores sociais e políticos que englobam a comunidade ou a sociedade civil local. Quais são as organizações que favorecem este processo nas políticas públicas para a sustentabilidade?

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REFERÊNCIAS

ABNT NBR ISO 14064-1:2007. Especificação e orientação a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa, 2007.

FUKUDA-PARR, S. et al. (Orgs.). Relatório do desenvolvimento humano 2003: Objetivos de desenvolvimento do milênio: um pacto entre nações para eliminar a pobreza humana. Lisboa: Mensagem Serviços de Recursos Editoriais, 2003.

LOUETTE, A. (Orgs.). Gestão do conhecimento: compêndio para a sustentabilidade: ferramentas de gestão de responsabilidade

socioambiental. São Paulo: Antakarana Cultura, Arte e Ciência, 2007.

MONTIBELLER, F. G. Empresas, desenvolvimento e ambiente: diagnóstico e diretrizes de sustentabilidade. Barueri: Manole, 2007.

MONTIBELLER, F. G. O mito do desenvolvimento sustentável: meio

ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2.

ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.

RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO. 2003. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: um pacto entre nações para eliminar a

pobreza humana. Relatório 2003. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/

rdh/>. Acesso em: 25 abr. 2012.

SACHS, I. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

TAVARES, E. M. F. Avaliação de políticas públicas de desenvolvimento sustentável: dilemas teóricos e pragmáticos. Holos, maio 2005.

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GABARITO

1 O desenvolvimento sustentável não pode se pautar em apenas mecanismos econômicos como regra para promover a sustentabilidade do planeta. São cinco as dimensões na qual o desenvolvimento sustentável deve ter como norte. Quais são as cinco dimensões?

R.: Social: fundamental por motivos tanto intrínsecos quanto instrumentais, por causa da perspectiva de ruptura social que paira de forma ameaçadora sobre muitos lugares problemáticos do nosso planeta.

Ambiental: possui duas dimensões, uma como provedores de recursos e outro como local para a disposição de resíduos. Todos como sistema de sustentação da vida. Territorial: relacionado à distribuição espacial dos recursos, das populações e das atividades.

Econômico: sendo a viabilidade econômica para que as coisas aconteçam.

Político: tendo como valor fundamental e um instrumento necessário para fazer as coisas acontecerem, por meio das políticas públicas.

2 Relacione as colunas:

A – ONU ( I ) Agência multilateral ligada à ONU, especializada em tudo o que envolve o trabalho.

B – ASTM NBR

ISO 14064 ( F ) Compromissos com a redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa.

C – GRI ( H )

Estabelece um conjunto de objetivos para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza no mundo.

D – ISO 16001 ( G )

Ferramenta que tem como finalidade auxiliar as organizações a gerenciarem os impactos sociais e ambientais.

E – PNUD ( B ) Padrão para desenvolvimento de inventários de emissões de GEE e projetos de mitigação de GEE.

F – Protocolo

de Kyoto ( C ) Padrão para desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade.

G - ETHOS ( E ) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

H – Metas do

Milênio ( D ) Norma brasileira de responsabilidade social que tem caráter de sistema de gestão e é certificável.

I - OIT ( A ) Organização das Nações Unidas fundada em 1945.

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3 O consenso que se estabelece em torno da democracia na gestão de políticas públicas em torno da sustentabilidade é o do envolvimento participativo dos diversos atores sociais e políticos que englobam a comunidade ou a sociedade civil local. Quais são as organizações que favorecem este processo nas políticas públicas para a sustentabilidade?

R.: São as organizações não governamentais que têm a capacidade de mobilizar e pressionar os representantes de Estado.

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