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ENCONTROS CASA 2016 A Vida Toda é Yoga Jornada XI Ao chamado do Alto, a resposta de Dentro; Ao chamado de Dentro, a resposta do Alto.

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ENCONTROS CASA 2016

A Vida Toda é Yoga – Jornada XI

“Ao chamado do Alto, a resposta de Dentro;

Ao chamado de Dentro, a resposta do Alto.”

FUNDAMENTOS DA PROPOSTA

Para esta jornada do ciclo “A Vida Toda é Yoga”, adotaremos como ponto de partida e

referência central o símbolo de Sri Aurobindo, que procuraremos abordar a partir das chaves

fornecidas pela visão do próprio Sri Aurobindo. Este símbolo, como todos os símbolos

verdadeiros, encerra em formas simples uma grande riqueza de significados. Começamos pela

visão da configuração externa do símbolo, os dois triângulos em sentidos opostos e que se

interpenetram. Nestas poucas formas geométricas, reunidas em configuração clara, encontramos

uma síntese notável da visão de Sri Aurobindo sobre o sentido e propósito da Criação universal –

uma Involução do Espírito (o triângulo descendente), que antecede, possibilita e compele uma

resposta na forma de uma Evolução a partir da Matéria (o triângulo ascendente):

A descida representada pelo triângulo descendente é a descida de Sat-Chit-Ananda,

Existência-Força/Consciência-Beatitude/Alegria, infinitas e eternas, seu mergulho para dentro do

Inconsciente:

O Todo-Consciente se aventurou na Ignorância,

O Todo-Beatífico aceitou ser insensível.

Encarnado num mundo de luta e dor,

Ele veste alegria e sofrimento como um manto

E sorve a experiência como um vinho fortalecedor.

Ele, cuja transcendência rege as Vastidões prenhes,

Reside agora, presciente, em nossas profundezas subliminais,

Um Poder individual, luminoso, solitário.

(2)

Vimos então que essa descida/mergulho foi condição necessária para que pudesse começar a

Evolução: uma resposta, um lento redespertar de uma autoconsciência adormecida, um gradual

emergir da mesma para fora do Inconsciente; a resposta da Matéria, o triângulo ascendente em

que Sat emerge na forma de Vida, Chit emerge na forma de Luz, Ananda emerge na forma de

Amor:

A Terra foi um berço para o deus que chegara,

E o homem nada senão um semiescuro, semiclaro signo

Da transição do Divino velado,

Do sono da Matéria e do fardo atormentado

De uma vida e uma morte, ignorantes, para a luz do Espírito.

Aspirando à divindade desde o barro insensível

Ele viaja com lentos passos rumo ao dia eterno.

S

RI

A

UROBINDO

O entrelaçamento dos dois triângulos, por sua vez, nos traz a percepção de que se estabelece,

desde o início, uma dinâmica maravilhosa de chamado e resposta que interliga em abraço

inseparável e diálogo permanente os dois polos, o transcendente e o imanente:

Sobre a proa de nossas vidas, que rompe as ondas do Tempo,

Nenhuma luz-sinal de esperança jamais brilhou em vão…

Ó Tu, que escalaste até a mente, desde a pedra obtusa,

Volta-te para os cumes milagrosos não conquistados ainda.

O homem é uma ponte estreita, um chamado que cresce,

Sua alma é o botão obscuro da flamejante rosa de Deus.

Quaisquer que sejam nossos grandes males e nosso presente destino,

Quando nada podemos ver senão acaso e dor,

Uma guiança poderosa nos leva sempre através de tudo.

S

RI

A

UROBINDO

Ao nos fornecer chaves para a compreensão deste augusto e misterioso jogo que se desdobra na

criação universal, Sri Aurobindo nos oferece igualmente uma visão clara, imbuída de certeza

quanto ao Propósito que anima tal jogo:

Eu sei que Tua criação não pode falhar.

Porque mesmo através das neblinas do pensamento mortal

São infalíveis Teus passos misteriosos,

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E, ainda que a Necessidade vista o traje do Acaso,

Ela guarda, oculta nas cegas mudanças do Destino,

A lenta e calma lógica do passo do infinito

E a seqüência intacta de sua vontade.

Toda a vida é fixada numa escala ascendente,

E diamantina é a Lei evolucionária;

No começo é preparado o fecho.

Do mesmo modo, ele nos oferece com riqueza a visão do destino desta Criação – a reconciliação

dos polos de Matéria e Espírito, a redescoberta e realização da UNIDADE subjacente a tudo:

O Espírito será o mestre de seu mundo

Não mais se revolvendo na obscuridade da forma

E a Natureza reverterá a regra de sua ação,

O mundo exterior revelará a Verdade que agora ele vela;

Todas as coisas manifestarão o Deus encoberto,

Todas as coisas revelarão a luz e o poder do Espírito

E se moverão rumo ao seu destino de felicidade.

A verdade acima despertará uma verdade embaixo;

Mesmo a muda terra se tornará força senciente.

Os cumes do Espírito e a base da Natureza se aproximarão

Do segredo de sua verdade separada

E conhecer-se-ão, um ao outro, como uma só deidade.

O Espírito olhará para fora, através do olhar da Matéria,

E a Matéria revelará a face do Espírito.

S

RI

A

UROBINDO

Por último, sobre as palavras alto, dentro, dentro, alto: elas denotam referências e relações

espaciais; para Sri Aurobindo, são também indicações para o acesso a uma só e mesma

dimensão, a interior/espiritual: pode-se mesmo dizer que, para ele, dentro é alto, alto é dentro…

Abordar esta visão, com seu sentido de profunda e abrangente ACEITAÇÃO e AFIRMAÇÃO, de

forma despretensiosa e leve, mas que seja relevante para pessoas que, como nós, vivem as buscas e

inquietações deste momento da consciência humana, do país e do mundo: esta é a proposta desta

oficina, por meio de um conjunto de vivências simples e acessíveis, utilizando elementos de:

CONSCIÊNCIA CORPORAL, RITMO, PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL, MOVIMENTO

CRIATIVO E ESPONTÂNEO, REFLEXÃO A PARTIR DE TEXTOS SELECIONADOS.

Nesta oficina, a realidade e as possibilidades do corpo terão o foco principal – o corpo como

lugar privilegiado, instrumento de interação com o mundo e que pode se tornar ferramenta e

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O trabalho que a CASA SRI AUROBINDO atualmente propõe, e do qual a presente oficina é

expressão, busca ser um desenvolvimento criativo, coerente, das linhas mestras traçadas por

Rolf Gelewski.

Profundamente identificado com a visão de Sri Aurobindo, Rolf Gelewski [1930-1988, alemão

naturalizado brasileiro, dançarino, coreógrafo e professor, buscador espiritual, fundador da Casa

Sri Aurobindo] utilizou sua experiência de décadas com o movimento corporal consciente e

criativo na formulação de propostas acessíveis que utilizam a arte e sua capacidade de mobilizar

imaginação, identificação e empatia, para possibilitar, a cada um, uma visão e uma experiência

renovadas de si e de sua conexão com o todo, bem como a descoberta e o desenvolvimento de

potencialidades e dimensões do ser as quais, para a maioria de nós, estão ainda latentes,

adormecidas, desconhecidas.

PROFESSORES RESPONSÁVEIS PELA OFICINA:

Annie Rottenstein (Belo Horizonte) – Artista plástica, arteterapeuta e tanatóloga francesa, radicada no Brasil desde

1975. Usa materiais naturais para suas esculturas que expõe no Brasil e no exterior. (www.annierottenstein.com). Elaborou e dirige o curso vivencial Arte da Ponte, onde uso o processo criativo como instrumento de expressão e conscientização em assuntos ligados a perdas. (www.artedaponte.com). Professora na Formação Holística de Base da UNIPAZ, Belo Horizonte, MG. Segue as reuniões semanais de sensibilização musical e dança espontânea no método de Rolf Gelewski, com Ricardo de Oliveira Bernardo.

Aryamani (Auroville, Índia) – Brasileira, graduada em Dança pela Escola de Música e Artes Cênicas da UFBa. Entre

os anos de 1968 e 1974 explorou diferentes aspectos da profissão (interpretação, coreografia, ensino a adultos e crianças, preparação de atores, etc.) Ainda na Escola de Dança foi introduzida pelo prof. Rolf Gelewski ao Yoga da Mãe e Sri Aurobindo. A partir de 1974 passou a fazer parte da Comunidade da Casa Sri Aurobindo, dando aulas regulares de Dança Criativa e acompanhando Rolf durante suas viagens pelo país. Ministrou workshops de Dança Criativa nas principais cidades do Brasil. Desde 1979 vive em Auroville, cidade em construção no sul da Índia, uma experiência para acelerar a evolução da consciência e realizar uma unidade humana efetiva de acordo com o pensamento de Sri Aurobindo. Em Auroville, Aryamani contribuiu para vários aspectos da organização da cidade, enquanto dedicou-se à educação e artes cênicas. Tem ministrado workshops em diferentes cidades na Índia. Na última década tem se dedicado a dirigir as peças de teatro escritas por Sri Aurobindo. Seu trabalho mais recente foi apresentar em forma teatral partes do poema “Savitri”, de Sri Aurobindo. Paralelo a isso, traduziu para o português uma das obras principais do Mestre, “A Vida Divina”, agora em processo de revisão final.

Elizabeth Maria Montenegro Torres (Olinda) – Licenciada em Filosofia pela UFPB; cursos e treinamentos de Dança Criativa e Consciência Corporal com o Professor Rolf Gelewski. Curso de Neuroanatomia e Anatomia Geral na UFPE; Formação em Equilibração Corporal (revisão de anatomia e fisiologia humanas, em função do estudo de diferentes técnicas de terapia corporal que buscam o equilíbrio) com a médica e professora Maria José Sousa dos Santos; curso de Terapia corporal e Trabalho Corporal em grupo com a fisioterapeuta francesa Silvie Boe. Curso de Reeducação do Movimento com Ivaldo Bertazzo. Estágio de Formação método GDS de Cadeias Musculares e Articulares com o fisioterapeuta francês Philippe Campignion e o belga Bernard Valentim.

Como síntese de seu aprendizado e experiência, desenvolveu a proposta que chamou “Conhecer-Estruturar-Movimentar”.

Eloisa Silva Lopes (Campinas) – Pianista e camerista formada pela Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade

Federal da Bahia. Participou como solista da Orquestra Sinfônica da UFBA. Cursos de extensão, entre outros, com o compositor Almeida Prado e o pianista Arnaldo Estrella. Integra também o duo de pianos Silva-Lopes com o pianista João Lopes, que divulga desde 1980 um repertório a dois pianos e de piano a 4 mãos. Foi professora do Conselho Municipal de Cultura de Valinhos, do Instituto de Artes e Comunicação da Puc-Campinas, do Centro de Cultura e Arte da Puc, da Escola de Artes Pró Música de Campinas, onde desenvolveu intensa atividade ligada ao magistério. Através do encontro com o educador e dançarino Rolf Gelewski em 1986, aprendeu a Educação Integral através da Arte, religando-se à linha educacional-espiritual baseada no ensinamento de Sri Aurobindo. Terapeuta pelo Instituto de Core Energetics de SP, massoterapeuta pelo Senac, criou o blog www.musicaeautoconhecimento.blogspot.com, onde escreve regularmente sobre música, auto-conhecimento e temas afins.

Lenora Cunha Guimarães (Belo Horizonte) – Psicóloga Clínica especializada (UFMG 1975) atende a crianças,

adolescentes, adultos. Trabalha com Orientação de Pais, cursos e palestras em escolas e empresas. Facilitadora do Pathwork. Sócia fundadora da Tonus Fisioterapia (08 anos). Há 30 anos colabora nas atividades da Casa, como professora, na organização de eventos e representando-a em eventos realizados em parceria com outras entidades.

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Paulo J. Baeta Pereira (Belo Horizonte) – Professor Adjunto na Escola de Belas Artes da UFMG, em Licenciatura em

Dança. Psicólogo pela Universidade de Zurique, Suíça, Paulo José Baeta Pereira é natural de Belo Horizonte. Conheceu Rolf Gelewski no 4º Festival de Inverno da UFMG, encontro este que abriu seu contato com o mundo da dança contemporânea e também com o pensamento do mestre indiano Sri Aurobindo. Dedicou-se então completamente à dança. Trabalhou intensamente com Rolf durante quase 10 anos, como dançarino, professor e assistente. Foi, sob a direção dele, dançarino do Grupo de Dança Contemporânea da UFBA. Membro fundador da Casa Sri Aurobindo, em cuja comunidade viveu e trabalhou por 09 anos, e onde iniciou o seu trabalho pedagógico na dança, com crianças e com adultos. Além da formação como psicólogo, é também Analista Junguiano pelo Instituto C. G. Jung de Zurique. Viveu por 13 anos em Auroville (Índia, e é atualmente o responsável pela Auroville Internacional Brasil. Durante sua residência em Auroville, formou-se Professor de Hatha Yoga pelo Iyengar Institute (Puna/Índia), onde continua como professor desta disciplina. Desde 2011 é Professor Adjunto na Escola de Belas Artes da UFMG, em Licenciatura em Dança.

Ricardo de Oliveira Bernardo (Belo Horizonte) – Artista plástico mineiro, com passagem pela Escola de Belas Artes

da UFRJ (1974-1976). Entre 1979 e 1988, estudou e trabalhou com Rolf Gelewski, experiência esta que considera capital para sua formação como artista e como ser humano. Atualmente diretor da Casa, Ricardo é um dos responsáveis pelo programa de edição e publicação por ela mantido, bem como pelo trabalho educacional que a Casa desenvolve, com cursos, palestras e duas oficinas anuais: os Encontros Casa, que acontecem no começo do ano, em Minas Gerais, e a Semana Sri Aurobindo, que acontece em agosto, na Bahia.

Rosa Koshiba (Brasília) (a confirmar) – Formada em Educação Física, Letras, Pedagogia e Dinâmica Energética do

Psiquismo (Terapia transpessoal com foco no corpo e nos campos energéticos). Estudou Dança Criativa e Espontânea, Rítmica Métrica e Concentração-Interiorização com Rolf Gelewski durante os dois anos em que fez parte da Comunidade da Casa Sri Aurobindo em Salvador (1972-1973). Continuando desde então ligada à Casa Sri Aurobindo, vem ministrando cursos e oficinas em São Paulo, São Caetano do Sul, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e outras cidades do Brasil.

Referências

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