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O BALANÇA-MAIS-NÃO-CAI

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Academic year: 2022

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O BALANÇA-MAIS-NÃO-CAI

Vou contar neste cordel Com palavras populares A história de um edifício E seus dezessete andares Suas lendas e verdades E outros casos similares.

Diz a lenda popular

Que o homem faz a história Mas depois que tudo passa Recorremos à memória Assim acontece sempre Deus computa esta glória

Ele fica na encruzilhada Da Amazonas com Tupis O Balança-mais-não-cai É o mais falado do país Quem mora na Capital Só não viu porque não quis.

A sua localização

É um ponto de referência Derrubá-lo do local Em prova de competência É apagar da memória O saber da consciência.

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Nos idos anos quarenta Ocorreu sua construção Por ser ele muito alto Causava trepidação O povo amedrontado Rodeava o quarteirão.

Todo dia escapa um gênio Do fundo do garrafão Se os pedidos são mal feitos Quem perde é a criação Os gênios viram fantasmas Vão morar na solidão.

Vive cheio de fantasmas

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O balança-mais-não-cai De noite na brigaria O que se escuta é muito ai É por isso que o mineiro Vive de exclamar o uai.

Outra lenda também diz Que enterraram no seu pé Uma cabeça de porco Roubada do candomblé Nada lá se vingará Nem rezando à Santa Fé.

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O complexo da cidade Está sempre misturado É o velho com o moderno Vivendo de lado a lado E o Balança-mais-não-cai É por muitos respeitado.

Passa gente passa carro Passam os anos pela vida O que tinha de cair Leva uma vida comprida Balançando fica o prédio Provocando um alarido.

O povo de tanto olhar Acabou-se acostumando E o balança mais não cai Pela esquina trepidando Geração por geração O danado vai criando.

O Balança-mais-não-cai É mesmo duro na queda No lugar onde fincaram O pé de lá não se arreda Já tentaram por no chão Gastando muita moeda.

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Outros prédios gigantescos Já voaram pelos ares Vejam só as torres gêmeas Com bastante mais andares O portento protegido Foi-se embora para os ares.

O arquiteto mais sabido Procura sem encontrar A falha da construção É um mistério secular O suspense foi criado Na visão do popular.

O Balança-mais-não-cai Faz parte de lenda urbana Graças a mente do povo De sabença Roseana

Que aumenta mais não inventa O que leva na lembrança.

Lá do Nonô, o Rei do Caldo De mocotó de Belô

A gente espia melhor O prédio balançadô Ele na sua simpatia Dá um adeus ao camelô.

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O turista aqui chegando Fica um tanto intrigado Sem entender o por quê Deste prédio assim jogado - Este prédio é eleitoreiro!

Diz o cego ali sentado.

Quando vêm as eleições Aqui nesta capital O Balança-mias-não-cai Vira assunto principal Dizem que vai fazer dele Uma casa cultural.

O Balança-mias-não-cai Se caísse de verdade

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Mataria com certeza Muita gente na cidade Ainda bem que ele não cai Para a nossa felicidade.

É uma questão de ótica Assim fala o estudado O edifício não balança Ele é bem estruturado Cair ele não cai não Pois está abandonado.

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Ele também é conhecido Da Pisa Tupiniquim O seu jeito meio torto Como uma casa de cupim É o que fez assim famoso Em papo de botequim.

No início deste milênio Vejam só o acontecido A marquise do Balança Provocou grande alarido Espatifou-se na rua Sem haver muito sentido.

O Balança-mais-não cai, No Brasil é o pioneiro Se não fosse bem trancado Viraria um pardieiro Sua história representa A herança do mineiro.

Fui perguntar ao prefeito O futuro do espigão Ele então me respondeu Com grande satisfação O futuro a Deus pertence Conforme a situação.

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No seu térreo funcionava Loja de panelaria

Os turcos donos da loja Se esbaldavam em alegria Não pagando aluguel Sua riqueza só crescia.

Um dia de vento leve A marquise foi pro chão - Bem feito para os turcos Gritavam na zombação A praga que mais perdura É a praga deste povão.

No gingado do balanço Eu também sei balançar Balança, balança prédio Balança sem abalar Pois se assim vier cair Muita gente irá matar.

Nossa Rádio Itatiaia Também lá já funcionou Certa vez um acetato Pela janela lá voou José Lino Souza Barros Este caso relatou.

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O balança-mais-não-cai Balança sem ir ao chão O engenheiro local diz Ser causa da fundação -não cai promode macumba!

diz o povo na razão.

Quem não viu corra pra ver É mesmo espetacular O edifício balançando Parece que vai voar Muitos anos por ali Brincando de gangorrar.

Tanta gente sem morada

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Neste imenso carrossel Enquanto vejo na frente Vazio este arranha-céu Assim vive a humanidade Embrulhada no se papel.

O Balança-mais-não-cai Da cidade de Belô Hoje guarda mercadoria Do ambulante camelô Quem diria que este prédio Outrora foi um bibelô.

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