1427 C iê n ci a & S aú d e C o le tiv a, 1 2 (6 ):1 4 2 2 -1 4 2 8 , 2 0 0 7 Referências
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A oportunidade de debater uma temática tão complexa com autoras que vêm contribuindo para o am adurecim en to do cam po da Saúde Coletiva é ao mesmo tempo enriquecedora e ins-tigante. Na verdade, este é um esforço perma-nente e desafiador que contempla diferentes pers-pectivas. No entanto, parece claro que avançar na reflexão sobre a pobreza no cenário contem-porâneo impõe ultrapassar a ênfase na dimen-são econômica da privação: não é só a privação material que marca grupos sociais em desvanta-gem, os indivíduos não vivem apenas um “esta-do de pobreza”, mas um circuito de não integra-ção ou de desvinculaintegra-ção com o trabalho e com as redes de sociabilidade. Portanto, além da falta de renda, pode existir também perda de vínculos sociais e isolamento.
A compreensão das desigualdades sociais atu-ais desdobra-se, assim, na busca de uma nova terminologia capaz de expressar processos e di-nâmicas de destituição em suas múltiplas dimen-sões, em vez de situações estanques. Diante disto, consideramos que algumas questões ressaltadas pelas autoras são fundamentais para a
constru-ção de novos aportes analíticos sobre este tema, sobretudo em sua interface com o campo da pro-teção social.
O aspecto da intersetorialidade tão ressalta-do por Eleonor Connil de fato merece especial destaque na discussão sobre programas de trans-ferência condicionada de renda. O impacto des-tes programas na saúde tanto pode ser potenci-alizado quanto amortecido, dependendo do aces-so das famílias a outros bens e serviços públicos. Além disto, a própria capacidade de utilização da renda transferida depende da inserção dos bene-ficiários em múltiplas formas de proteção social que impactam os gastos familiares.
O diálogo necessário para o fortalecimento da intersetorialidade pode encontrar ressonân-cia em diferentes espaços institucionais existen-tes no âmbito das políticas públicas, tais como: os Conselhos de Assistência Social, de Segurança Alimentar e Nutricional e de Saúde, integrados por representantes de governo e sociedade civil, nos diferentes níveis decisórios. Estes espaços podem também desempenhar um papel político que deve ser valorizado no que tange à questão da exclusão social.
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vos vigentes, bem como das dinâmicas micro e macro institucionais, além de valores e práticas sociais que vêm contribuindo para a exclusão de expressivos contingentes da população.