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Práticas inclusivas no método TEACCH para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo na Educação Infantil

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Academic year: 2022

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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC Curso de Pedagogia

Trabalho de Conclusão de Curso

Práticas inclusivas no método TEACCH para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo na Educação Infantil

Gama-DF 2021

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GABRIELLA HELOISA MARINI

Práticas inclusivas no método TEACCH para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo na Educação Infantil

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de Pedagogia do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientadora: Profa. Ms. Elisângela de Andrade Aoyama

Gama-DF 2021

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M339p

Marini, Gabriella Heloisa.

Práticas inclusivas no método TEACCH para crianças com transtorno do espectro do autismo na educação infantil.

/ Gabriella Heloisa Marini. – 2021.

39 p. il : color

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC, Curso de Pedagogia, Gama-DF, 2021.

Orientação: Profa. Me. Elisângela de Andrade Aoyama.

2. Educação infantil. 2. Modelo TEACCH. 3. Práticas inclusivas. 4. Transtorno do espectro do autismo. I. Título.

CDU: 370

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GABRIELLA HELOISA MARINI

Práticas inclusivas no método TEACCH para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo na Educação Infantil

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de Pedagogia do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientadora: Profa. Ms. Elisângela de Andrade Aoyama

Gama, 02 de junho de 2021.

Banca Examinadora

Profa. Ms. Elisângela de Andrade Aoyama Orientadora

Profa. Ms. Chris Alves da Silva Examinadora

Prof. Dr. Marcel Stanlei Monteiro Examinador

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Dedico este trabalho para o meu pai Luís Fernando Marini e ao meu namorado Marcus.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu pai, ao meu namorado e aos amigos que fizeram parte da

minha jornada acadêmica me fazendo chegar até aqui, sendo a primeira da família a ter uma graduação e sendo o orgulho do meu pai, e da Kátia Jaccoud qual nunca desacreditou de mim.

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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (Paulo Freire)

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RESUMO

O método TEACCH possibilita que o professor consiga identificar os pontos fortes assim também como as dificuldades do aluno TEA, na qual possibilita o docente de montar um programa individualizado e através disso se consegue um desenvolvimento com cada criança com espectro do autismo, sendo possível se organizar com as tarefas a serem realizadas, de modo que o aprendizado das crianças seja mais eficaz, auxiliando nos seus comportamentos de distração, resistência a mudança e na falta de motivação. O objetivo do trabalho foi apresentar as diversas formas de trabalhar com o aluno, usando a metodologia TEACCH. Para as buscas foram utilizadas bibliotecas on-line, periódicos e sítios do Ministério da Educação e selecionados trabalhos publicados entre 2007 e 2020, totalizando 20 referências. A partir da análise de dados pode-se perceber como os professores precisam se adaptar à realidade da criança, trabalhando métodos eficazes no processo de interação buscando a melhoria da comunicação, cognição e sociabilidade, trabalhando as dificuldades do TEA, gerando um programa individualizado com cada criança espectro do autismo. Por meio das pesquisas realizadas pode-se perceber que o TEACCH é uma prática que trabalha com o reforço positivo, e a independência do aluno criando o desenvolvimento integral, de forma que ela se adapte ao ambiente sem se sentir excluída, trabalhando atividades que auxiliam no processo de aprendizagem e também no desenvolvimento da sua fala, sabendo que o TEA possui maior dificuldade em sua comunicação e através do programa individualizado TEACCH sabendo que ele é eficaz e que faz a diferença na educação infantil.

Palavras-chave: Educação Infantil. Modelo TEACCH. Práticas inclusivas.Transtorno do Espectro do Autismo.

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ABSTRACT

The TEACCH method enables the teacher to identify the strengths as well as the difficulties of the TEA student, in which it enables the teacher to set up an individualized program and through this a development is achieved with each child with autism spectrum, being possible to organize with the tasks to be performed, so that the learning of children is more effective, aiding in their distraction behaviors, resistance to change and lack of motivation. The objective of the work was to present the different ways of working with the student, using the TEACCH methodology. For the searches, online libraries, periodicals and websites of the Ministry of Education were used and selected works published between 2007 and 2020, totaling 20 references. From the data analysis it can be seen how teachers need to adapt to the reality of the child working effective methods in the interaction process seeking to improve communication, cognition and sociability, working the difficulties of ASD and generating an individualized program with each autism spectrum child. Through the researches carried out it can be perceived that the TEACCH is a practice that works with the positive reinforcement, and the independence of the student creating the integral development, so that it adapts to the environment without feeling excluded, working activities that help in the learning process, and also in the development of their speech, knowing that ASD has greater difficulty in its communication and through the individualized program TEACCH knowing that it is effective and that it makes a difference in early childhood education.

Keywords: Childhood Education. Teacch Model. Inclusive Practices. Autism Spectrum disorder (ASD).

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Mesas individuais ... 18

Figura 2 – Modelo de agenda de comunicação ... 19

Figura 3 – Atividades do nível I ... 20

Figura 4 – Atividades nível II ... 21

Figura 5 – Atividades do nível III ... 22

Figura 6 – Atividades do nível IV ... 23

Figura 7- Atividades do Nível V ... 24

Figura 8- Sala de brinquedo adaptada ... 25

Figura 9 – Adaptação do local de atividades ... 26

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

MEC Ministério da Educação

TEA Transtorno Espectro do Autismo

TEACCH Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionada a Comunicação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15

2.1 As práticas pedagógicas inclusivas satisfatórias para o desenvolvimento do aluno com Transtorno do Espectro do Autismo na Educação Infantil ... 15

2.2 A adaptação da criança com Espectro do Autismo através do método TEACCH ... 26

2.3 A adaptação da criança com Espectro do Autismo através do método TEACCH ... 28

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 33

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ... 34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 36

REFERÊNCIAS... 39

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Transtorno do Espectro do Autismo 1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho fala sobre as práticas inclusivas no método de Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados à Comunicação (TEACCH) para a criança com (TEA) na Educação Infantil. Considerando que os alunos com TEA possuem dificuldades de interação social e comunicação, os professores precisam se adaptar à realidade da criança criando métodos eficazes para o seu desenvolvimento na Educação Infantil, asseguram Reis, Santos e Oliveira (2017).

O método TEACCH tem como característica trabalhar em processo de intervenção para buscar o sucesso no funcionamento de desordens como prejuízos nas áreas da linguagem, comunicação, cognição e de sociabilidade, afirma Leon (2016). Conforme pontua Ferreira (2016), o programa TEACCH é um sistema de orientação de base visual tendo base na composição e no ajuste de múltiplos recursos para aperfeiçoar a dicção, aprendendo sobre conceitos e mudança de comportamento.

O modelo de inclusão pensa inteiramente no processo pedagógico dos professores que precisam pensar na diversidade e inclusão no todo, buscando vários recursos e abordagens pedagógicas para ensinar; Refletir sobre práticas pedagógicas para crianças que possuem o TEA sempre será um desafio, pois são seres únicos, com características e formas diferentes de comportamento com oferta de atividades e ações que tenham sentido e significado, pois elas por si só não levam ao desenvolvimento, faz-se necessário que ocorra em processos de mediação na prática pedagógica. Logo, são as características dessa criança que determinam o tipo de intervenção pedagógica. O cotidiano é feito de coisas simples e quanto mais associado a prática escolar, a conteúdos significantes, mais torna-se a experiência do aprendizado profícua. A aprendizagem significante não somente generaliza o aprendizado, mas faz igualmente o aluno generalizar a experiência escolar (CUNHA, 2017.)

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O professor que trabalha com o estudante com TEA, primeiro deve observar e conhecer seu educando antes de adaptar as atividades e conteúdo para sala de aula e mediar quando for cogente cada atividade ou circunstância didática, encontrar suas desenvolturas e quais precisam ser alcançados, avaliar os recursos utilizados no ambiente de acordo com a especificidade da criança com TEA (FERREIRA, 2016).

O objetivo geral deste trabalho é apresentar as práticas inclusivas no método TEACCH para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo na Educação Infantil. Também se faz necessário descrever as práticas pedagógicas inclusivas satisfatórias para o desenvolvimento do aluno, para que possam refletir sobre as possibilidades e práticas pedagógicas que estimulem o desenvolvimento e aprendizagem, assim apresentar a adaptação da criança com TEA através do método TEACCH.

Diante da problemática, surgiu a inquietude sobre como as práticas inclusivas do método TEACCH para crianças na Educação Infantil são implementadas? O método TEACCH trabalha com o reforço positivo, ajudando os professores a descobrir os pontos fortes e fracos da criança com Espectro do Autismo, assim criando maneiras e práticas pedagógicas para o desenvolvimento integral dessas crianças, de forma com que ela se sinta bem, adaptada ao ambiente, sem se sentir excluída. Para Sá (2017) existem trabalhos sobre jogos educacionais que auxiliam no processo de aprendizagem por meio da interatividade e simplicidade. A missão do jogo inicialmente é ensinar as cores, algumas tarefas como arrumar a casa, como tomar banho e a importância da alfabetização.

A justificativa dessa pesquisa visa enfocar a importância da inclusão da criança com TEA na educação infantil, as matrículas desses alunos crescem 37% por ano, mas não basta apenas estarem matriculados, eles precisam ser garantidos de um ensino de qualidade para suas necessidades, e que seu desenvolvimento pleno seja alcançado.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 As práticas pedagógicas inclusivas satisfatórias para o desenvolvimento do aluno com Transtorno do Espectro do Autismo na Educação Infantil

Na sala de aula o método TEACCH deve proporcionar um espaço adequado para atividades livres, individuais as quais a criança aprenda coisas novas, e independente onde se realiza tarefas sem interferência e autonomia. O TEACCH não é uma simples abordagem, é uma concepção a qual responde às dificuldades do autista utilizando as melhores investidas e métodos disponíveis.

São oferecidas ajudas desde o diagnóstico e aconselhamento dos pais e profissionais, até centros comunitários para adultos com todas as etapas intermediárias: avaliação psicológica, salas de aulas e programas para professores (ROSA; SIQUEIRA et al., 2020).

Segundo Siqueira et al. (2020), para facilitar a compreensão das crianças ao seu local de estudos, o método TEACCH faz essa adaptação no ambiente, e por meio dessa organização da sala e das atividades de cada aluno, o TEACCH visa de forma eficiente a independência do mesmo, na qual a criança necessita do docente para o exercício de novas atividades apenas e possibilitando ocupar a maior parte do seu tempo de forma independente.

Seguindo o ponto de vista de uma compreensão mais profunda da criança e também das ferramentas que o professor dispõe para o suporte, o professor pode assentar as ideias gerais que são lhe dadas ao espaço da sala de aula, e nos recursos disponíveis, desde que é claro , que o mesmo compreenda e respeite as características dos seus próprios alunos, trazendo sempre o bem estar e aconchego para o ambiente da sala de aula, na qual a criança se sinta acolhida e capaz de realizar as atividades com êxito sendo trabalhadas seus pontos fortes em cada exercício (SIQUEIRA et al., 2020).

As professoras da Educação Infantil devem resolver as dificuldades e mesmo o estudante sendo bem aceito por todos na escola, ainda é precária a prática pedagógica inclusiva porque além de apresentar desconhecimento das especificidades do estudante e de outras práticas capaz de

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favorecê-lo, ao professor são atribuídas inúmeras funções. O docente além de elaborar práticas pedagógicas e as executar, ainda sim precisa dar conta dos livros, dos temas transversais, das festividades da instituição, dos registros das atividades, da avaliação entre outros atributos que dificulta a inclusão do estudante com transtorno do espectro do autismo, e as ações na qual favorecem a inclusão do estudante com TEA na Educação Infantil (SILVA et al., 2015).

O TEACCH não é uma metodologia que se adquire em um pacote fechado e que tem leis numeradas a ser correspondido, dentro de sala de aula o programa é um sistema que orienta a base visual com bastante apoio e estrutura e combinando vários recursos para aprimorar a linguagem e aprendizagem de conceitos e mudanças de comportamento, ajudando de forma eficiente alunos com transtornos espectro autistas a se desenvolver da melhor maneira, atingindo o seu máximo em autonomia quando chegar à fase adulta, a independência é uma das fundamentais apreensões do modelo na ideia de que quanto menos a pessoa ficar monitorada por alguém, melhor para sua autonomia e condição de vida. É desta forma que os princípios norteadores se arranjam na prática, oferecendo ao ambiente a eficácia a qual necessita ter para desenvolver conceitos, avisar, dar instruções e preparar a vida dessa pessoa desde a primeira infância (PALMERINO, 2016).

Para ter um bom desenvolvimento para atingir as metas e os objetivos da Educação Infantil com as crianças com TEA é indispensável um olhar cauteloso para esse sujeito, na qual possui uma forma característica de ver o planeta, de se perceber os detalhes que frequentemente não entenderíamos. Mattos e Nueberg (2011), defendem que em geral as pessoas com TEA têm alterações cerebrais nas atividades dos neurônios-espelho, que são responsáveis pela astúcia, empatia, abrangência das interações e dicção, dificultando a sua conversação e a interação social, na qual não consegue expressar o que se sente, nem quais são as suas vontades podendo assim apresentar comportamentos de irritabilidade e um pouco agressivo, querendo apenas expressar o seu sentimento naquela situação. Usando a boa memória visual do TEA ao seu favor o docente pode utilizar jogos com imagens, cartões com gravuras para estimular a compressão de sequência

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lógica, facilitando a comunicação e desenvolvimento tanto dos estudantes que apresentam dificuldade na fala quanto os que são oralizados (SILVA et al., 2015).

Umas das características do aluno TEA é a dificuldade de esta em um ambiente desorganizado, assim com método TEACCH se pede que se possível retire elementos visuais disponíveis que podem favorecer a agitação (muitos quadros, papéis colados) A organização do meio ambiente, evita a desatenção, enfoca e tenta assegurar que cada campo informe a sua função, e também não deixar a criança sentada muito perto da porta, para isso não traz segurança a ela, sendo assim depois que foi definido o ambiente e as espécies da classe, o docente está pronto para dar início a estrutura das áreas de aprendizado e treinamento (PALMERINO, 2016).

Através de alguns estudos nesta área pode se perceber que o aluno espectro autista apresenta uma boa memória visual, e diante disto o docente da Educação Infantil deve pensar bem nas suas práticas pedagógicas, e utilizar recursos visuais que irá ser uma prática facilitadora na vida desta criança na qual irá ter uma compreensão igual as dos demais alunos, podendo assim fazer uma fotografia da turma em vários momentos como ; roda de histórias, na horta, na hora do lanche, na hora das brincadeiras etc., aliando a prática visual, diminuindo a ansiedade e favorecendo a comunicação com os demais (SILVA et al., 2015).

O ensino quando estruturado adequadamente inclui o uso de rotinas com trabalhos individualizados, procurando sempre compensar os déficits cognitivos, sociais, sensoriais, comunicativos e comportamentais que se fazem presentes no TEA e que interferem no desenvolvimento. Viabilizando o ambiente escolar, o espaço deve ser com áreas claramente bem definidas e com divisões para as necessidades por delimitações físicas, sendo assim a estrutura visual da sala ajuda a criança com TEA a focar a sua atenção nas tarefas mais relevantes (FONSECA; CIOLA, 2014).

O aluno com TEA não consegue construir atividades sem uma rotina organizada, tais necessitam de um ambiente estável, por isso na Figura 1 os espaços estão visualmente demarcados,

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com esse espaço as atividades incorporam os seus conceitos, o ambiente guia e clarifica, diminuindo a dependência e a confusão não necessárias (CORNÉLIO; LACERDA, 2018).

O contexto da Educação Infantil é um lugar no qual possui alguns privilégios como a interação social e as várias possibilidades de aprendizados nas áreas relacionadas como: Motora, social, linguística, social entre outras que são capazes de fornecer o desenvolvimento pleno de qualquer criança quando as atividades são bem produzidas, principalmente em função daquelas que possui algumas dificuldades como por exemplo o TEA (SILVA et.al.,2015).

Figura 1 – Mesas individuais, apenas com os estímulos necessários para cada aluno

Fonte: PEREIRA; DELGADO (2010).

Conforme Fonseca e Ciola (2014), às crianças com TEA necessitam de uma programação, pois muitos têm problemas com memória sequencial e organização do 27 tempo. O trabalho com as agendas (Figura 2) auxilia sobre a orientação das atividades programadas do dia a dia,

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diminuindo a ansiedade sobre o desconhecido, dando mais autonomia a criança, uma vez que, ela já tem uma noção do que deve fazer.

Figura 2 – Modelo de agenda de comunicação, com ajuda de artefatos palpáveis

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

A criança precisa saber que terá atividades que ela não pondera prazerosa, diante de tarefas do seu gosto, isso motiva o aluno a completar as tarefas programadas, e explicam que, a agenda pode ser auxiliada de várias formas, dependendo apenas do nível de compreensão da criança, podendo ser ilustrada com fotos, concreta com artefatos, pictogramas, anotadas, etc. Cada aluno deve ter sua própria agenda de acordo com sua necessidade. Para um processo de aprendizagem

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eficiente foram criados níveis de aprendizado com níveis (CORNÉLIO; LACERDA, 2018), conforme apresentado na Figura 3.

Figura 3 – Atividades desenvolvidas no nível I

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

A Figura 4 apresenta o nível 1, chamado de atividades iniciais, onde acontece a preparação e atividades motoras, acontece que nessa fase as habilidades ainda são primitivas e muito próximas do estágio sensório motor, aprendendo que as mãos podem e devem ser trabalhadas independentes uma das outras, trabalhando o foco e priorizando a atenção para o aspecto motor (CORNÉLIO;

LACERDA, 2018).

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Figura 4 - Atividades desenvolvidas no nível II

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Não precisa de estratégias, nesta fase a exigência é ainda apenas motora, inicial e básica, se preparando para os níveis seguintes. Em geral, as pessoas que se encontram neste nível ainda não desenvolveram estruturas linguísticas suficientes para uma comunicação, possuem também pouco foco e pouca interação com os olhos (CORNÉLIO E LACERDA, 2018).

A Figura 5 apresenta o nível II e inicia-se o trabalho cognitivo, entretanto incorporando o modelo feito no primeiro nível (transportar/transferir), trabalhando como combinar elementos concretos, escolher, desenvolver o pareamento de artefatos iguais e diferentes, neste nível estimula as habilidades trabalhadas na fase posterior, mas ainda não é esperado que o aluno consiga fazer a identificação planificada em imagens e figuras, ainda não conseguem simbolizar nem abstrair a ponto de formar alguns conceitos da fase anterior, afirmam Cornélio e Lacerda (2018).

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Figura 5 – Atividades desenvolvidas no nível II

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Para iniciar para o nível III, conforme apresenta a Figura 6, o aluno precisa discriminar figura-fundo, identificar imagens, parear objetos com pictogramas ou fotos e trazer as habilidades do nível I e II, as cobranças para a leitura surgem porque já existe o reconhecimento e a discriminação de letras e números, e também habilidades que já foram adquiridas nos níveis anteriores, o aluno já estabelece ligações de uma imagem com a outra e seu correspondente escrito (CORNÉLIO; LACERDA, 2018).

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Figura 6 – Atividades desenvolvidas no nível III, pareamento de figuras

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Para passar do nível III para o IV, conforme apresenta a Figura 7, o aluno necessita dominar o valor sonoro das letras e sílabas, relacionar imagens com sua representação escrita, trazer as habilidades do nível I, II e III, as cobranças para a leitura surgem porque já existe o reconhecimento e a discriminação de letras e números, e também habilidades que já foram adquiridas nos níveis anteriores, o discente já estabelece relações entre uma imagem e seu correspondente escrito (CORNÉLIO; LACERDA, 2018).

É uma etapa de maior discernimento e onde as habilidades perceptuais estão mais desenvolvidas. As atividades já trazem conceitos mais simbólicos, imagéticos, agrupam imagens, pictogramas, títulos, escritas, números e a criança já consegue usar as agilidades dos planos anteriores I e II (que são cumulativas), além de coincidência, agregação, seriação, com uso de imagens e objetos, completar figuras, categorizações, classificações, mas recursos ainda escassos para o processo da leitura (FONSECA; CIOLA, 2014, p. 65).

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Figuras 7 – Modelos de atividades nível V, relação da imagem com a escrita

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

O fato da sala de aula ser adaptada à criança conforme na figura 8 , desperta no restante da turma a capacidade de enxergar que tem alguém diferente que precisa de sua ajuda, promovendo uma sensibilização maior nas questões de discriminações que acontece no dia a dia, e através do TEACCH as situações de aprendizagem estruturadas, e as dificuldades que o TEA apresentava, são significativamente diminuídas, fomentando uma maior segurança e confiança da criança querer fazer as atividades a preparando para vida adulta, onde se estimula a independência e é feito um investimento na sua autonomia. (FONSECA; CIOLA, 2014).

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Figura 8 – Sala de brinquedos adaptada

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Esse método se baseia na adaptação do local (Figura 9) para ser mais fácil à compreensão do TEA em afinidade ao seu ambiente de trabalho escolar e ao que se espera dela. Por meio dessa organização de ambiente, o método visa o acréscimo do bem-estar do aluno de forma que ele necessite do professor apenas quando for trabalhada uma atividade nova, porém permitindo-lhe tomar grande parte de seu tempo de forma autônoma. Começando pelo ponto de vista no qual o professor se dispõe a fim de oferecer ajuda com suas ferramentas pedagógicas, segundo Palmerino (2016).

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Figura 9 – Adaptação do local de atividades

Fonte: PALMERINO (2016).

2.2 As possibilidades e práticas pedagógicas que estimulam o desenvolvimento e aprendizagem

Segundo Benini e Castanha (2017), a aprendizagem é considerada um aspecto fundamental para o desenvolvimento do ser humano, e estes estudos trouxeram importantes contribuições para a educação à medida que oferecem elementos importantes para a compreensão do desenvolvimento e aprendizagem do ser humano.

O estudo, quando organizado adequadamente, abrange o uso de rotinas com trabalhos individualizados, procurando sempre compensar os déficits cognitivos, sociais, sensoriais, comunicativos e comportamentais que se fazem presentes no TEA e que interferem no

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desenvolvimento. O professor deve analisar quais crianças conseguem trabalhar em grupo, que necessitam do auxílio do professor, quais conseguirão apenas se tiverem o acompanhamento integral do professor e quais alunos são de difícil controle comportamental, porque mesmo que as agendas devam ser individuais, o trabalho pode ser feito em conjunto, citam Cardoso e Cornélio (2018).

Algumas das abordagens mais recomendadas para ensinar uma criança TEA são aquelas que trabalham os estímulos que utilizam apoios visuais, segundo Cardoso e Cornélio (2018), o déficit não se definem em quem é o sujeito com TEA na qual suas condições ão limitam o seu desenvolvimento, sabendo que a sua vivência social em ambientes diferenciados, em especial o escolar onde é de grande importância a cooperação viabilizando caminhos, oferecendo condições para o seu desenvolvimento ainda não adquiridos por estes discentes.

Os materiais como figuras geométricas, peças coloridas, e miniaturas cumprem uma função como recursos acessíveis e representam bastante ganho na aprendizagem através do TEACCH. A utilização destes materiais além de instigar a competência de arquitetar significados desperta o cuidado e promove a ampliação do seu vocabulário. Agora os jogos, entre eles os de estilo lúdico cooperativo, são importantes à medida que promovem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social do autista. São avaliações importantes, pois instigam aparências afetivas, proporcionando ganhos em habilidades sociais. Sendo assim, um instrumento significativo no processo de inclusão escolar (BENINI; CASTANHA, 2017).

É importante reconhecer que todos os recursos que a escola pode oferecer aos estudantes com TEA, podem oportunizar a aprendizagem contribuindo, assim, para a superação das dificuldades seja na comunicação e socialização, bem como impulsionar o desenvolvimento do aluno. Considera-se, portanto, que possíveis intervenções utilizando estes instrumentos têm resultado em novas aprendizagens, ajudando na construção de conceitos e no desenvolvimento da autonomia deste aluno no ambiente escolar (BENINI;

CASTANHA, 2017, p. 42).

Existem algumas ações que pode ser implementadas a partir de conhecimentos teórico que ajuda na inclusão do estudante autista na escola, segundo Benini e Castanha (2017), e entre algumas

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ações sistematizadas, das quais podemos citar: a) efetivação de reuniões aceitáveis entre os envolvidos no atendimento dos estudantes com autismo; b) a comunicação entre professores e família com o uso de instrumentos como agendas, cadernos e outros, sob a orientação dos multiprofissionais que já atendem esses alunos junto aos instrutores e grupos pedagógicos das instituições; c) a criação de espaço para formações e coligações de estudos sobre a temática buscando estratégias viáveis e efetivas de atendimento aos alunos com TEA; d) um olhar dos pedagogos para o currículo aplicado nas escolas regulares que possuem alunos com deficiências, como o autismo, e) a proposição de mudança nas metodologias, utilizando e oferecendo materiais de apoio, readaptando espaços se for o caso. Os educadores devem ter conhecimento das habilidades que são necessárias para cada faixa etária, de acordo com o currículo nacional para que possam programar as atividades. Não adianta confeccionar inúmeras atividades sem que estas tenham a função de ensinar algo em determinado momento da vida da criança (BENINI;

CASTANHA, 2017).

2.3 A adaptação da criança com Espectro do Autismo através do método TEACCH

O método TEACCH um projeto de intervenção que por meio de uma estrutura e organização de espaços, e materiais, permitindo que a criança autista crie mentalmente as composições adentras que necessitam ser demudadas pela criança em estratégias e, mais tarde, automatizadas de modo a funcionar fora da sala de aula em ambientes com poucas estruturas (PALMERINO, 2016).

Cada educador pode desenvolver as ideias gerais que serão oferecidas ao espaço de sala de aula e as soluções existentes, e até mesmo às particularidades de sua própria personalidade, contanto que, é claro, abarque e respeite as características próprias de seus alunos. O método TEACCH entende como o indivíduo TEA vive, pensa, e responde ao ambiente, para que promova o ensino com autonomia e funcionalidade. O método TEACCH é um caminho e um sistema de orientação de base visual com base na composição e na combinação de diversas soluções para

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aperfeiçoar a dicção, aprendizagem de conceitos e mudança de comportamento, a adaptação dessas crianças varia de acordo com cada caso, sempre incentivando seus pontos fortes, e atividades que chamam a atenção do aluno (FONSECA; CIOLA, 2014).

A filosofia do programa TEACCH tem como objetivo básico auxiliar a pessoa TEA no seu melhor desenvolvimento, de modo a atingir o máximo de autonomia na idade adulta. O desenvolvimento da independência desses indivíduos é o que mais causa preocupação no modelo TEACCH, tendo ideia de que quanto menos a pessoa ficar monitorada por alguém, melhor para sua autonomia e qualidade de vida (FONSECA; CIOLA, 2014). É dessa maneira a qual os princípios norteadores constituem-se na prática, oferecendo ao ambiente a seiva que necessita ter para aperfeiçoar conceitos, informar, dar algoritmos e preparar a vida dessa pessoa desde a primeira infância (PALMERINO, 2016.

Diante disso, o professor deve compreender seu aluno, localizar seus pontos fortes, identificar seus déficits e achar os meios que facilitam para acudir no processo de adequação e aprendizado. De acordo com as pesquisas realizadas pelo TEACCH e o conhecimento adquirido ao longo dos anos, o ensino estruturado é o meio facilitador mais competente para a cultura do autismo. O método TEACCH não emprega o ensino estruturado como uma técnica para organizar o ensino da criança, mas sim para encontrar a forma de estrutura e organização que melhor se adapte à criança e pela qual ela compreenda melhor o seu espaço e, de tal modo, aprender de forma mais eficiente (BENINI; CASTANHA, 2017).

Fonseca e Ciola (2014, p. 34), listam alguns itens os quais mostram a importância da estrutura do material de sucesso para autistas, segundo o método TEACCH ajuda no preparo das dificuldades com memória sequencial e organização do tempo:

1. Orienta a criança a compreender o que o material espera dela;

2. Diminui o nível de ansiedade e, logo, diminui a probabilidade do saimento de comportamentos inadaptados;

3. Define o tempo de dedicação a uma determinada tarefa;

4. Orienta o aluno a trabalhar sem muita interferência do adulto, aumentando a autonomia;

5. Ensina conceitos claros e definidos;

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7. Reduz o ataque sensorial advindo das informações muito complexas;

8. Reduz a dificuldade na compreensão de tarefas com muitos elementos;

9. Ajuda a aumentar a motivação do aluno perante as atividades acadêmicas;

10. Introduz aspectos pedagógicos compatíveis com a seriação escolar eliminando temas difusos e propostas inadequadas;

11. Potencializa as facilidades visuais da pessoa com autismo aumentando o foco atencional;

12. Apresenta os materiais a partir de padrões fixos (em áreas determinadas e direções definidas);

13. Oferece consistência e beneficia o processamento cerebral responsável pelas habilidades visuais;

14. Planeja as atividades passo a passo organizando a estrutura da tarefa;

15. Organiza atividades utilizando recursos de baixo custo e fácil execução.

16. Cabe ao educador fazer o mundo ser compreensível, ajudar o aluno autista a organizar as informações;

17. tornar o ilógico, lógico; transformar o “bombardeio sensorial” em algo tolerável.

As atividades são feitas com soluções do dia a dia a partir do que cada aluno necessita.

Aconselha-se que nesta abordagem exista um envolvimento real de todos que estarão em contato com o aluno, a fim de planejar o que fazer com base em um currículo, para selecionar os objetos e também para confeccionar as adaptações. O sistema usado pelo método TEACCH são determinados, por criarem um processo de construção de atividades que incluem a seleção de materiais como encontrar a atividade, como decorrer ao que está sendo promovida, a orientação conduzida pelo docente, o desempenho visualmente mediado e o conceito de fim, dentre outras (FONSECA; CIOLA, 2014).

O processo de aprendizagem dos alunos TEA, é um processo mais lento e complexo, devido às suas características específicas, o uso diferente de estratégia faz toda a diferença, e através do Método TEACCH se encontra uma facilidade para o desenvolvimento desses educandos. O processo adaptativo e a inclusão desse aluno em salas de aula regulares e com a ajuda do método podem auxiliar na organização dos processos de aprendizagem gerando um impacto positivo para os alunos, e para os professores (Palmerino 2018). As principais vantagens da metodologia TEACCH, segundo Lima (2012, p. 48) são: a) respeitar e adequar-se às caraterísticas de cada criança; b) centrar-se nas áreas fortes encontradas no autismo; c) adaptar-se à funcionalidade e

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necessidades de cada criança; d) envolver a família e todos os que intervêm no processo educativo;

e) diminuir as dificuldades ao nível da linguagem receptiva; f) diminuir os problemas de comportamento; g) aumentar as possibilidades de comunicação e h) permitir diversidade de contextos.

A inclusão dentro das escolas permite que todas as crianças que possuem alguma necessidade especial, tenham o acesso à educação permitindo ter uma aprendizagem e interação com todos do grupo, transformando assim um modelo educacional que proporciona uma educação igual e de qualidade. A inclusão de um aluno que utiliza o método TEACCH proporciona o aumento da sua capacidade de prestar atenção e o aumento da sua comunicação e participação nas atividades que são propostas (KRAUSE, 2017).

Sabendo que os maiores desafios da criança TEA é fazer que ela seja presente em sala de aula e consiga realizar as tarefas que são propostas, o TEACCH faz com que as necessidades dos alunos sejam identificadas dando recursos alternativos e metodologias específicas, atendendo de diferentes formas as dificuldades cognitivas do autista. Uma maneira também de trazer este aluno para sala de aula é a inclusão escolar que é feita no ensino regular, surgindo oportunidades da interação social favorecendo o desenvolvimento da criança autista. Os modelos de intervenção que estão presentes no ensino hoje em dia para serem trabalhados com o TEA, possibilita uma mudança clinica proporcionando autonomia, quanto mais se conhece sobre o aluno, mas é trabalhada seus pontos fortes e se aponta que o diagnóstico precoce e um tratamento efetivo, cientificamente embasado, podem mudar a vida dessas pessoas (PALMERINO, 2016).

O Método TEACCH considera tanto os pontos fortes quanto também as dificuldades de cada criança que passa por esse processo, tornando possível a criação de um programa individualizado. Este método é baseado também na organização do ambiente físico, com rotinas programadas e representadas em quadros, painéis ou agendas, sendo mais fácil da criança compreender o que se espera dela (MELLO, 2007, p. 36).

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O TEACCH vem através da utilização de esforços, sempre lembrando a criança sobre o comportamento que o profissional que está desenvolvendo o trabalho com ela deseja alcançar,

função com uma sequência de atividades que facilitam as ações (OLIVEIRA; CERDEIRA, 2019).

A rotina da criança com TEA no processo deste método, e com a organização que as atividades propõem, se obtém resultados como o desenvolvimento da fala, da comunicação e do conseguir trabalhar em grupo, este método é trabalhado ao redor do mundo, ele é adaptado dependendo da sua região e cultura, sendo desenvolvido por pessoas capacitadas, mas tudo depende de como esta equipe irá trabalhar (BRASIL, 2015).

O TEACCH tem base no behaviorismo, que é um defensor de teorias que são possíveis através do que é observado e é descartado as análises que são subjetivas, o que quer dizer que é sempre necessário algo que seja concreto e objetivo, com a direção exatamente ao comportamento que se quer mudar, e estimulando positivamente com os reforços e suas habilidades adquiridas e adequadas, bem como minimizar ou extinguir ações que são consideradas impróprias ao convívio social (RODRIGUES; SPENCER, 2010).

No entanto há uma dificuldade de aumentar essa abordagem para todas as escolas de ensino regular, pois a quantidade de profissionais que são capacitados a utilizar este método, por isso o programa TEACCH é mais trabalhado em escolar especializadas como também em consultórios de profissionais especializados em métodos e ensinos estruturados (SILVA et al., 2012).

O programa TEACCH é uma forma de induzir o comportamento da criança autista e fazer com que a mesma se comunique, tendo em vista a dificuldade que esta tem em organizar-se, interagir socialmente e principalmente comunicar-se. Com o uso desse método, o indivíduo é, portanto, capaz de internalizar as informações, compreender a ordem das tarefas, a rotina do dia a dia, bem como a duração de cada atividade, através de figuras, imagens, áreas destinadas a diferentes ações, que são os locais para onde ela se dirige de acordo com a atividade a ser realizada, sendo um treinamento diário do que deve ser obtido. O desenvolvimento do método é gerado com o uso de imagens gerando assim uma comunicação visual, cada espaço que é trabalho possui sua

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de forma objetiva e bem definida, o que ajuda em uma melhor convivência com o outro (NASCIMENTO, 2015).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

bibliotecas on-line, periódicos e sítios do Ministério da Educação publicados entre 2012 a 2020 e O presente trabalho trata-se de uma revisão da literatura, realizada por meio de revisão bibliográfica, focado em verificar se como as práticas inclusivas do método TEACCH para crianças na Educação Infantil são implementadas? A pesquisa bibliográfica visou responder a seguinte questão norteadora: O modelo TEACCH é uma prática inclusiva de sucesso para a criança autista na educação infantil? Foram selecionados trabalhos que procuravam explicar sobre o assunto os quais estavam no idioma português.

Foram usados como critérios de inclusão trabalhos referentes ao assunto em acervos de

como critérios de exclusão aqueles publicados em blog, fórum ou que não tiveram embasamento na pesquisa e publicados em anos abaixo do ano 2011.

Para a coleta de dados foram utilizadas as bases: Biblioteca Virtual do Ministério da Educação (MEC), Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para as buscas foram utilizadas as palavras-chave: educação infantil, modelo TEACCH, práticas pedagógicas inclusivas, transtorno do espectro do autismo. Foram selecionados trabalhos referentes ao tema, publicados entre os anos de 2007 e 2021, sendo 13 artigos científicos, 8 trabalhos de conclusão de curso (TCC), e 1 livro.

A organização da presente revisão ocorreu entre fevereiro de 2021 a maio de 2021 proporcionando direcionamento para a pesquisadora em relação ao assunto abordado, a fim de que pudesse formular hipóteses na tentativa de busca de resolução de problemas frequentes relacionados à assistência prestada em estudos anteriores.

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De posse das informações, iniciou-se a leitura e triagem dos textos, em outros termos,

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Para Laplane (2014), o método TEACCH precisa de ser feito através de um planejamento de forma que propicie a organização do ambiente, e com recursos que auxilie no processo aprendizagem como a utilização de recursos visuais e com atividade que respeite o tempo de atenção do aluno, propondo assim uma sequência de atividades que alternam com o descanso e que busque pela realização do aluno. Já em outras palavras, Fonseca e Ciola (2016), enfatizam que o ambiente para esses alunos pode ser considerado como situações que prejudicam o foco e a atenção do aluno, mas concorda que o ambiente para as atividades do método TEACCH devem ser bem organizados de acordo com cada atividade mantendo o ambiente estável, visando sempre a organização e a clareza.

Leon (2016), explica que organizando o ambiente, o aluno consegue ter a compreensão de imediato, fazendo do a entender as atividades propostas de forma que consiga fazer o que está sendo solicitado, criança consegue ter pistas e entender melhor sobre o que fazer. Para a autora o impacto dessa compreensão é imediato, fazendo com que a criança compreenda melhor o que e como deve fazer, sendo assim, ajuda a regular seu comportamento e na sua resposta ao que está sendo solicitado. Corrêa (2015), concorda que este modelo ajuda as pessoas a responderem às necessidades e interesses das crianças com autismo, como modificar e adaptar o ambiente.

Contribuindo com mais informações, Gazel (2016) observa que é importante que o professor manipule o ambiente da pessoa TEA com o intuito que os comportamentos não desejados sejam menos e que os novos comportamentos venham a surgir substituindo os indesejáveis, no TEACCH partiu-se para análise e interpretação do material de acordo com o tema escolhido. Após este ter sido organizado e categorizado em áreas temáticas, iniciou-se a redação, desta forma, culminando o ciclo da pesquisa de revisão bibliográfica.

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é proposto que sejam usados estímulos visuais, como cartões, fotos, etc. Leon (2016), segue dizendo que as crianças com TEA possuem dificuldades em lidar com os espaços físicos que possuem extremas mudanças, sendo assim quanto mais simples o ambiente, melhor será a sua aprendizagem causando uma boa adaptação física.

Fonseca e Ciola (2016), concordam com Gazel (2016), destacando um dos métodos utilizados, a agenda visual, que esclarece visualmente o que poderá acontecer, estimulando o aluno na compreensão da rotina que tem cada momento para acontecer, o de iniciar a atividade, e o de terminar, o que se torna possível a flexibilidade em seu dia. As autoras ainda afirmam que que os alunos com TEA são aprendentes visuais e que focam em detalhes, mas que possuem problemas com tempo e organização, além da dificuldade em manter atenção, em ficar engajado ou desengajado nas atividades, sendo assim, a utilização da agenda pode trazer a vantagem de oferecer uma rotina previsível, reduzindo a ansiedade. Sampaio (2011), compreende que o transtorno autista é associado a diversos problemas neurológicos sem exames que possam comprovar sua origem, sendo um transtorno que atrasa a fala, e pensando nesse desenvolvimento através do método TEACCH.

Siqueira (2018), fala sobre como o método visa melhorar a compreensão e a complexidade da fala, e que é importante a utilização de programas de linguagem, especialmente para crianças mais jovens, as quais falam espontaneamente algumas palavras ou apenas emitem sons. Palmerino (2018), ressalta a importância do método presente hoje no ensino do aluno com TEA que possibilita a criação de alternativas educativas com adaptação curricular funcional gerando a autonomia que o aluno precisa. Por meio de programas de mudanças na conduta do indivíduo com TEA é provável que se observe melhoras nas manifestações clínicas presentes no TEA e favoreça a aprendizagem propriamente dita.

Capellini (2018), diz que com um currículo flexibilizado é considerado que através das experiências, a inclusão de alunos com necessidades especiais é capaz a construção do

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conhecimento de cada aluno e Fonseca (2011), concorda quando ajustamos o currículo estamos oportunizando flexibilizações e adequações conforme a necessidade de cada aluno, proporcionando práticas educativas e ações pedagógicas que atendam às particularidades dos indivíduos, tendo em vista, garantir a sua aprendizagem.

Em concordância também Esteves, Reis e Teixeira (2014), alegam que o docente deve se pautar em diferentes estratégias como forma de mediação do processo de ensino-aprendizagem, para que as necessidades educacionais sejam supridas, destacando que os alunos com autismo têm suas particularidades próprias, diante disso é fundamental a busca constante por diversos meios, recursos e métodos adequados ao atendimento desse público-alvo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude dos fatos mencionados, o método TEACCH é uma prática inclusiva de sucesso para a criança com transtorno espectro do autismo. Através dele é capaz de descobrir os pontos fortes e seus interesses, assim também como a dificuldade de trabalharem de forma individualizada com cada aluno. Assim, os professores que trabalham esse método precisam organizar o ambiente de forma de que a criança se adapte, sendo um ambiente bem organizado e com um espaço para cada atividade e níveis.

As atividades que são desenvolvidas no TEACCH auxiliam na fala e na interação social.

Através do método as crianças se desenvolvem significativamente nessa área, e em cada nível de atividade que é apresentado a elas é um avanço para prepará-las para a independência no futuro, sendo considerado as hipóteses e objetivos alcançados, o método TEACCH tem eficácia e cumpre todas as suas expectativas.

O método traz também inclusão em sala de aula e reflete principalmente nas práticas pedagógicas dos professores, que pensam na diversidade de um todo, buscando recursos e abordagens pedagógicas específicas, sendo que o TEACCH auxilia na forma de ensinar um TEA

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a ter seu desenvolvimento pleno, avaliando suas habilidades e quais objetivos precisam ser alcançados, de acordo com a especificidade de cada aluno.

Analisa que o profissional que trabalha com crianças com espectro do autismo precisa conhecer primeiro o educando antes de criar um programa individualizado. O TEACCH trabalha as comunicações sociais e a cognição, sendo essas as maiores dificuldades do TEA, auxiliando no processo de independência dos alunos, o método veio para ajudar essas crianças a ter uma evolução de acordo com suas dificuldades. Quando são levadas para sala de aula utilizando este método eles conseguem se socializar, já que possuem por si só dificuldades de interação com outras crianças e de estarem em um ambiente desorganizado. Seguindo o método TEACCH as salas passam a ser adaptadas para estes alunos, para que se sintam seguros e dispostos a estarem ali aprendendo e com seu professor trabalhando de forma correta sem que esse aluno fique agitado com recursos pedagógicos específicos para cada um.

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