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As práticas pedagógicas inclusivas satisfatórias para o desenvolvimento do aluno com

Na sala de aula o método TEACCH deve proporcionar um espaço adequado para atividades livres, individuais as quais a criança aprenda coisas novas, e independente onde se realiza tarefas sem interferência e autonomia. O TEACCH não é uma simples abordagem, é uma concepção a qual responde às dificuldades do autista utilizando as melhores investidas e métodos disponíveis.

São oferecidas ajudas desde o diagnóstico e aconselhamento dos pais e profissionais, até centros comunitários para adultos com todas as etapas intermediárias: avaliação psicológica, salas de aulas e programas para professores (ROSA; SIQUEIRA et al., 2020).

Segundo Siqueira et al. (2020), para facilitar a compreensão das crianças ao seu local de estudos, o método TEACCH faz essa adaptação no ambiente, e por meio dessa organização da sala e das atividades de cada aluno, o TEACCH visa de forma eficiente a independência do mesmo, na qual a criança necessita do docente para o exercício de novas atividades apenas e possibilitando ocupar a maior parte do seu tempo de forma independente.

Seguindo o ponto de vista de uma compreensão mais profunda da criança e também das ferramentas que o professor dispõe para o suporte, o professor pode assentar as ideias gerais que são lhe dadas ao espaço da sala de aula, e nos recursos disponíveis, desde que é claro , que o mesmo compreenda e respeite as características dos seus próprios alunos, trazendo sempre o bem estar e aconchego para o ambiente da sala de aula, na qual a criança se sinta acolhida e capaz de realizar as atividades com êxito sendo trabalhadas seus pontos fortes em cada exercício (SIQUEIRA et al., 2020).

As professoras da Educação Infantil devem resolver as dificuldades e mesmo o estudante sendo bem aceito por todos na escola, ainda é precária a prática pedagógica inclusiva porque além de apresentar desconhecimento das especificidades do estudante e de outras práticas capaz de

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favorecê-lo, ao professor são atribuídas inúmeras funções. O docente além de elaborar práticas pedagógicas e as executar, ainda sim precisa dar conta dos livros, dos temas transversais, das festividades da instituição, dos registros das atividades, da avaliação entre outros atributos que dificulta a inclusão do estudante com transtorno do espectro do autismo, e as ações na qual favorecem a inclusão do estudante com TEA na Educação Infantil (SILVA et al., 2015).

O TEACCH não é uma metodologia que se adquire em um pacote fechado e que tem leis numeradas a ser correspondido, dentro de sala de aula o programa é um sistema que orienta a base visual com bastante apoio e estrutura e combinando vários recursos para aprimorar a linguagem e aprendizagem de conceitos e mudanças de comportamento, ajudando de forma eficiente alunos com transtornos espectro autistas a se desenvolver da melhor maneira, atingindo o seu máximo em autonomia quando chegar à fase adulta, a independência é uma das fundamentais apreensões do modelo na ideia de que quanto menos a pessoa ficar monitorada por alguém, melhor para sua autonomia e condição de vida. É desta forma que os princípios norteadores se arranjam na prática, oferecendo ao ambiente a eficácia a qual necessita ter para desenvolver conceitos, avisar, dar instruções e preparar a vida dessa pessoa desde a primeira infância (PALMERINO, 2016).

Para ter um bom desenvolvimento para atingir as metas e os objetivos da Educação Infantil com as crianças com TEA é indispensável um olhar cauteloso para esse sujeito, na qual possui uma forma característica de ver o planeta, de se perceber os detalhes que frequentemente não entenderíamos. Mattos e Nueberg (2011), defendem que em geral as pessoas com TEA têm alterações cerebrais nas atividades dos neurônios-espelho, que são responsáveis pela astúcia, empatia, abrangência das interações e dicção, dificultando a sua conversação e a interação social, na qual não consegue expressar o que se sente, nem quais são as suas vontades podendo assim apresentar comportamentos de irritabilidade e um pouco agressivo, querendo apenas expressar o seu sentimento naquela situação. Usando a boa memória visual do TEA ao seu favor o docente pode utilizar jogos com imagens, cartões com gravuras para estimular a compressão de sequência

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lógica, facilitando a comunicação e desenvolvimento tanto dos estudantes que apresentam dificuldade na fala quanto os que são oralizados (SILVA et al., 2015).

Umas das características do aluno TEA é a dificuldade de esta em um ambiente desorganizado, assim com método TEACCH se pede que se possível retire elementos visuais disponíveis que podem favorecer a agitação (muitos quadros, papéis colados) A organização do meio ambiente, evita a desatenção, enfoca e tenta assegurar que cada campo informe a sua função, e também não deixar a criança sentada muito perto da porta, para isso não traz segurança a ela, sendo assim depois que foi definido o ambiente e as espécies da classe, o docente está pronto para dar início a estrutura das áreas de aprendizado e treinamento (PALMERINO, 2016).

Através de alguns estudos nesta área pode se perceber que o aluno espectro autista apresenta uma boa memória visual, e diante disto o docente da Educação Infantil deve pensar bem nas suas práticas pedagógicas, e utilizar recursos visuais que irá ser uma prática facilitadora na vida desta criança na qual irá ter uma compreensão igual as dos demais alunos, podendo assim fazer uma fotografia da turma em vários momentos como ; roda de histórias, na horta, na hora do lanche, na hora das brincadeiras etc., aliando a prática visual, diminuindo a ansiedade e favorecendo a comunicação com os demais (SILVA et al., 2015).

O ensino quando estruturado adequadamente inclui o uso de rotinas com trabalhos individualizados, procurando sempre compensar os déficits cognitivos, sociais, sensoriais, comunicativos e comportamentais que se fazem presentes no TEA e que interferem no desenvolvimento. Viabilizando o ambiente escolar, o espaço deve ser com áreas claramente bem definidas e com divisões para as necessidades por delimitações físicas, sendo assim a estrutura visual da sala ajuda a criança com TEA a focar a sua atenção nas tarefas mais relevantes (FONSECA; CIOLA, 2014).

O aluno com TEA não consegue construir atividades sem uma rotina organizada, tais necessitam de um ambiente estável, por isso na Figura 1 os espaços estão visualmente demarcados,

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com esse espaço as atividades incorporam os seus conceitos, o ambiente guia e clarifica, diminuindo a dependência e a confusão não necessárias (CORNÉLIO; LACERDA, 2018).

O contexto da Educação Infantil é um lugar no qual possui alguns privilégios como a interação social e as várias possibilidades de aprendizados nas áreas relacionadas como: Motora, social, linguística, social entre outras que são capazes de fornecer o desenvolvimento pleno de qualquer criança quando as atividades são bem produzidas, principalmente em função daquelas que possui algumas dificuldades como por exemplo o TEA (SILVA et.al.,2015).

Figura 1 – Mesas individuais, apenas com os estímulos necessários para cada aluno

Fonte: PEREIRA; DELGADO (2010).

Conforme Fonseca e Ciola (2014), às crianças com TEA necessitam de uma programação, pois muitos têm problemas com memória sequencial e organização do 27 tempo. O trabalho com as agendas (Figura 2) auxilia sobre a orientação das atividades programadas do dia a dia,

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diminuindo a ansiedade sobre o desconhecido, dando mais autonomia a criança, uma vez que, ela já tem uma noção do que deve fazer.

Figura 2 – Modelo de agenda de comunicação, com ajuda de artefatos palpáveis

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

A criança precisa saber que terá atividades que ela não pondera prazerosa, diante de tarefas do seu gosto, isso motiva o aluno a completar as tarefas programadas, e explicam que, a agenda pode ser auxiliada de várias formas, dependendo apenas do nível de compreensão da criança, podendo ser ilustrada com fotos, concreta com artefatos, pictogramas, anotadas, etc. Cada aluno deve ter sua própria agenda de acordo com sua necessidade. Para um processo de aprendizagem

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eficiente foram criados níveis de aprendizado com níveis (CORNÉLIO; LACERDA, 2018), conforme apresentado na Figura 3.

Figura 3 – Atividades desenvolvidas no nível I

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

A Figura 4 apresenta o nível 1, chamado de atividades iniciais, onde acontece a preparação e atividades motoras, acontece que nessa fase as habilidades ainda são primitivas e muito próximas do estágio sensório motor, aprendendo que as mãos podem e devem ser trabalhadas independentes uma das outras, trabalhando o foco e priorizando a atenção para o aspecto motor (CORNÉLIO;

LACERDA, 2018).

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Figura 4 - Atividades desenvolvidas no nível II

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Não precisa de estratégias, nesta fase a exigência é ainda apenas motora, inicial e básica, se preparando para os níveis seguintes. Em geral, as pessoas que se encontram neste nível ainda não desenvolveram estruturas linguísticas suficientes para uma comunicação, possuem também pouco foco e pouca interação com os olhos (CORNÉLIO E LACERDA, 2018).

A Figura 5 apresenta o nível II e inicia-se o trabalho cognitivo, entretanto incorporando o modelo feito no primeiro nível (transportar/transferir), trabalhando como combinar elementos concretos, escolher, desenvolver o pareamento de artefatos iguais e diferentes, neste nível estimula as habilidades trabalhadas na fase posterior, mas ainda não é esperado que o aluno consiga fazer a identificação planificada em imagens e figuras, ainda não conseguem simbolizar nem abstrair a ponto de formar alguns conceitos da fase anterior, afirmam Cornélio e Lacerda (2018).

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Figura 5 – Atividades desenvolvidas no nível II

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Para iniciar para o nível III, conforme apresenta a Figura 6, o aluno precisa discriminar figura-fundo, identificar imagens, parear objetos com pictogramas ou fotos e trazer as habilidades do nível I e II, as cobranças para a leitura surgem porque já existe o reconhecimento e a discriminação de letras e números, e também habilidades que já foram adquiridas nos níveis anteriores, o aluno já estabelece ligações de uma imagem com a outra e seu correspondente escrito (CORNÉLIO; LACERDA, 2018).

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Figura 6 – Atividades desenvolvidas no nível III, pareamento de figuras

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Para passar do nível III para o IV, conforme apresenta a Figura 7, o aluno necessita dominar o valor sonoro das letras e sílabas, relacionar imagens com sua representação escrita, trazer as habilidades do nível I, II e III, as cobranças para a leitura surgem porque já existe o reconhecimento e a discriminação de letras e números, e também habilidades que já foram adquiridas nos níveis anteriores, o discente já estabelece relações entre uma imagem e seu correspondente escrito (CORNÉLIO; LACERDA, 2018).

É uma etapa de maior discernimento e onde as habilidades perceptuais estão mais desenvolvidas. As atividades já trazem conceitos mais simbólicos, imagéticos, agrupam imagens, pictogramas, títulos, escritas, números e a criança já consegue usar as agilidades dos planos anteriores I e II (que são cumulativas), além de coincidência, agregação, seriação, com uso de imagens e objetos, completar figuras, categorizações, classificações, mas recursos ainda escassos para o processo da leitura (FONSECA; CIOLA, 2014, p. 65).

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Figuras 7 – Modelos de atividades nível V, relação da imagem com a escrita

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

O fato da sala de aula ser adaptada à criança conforme na figura 8 , desperta no restante da turma a capacidade de enxergar que tem alguém diferente que precisa de sua ajuda, promovendo uma sensibilização maior nas questões de discriminações que acontece no dia a dia, e através do TEACCH as situações de aprendizagem estruturadas, e as dificuldades que o TEA apresentava, são significativamente diminuídas, fomentando uma maior segurança e confiança da criança querer fazer as atividades a preparando para vida adulta, onde se estimula a independência e é feito um investimento na sua autonomia. (FONSECA; CIOLA, 2014).

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Figura 8 – Sala de brinquedos adaptada

Fonte: CORNÉLIO; LACERDA (2018).

Esse método se baseia na adaptação do local (Figura 9) para ser mais fácil à compreensão do TEA em afinidade ao seu ambiente de trabalho escolar e ao que se espera dela. Por meio dessa organização de ambiente, o método visa o acréscimo do bem-estar do aluno de forma que ele necessite do professor apenas quando for trabalhada uma atividade nova, porém permitindo-lhe tomar grande parte de seu tempo de forma autônoma. Começando pelo ponto de vista no qual o professor se dispõe a fim de oferecer ajuda com suas ferramentas pedagógicas, segundo Palmerino (2016).

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Figura 9 – Adaptação do local de atividades

Fonte: PALMERINO (2016).

2.2 As possibilidades e práticas pedagógicas que estimulam o desenvolvimento e aprendizagem

Segundo Benini e Castanha (2017), a aprendizagem é considerada um aspecto fundamental para o desenvolvimento do ser humano, e estes estudos trouxeram importantes contribuições para a educação à medida que oferecem elementos importantes para a compreensão do desenvolvimento e aprendizagem do ser humano.

O estudo, quando organizado adequadamente, abrange o uso de rotinas com trabalhos individualizados, procurando sempre compensar os déficits cognitivos, sociais, sensoriais, comunicativos e comportamentais que se fazem presentes no TEA e que interferem no

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desenvolvimento. O professor deve analisar quais crianças conseguem trabalhar em grupo, que necessitam do auxílio do professor, quais conseguirão apenas se tiverem o acompanhamento integral do professor e quais alunos são de difícil controle comportamental, porque mesmo que as agendas devam ser individuais, o trabalho pode ser feito em conjunto, citam Cardoso e Cornélio (2018).

Algumas das abordagens mais recomendadas para ensinar uma criança TEA são aquelas que trabalham os estímulos que utilizam apoios visuais, segundo Cardoso e Cornélio (2018), o déficit não se definem em quem é o sujeito com TEA na qual suas condições ão limitam o seu desenvolvimento, sabendo que a sua vivência social em ambientes diferenciados, em especial o escolar onde é de grande importância a cooperação viabilizando caminhos, oferecendo condições para o seu desenvolvimento ainda não adquiridos por estes discentes.

Os materiais como figuras geométricas, peças coloridas, e miniaturas cumprem uma função como recursos acessíveis e representam bastante ganho na aprendizagem através do TEACCH. A utilização destes materiais além de instigar a competência de arquitetar significados desperta o cuidado e promove a ampliação do seu vocabulário. Agora os jogos, entre eles os de estilo lúdico cooperativo, são importantes à medida que promovem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social do autista. São avaliações importantes, pois instigam aparências afetivas, proporcionando ganhos em habilidades sociais. Sendo assim, um instrumento significativo no processo de inclusão escolar (BENINI; CASTANHA, 2017).

É importante reconhecer que todos os recursos que a escola pode oferecer aos estudantes com TEA, podem oportunizar a aprendizagem contribuindo, assim, para a superação das dificuldades seja na comunicação e socialização, bem como impulsionar o desenvolvimento do aluno. Considera-se, portanto, que possíveis intervenções utilizando estes instrumentos têm resultado em novas aprendizagens, ajudando na construção de conceitos e no desenvolvimento da autonomia deste aluno no ambiente escolar (BENINI;

CASTANHA, 2017, p. 42).

Existem algumas ações que pode ser implementadas a partir de conhecimentos teórico que ajuda na inclusão do estudante autista na escola, segundo Benini e Castanha (2017), e entre algumas

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ações sistematizadas, das quais podemos citar: a) efetivação de reuniões aceitáveis entre os envolvidos no atendimento dos estudantes com autismo; b) a comunicação entre professores e família com o uso de instrumentos como agendas, cadernos e outros, sob a orientação dos multiprofissionais que já atendem esses alunos junto aos instrutores e grupos pedagógicos das instituições; c) a criação de espaço para formações e coligações de estudos sobre a temática buscando estratégias viáveis e efetivas de atendimento aos alunos com TEA; d) um olhar dos pedagogos para o currículo aplicado nas escolas regulares que possuem alunos com deficiências, como o autismo, e) a proposição de mudança nas metodologias, utilizando e oferecendo materiais de apoio, readaptando espaços se for o caso. Os educadores devem ter conhecimento das habilidades que são necessárias para cada faixa etária, de acordo com o currículo nacional para que possam programar as atividades. Não adianta confeccionar inúmeras atividades sem que estas tenham a função de ensinar algo em determinado momento da vida da criança (BENINI;

CASTANHA, 2017).

2.3 A adaptação da criança com Espectro do Autismo através do método TEACCH

O método TEACCH um projeto de intervenção que por meio de uma estrutura e organização de espaços, e materiais, permitindo que a criança autista crie mentalmente as composições adentras que necessitam ser demudadas pela criança em estratégias e, mais tarde, automatizadas de modo a funcionar fora da sala de aula em ambientes com poucas estruturas (PALMERINO, 2016).

Cada educador pode desenvolver as ideias gerais que serão oferecidas ao espaço de sala de aula e as soluções existentes, e até mesmo às particularidades de sua própria personalidade, contanto que, é claro, abarque e respeite as características próprias de seus alunos. O método TEACCH entende como o indivíduo TEA vive, pensa, e responde ao ambiente, para que promova o ensino com autonomia e funcionalidade. O método TEACCH é um caminho e um sistema de orientação de base visual com base na composição e na combinação de diversas soluções para

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aperfeiçoar a dicção, aprendizagem de conceitos e mudança de comportamento, a adaptação dessas crianças varia de acordo com cada caso, sempre incentivando seus pontos fortes, e atividades que chamam a atenção do aluno (FONSECA; CIOLA, 2014).

A filosofia do programa TEACCH tem como objetivo básico auxiliar a pessoa TEA no seu melhor desenvolvimento, de modo a atingir o máximo de autonomia na idade adulta. O desenvolvimento da independência desses indivíduos é o que mais causa preocupação no modelo TEACCH, tendo ideia de que quanto menos a pessoa ficar monitorada por alguém, melhor para sua autonomia e qualidade de vida (FONSECA; CIOLA, 2014). É dessa maneira a qual os princípios norteadores constituem-se na prática, oferecendo ao ambiente a seiva que necessita ter para aperfeiçoar conceitos, informar, dar algoritmos e preparar a vida dessa pessoa desde a primeira infância (PALMERINO, 2016.

Diante disso, o professor deve compreender seu aluno, localizar seus pontos fortes, identificar seus déficits e achar os meios que facilitam para acudir no processo de adequação e aprendizado. De acordo com as pesquisas realizadas pelo TEACCH e o conhecimento adquirido ao longo dos anos, o ensino estruturado é o meio facilitador mais competente para a cultura do autismo. O método TEACCH não emprega o ensino estruturado como uma técnica para organizar o ensino da criança, mas sim para encontrar a forma de estrutura e organização que melhor se adapte à criança e pela qual ela compreenda melhor o seu espaço e, de tal modo, aprender de forma mais eficiente (BENINI; CASTANHA, 2017).

Fonseca e Ciola (2014, p. 34), listam alguns itens os quais mostram a importância da estrutura do material de sucesso para autistas, segundo o método TEACCH ajuda no preparo das dificuldades com memória sequencial e organização do tempo:

1. Orienta a criança a compreender o que o material espera dela;

2. Diminui o nível de ansiedade e, logo, diminui a probabilidade do saimento de comportamentos inadaptados;

3. Define o tempo de dedicação a uma determinada tarefa;

4. Orienta o aluno a trabalhar sem muita interferência do adulto, aumentando a autonomia;

5. Ensina conceitos claros e definidos;

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7. Reduz o ataque sensorial advindo das informações muito complexas;

8. Reduz a dificuldade na compreensão de tarefas com muitos elementos;

9. Ajuda a aumentar a motivação do aluno perante as atividades acadêmicas;

10. Introduz aspectos pedagógicos compatíveis com a seriação escolar eliminando temas difusos e propostas inadequadas;

11. Potencializa as facilidades visuais da pessoa com autismo aumentando o foco atencional;

12. Apresenta os materiais a partir de padrões fixos (em áreas determinadas e direções definidas);

13. Oferece consistência e beneficia o processamento cerebral responsável pelas habilidades visuais;

14. Planeja as atividades passo a passo organizando a estrutura da tarefa;

15. Organiza atividades utilizando recursos de baixo custo e fácil execução.

16. Cabe ao educador fazer o mundo ser compreensível, ajudar o aluno autista a organizar as informações;

17. tornar o ilógico, lógico; transformar o “bombardeio sensorial” em algo tolerável.

As atividades são feitas com soluções do dia a dia a partir do que cada aluno necessita.

Aconselha-se que nesta abordagem exista um envolvimento real de todos que estarão em contato com o aluno, a fim de planejar o que fazer com base em um currículo, para selecionar os objetos e também para confeccionar as adaptações. O sistema usado pelo método TEACCH são determinados, por criarem um processo de construção de atividades que incluem a seleção de materiais como encontrar a atividade, como decorrer ao que está sendo promovida, a orientação conduzida pelo docente, o desempenho visualmente mediado e o conceito de fim, dentre outras (FONSECA; CIOLA, 2014).

O processo de aprendizagem dos alunos TEA, é um processo mais lento e complexo, devido às suas características específicas, o uso diferente de estratégia faz toda a diferença, e através do Método TEACCH se encontra uma facilidade para o desenvolvimento desses educandos. O processo adaptativo e a inclusão desse aluno em salas de aula regulares e com a ajuda do método podem auxiliar na organização dos processos de aprendizagem gerando um impacto positivo para os alunos, e para os professores (Palmerino 2018). As principais vantagens da metodologia TEACCH, segundo Lima (2012, p. 48) são: a) respeitar e adequar-se às caraterísticas de cada criança; b) centrar-se nas áreas fortes encontradas no autismo; c) adaptar-se à funcionalidade e

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necessidades de cada criança; d) envolver a família e todos os que intervêm no processo educativo;

e) diminuir as dificuldades ao nível da linguagem receptiva; f) diminuir os problemas de comportamento; g) aumentar as possibilidades de comunicação e h) permitir diversidade de

e) diminuir as dificuldades ao nível da linguagem receptiva; f) diminuir os problemas de comportamento; g) aumentar as possibilidades de comunicação e h) permitir diversidade de

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