• Nenhum resultado encontrado

Associação do envelhecimento com a resistência insulínica, síndrome metabólica e obesidade sarcopênica: investigação de paramêtros inflamatórios, metabólicos e composição corporal

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Associação do envelhecimento com a resistência insulínica, síndrome metabólica e obesidade sarcopênica: investigação de paramêtros inflamatórios, metabólicos e composição corporal"

Copied!
69
0
0

Texto

(1)

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física

ASSOCIAÇÃO DO ENVELHECIMENTO COM A

RESISTÊNCIA INSULÍNICA, SÍNDROME METABÓLICA

E OBESIDADE SARCOPÊNICA: INVESTIGAÇÃO DE

PARAMÊTROS INFLAMATÓRIOS, METABÓLICOS E

COMPOSIÇÃO CORPORAL.

Brasília - DF

2013

(2)

Alessandro de Oliveira Silva

ASSOCIAÇÃO DO ENVELHECIMENTO COM A RESISTÊNCIA INSULÍNICA, SÍNDROME METABÓLICA E OBESIDADE SARCOPÊNICA: INVESTIGAÇÃO DE

PARAMÊTROS INFLAMATÓRIOS, METABÓLICOS E COMPOSIÇÃO CORPORAL

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Educação Física da Universidade Católica de Brasília (UCB), como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Jonato Prestes

(3)

FOLHA DE APROVAÇÃO

Tese de autoria de Alessandro de Oliveira Silva, intitulada ASSOCIAÇÃO DO ENVELHECIMENTO COM A RESISTÊNCIA INSULÍNICA, SÍNDROME METABÓLICA E OBESIDADE SARCOPÊNICA: INVESTIGAÇÃO DE PARAMÊTROS INFLAMATÓRIOS, METABÓLICOS E COMPOSIÇÃO CORPORAL, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em (Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Educação Física da Universidade Católica de Brasilia, em dez de dezembro de dois mil e treze, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

________________________________________________ Prof. Dr. Jonato Prestes

_______________________________________________ Profa. Dra. Nanci Maria de França

_______________________________________________ Prof. Dr. Fabrício Azevedo Voltsrelli

________________________________________________ Profa. Dra. Claudia Regina Cavaglieri

________________________________________________ Prof. Dr. Hildeamo Bonifácio Oliveira

(4)

DEDICATÓRIA

Por

Walmyr (in memorian) e Cleci

Pelo legado de amor e educação.

Para

Silvana, Henrique e Júlia

(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço aos meus pais Walmyr (in memorian) e Cleci por sempre

me incentivar a buscar novos conhecimentos.

A minha esposa Silvana,

Meu amor, agradeço especialmente pelo exemplo de perseverança e garra, não desistir de nada e ser “guerreira”, Te amo!

À Henrique e Júlia,

Meus filhos amados, minha razão na busca em ser uma pessoa melhor, Amo vocês!

Agradeço ao meu orientador e amigo, Professor Doutor Jonato Prestes, pela

paciência, apoio e orientação ao longo desta jornada.

Aos professores, Darlan, Tatiane, Denis, Vinícius, Ramires pela amizade, respeito,

confiança, espírito de equipe e profissionalismo com que sempre lidaram com o projeto ao qual estávamos envolvidos, particularmente com os “imprevistos” logísticos e acadêmicos. Trabalhar com vocês foi (é) um privilégio. Agradeço a professora Doutora Margô Gomes de Oliveira Karnikowski, pelo apoio

e incentivo na busca desta nova etapa da minha vida.

Aos meus amigos, professor Renato André, professor Hildeamo, professor

Guilherme Pontes, professor Rochester e professor MacGregor (in memorian)

pelo incentivo na busca incansável pelo conhecimento e por partilhar o mesmo comigo.

A todas as voluntárias, por sua generosidade em participar desta pesquisa e

(6)

O único dia fácil foi ontem.”

(7)

RESUMO

SILVA, Alessandro de Oliveira. Associação do envelhecimento com a resistência insulínica, síndrome metabólica e obesidade sarcopênica: investigação de paramêtros inflamatórios, metabólicos e composição corporal. 2013. 69 p. Educação Física, Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2013.

Introdução: Sendo um processo natural e irreversível, o envelhecimento acarreta no declínio dos sistemas fisiológicos, desta forma pode levar os idosos a desenvolver alterações na composição corporal, tais como a redução da massa livre de gordura (MLG) e o aumento da massa gorda (MG). Esse processo progressivo pode desenvolver inflamação crônica subclínica, o que promove a liberação de citocinas inflamatórias como a interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral alfa (TNFα), bem como a proteína c-reativa (PCR), marcadores inflamatórios relacionados ao envelhecimento. Métodos: foram confeccionados três artigos tendo como tema à resistência a insulina, a síndrome metabólica e a obesidade sarcopenica, todos os artigos são estudos são de caráter transversal, a amostra foi composta por idosas residentes no Distrito Federal. As participantes foram submetidas aos seguintes procedimentos: avaliação da massa e da estatura corporal; avaliação da circunferência da cintura por meio de trena antropométrica; análise da composição corporal por meio da absortometria de raios-X de dupla energia; e coleta de material sanguíneo para análise dos marcadores de inflamação. Resultados: os resultados demonstram uma associação do envelhecimento com a resistência insulínica, síndrome metabólica e obesidade sarcopênica, desta forma, deve haver uma maior investigação dos parâmetros inflamatórios, metabólicos e composição corporal.

Considerações finais: Consequentemente, a identificação de pacientes idosos com resistência insulínica, síndrome metabólica e obesidade sarcopênica, é de suma importância para atenuar o impacto clínico destas patologias nesta população.

(8)

ABSTRACT

SILVA, Alessandro de Oliveira. Association of aging with insulin resistance, metabolic syndrome and sarcopenic obesity: investigation of inflammatory parameters, metabolic and body composition. 2013. 69 p. Physical Education, Catholic University of Brasília, Brasília, 2013.

Introduction: Being a natural process irreversible , aging causes the decline of physiological systems in this way may lead the elderly to develop changes in body composition as a reduction in fat-free mass (FFM ) and increased fat mass (FM ) . This process can develop a progressive chronic subclinical inflammation , which promotes the release of inflammatory cytokines such as interleukin - 6 (IL- 6) and tumor necrosis factor alpha (TNFα) , and the C-reactive protein (CRP) , markers inflammatory related to aging . Methods: We prepared three articles on the subject of insulin resistance, metabolic syndrome and sarcopenic obesity , all articles are studies are transversal , the sample consisted of elderly residents in the Federal District . The participants were subjected to the following procedures: assessment of body mass and height , assessment of waist circumference by tape anthropometric , body composition analysis by X-ray absorptiometry dual energy , and blood sample collection for analysis inflammation markers. Results: The results show an association of aging with insulin resistance, metabolic syndrome and sarcopenic obesity in this way and there should be further investigation of inflammatory parameters, metabolic and body composition. Final Thoughts: As a result, the identification of elderly patients with insulin resistance, metabolic syndrome and sarcopenic obesity, is of paramount importance to mitigate the clinical impact of these pathologies in this population.

(9)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Percentual da população total com idade de 60 anos ou

mais em 2012... 17

Figura 2 Percentual da população total com idade de 60 anos ou

mais em 2050... 18

(10)

LISTA DE QUADRO

Quadro 1 Definições de síndrome metabólica em mulheres

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS

AACE American Association of Clinical Endocrinologists

AHA/NHLBI American Heart Association/National, Heart, Lung, and Blood Institute

CC Circunferência da Cintura

LDL-col colesterol de lipoproteína de baixa densidade

DM Diabetes Mellitus

DM2 Diabetes Mellitos tipo 2

DCNT doenças crônicas não transmissíveis EGIR European Group for Insulin Resistance

GJ Glicemia de Jejum

HDLc lipoproteína de alta densidade

IDF International Diabetes Federation

IMC Indice de Massa Corporal InG Intolerância a glicose IL-6 Interleucina

TNF-α Fator de Necrose Tumoral-alfa OMS Organização Mundial da Saúde RI Resistência à Insulina

SM Síndrome Metabólica RCQ Razão Cintura-quadril TG Triglicerídeo

(12)

SUMÁRIO

RESUMO... ASTRACT...

1. INTRODUÇÃO... 13 2. 2.1 2.2 OBJETIVOS... GERAL... ESPECIFICO... 15 15 15 3. 3.1 3.2 3.2.1 3.2.2

(13)

1. INTRODUÇÃO

A transição demográfica e epidemiológica é um fenômeno mundial que se caracteriza pelo acréscimo do segmento etário de idosos, e uma modificação no perfil de morbi-mortalidade da população, sobretudo, no que se refere à população feminina, a qual vive em média sete anos a mais que a masculina (BATISTA et al., 2008, VERAS 2009, CAMARANO 2007). O envelhecimento é acompanhado de uma série de modificações nos diversos sistemas fisiológicos, destacando-se alterações na composição corporal, como o aumento progressivo da massa gorda e a diminuição na massa muscular (PEAKE,GATTA,CAMERON-SMITH; 2010).

Recentemente, o Brasil passou a conviver com doenças crônicas de múltiplos fatores, estas enfermidades são complexas e aumentam os gastos com a saúde pública, sendo esta uma realidade de um país mais longevo (VERAS et al. 2008, NERI, SOARES 2007, PARAHYBA, VERAS, MELZER 2005). No Brasil, o aumento gradativo de indivíduos com 60 anos ou mais e a elevação na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), indica que o país se encontra em processo de envelhecimento populacional (OLIVEIRA 2008). Dentre as DCNT destacam-se a hipertensão arterial, o diabetes mellitus (DM), obesidade, dislipidemias, doenças cardiovasculares e cânceres, sendo que alterações inflamatórias, metabólicas, antropométricas e de composição corporal são frequentemente relacionadas ao desenvolvimento e prognósticos destas enfermidades (FORSEY et al. 2003, FORD, 2009, LAKKA 2001).

(14)

(SBC 2006). Não obstante, um importante problema de saúde pública relacionado ao envelhecimento é a combinação da sarcopenia com graus de obesidade, originando uma nova patologia, denominada obesidade sarcopênica (BAUMGARTNER et al. 2004, MONTEIRO et al. 2010).

(15)

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

 Verificar a associação do envelhecimento com a resistência insulínica, síndrome metabólica e obesidade sarcopênica.

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

 Comparar os parâmetros inflamatórios, metabólicos, antropométricos e a composição corporal entre idosas com e sem a resistência insulínica.

 Comparar o estado inflamatório de mulheres idosas com e sem síndrome metabólica, bem como correlacionar os parâmetros inflamatórios, medidas antropométricas, perfil metabólico e pressão arterial com ɀ-Score da síndrome metabólica.

 Verificar a associação da obesidade sarcopênica com as entidades clínicas de sarcopenia e obesidade em mulheres idosas sedentárias.

Para responder os objetivos traçados, foram escritos três artigos, todos publicados entre os anos de 2012 e 2013.

Título: Comparison of Inflammatory, Metabolic, and Anthropometric Parameters in Elderly Women With and Without Insulin Resistance.

Silva, AO. ; Oliveira, HB. ; Tavares, AB.; Funghetto, SS.; Prestes, J; Karnikowski, MGO.

Periódico: Research on Aging.

Data de Publicação maio 2012 Volume 34 sem. 3 Páginas 261-274 DOI: 10.1177/0164027511415245

Título: Inflammatory status in older women with and without metabolic syndrome: is there a correlation with risk factors?

(16)

Periódico: Clinical Interventions in Aging

Data de Publicaçãomarço 2013Volume2013:8Páginas361-367 DOI:http://dx.doi.org/10.2147/CIA.S39899

Título: Association of body composition with sarcopenic obesity in elderly women Silva AO, Karnikowski MGO, Funghetto SS, MM Stival, RM Lima, Souza JC, Navalta JW, Prestes J.

Periódico: International Journal of General Medicine

(17)

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ENVELHECIMENTO

Nos países em desenvolvimento a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) definiu como idoso o indivíduo a partir dos 60 anos de idade e nos países desenvolvidos a partir dos 65 anos. Este processo de envelhecimento aconteceu pela mudança nas políticas de saúde públicas e sociais, evidenciando desta maneira uma queda da mortalidade em países industrializados. Este fenômeno iniciou no século passado e ocorre conjugado com o progresso das condições habitacionais, de saneamento básico, alimentação e do trabalho, assim como a ampliação da cobertura de vacinas e dos sistemas de proteção social. O aumento da população idosa também está presente nas sociedades em desenvolvimento, como o Brasil (LEBRÃO, 2007).

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012) ocorreu na população brasileira um aumento de pessoas na faixa etária dos 65 anos, a qual avançou de 5,9% em 2000 para 7,4% em 2010. Indiscutivelmente, o aumento da expectativa de vida modificou o perfil demográfico no Brasil evidenciado pelo Censo Demográfico de 2010, que aponta que a população idosa ultrapassa a 20 milhões de pessoas.

(18)

No ano de 2050, estima-se que irão existir em média 2 bilhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo. Adicionalmente, as perspectivas epidemiológicas atuais demonstram que o Brasil deverá ocupar a sexta posição mundial no ano de 2025, em termos de número absoluto de indivíduos com 60 anos ou mais (OMS 2005, Ministério da Saúde, 2006).

Figura 2. Percentual da população total com idade de 60 anos ou mais em 2050. Fonte: OMS, 2012 (tradução livre).

No entanto, o aumento da expectativa de vida da população brasileira levou a um acréscimo na prevalência das doenças que estão associadas com a idade, entre elas o sobrepeso, obesidade, doenças cardíacas, síndrome metabólica, sarcopenia e a obesidade sarcopênica (FARIAS et al 2013, OLIVEIRA SILVA et al 2013, SILVA 2013).

3.2 ALTERAÇÕES RELACIONADAS À COMPOSIÇÃO CORPORAL NO IDOSO

(19)

subjacentes de doenças relacionadas à obesidade, podendo predispor os idosos a fatores de risco cardiometabólico, como a SM (ECKEL et al. 2005, HU et al. 2004).

Além da importância de cada fator de risco independente, a agregação de obesidade abdominal, metabolismo da glicose alterado, dislipidemia e hipertensão aumenta o risco de doença cardiovascular e diabetes tipo 2 (HU et al. 2004,

MCNEILL et al. 2006). Adicionalmente, a SM em idosos esta relacionada com um declínio cognitivo mais pronunciado, sendo esta uma das mais importantes causas de morbi-mortalidade entre os idosos (YAFFE 2007).

Esta descrita na literatura que indivíduos com obesidade relacionada com a resistência à insulina, têm baixas concentrações de adiponectina, desta forma, diminuindo a captação de glicose nos hepatócitos (células do fígado) e nos miócitos (células musculares) (ZAMBONI et al. 2007). Sendo assim, com o processo de envelhecimento, o músculo pode ser infiltrado com gordura, e isto pode eventualmente perpetuar ainda mais a RI. Este processo pode diminuir a massa magra e ter como consequência a sarcopenia e ou a obesidade sarcopênica (GOODPASTER et al. 2006).

Em um estudo com 2.964 idosos, com idade média de 73,6 anos, apesar de quantidades similares de gordura subcutânea na coxa, a gordura intramuscular foi maior em indivíduos com diabetes tipo 2, bem como a intolerância à glicose. Conforme esperado, as taxas mais elevadas de gordura visceral, abdominal e intramuscular foram associadas com maiores concentrações de insulina em jejum. O mesmo concluiu que homens e mulheres idosos, mesmo com peso normal, podem apresentar risco de anormalidades metabólicas, incluindo diabetes tipo 2, caso possuam uma quantidade excessiva de gordura muscular ou gordura abdominal visceral (GOODPASTER et al. 2003).

(20)

3.2.1 Síndrome metabólica

No final da década de 1960, Avogaro e colaboradores (1967) descreveram que a obesidade, hiperlipidemia, diabetes e hipertensão quando associadas formavam fatores de risco elevados para saúde dos indivíduos, posteriormente essa afirmação foi realçada no final da década de 1970 por outros pesquisadores (HALLER, 1977, SINGER, 1977). Ferrannini et al. (1991) descreveram a mesma aglomeração de anormalidades em pacientes com doenças cardiovasculares e relacionaram a causa com a resistência à insulina, desta forma denominando a "síndrome da resistência à insulina" como o nome mais apropriado para esta condição. Concomitantemente, Reaven (1988, 1992) concordou que a resistência à insulina foi à causa destas anormalidades, e utilizou a denominação "síndrome X". Condições médicas, tais como um estado pró-trombótico e pró-inflamatório, doença hepática (gordura no fígado) e síndrome de apnéia obstrutiva do sono foram consecutivamente definidas como sintomas da síndrome metabólica (SM) (GRUNDY 2008). O diagnóstico de SM resulta em um significativo aumento da mortalidade cardiovascular e por todas as causas, mesmo em pacientes não diabéticos (HU et al. 2004). Em geral, o risco de eventos cardiovasculares é dobrado em doentes com SM em comparação com aqueles sem SM, ao passo que, o risco para a diabetes de tipo 2 é aumentada em cerca de cinco vezes (GRUNDY 2008).

A maioria dos estudos epidemiológicos e clínicos utilizaram o Cholesterol

Education Program Adult Treatment Panel Nacional (NCEP) para determinar a SM,

(21)

responsáveis pela formação de placas ou estrias gordurosas que podem ocasionar a própria ruptura de placa (GOTTLIEB, BONARDI, MORIGUCHI, 2005).

A SM tem em sua patogênese processos multifatoriais, uma das principais alterações é a dislipidemia, esta pode levar os adipócitos a não reter em seu interior os ácidos graxos, desta forma levando a uma exacerbação de seu fluxo para a circulação, sendo que a RI facilita este mecanismo, pois nos indivíduos com RI, o fígado libera na circulação lipoproteínas de baixa densidade (VLDL) através da síntese hepática de triciglerideos.

Desta maneira a fisiopatologia da SM parece ser em grande parte devido à resistência à insulina (ECKEL, GRUNDY, ZIMMET 2005, HU 2004). Sendo que fatores como envelhecimento, genéticos e ambientais, tais como a alta ingestão de calorias e sedentarismo, podem aumentar o grau de resistência à insulina. A exacerbação do tecido adiposo aumenta o risco de co-morbidades, de modo que, os avanços na compreensão da biologia do tecido adiposo podem oferecer uma visão sobre os mecanismos fisiopatológicos complexos da SM (figura 3). A adiponectina protege contra a resistência à insulina e doença cardiovascular (MATSUZAWA, 2004), enquanto os ácidos graxos livres, leptina, resistina e citocinas pró-inflamatórias promovem o desenvolvimento da RI (RIDKER 2007).

(22)

As citocinas pró-inflamatórias, tais como a interleucina-6 (IL-6), interferem com a ação da insulina. As células do estroma vascular e especialmente a gordura visceral, são uma importante fonte de produção de IL-6 (GRIMBLE 2002). O Fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-α) foi extensivamente estudado como uma possível ligação entre obesidade, inflamação subclínica e resistência à insulina. O TNF-α prejudica a ação da insulina por efeitos inibitórios sobre a cascata de sinalização da insulina e por suprimir a transcrição da adiponectina (UKKOLA, SANTANIEMI 2002), sendo o fluxo excessivo de ácidos graxos a partir de tecido adiposo um componente central para o desenvolvimento da SM.

Os ácidos graxos livres são liberados do tecido adiposo por meio da ação da lipase hormônio sensível, e das lipoproteínas de triglicerídeos submetidos a lipólise. Ambos os mecanismos são regulados pela insulina, a RI leva a uma maior liberação dos ácidos graxos livres a partir do tecido adiposo. As concentrações plasmáticas aumentadas de ácidos graxo livres estão associadas a um maior grau de RI (BODEN, SHULMAN 2002). Uma consequência deste processo é a deposição de lipídios em locais como o fígado, o músculo esquelético e o pâncreas, podendo ocorrer um comprometimento funcional do órgão específico (lipotoxicidade) (FRIEDMAN, 2002).

Sendo assim, as alterações associadas à idade sobre a composição corporal, com uma diminuição da massa muscular e aumento da massa de gordura, podem aumentar na RI (HU, 2004). Parte deste mecanismo podem estar associado a

complexas alterações hormonais, compreendendo uma diminuição do hormônio do crescimento e testosterona (VILLAREAL, 2005, BEAUFRERE, MORIO 2000,

MOLLER, O’BRIEN, NAIR, 1998). Outra explicação do envelhecimento relacionado

a RI é a observação de uma diminuição na função mitocondrial e redução da oferta de energia celular em idosos (KIM, WEI, 2008), sendo que defeitos na fosforilação oxidativa mitocondrial podem estar relacionados com o acúmulo de lipídios no músculo de pacientes idosos (PETERSEN, 2003).

(23)

Quadro 1. Definições de síndrome metabólica em mulheres recomendadas por distintas instituições.

Definição

Critérios OMS 19981 IDF 20052 AHA/NHLBI

20053 EGIR 19994 AACE 20035

Avaliação da Obesidade RCQ>0,85 e/ou IMC>30kg/m2 CC De acordo com a etnicidade

CC (cm) ≥88

Com ajuste para a raça

CC (cm) ≥80

Não tem inclusão do

IMC _

Resistência a insulina

Captação de glicose

abaixo do menor quartil conhecido para a população sob investigação

clamp)

_ _ Hiperinsulinemia de jejum.

Fatores de risco para resistência a insulinaa Glicemia de jejum (mmol/L) Portadores -DM2:

Jejum: ≥7,0 ou

após

2h.: ≥ 11,1

-InG: Jejum: <7,0 e após

2h.: 7,8 a 11,1 -GJ:

Jejum: 6,1 a 7,0 e após 2h.: <7,8

≥5,6 ou DM2

pré

diagnosticado. Acima de 5,6 recomenda-se realizar o TTOG

≥5,6 ou tratamento medicamentoso para hiperglicemia

Não diabéticos Glicemia plasmática

de jejum ≥6,1

InG: (6,-6,9)b ou ≥7,7 após

120 minutos de sobrecarga com 75g de glicose

Pressão Arterial

(mmHg) ≥160/90

Sistólica:≥130

ou diastólica:

≥85 ou tratamento para hipertensão

Sistólica:≥135 ou diastólica: ≥85 ou

tratamento para hipertensão

Sistólica:≥140

Diastólica:

≥90 ou tratamento para hipertensão

Sistólica:≥130

Diastólica:

≥85

HDLc

(mmol/L) ≤ 1,0

≤ 1,3 ou em

tratamento para dislipidemia

≤ 1,3 ou em

tratamento para

dislipidemia <1,0

≤ 1,3

TG

(mmol/L) ≥ 1,7

≥ 1,7 ou em

tratamento para dislipidemia

≥ 1,7 ou em

tratamento para

dislipidemia ≥ 2,0 ≥ 1,7

Quantidade de critérios necessários

Um de InG ou diabete mellito e quaisquer dois dos demais: - Pressão arterial; - Dislipidemia (TG ou HDLc); - Obesidade; - Proteína urinária.

Através da CC verifica-se a obesidade central, mais dois critérios

dos demais acima. Quaisquer 3 dos 5 considerados

Obrigatório: - Resistência à insulina e mais dois: - Obesidade central; - Hiperglícemia; - Dislipidemia (TG ou HDLc); - Hipertensão.

De 2 a 4 irregularidades metabólicas no individuo que tenha fator de risco para síndrome da resistência insulínica; - Glicemia - TG - HDLc - Pressão arterial Adaptado de: Dutra 2011.

OMS - Organização Mundial da Saúde (Alberti & Zimmet, 1998) IDF - International Diabetes Federation (Alberti, et al.2005)

AHA/NHLBI - American Heart Association/National, Heart, Lung, and Blood Institute (Grundy et al, 2005) EGIR - European Group for Insulin Resistance (Balkau & Charles,1999)

AACE - American Association of Clinical Endocrinologists (Reaven, 1988)

TG: triglicerídeo; HDLc: lipoproteína de alta densidade; RCQ: razão cintura-quadril;

IMC: índice de massa corporal ; TTOG: teste de tolerância oral a glicose

DM2: diabete mellito tipo 2; InG: intolerância a glicose; GJ: glicemia de jejum alterada;

CC: circunferência da cintura:

a) Modificada e reduzida a 5.6 mmol/l (100mg/dL) ;

(24)

3.2.2 Obesidade Sarcopênica

Com o envelhecimento ocorrem modificações fisíologicas na composição corporal, destacando-se a combinação do aumento na massa gorda com a diminuição da massa muscular e força, sendo definida como obesidade sarcopênica (OS) (ZAMBONI et al. 2008, CRUZ-JENTOFT et al. 2010; NARICI, MAFFULLI, 2010). A obesidade sarcopênica encontra-se associada às limitações funcionais e com o aumento da mortalidade (STENHOLM et al. 2008, JANSSEN 2011).

Apesar do aumento da gordura intramuscular e visceral, pode ocorrer uma diminuição na gordura subcutânea em outras regiões do corpo (BEAUFRERE, MORIO 2000). Além disso, a infiltração de gordura no músculo esta associada com menor força muscular e capacidade de desempenho (GOODPASTER et al. 2001, VISSER 2002).

O aumento do tecido adiposo e a redução da massa muscular podem estar relacionados ao declínio progressivo do gasto energético decorrentes da diminuição da atividade física e redução da taxa metabólica basal, na presença de uma maior ou até mesmo ingestão calórica estável, sendo a mesma superior a necessidade basal do idoso, outros fatores que podem contribuir para o aumento da gordura corporal e um declino da produção do hormônio do crescimento e de hormônios sexuais (estrogênios e progesterona), que podem levar a uma diminuição síntese proteica, e consequentemente ao catabolismo muscular (KENNEDY et al., 2004; VILLAREAL et al., 2005).

Foi demonstrado que o estilo de vida sedentário é um importante fator de risco para o ganho de peso (LaMONTE et al. 2006). Pessoas obesas também tendem ser menos ativas fisicamente e isto pode contribuir também para a diminuição da força do músculo (DUVIGNEAUD et al. 2008), colaborando desta maneira para uma atrofia muscular. Estudos mostram que a perda de peso combinando dieta e exercícios físicos em idosos com obesidade melhora a força muscular e qualidade muscular, além de reduzir a gordura corporal, confirmando a hipótese sobre a estreita ligação entre a adiposidade e a função muscular prejudicada (WANG et al. 2007, FRIMEL, SINACORE, VILLAREAL 2008).

(25)

intra-muscular, resultando no aumento a resistência à insulina e na diminuição da síntese protéica, e da capacidade oxidativa (MATHUR e PEDERSEN, 2008, ZAMBONI M et al., 2008; JAROSZ e BELLAR, 2008). Adicionalmente, as concentrações de citocinas inflamatórias podem aumentar em indivíduos com obesidade sarcopênica (SCHRAGER et al. 2007). As citocinas inflamatórias produzidas pelo tecido adiposo podem acelerar a taxa de degradação muscular, reduzindo a força muscular e contribuindo para a piora do quadro de obesidade sarcopênica (CESARI et al. 2005). Schrager e colaboradores (2007) demonstraram que idosos obesos com baixa força muscular estavam com concentrações elevadas de IL-6 e proteína C reativa quando comparados aqueles com maior força. Assim, um estado pró-inflamatório pode ser um dos fatores-chave para o desenvolvimento de um círculo vicioso de diminuição da força e massa muscular entre as pessoas obesas, colaborando para o surgimento da obesidade sarcopênica.

Estudos demonstraram que moléculas inflamatórias mediam a resistência à insulina relacionada com a obesidade através de um cross-talk entre receptores de citocinas e as vias de sinalização do receptor de insulina (BASTARD et al. 2006, DYCK, HEIGENHAUSER, BRUCE 2006). Postula-se que a infiltração de gordura muscular provoca resistência à insulina em indivíduos obesos (GOODPASTER, BROWN 2005) e esta hipótese foi parcialmente confirmada em humanos (GOODPASTER et al. 2003, VAN LOON, GOODPASTER 2006). Considerando que a insulina provê um sinal anabólico sobre proteínas (FUJITA et al. 2006), a resistência à insulina em indivíduos obesos pode promover o catabolismo muscular.

O primeiro pesquisador a definir a obesidade sarcopênica foi Baumgartner (1998, 2000), utilizando o exame de absortometria de raios-X de dupla energia (DEXA) para obter os valores de massa gorda e massa magra. Atualmente não existe um consenso na literatura para definição da OS, diversos autores propõem metodologias diversificadas para diagnosticar a OS (BAUMGARTNER, 2000, DAVISON et al., 2002 ZOICO et al., 20040. Em nosso estudo foi adotado a classificação proposta por Oliveira e colaboradores (2011), aonde foi determinado um valor de corte (residual menor ou igual a -3,4), sendo que as idosas com valor menor, são classificadas com obesidade sarcopênica.

(26)
(27)

4. ARTIGOS PUBLICADOS

4.1 (ARTIGO 1)

(28)
(29)
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)
(38)
(39)
(40)
(41)
(42)
(43)
(44)
(45)
(46)
(47)
(48)
(49)
(50)
(51)
(52)
(53)
(54)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O envelhecimento está associado a profundas alterações fisiológicas, como modificações no sistema metabólico e na composição corporal, com aumento da massa de gordura e diminuição da massa muscular. A obesidade está associada a uma resposta inflamatória crônica, caracterizada por uma produção anormal de citocinas e ativação de certas vias de sinalização pró-inflamatórias, resultando na indução de vários marcadores biológicos da inflamação. Evidências sugerem que a presença de uma inflamação de baixo grau, com concentrações alteradas de vários fatores circulantes, tais como um aumento de proteína C reativa, TNF-α, IL-6, entre outros marcadores biológicos da inflamação, capazes de diminuir a ação da insulina. Portanto, além do agravamento do risco cardiovascular associado à inflamação, sendo que o aumento crônico das concentrações circulantes de citocinas pode contribuir para uma resistência à insulina, está parece modificar as respostas bioquímicas de uma maneira que predispõe para os fatores de risco metabólicos, podendo levar a SM e assim proporcionar um risco maior para o desenvolvimento de doença cardiovascular e diabetes. Considerando que a insulina é um sinal anabólico dominante da proteína muscular, a resistência à insulina em indivíduos obesos pode promover o catabolismo muscular, levando assim ao aparecimento da obesidade sarcopênica.

(55)

obesidade sarcopênica, é de suma importância para atenuar o impacto clínico destas patologias nesta população.

(56)

REFERÊNCIAS

AVOGARO P, CREPALDI G, ENZI G, TIENGO A. Associazione di iperlipidemia, diabete mellito e obesita` di medio grado. Acta Diabetol Lat.4:36–41, 1967. BAHIA L, AGUIAR LGK,VILLELA NR, BITTINO D, BOUSKELA E. O endotélio na síndrome metabólica. Arq Bras Endocrinol Metab. 50 (2): 291-303, 2006.

BASTARD JP, MAACHI M, LAGATHU C, et al. Recent advances in the relationship between obesity, inflammation, and insulin resistance. Eur Cytokine Netw. 17:4–12, 2006.

BAUMGARTNER R. et al. Epidemiology of sarcopenia among the elderly in New Mexico. American Journal of Epidemiology, 1998; 147:755-763.

BAUMGARTNER RN: Body composition in healthy aging. Ann N Y Acad Sci 904: 437-48, 2000.

BEAUFRERE B, MORIO B. Fat and protein redistribution with aging: metabolic considerations. Eur J Clin Nutr. 54 (Suppl 3):S48–53, 2000.

BODEN R, SHULMAN GI. Free fatty acids in obesity and type 2 diabetes: defining their role in the development of insulin-resistance and _ -cell dysfunction. Eur J Clin Invest. 32 (suppl 3):14–23, 2002.

CAMARANO AA. Características das instituições de longa permanência para idosos – região Norte. Brasília: IPEA, 2007.

CAMARANO AA. O envelhecimento da população brasileira: uma contribuição demográfica. São Paulo: Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada IPEA. p. 1-97, 2002.

CESARI M, KRITCHEVSKY SB, BAUMGARTNER RN, et al. Sarcopenia, obesity, and inflammation – results from the Trial of Angiotensin Converting Enzyme Inhibition and Novel Cardiovascular Risk Factors study. Am J Clin Nutr. 82:428–434, 2005. CHIA-WEN LUA,B, KUEN-CHEH YANGC, HAO-HSIANG CHANGA, LONG-TENG LEEA, CHING-YU CHENA, KUO-CHIN HUANG. Sarcopenic obesity is closely associated with metabolic syndrome. Obesity Research & Clinical Practice. 7, 301—307, 2013.

CIGOLLE, C. T., K. M. LANGA, M. U. KABETO, Z. TIAN, AND C. S. BLAUM.

Geriatric conditions and disability: the Health and Retirement Study. Ann Intern Med

147 (3):156-64, 2007.

CONSOLIM-COLOMBO FM, ATALA MM. Síndrome metabólica como fator de risco para insuficiência cardíaca. Rev.Soc.Cardiol Estado de São Paulo.4:616-29, 2004. CORNIER MA, DABELEA D, HERNANDEZ TL, et al. The metabolic syndrome.

(57)

COUTINHO W. Projeto Estimativa dos Custos Atribuídos à Obesidade no Brasil – 2003-IBGE, Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 2004.

CRUZ-JENTOFT A.J. et al. Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis Report of the European Working Group on Sarcopenia in Older People Age and Ageing. 39: 412–423, 2010.

DAVISON, K. et al. Percentage of body fat and body mass index are associated with mobility limitations in people aged 70 and older from NHANES III. J Am Geriatr Soc.

v. 50, n. 1802, p. 1809- 2002.

DING J, KRITCHEVSKY SB, NEWMAN AB, et al. Effects of birth cohort and age on body composition in a sample of community-based elderly. Am J Clin Nutr;85:405– 410, 2007.

DUVIGNEAUD N, MATTON L, WIJNDAELE K, et al. Relationship of obesity with physical activity, aerobic fitness and muscle strength in Flemish adults. J Sports Med Phys Fitness. 48:201–210, 2008.

DYCK DJ, HEIGENHAUSER GJ, BRUCE CR. The role of adipokines as regulators of skeletal muscle fatty acid metabolism and insulin sensitivity. Acta Physiol

(Oxf).186:5–16, 2006.

ECKEL RH, GRUNDY SM, ZIMMET PZ. The metabolic syndrome. Lancet. 365: 1415–1428, 2005.

Executive Summary of the Third Report of The National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). JAMA. 285: 2486–2497, 200. FANTUZZI G. Adipose tissue, adipokines, and inflammation. J Allergy Clin

Immunol;115(5):911—9, 2005.

FARIAS, D. L.; TIBANA, R. A. ; TEIXEIRA, TATIANE GOMES ; VIEIRA, D. C. L. ; TAJRA, V. ; NASCIMENTO, D. ; OLIVEIRA SILVA A. ; FUNGHETTO, S. S. ;

COURA, M. ; VALDUGA, R. ;KARNIKOWSKI, MARGÔ G. O. ; PRESTES, J. Elderly women with metabolic syndrome present higher cardiovascular risk and lower

relative muscle strength. Einstein (São Paulo), v. 11, p. 174-179, 2013.

FERRANNINI E, HAFFNER SM, MITCHELL BD, STERN MP. Hyperinsulinaemia: the key feature of a cardiovascular and metabolic syndrome. Diabetologia34:416–422, 1991.

FORD, E.S. Body mass index, diabetes, and C-protein among U.S. adults. Diabets Care.22: 1971-1977, 1999.

(58)

FRANCESCHI C, BONAFÈ M, VALENSIN S, OLIVIERI F, DE LUCA M, OTTAVIANI E, DE BENEDICTIS G. Inflamm-aging. An evolutionary perspective on

immunosenescence. Ann N Y AcadSci ; 908: 244-254, 2000.

FRIEDMAN J: Fat in all the wrong places. Nature. 415: 268–269, 2002.

FRIMEL TN, SINACORE DR, VILLAREAL DT. Exercise attenuates the weight-loss-induced reduction in muscle mass in frail obese older adults. Med Sci Sports Exerc;40:1213–1219, 2008.

FRONTERA WR, HUGHES VA, FIELDING RA, et al. Aging of skeletal muscle: a 12-yr longitudinal study. J Appl Physiol. 88:1321–1326, 2000.

FUJITA S, RASMUSSEN BB, CADENAS JG, et al. Effect of insulin on human

skeletal muscle protein synthesis is modulated by insulin-induced changes in muscle blood flow and amino acid availability. Am J Physiol Endocrinol Metab. 291:E745– 754, 2006.

GALLAGHER D, KELLEY DE, YIM JE, et al. Adipose tissue distribution is different in type 2 diabetes. Am J Clin Nutr. 89(3):807-14, 2009.

GOODPASTER BH, BROWN NF. Skeletal muscle lipid and its association with insulin resistance: what is the role for exercise? Exerc Sport Sci Rev. 33:150–154, 2005.

GOODPASTER BH, CARLSON CL, VISSER M, et al. Attenuation of skeletal muscle and strength in the elderly: The Health ABC Study. J Appl Physiol. 90:2157–2165 2001.

GOODPASTER BH, KRISHNASWAMI S, RESNICK H, et al. Association between regional adipose tissue distribution and both type 2 diabetes and impaired glucose tolerance in elderly men and women. Diabetes Care;26:372–379, 2003.

GOODPASTER BH, PARK SW, HARRIS TB, KRITCHEVSKY SB, NEVITT M, SCHWARTZ AV, SIMONSICK EM, TYLAVSKY FA, VISSER M, NEWMAN AB. The loss of skeletal muscle strength, mass, and quality in older adults: the health, aging and body composition study. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 61: 1059-1064, 2006. GOTTLIEB MGV, BONARDI G, MORIGUCHI EH. Fisiologia e aspectos inflamatórios da aterosclerose. Scientia Medica. 15 (3): 203-7, 2005.

GREGG, E.W., MANGIONE C.M., CAULEY J.A., THOMPSON,T.J. SCHWARTZ A.V., ENSRUD, K.E., NEVITT M.C. Diabetes and incidence of functional disability in older women. Diabetes Care.25 (1):61-7, 2002.

GRIMBLE RF. Inflammatory status and insulin resistance. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 5: 551, 2002.

(59)

629–632, 2008.

GUILLET C, BOIRIE Y. Insulin resistance: a contributing factor to age-related muscle mass loss? Diabetes Metab. 31(Spec No 2):5S20–25S26, 2005.

HALLER H. Epidemiology and associated risk factors of hyperlipoproteinemia. Z Gesamte Inn Med32:124–128, 1977.

HOUSTON DK, DING J, NICKLAS BJ, HARRIS TB, LEE JS, NEVITT MC, et al. Overweight and obesity over the adult life course and incident mobility limitation in older adults: the health, aging and body composition study. Am J Epidemiol. 169(8):927-36, 2009.

HU G, QIAO Q, TUOMILHETO J, BALKAU B, BORCH-JOHNSEN K, PYORALA K: Prevalence of the metabolic syndrome and its relation to all-cause and

cardiovascular mortality in non-diabetic European men and women. Arch Intern Med. 164: 1066–1076, 2004.

HUE O, BERRIGAN F, SIMONEAU M, MARCOTTE J, MARCEAU P, MARCEAU S, TREMBLAY A, TEASDALE N. Muscle force and force control after weight loss in obese and morbidly obese men. Obes Surg. 18(9):1112-8. 2008.

IAN JANSSEN. The Epidemiology of Sarcopenia Clin Geriatr Med. 2011.

JAROSZ, P. A.; BELLAR, A. Sarcopenic obesity: an emerging cause of frailty in older adults. Ger Nurs. v. 30, n. 1, p. 64-70, 2008.

JOHN A. BATSIS AND SILVIO BUSCEMI Sarcopenia, Sarcopenic Obesity and Insulin Resistance, Medical Complications of Type 2 Diabetes, Dr. Colleen Croniger, 2011.

KENNEDY, R.; CHOKKALINGHAM, K.; SRINIVASAN, R. Obesity in the elderly: who should we be treating, and why, and how?. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. v. 7, n. 3, p. 9- 2004.

KIM J, WEI Y, SOWERS JR. Role of mitochondrial dysfunction in insulin resistance.

Circ Res. 102: 401–414, 2008.

KIM TN, YANG SJ, YOO HJ, LIM KI, KANG HJ, SONG W, et al. Prevalence of sarcopenia and sarcopenic obesity in Korean adults: the Korean sarcopenic obesity study. Int J Obes. 33(8):885—92, 2009.

KRABBE KS, PEDERSEN M. BRUNSGAARD H. Inflammatory mediators in the elderly. Experimental Gerontology. v. 39 n.5, p. 687-699, 2004.

(60)

LAKKA, T.; LAKKA,H.M.; SALONEN R., KAPLAN, G.A.; SALONEN, J.T. Abdominal obesity is associated with accelerated progression of carotid atherosclerosis in men.

Atherosclerosis. 154: 497-504, 2001.

LAMARCHE B, TCHERNOF A, MAURIEGE P, CANTIN B, DAGENAIS GR, LUPIEN PJ, DESPRES JP. Fasting insulin and apolipoprotein B levels and low-density

lipoprotein particle size as risk factors for ischemic heart disease. JAMA279:1955– 1961, 1998.

LaMONTE MJ, BLAIR SN. Physical activity, cardiorespiratory fitness, and adiposity: contributions to disease risk. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 9:540–546, 2006. LEBRÃO, M. L. O envelhecimento no Brasil: Aspectos da transição demográfica e epidemiológica. Saúde Coletiva, 2007; 04(17):135-140.

LECHLEITNER, M. Obesity and the metabolic syndrome in the elderly--a mini-review. Gerontology. 54, 253-259, 2008.

LIM S, KIM JH, YOON JW, KANG SM, CHOI SH, PARK YJ,et al. Sarcopenic obesity: prevalence and association with metabolic syndrome in the Korean Longitudinal Study on Health and Aging (KLoSHA). Diab Care. 33(7):1652—4, 2010.

LU C-W, YANG K-C, CHANG H-H, LEE L-T, CHEN C-Y, HUANG K-C. Sarcopenic obesity is closely associated with metabolic syndrome. Obes res clin pract. 2012. MATHUR, N.; PEDERSEN, B. Exercise as a mean to control for low-grade systemic inflammation. Mediators Inflamm. v. 2008, p. 1-6, 2008.

MATSUZAWA Y, FUNAHASHI T, KIMARA S, SHIMOMURA I. Adiponectin and metabolic syndrome. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 24: 29–33, 2004.

McNEILL AM, KATZ R, GIRMAN CJ, ROSAMOND WD, WAGENKNECHT LE, BARZILAY JI, TRACY RP,SAVAGE PJ, JACKSON SA: Metabolic syndrome and cardiovascular disease in older people:the cardiovascular health study. J Am GeriatrSoc. 54: 1317–1324, 2006.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

MOLLER N, O’BRIEN P, NAIR KS. Disruption of the relationship between fat content and leptin levels with aging in humans. J Clin Endocrinol Metab. 83: 931–934, 1998.

MONTEIRO CA, MONDINI L, MEDEIROS DE SOUZA AL, POPKIN BM. The nutrition transition in Brazil. Eur J ClinNutr. 49:105-13, 1995.

(61)

NARICI MV, MAFFULLI N, Sarcopenia: characteristics, mechanisms and functional significance. British Medical Bulletin. 2010.

NERI MC, SOARES WL. Estimando o impacto da renda na saúde através de programas de transferência de renda aos idosos de baixa renda no Brasil. Cad Saúde Publica. 23(8):1845-56, 2007.

OLIVEIRA LAP. Síntese de indicadores sociais - uma análise das condições de vida da população brasileira. In: Estudos e Pesquisas - Informação Demográfica e Socioeconômica. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

OLIVEIRA RJ et al. Identification of Sarcopenic Obesity in Postmenopausal Women: a cutoff Proposal. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 2011, 44(11): 1171-1176.

OLIVEIRA SILVA A, TIBANA RA, KARNIKOWSKI MGO, FUNGHETTO SS, PRESTES J. Inflammatory status in older women with and without metabolic

syndrome: is there a correlation with risk factors? Clinical Interventions in Aging. V. 8 Pg.361-36,7 2013.

Organização Mundial da Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2005.

PARAHYBA MI, VERAS RP, MELZER D. Incapacidade funcional entre as mulheres idosas no Brasil. Rev Saude Publica.39(3):383-91, 2005.

PEAKE J, DELLA GATTA P, CAMERON-SMITH D.Aging and its effects on

inflammation in skeletal muscle at rest and following exercise-induced muscle injury.

AmJ Physiol Regul Integr Comp Physiol 298: R1485–R1495, 2010.

PETERSEN KF, BEFROY D, DUFOUR S, DZIURA J, ARIYAN C, ROTHMAN DL, DIPIETRO L, CLINE GW, SHULMAN GI. Mitochondrial dysfunction in the elderly: possible role in insulin resistance. Science. 300: 1140–1142, 2003.

RANTANEN T, MASAKI KT, FOLEY D, et al. Grip strength changes over 27 yr in Japanese-American men. J Appl Physiol. 85:2047–2053, 1998.

REAVEN GM: Role of insulin resistance in human disease. Diabetes 37:1595–1607, 1988.

REAVEN GM: Syndrome X. Blood Press Suppl4:13–16, 1992

RIDKER PM. Inflammatory biomarkers and risk for myocardial infarction, stroke, diabetes and total mortality: implications for longevity. Nutr Rev. 65:S253–S259, 2007

(62)

SCHRAGER MA, METTER EJ, SIMONSICK E, et al. Sarcopenic obesity and inflammation in the InCHIANTI study. J Appl Physiol. 102:919-25, 2007. SILVA AO, KARNIKOWSKI MG, FUNGHETTO SS, STIVAL MM, LIMA RM, DE SOUZA JC, NAVALTA JW, PRESTES J. Association of body composition with sarcopenic obesity in elderly women. Int J Gen Med.6:25-9, 2013.

SINGER P: Diagnosis of primary hyperlipoproteinemias. Z Gesamte Inn Med

32:129–133, 1977.

SONG M-Y, RUTS E, KIM J, JANUMALA I, HEYMSFIELD S, GALLAGHER D. Sarcopenia and increased adipose tissue infiltration of muscle in elderly African American women. Am J Clin Nutr.874—80, 2004.

STENHOLM, S. et al. Sarcopenic obesity:definition,cause and consequences. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. v. 11, p. 693-700, 2008.

STEPHENS, J.W; AMBLER G., VALLENCE P.; BETTERIDGE, D.J.;HUMPHRIES, S.E. ; HUREL, S.J. Cardiovascular risk and diabetes. Are the methods of risk prediction satisfactory? Eur J CardiovascPrevRehabil. 11:521-528, 2004.

STERNFELD, B. et al. Associations of Body Composition with Physical Performance and Self-reported Functional Limitation in Elderly Men and Women. Am J Epidemiol.

v. 156, n. 2, p. 110-121, 2002.

SUTHERLAND, J. P.; MCKINLEY, B.; ECKEL, R. H. The metabolic syndrome and inflammation. Metabolic Syndrome and Related Disorders, New York, v. 2, n. 2, p. 82- 104, Jun. 2004.

TAMBASCIA MA, GELONEZE NETO B. Resistência à insulina. In Godoy-Matos AF, editor. Síndrome Metabólica. São Paulo: Atheneu.p.47-53, 2005.

UKKOLA O, SANTANIEMI M. "Adiponectin: a link between excess adiposity and associated comorbidities?". J. Mol. Med. 80 (11): 696–702, 2002.

VAN LOON LJ, GOODPASTER BH. Increased intramuscular lipid storage in the insulin-resistant and endurance-trained state. Pflugers Arch. 451:606–616, 2006. VERAS RP, CALDAS CP, ARAÚJO DV, KUSCHNIR R, MENDES W. Características demográficas dos idosos vinculados ao sistema suplementar de saúde no Brasil.

Rev Saude Publica.42(3):497-502, 2008.

VILLAREAL DT, APOVIAN CM, KUSHNER RF, KLEIN S. Obesity in older adults: technical review and position statement of the American Society for Nutrition and NAASO, The Obesity Society. Am J Clin Nutr. 82: 923–934, 2005.

(63)

VISSER M, KRITCHEVSKY SB, GOODPASTER BH, et al. Leg Muscle Mass and Composition in Relation to Lower Extremity Performance in Men and Women Aged 70 to 79: The Health, Aging and Body Composition Study. J Am Geriatr Soc.

50:897–904, 2002.

VOLPATO, S., C. BLAUM, H. RESNICK, L. FERRUCCI, L. P. FRIED, AND J. M. GURALNIK. Comorbidities and impairments explaining the association between diabetes and lower extremity disability: The Women's Health and Aging Study.

Diabetes Care 25 (4):678-83, 2002.

WANG X, MILLER GD, MESSIER SP, NICKLAS BJ. Knee strength maintained despite loss of lean body mass during weight loss in older obese adults with knee osteoarthritis. J Gerontol a Biol Sci Med Sci.62:866–871, 2007.

WHO Consultation on Obesity. Obesity: Prevention and Managing: The Global Epidemic. Report of a WHO Consultation on Obesity. Geneva, 3-5 June 1997. YAFFE K: Metabolic syndrome and cognitive disorders. Alzheimer Dis Assoc Disord. 21: 167–171, 2007.

ZAMBONI M et al. Sarcopenic obesity: a new category of obesity among the elderly.

Nutr Metab Cardiovasc Dis. v. 18, n. 5, p. 388-395, 2008.

ZAMBONI, M., V. DI FRANCESCO, U. GARBIN, A. FRATTA PASINI, G. MAZZALI, C. STRANIERI, E. ZOICO, F. FANTIN, O. BOSELLO, L. Cominacini. Adiponectin gene expression and adipocyte NF-kappaB transcriptional activity in elderly

overweight and obese women: inter-relationships with fat distribution, hs-CRP, leptin and insulin resistance. Int J Obes (Lond).31 (7):1104-9, 2007.

ZECCHIN HG, CARVALHEIRA JBC, SAAD MJA. Bases moleculares da resistência à insulina. In Godoy-Matos AF, editor. Síndrome Metabólica. São Paulo: Atheneu. p.19-46. 2005.

(64)
(65)
(66)
(67)
(68)
(69)

Imagem

Figura  1.  Percentual  da  população  total  com  idade  de  60  anos  ou  mais  em  2012
Figura  2.  Percentual  da  população  total  com  idade  de  60  anos  ou  mais  em  2050
Figura 3 - Fisiopatologia da SM, adaptado de Lechleitner (2008).

Referências

Documentos relacionados

Conforme observado, a produção de biomassa vegetal foi 42% maior no manejo fertirrigado para o material genético AR4 aos 12 meses de idade no espaçamento 3x2 m,

Lebedev Physical Institute, Moscow, Russia 39: Also at California Institute of Technology, Pasadena, USA 40: Also at Budker Institute of Nuclear Physics, Novosibirsk, Russia 41: Also

The present paper aimed to study the existence of any relation between the business geographical acting areas of firms located in the region of Tâmega e Sousa, Portugal with the

No caso do Brasil já vem sendo utilizado há algumas décadas e “esta metodologia de ensino musical já conta com a contribuição de educadores e pesquisadores

O que permite deduzir que para reduzir os consumos de energia na estação do inverno, é preciso investir em soluções que melhorem as características das paredes e dos

• Além da formação continuada, já realizada pelo município, abrangendo temas diversos, há a urgente necessidade de formação permanente (garantida pela Portaria

Relativamente ao enfoque natural, os seus mentores Krashen e Terrel (1983:32) acreditam que a compreensão oral é a habilidade fundamental que possibilita progredir para

cultural de Minas Gerais em execução desde 1997 – política estadual que distribui parte dos recursos arrecadados pelo imposto sobre circulação de mercadorias e serviços ICMS