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CAPITULO III : AS OBJETIVAS (O SISTEMA OPTICO DA CAMARA)

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CAPITULO III :

AS OBJETIVAS

(O SISTEMA OPTICO DA CAMARA)

Imagem: Objetiva da primeira câmara Canon Em Lenswork II/Canon

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1.LENTES OU OBJETIVAS?

Uma questão frequentemente levantada até por profissio-nais é quanto a nomenclatura; lente ou objetiva? Na verdade hoje os termos são intercambiaveis mas no estrito senso da palavra uma lente* é composta por um único elemento de vidro ou cristal e o seu formato determina como ela afeta os raios de luz que nela incidem. De forma geral existem duas classes; as lentes conver-gentes e as diverconver-gentes. Existem diversos formatos de lentes como as biconcavas as plano-convexas* e outras. As objetivas porém são compostas de diversos elementos em conjunto de forma a produzir imagens mais precisas e sem distorções. Na figura 2-19 vemos uma lente pois possui um único elemento. Já o desenho 2-20, representa uma objetiva uma vez que é composta de diversos elementos (lentes).

2.O SISTEMA ÓPTICO: AS OBJETIVAS E O VISOR.

As objetivas tem a função primordial de formar a imagem que será registrada no filme . O visor também faz parte do sistema optico de quase todas as câmaras modernas. Esse dispositivo é de grande importância uma vez que é por ele que o fotógrafo pode ter uma idéia mais precisa do que será registrado no filme. O sis-tema óptico portanto pode ser dividido nessas duas duas fun-ções:

1. O Sistema de Objetivas Principais, responsável pela formação da imagem no filme.

2. O Sistema de Visão; um conjunto de lentes , espelhos e prismas utilizados para levar a imagem que será registrada no filme, até o visor da câmara.

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE UMA OBJETIVA

Toda objetiva tem certas características que determinam a sua utilidade para o uso na formação de imagens. As principais des-tas características são :

1. Distância focal

2. Ângulo de cobertura

3. Abertura relativa

4. Poder de cobertura

Veremos a seguir cada uma destas importantes caracteristicas em maior detalhe pois a compreensão destes princípios deve tornar claro como uma objetiva forma uma imagem o como a mesma é o resultado desse conjunto de caracteristicas.

1). A DISTÂNCIA FOCAL DE UMA OBJETIVA

Uma lente ou objetiva é um elemento de vidro cujas caracteristicas opticas e formato permitem controlar os raios de luz que nela incidem de forma a criar e projetar uma imagem. Por definicão; A distância focal de uma objetiva é a medida ( em

milíme-tros ou polegadas ) entre o seu eixo central e o ponto em que esta forma uma imagem nítida de um objeto que se encontra a uma dis-tância infinita. Para fins meramente ilustrativos , a figura 2-19

mostra como é medida a distância focal de uma lente biconvexa* ou positiva.Fig.3.2 Dfeita do centro da lente até o ponto onde ela produz uma imagem nítidaISTÂNCIAFOCALDEUMALENTESIMPLES. Note-se bem que a medida é

(ponto focal). Uma lente biconvexa tem duas convexidades o que a fazem ser uma lente positiva Uma lente com duas concavidades seria uma lente biconcava ou uma lente negativa. existem ainda outros formatos como plana, plano-convexa, planoconcava etc.

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O EFEITO DA DISTÂNCIA FOCAL NA IMAGEM

Um dos fatores mais evidentes afetados pela distância focal de uma objetiva é a maneira como ela representa uma cena. Nas fotografias abaixo feitas com objetivas de distâncias focais dife-rentes, vemos como o aspecto da cena muda radicalmente. A primeira fotografia foi feita com uma objetiva grande angular 24 mm, a segunda com uma objetiva normal 50mm, a terceira com uma objetiva 100 mm e a última com uma objetiva 200 mm .

FIG. 3.3. DISTÂNCIA FOCALDE UMA OBJETIVA COMPLEXA.

A distância focal de uma objetiva complexa é medida do seu centro optico até o ponto onde ela produz uma imagem nítida de um objeto que se encontra no infinito (plano focal).

123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 123456 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 Distancia focal 100 mm 200mm 24mm 50mm

Fig 3.5 As ilustrações acima mostram como a distância focal da objetiva afeta o tamanho da imagem formada e o angulo de cobertura. Fotos: Canon Lenswork 2001

*Lente: As lentes são corpos transparentes que servem para a reprodução optica de um objeto. São fabricadas com tipos especiais de vidro e as suas superficies geralmente possuem um polimento esférico concavo ou conve-xo.

Acima: vemos como é medida a distância focal de uma obje-tiva complexa e os diferentes elementos que a compõem. Abaixo: vemos alguns formatos de elementos (lentes) utiliza-dos em objetivas.

Formatos de lentes

Lentes Convergentes

Lentes Divergentes

Plano- convexa Bi-convexa Menisco-convexa

Plano-concava Bi-concava Concava-menisco

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2. O ANGULO DE COBERTURA.

O ângulo de cobertura (ou ângulo de campo visual) de uma objetiva refere-se a área que esta pode cobrir a sua frente. Esta característica é determinada principalmente pela distância focal da objetiva. Objetivas grande angulares (de pequena distância focal) tem um ângulo de cobertura mai-or que as nmai-ormais. Para melhmai-or entender a questão do o ângulo de cobertura das objetivas ver detalhadamente as fotografias na Figura 2.15. (Página anterior)

Fig.3.6. ANGULO DE COBERTURA DE UMA OBJETIVA. A distância focal de uma objetiva determina o ângulo com que esta poderá cobrir a cena . Este fator é chamado de ANGULODE COBERTURA. Via de

regra as objetivas de pequena distância focal tem um grande angulo de cobertura e são genéricamente chamadas de Grande-angulares. As de distância focal longa são chamadas de Tele-objetivas. Para melhor entender a relação entre ângulo de cober-tura e o tamanho da imagem volte para a figura 2.21 da página anterior e compare com a tabela 2.23. Verá que uma objetiva 24 mm tem um angulo de cobertura de 84 graus emquanto que a de 200mm é apenas 12graus.

Angulo de Cobertura

Fig. 3.7 Tabela de ângulos de cobertura de algumas objeti-vas de diferentes distâncias focais

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3. ABERTURA RELATIVA

Na página anterior vimos que a distância focal de uma objetiva tem importante influência sobre o seu desempenho. Essêncialmente a distância focal de uma objetiva determina

o angulo de cobertura ou seja o campo que esta capatará .

Agora examinaremos um outro fator que também deve ser considerado. Este é o fator da abertura relativa de uma ob-jetiva. A abertura relativa de uma objetiva refere-se à sua

capacidade máxima de transmissão de luz. Uma objetiva que

transmite muita luz é considerada “rápida” e uma que trans-mite pouca luz é “lenta”, no jargão dos profissionais.

Técnicamente esta capacidade é medida em pontos “f”e é chamada de abertura relativa. Chama-se de abertura re-lativa por ser uma equação derivada de dois fatores: a dis-tância focal da objetiva dividido pelo diâmetro efetivo da mes-ma. Um exemplo; uma objetiva com distância focal de 100mm e um diâmetro efetivo de 50mm teria uma abertura relativa de f2. Vemos portanto que o diametro efetivo de uma obje-tiva torna-se um fator primordial para determinar quanta luz essa objetiva é capaz de transmitir. A formula é muito simples sendo que divide-se a distância focal da objetiva pelo seu diametro efetivo. ( Ver Fig. 3.8.)

3 b.O DIAFRAGMA

O diafragma é o dispositivo utilizado para se diminuir a quan-tidade de luz que passa pela objetiva. ( Na verdade o diafragma é

um dispositivo para diminuirmos o diâmetro efetivo da objetiva). O

diafragma ou iris tem exatamente a mesma função que a iris do olho humano.( veja fig 3.9).

O funcionamento da iris ou diafragma

O diafragma ou iris é composto de uma série de folhas metálicas sobrepostas. Quando o anel no corpo da objetiva mar

-PONTOS T. Além dos pontos f existem pontos “T”. Teoricamente, a mesma aber-tura deveria ser igual para todas as objetivas mas existem pequenas diferenças na transmissão de luz de uma objetiva para outra e que para o uso geral são insignifi-cantes. Os pontos " T " representam a medida exata da capacidade de transmissão

de luz por meio de testes de laboratório realizados em cada objetiva. Sómente

objetivas extremamente precisas são calibradas em pontos T.

Fig 3.9. A iris do olho humano regula a entrada de luz automa-ticamente fechando ou abrindo de acordo com a luz ambiente. O diafragma ou iris de uma objeitva tem a mesma função e permite regular a quantidade exata de luz que passará para o filme.

= f 16 = f 2.8

= f 8

A A

BERTURA

R

ELATIVA DE UMA

O

BJETIVA E OS PONTOS

'f'

Distância Focal (DF)

= f (abertura relativa) Diâmetro Efetivo (DE)

Fig. 3.8. Formula para determinar a abertura relativa de uma objeti-va. Divide-se a Distância Focal (DF) pelo Diametro Efetivo (DE (DE). O resultado é a abertura relativa da objetiva. Este fator é impoortante pois determina o numero “f” de maxima transmissão para a objetiva.

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cando os pontos f é girado num sentido ou outro (ver ilustra-ção) as folhas fecham ou abrem um orifício na objetiva. Este orifício regula a entrada de luz de acordo com o ponto f mar-cado no anel da objeiva. A marcação mais comum dos pon-tos f em objetivas é a seguinte:

f 1.4, f 2.0 , f 2.4, f 3.5, f 4, f 5.6, f 8, f 11, f 16 e f 22. É muito importante lembrarmos que cada "ponto" ou diafragma marcado na objetiva em ordem crescente significa uma redução da luz pela metade. Se fecharmos o diafragma de f4 para f8 por exemplo, a redução de luz será de quatro ( 4x) e não de duas vezes como seria a lógica. Isto acontece porque os pontos “f” são derivados de uma equação (abertu-ra relativa) e não seguem uma lógica aritmética. Por este sis-tema, f2.0 é duas vezes mais luz que f4 que é duas vezes mais luz que f5,6 e assim por diante.

Outro aspecto importante a ser lembrado é que os pon-tos “f” representam (teóricamente) a mesma quantidade de luz para todas as objetivas. Isto quer dizer que f8 representa a mesma quantidade de luz para uma tele-objetiva ou para uma grande angular. Porém existe um outro sistema utiliza-do em objetivas altamente profissionais e de precisão. Este sistema é chamado de pontos " t ". Os pontos " t " correspondem aos pontos “ f ” mas são mais precisos e exa-tos.

Existem ainda outras razões de importância para redu-zirmos a abertura da objetiva, além de simplesmente con-trolar a quantidade de luz que por ele passa. Uma dessas considerações é que uma objetiva tem maior definição quan-do o diafragma está fechaquan-do aproximadamente pela metade. Isto acontece porque nessa abertura estamos utilizando so-mente a parte central dos elementos, opticaso-mente mais per-feitos nessa região, e porque o diafragma tende a reduzir a difração dos raios de luz dentro da própria objetiva. Ainda outra consideração importante é que na medida em que o diafragma é fechado a profundidade de campo aumenta

Fig. 3.10 O anel do diafragma numa objetiva e os números das aber-turas em pontos "f". Acima vemos o anel de foco com as distâncias. A tabela do meio indica as aberturas de profundidade de campo.

FOCO

DIAFRAGMA

progressivamente. Este termo refere-se à capacidade de uma objetiva de manter em foco objetos que se encontram além e aquem do assunto principal focalizado (Ver profundidade de campo páginas 30 & 32).

O controle de profundidade de campo mediante a regulagem das aberturas do diafragma constitui um dos recursos mais criativos da fotografia e qualquer

fotogra-fo sério deve estar bem familiarizado com este recurso. A profundidade de campo é afetada por outros fatores como a distância focal da objetiva e a distância entre o objeto focali-zado e o filme. De forma geral podemos afirmar que quanto menor a distância focal de uma objetiva, maior será a sua profundidade de campo. Também de forma geral podemos afirmar que quanto mais próximo o objeto do plano do filme, menor será a profundidade de campo obtida.

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2. ANGULO DE COBERTURA. O ângulo de cobertura de uma objetiva refere-se a área que esta pode cobrir a sua frente. Esta característica é determinada principalmente pela dis-tância focal da objetiva. Objetivas grande angulares (de pe-quena distância focal) tem um ângulo de cobertura maior que as normais. Por outro lado as objetivas de grande dis-tância focal tem um angulo de cobertura mais reduzido De forma geral podemos estabelecer a regra que : quanto menor

a distância focal de uma objetiva, maior será o seu angulo de cobertura e maior será também a sua profundidade de campo.

3. ABERTURA RELATIVA . As objeti-vas também tem uma abertura

relati-va. A abertura relativa de uma objetiva

representa a sua máxima capacidade de transmissão de luz. A abertura rela-tiva é derivada da distância focal divi-dida pelo diâmetro efetivo da mesma. O 4.PODER DE COBERTURA. O po-der de cobertura de uma objetiva des-creve a capacidade dessa objetiva de co-brir um determinado tamanho de ne-gativo. O poder de cobertura é um fa-tor importante sobretudo quando se está fazendo uso de lentes intercambiáveis. O mais importante é lembrar-se que a objetiva foi projetada para cobrir a area do formato para o qual ela foi intencionada.

5. A PROFUNDIDADE DE CAMPO. A profundidade de cam-po diz respeito ao cam-poder de uma objetiva de estender o seu alcance de foco além e aquem do objeto focalizado. Diferen-tes objetivas possuem diferenDiferen-tes profundidades de campo. Via de regra as objetivas grande angulares possuem por si RESUMO DAS CARACTERISTICAS DAS OBJETIVAS:

A função da objetiva é de formar a imagem que será registra-da no filme fotográfico, no dispositivo de captação de vídeo ou no filme cinematográfico. As caracteristicas da imagem formada são determinadas principalmente pela distância fo-cal da objetiva, a sua abertura relativa e a abertura de dia-fragma utilizada além do tipo de filme utilizado. As princi-pais caracteristiacas de uma objetiva são:

1 DISTÂNCIA FOCAL. Todas as objetivas tem uma

distân-cia focal. A distândistân-cia focal de uma objetiva é a medida em

mm. cm. ou em polegadas do seu centro óptico até o ponto onde ela produz uma imagem nítida de um objeto situado no infinito.

Fig 3.11 O efeito do diafragma sobre a abertura relativa de uma objetiva.

f 2.8 f4 f5.6 f.8 f11 f16 f22

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A IMPORTÂNCIA DO PODER DE COBERTURA

É muito comum as pessoas confundirem os termos

ân-gulo de cobertura e poder de cobertura. Já vimos que o

ângulo de cobertura de uma objetiva representa o ângulo do campo que ela capta à sua frente. O poder de cobertura por outro lado, refere-se à area, formato ou o tamanho do nega-tivo para o qual essa objetiva foi projetada. Embaixo vemos o caso de uma objetiva cujo poder de cobertura é insuficien-te para cobrir o negativo ininsuficien-teiro.

Fig. 3.13 Quando se utiliza uma objetiva feita para um formato menor numa câmara de forma-to maior é possivel que aconteça o efeiforma-to de vinheta na imagem que vemos acima.

uma grande profundidade de campo e as tele-objetivas pou-ca.

É possível aumentar a profundidade de campo de qualquer objetiva mediante o fechamento da iris ou diafragma. Este fenômeno é devido ao fato de que ao diminuirmos a abertura estamos trabalhando com as partes centrais dos elementos e reduzindo os efetos de refração .

7. A IRIS. O diafragma ou iris e dispositivo utilizado para reduzirmos a abertura da objetiva. Dessa forma podemos controlar a quantidade ou intensidade da luz que atinge o filme. As aberturas do diafragma são calibradas em pontos "f ". Ainda outro fator afetado pelo fechamento da iris é a profundidade de campo (Ver item 6 nesta página e ilustra-ções na página seguinte).

Fig. 3.12

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Figuras 2.24e 2-25. As ilustrações nesta página mostram

como o fechamento progressivo do diafragma afeta a

profunidade de campo de uma objetiva. A primeira foi feita

com o diafragma totalmente aberto. A segunda com a menor abertura (f22). Vemos que as duas fotos são bastante diferen-tes devido a profundidade de campo . Este recurso é um dos mais importantes da fotografia pois como pode se ve,r passa de um simples reurso técnico assumindo o nível de linguagem. Cada uma das fotografias comunica coisas completamente di-ferentes. Na primeira foto a mensagem é úni-ca. Não há como confundir: o rosto da moça é o destaque, o resto é pano de fundo. Na se-gunda fotografia a mensagem é dividida entre o fundo e o primeiro plano. A fisionomia da moça é atraente mas a riqueza de informação no segundo plano chama a nossa atenção para os detalhes da textura das folhas caídas, e outros pormenores que colocam o primeiro pla-no em relação ao segundo dando outros signi-ficados a foto.

Fig.3.14 Abertura do diafragma: f2 .

Fig. 3.15 Abertura do diafrag-ma: f22

A IMPORTÂNCIA DA ABERTURA DO DIAFRAGMA NA PROFUNDIDADE DE CAMPO.

O efeito causado pelo fechamento do diafragma pode ser dramático como podemos ver nas imagens abaixo. O recurso de profundidade de campo tornou-se um elemento de linguagem na fotografia e quem sabe bem explorá-lo tem uma exelente ferramenta ao seu dispor. Vale a pena estudaar o texto ao lado.

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Fig 3.16A regra da diagonal do negativo é a melhor forma de podermos determinar se uma objetiva é normal ou não para o formato que está sendo utilizado.

Agora que já vimos as ca-racterísticas comuns a todas as objetivas iremos fazer uma análise dos diferentes tipos de objetivas existentes. Basica-mente existem quatro tipos de objetivas:

X (1) as normais,

X (2) as grande angulares, X (3) as tele objetivas, X (4) as zoom.

Além destes quatro tipos básicos existem também: X as objetivas para aplicações especiais

X as lentes suplementares

1. AS OBJETIVAS NORMAIS:

Uma objetiva normal é definidia como tendo uma dis-tância focal igual à diagonal do negativo para o qual ela será utilizada. (Ver figuras 3.16 e 3.17) Esta regra é muito útil pois dentre todas as que encontramos é a mais fácil de veri-ficar e a mais “objetiva”.

Vejamos o exemplo a direita e abaixo: O formato 35 mm mede 24 x 36 mm e a sua diagonal é de 43mm, esta deveria ser a distância focal "normal" para esse formato. ( Ver Fig. 3.17).

Outra forma de se descrever uma objetiva normal é pelo seu ângulo de cobertura . Diz-se que as objetivas normais se aproximam do ângulo de visão do olho humano que é de aproximadamente 50o graus. Este critério porém parece bastante relativo uma vez que é necessário fecharmos um dos nossos olhos e olhar fixamente a nossa frente para chagarmos a uma aproximação deste angulo.

Fig 3.17. A diagonal do negatiavo 35mm é de 43mm aproximadamente. Obs. A largura do filme inteiro é de 35 mm mas a diagonal da área da imagem é que deve ser medi-da.

Diagonal

35mm

43 mm

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2. AS OBJETIVAS GRANDE ANGULARES

Por definição uma grande angular tem uma distância focal inferior a diagonal do negativo para o qual ela será utiliza-da. Isto quer dizer que o seu poder de cobertura será maior que o normal acima dos 50 graus de uma objetiva normal. (Veja exemplo abaixo)

Existem objetivas do tipo "olho de peixe" que tem dis-tâncias focais muito pequenas ( 7 ou 8mm) e portanto um angulo de cobertura que pode ultrapassar os 180 graus. as objetivas grande angulares mais utiizadas porém são aque-las com uma distância focal entre 20 e 35 mm.

Fig.3.18 Uma grande angular com uma distância focal a metade da diagonal do negativo terá um angulo de cobertura o dobro do normal. Neste caso a objetiva olho de peixe de 7.5mm tem um angulo de cober-tura de aproximadamente 180 graus ou seja; metade de um circulo!.

As grande angulares tem as suas desvantagens. Em primeiro lugar por serem objetivas de grande ângulo de co-bertura representam a cena com uma distorção conhecida como 'distorção esférica isto é elas reproduzem linhas retas como curvas. Hoje as grande angulares modernas possuem um alto grau de correção deste defeito mas ele é praticamen-te impossível de eliminar por completo. O defeito porém pode ser usado como um efeito. O uso de grande angulares em close-ups de rostos distorçe a fisionomia de forma singular. Uma vantagem das grande angulares é a sua grande profun-didade de campo o que permite planos onde quase tudo está em foco.

3. AS TELEOBJETIVAS

Uma teleobjetiva é justamente aquilo que o seu nome sugere. "Tele" é distância, tele- visão, tele-scópio, tele-fone. A teleobjetiva serve para fotografar objetos que se encontram a distância. Por definição qualquer objetiva com uma distân-cia focal MAIOR do que o normal (a diagonal do negativo) pode ser considerada uma tele objetiva. Isto significa que uma objetiva de 80mm é uma teleobjetiva como também é uma de 800mm. A diferença entre as duas será uma diferen-ça em grau. A teleobjeiva de 800mm é dez vezes mais forte que a de 80mm. O angulo de cobertura da objetiva mais poderosa será dez vezes mais agudo e a imagem será dez vezes maior que a da objetiva de 80mm.

As teleobjetivas por sua natureza, são maiores e mais pesadas que as outras objetivas. Para melhor entendermos isto é só lembrarmos que uma teleobjetiva de 800mm tem que ter nada menos do que 80 centímetros entre o seu eixo optico e o plano focal. Isto significa que ela tem que ter no minimo 80cm de comprimento. As teleobjetivas são compri-das e também são mais lentas que outras objetivas porque 180

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absorvem mais luz. Dificilmente uma teleobjetiva acima dos 300mm tem uma abertura maior que f5.6 ou f8. As que pos-suem aberturas maiores como as 300mm f2.8 comuns entre fotógrafos e cinegrafistas de esportes custam dez vezes mais que as de aberturas menores. Uma desvantagem das teleob-jetivas é que devido ao fato que elas aumentam a imagem a sua tendência é de aumentar também as vibrações e por isto devem ser utilizadas montadas num tripé ou outro suporte sólido e estável. Outra característica das teleobjetivas é uma profundidade de campo reduzida e um achatamento da ima-gem com perda de perspectiva chamada por muitos de "com-pressão".

4. AS OBJETIVAS ZOOM

Até o presente momento discutimos objetivas de distân-cia focal fixa. As objetivas zoom apresentam um caso único em que a sua distância focal é variável. Na objetiva zoom, um ou mais grupos de elementos ópticos são movidos dentro da objetiva para modificar a distância focal. Isto representa uma grande vantagem uma vez que torna possível fotografar

Fig 3.19. Teleobjetiva de 400mm com abertura de diafragma de 2.8 da maraca Canon..

Fig.3.20 A Objetiva Zoom pode mudar a sua distância focal mdiante um complexo deslocamento de seus elementos internos. Aqui mostrada objetiva Nikon 50 - 300mm.

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5. OBJETIVAS ESPECIAIS

Existe um grande número de objetivas para aplicações especiais e seria impossível mencionar todas aqui mas vale a pena descrever algumas das mais importantes.

A.) OBJETIVASDE DISTÂNCIA FOCAL EXTREMA

Em primeiro lugar poderíamos deixar claro que as tivas com distâncias focais extremas são consideradas obje-tivas especiais já que são utilizadas para propósitos muito especficos. Nesta categoria podemos incluir as extremas olho de peixe ou as super tele-objetivas.

B.) OBJETIVAS E LENTESSUPLEMENTARES

Nesta classe são incluiidas objetivas que acopladas a outras objetivas modificam as características ópticas das mes-mas. Este tipo de objetiva inclui desde lentes de aproxima-ção até suplementos que tranformam uma objetiva normal em tele objetiva ou grande angular. Este tipo de objetiva tor-na-se hoje bastante popular uma vez que muitas câmaras ( principalmente camcorders, câmaras digitais, e algumas câ-maras fotográficas.) amadoras ou semi-profissionais são fabaricadas com objetivas incorporadas que não podem ser substituidas.

C.) OBJETIVASSNORKEL

A tecnologia de fibras ópticas possibilitou o desenho de obje-tivas que podem ser acopladas numa extremidade de um chicote de fibras ópticas e o outro extremo na câmara. Desta maneira a objetiva pode ser colocada em lugares outrora com-pletamente inacessíveis para uma câmara. As aplicações são múltiplas e quase inesgotáveis. A medicina a ciência, a engenharia e a publicidade tem se aproveitado muito destes recursos.

ou filmar cenas com mais de uma distância focal sem ter que trocar de objetivas na câmara. As primeiras objetivas zoom apareceram nos anos 30 e foram sendo aperfeiçoadas atravéz dos tempos até o ponto em que hoje é impensável uma filmadora ou camcorder não ser equipada com uma objetiva deste tipo. As primeiras zoom não possuiam uma relação muito grande isto é; a sua capacidade de mudar de distância focal não passava de 3 ou 4 vezes. Hoje não é nada incomum encotrarmos objetivas com relações de 15 ou 20 vezes.

As zoom demoraram para ser utilizadas em larga es-cala devido ao fato que as objetivas fixas produziam ima-gens de maior resolução e eram muito mais leves. Embora a questão tamanho ainda seja um fator que desfavorece as zoom para todas as aplicações, a questão da qualidade da imagem é praticamente insignificante hoje. O uso das obje-tivas zoom tornou-se praticamente padrão nos anos 60 e 70 na televisão. Depois disto, é que elas passaram a ser utilizadas nas câmaras de vídeo, no cinema e na fotografia. Hoje em dia as objetivas zoom são cada vez mais comuns em camaras de todos os tipos. a sua praticidade está mais do que comprovada sobre as objetivas de distância focal fixa uma vez que o fotógrafo não precisa ficar trocando de objetiva no meio de um trabalho. Com a ajuda da compu-tação, novos desenhos e formulas opticas se tornaram pos-síveis a um custo muito mais baixo ao mesmo tempo que se verifica um aumento qualitativo.

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D.) OBJETIVASANTI VIBRAÇÃO

Sempre a vibração ou trepidação foi um problema para a fotografia uma vez que o resultado produz fotografias tremi-das. Até certo ponto o uso de velocidades de obturador mais elevadas resolvia parte do problema. Posteriormente foram criados sistemas tremendamente complexos para di-minuir os efeitos da trepidação. A Dynalens é um sistema que utiliza objetivas que posssuem um fluido compensador interno que minimiza os efeitos de movimentos bruscos quan-do fotografanquan-do ou filmanquan-do de helicópteros ou aviões. Algu-mas das soluções mais modernas utilizam sisteAlgu-mas eletrôni-cos de compensação de movimento que oferecem resultados surpreendentes.

E.) OBJETIVASCATADIOPTRICAS

As objetivas catadióptricas são uma solução para limitar o desconfortável tamanho de teleobjetivas extremas. Como se sabe, uma objetiva com uma distância focal de 1000mm teria que ter no mínimo um metro de comprimento. (Ver defi-nição de distância focal) O desenho de objetivas catadioptricas

permite reduzir este tamanho para menos da metade por meio de espelhos. (Veja ilustração) A maior desvantagem deste tipo de objetiva é que devido ao sistema de espelhos estas objetivas não podem ter um diafragama e são portanto de abertura fixa. Uma segunda desvantagem do seu dese-nho é que elas costumam ter uma abertura relativamente pequena geralmente entre f-6 ou f-8 dependendo da sua dis-tância focal. Muitas objetivas catadioptricas são verdadeiros telescópios e na verdade o seu desenho é derivado de um tipo de telescópio. A característeica mas evidente destas objetivas é que elas são “gordas” ou seja, são mais largas do que compridas.

Referências

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