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Título: Escola de super-heróis

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Academic year: 2021

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Título: Escola de super-heróis

Duração estimada: 1 aula

Referência ao livro do aluno: Unidade 4

Introdução

A contação de histórias pode ser um poderoso instrumento no processo de desenvolvimento dos alu- nos. Ela permite que, de maneira lúdica e prazerosa, eles entrem em contato com diversos temas e vivenciem diferentes emoções. Esta atividade apresenta uma sugestão e algumas dicas para você con- tar, de modo interativo, uma história cuja mensagem principal é que todas as pessoas têm pontos fortes, em um contexto de super-heróis. Por meio dessa narrativa, os alunos terão a oportunidade de identificar qualidades em si mesmos e nos colegas.

Dimensões de desenvolvimento

Autoconhecimento

Identificar pontos fortes e desafios de si mesmo.

Percepção social

Identificar pontos fortes e desafios das pessoas próximas.

Competência de relacionamento

Descrever as qualidades dos outros.

Material necessário

Tecido para ser usado como capa,

imagens de super-heróis e super-heroínas famosos,

“Jogo da memória” (ou papéis numerados para formação de pares).

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Desenvolvimento

Etapa 1: A escola de super-heróis

Duração prevista: 20 minutos Organização dos alunos: coletiva

1. Esta atividade terá como ponto de partida uma contação de história interativa. Essa maneira de contar histórias pressupõe que, em certos momentos, os alunos sejam convidados a participar, contribuindo com suas ideias para o desenvolvimento da narrativa. Os elementos principais e o fio condutor da trama da história a ser contada serão apresentados neste material, mas sinta-se livre para fazer as modificações que julgar pertinentes ou para adaptar as propostas de interação aqui sugeridas.

Contar histórias é uma atividade que exige ensaio. Lembre-se de que sua voz é a principal aliada para conseguir o envolvimento do público, então explore recursos vocais de modulação da voz (tons mais graves e agudos) e de variação de intensidade (falar mais alto e mais baixo). Além disso, o contato visual com o público ajuda a estabelecer e reforçar o engajamento e, nesse sentido, também deve ser praticado durante a contação. Inclua dramatizações na sua narrativa, isto é, momentos em que você deixa o papel de narrador e “vive” a história como um dos personagens, pois isso suscita o imaginário e a criatividade daqueles que estão ouvindo, aumentando seu inte- resse.

2. Antes de começar, comunique aos alunos que você contará uma história, mas que vai precisar da ajuda deles para isso. Diga: “Quando ouvimos uma história, precisamos ficar em silêncio e prestar atenção. Na história que vocês vão ouvir agora, em alguns momentos eu vou fazer perguntas e vocês poderão apresentar suas próprias ideias para construir a narrativa! Para isso, vocês só pre- cisam levantar a mão e, quando eu apontar para vocês, já podem falar. Todos entenderam? Vocês estão prontos?”.

Na última página deste material há uma história que pode ser utilizada como referência, mas não simplesmente a leia para os alunos. Tenha em mente que um bom contador é fiel às ideias prin- cipais da história, mas usa com naturalidade as próprias palavras para contá-la. Então, encontre seu jeito de contar histórias, não tenha medo de ser criativo, e divirta-se!

3. Ao terminar a contação, promova uma conversa com os alunos, perguntando a eles do que mais gostaram. Em seguida, questione: “Que lição podemos tirar dessa história?”.

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Etapa 2: Nossos superpoderes

Duração prevista: 30 minutos

Organização dos alunos: individual e em duplas

1. Converse com os alunos sobre a ideia de que, embora na vida real as pessoas não tenham super- poderes, todos nós temos pontos fortes. Comente que é muito importante aprendermos a reco- nhecer essas qualidades em nós mesmos e nas pessoas que estão próximas a nós, porque isso faz com que possamos nos conhecer e nos sentir capazes de fazer muitas coisas.

2. Peça aos alunos que pensem individualmente em uma qualidade que eles mesmos tenham. Dê exemplos como “simpático”, “divertido”, “generoso”, “gentil”, “companheiro”, “inteligente”,

“educado”, “organizado”, “corajoso”, “engraçado”, demonstrando e exemplificando caso haja dú- vidas a respeito do significado de alguma dessas palavras. Os exemplos podem, ainda, ser relaci- onados a algo que eles já conseguem fazer bem: resolver atividades de Matemática, ler em voz alta, cantar, desenhar etc. Quando todos já tiverem feito essa reflexão, solicite que digam a qua- lidade que observam em si próprios, um de cada vez.

3. Diga aos alunos que, depois de praticarem como reconhecer pontos fortes em si mesmos, irão fazer isso uns com os outros. Entregue uma carta de “Jogo da memória” para cada um e, em seguida, identifique as duplas de alunos que tiraram cartas iguais. Peça que se reúnam com sua dupla.

4. Dê um tempo para que cada um pense em uma qualidade sobre o colega – de preferência, dife- rente daquela que foi mencionada sobre ele mesmo. Relembre-os de que todos temos pontos fortes e incentive-os a serem sinceros e gentis, ressaltando o quanto é bom que alguém reconheça as nossas qualidades. Depois disso, peça que, nas duplas, cumprimentem-se com um aperto de mão e, olhando nos olhos um do outro, digam, um de cada vez: “Eu acho que você é uma pessoa __________________” ou “Eu acho que você faz muito bem _____________”.

NO DIA A DIA

Desafie os alunos, nos dias seguintes à atividade, a identificar qualidades e pontos fortes de fami- liares e amigos, contando para essas pessoas o que veem de bom no que fazem ou em como são.

Ofereça alguns exemplos: contar para a mãe que ela lê muito bem ou dizer para o irmão como ele é divertido.

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Esta é uma sugestão de história para a atividade. As indicações de interação com os alunos estão em negrito, e entre parênteses há orientações para a condução da narrativa.

ESCOLA DE SUPER-HERÓIS

A história que vou contar aconteceu com uma menina que tinha muitas coisas em comum com vocês. Ela tinha dois olhos, por exemplo, duas orelhas, uma boca, igual a vocês. Essa menina gos- tava muito de brincar, morava com a família dela e, às vezes, sentia preguiça de escovar os dentes, assim como eu sei que vocês sentem.

Será que vocês conseguem adivinhar o nome dela? (Deixe que eles digam alguns nomes, depois selecione um deles para a protagonista, dizendo: “Exatamente. Esse era o nome dela!” – Aqui, a título de exemplo, o nome usado para a personagem será Carol.)

Bem, a Carol também tinha que ir para a escola, como vocês, mas com uma grande diferença: ela estudava em uma escola de super-heróis! Nessa escola, todos os alunos precisavam usar uma capa como uniforme. (Vista uma capa.)

Vocês imaginam quem seriam os professores dessa escola? (Prepare-se para esse momento, pes- quisando nomes de super-heróis e super-heroínas e seus respectivos poderes. Os alunos prova- velmente darão exemplos dos super-heróis que conhecem. Acolha-os dizendo “Esse mesmo” e, se possível, associe seu poder a uma disciplina da escola. Por exemplo, um super-herói cujo poder seja voar poderia ser o professor de voo, um personagem forte poderia dar aulas de luta etc.

Mantenha o ritmo da narrativa, perguntando “Quem mais?”, e passe para o próximo exemplo.) A Carol tinha todos esses professores incríveis e gostava muito de ir para a escola. Porém, cada dia que passava ela ficava mais preocupada. Você sabe por quê? É que a Carol, diferente dos seus amigos, não tinha desenvolvido nenhum poder. Ela via que um dos seus amigos conseguia correr muito rápido (corra rápido e faça um efeito sonoro), outro podia mover objetos com a força da mente (se puder, combine com algum auxiliar de classe para que ele, nesse momento, mexa um objeto discretamente, produzindo um efeito especial simples), outro já conseguia voar, e outro tinha o poder de se teletransportar.

Uma vez ela perguntou para a sua professora favorita – Quem era a professora favorita da Carol?

– se ela nunca teria um superpoder. A professora olhou para ela e disse:

– Não se preocupe, Carol. Todos nós temos superpoderes. Mais cedo ou mais tarde você vai des- cobrir o seu. (Dramatize essa conversa, atentando-se para a mudança da voz e da postura corpo- ral.)

Mas a Carol se esforçava e se esforçava, tentava e tentava, procurava e procurava e de nada adiantava: ela continuava sem ter nenhum superpoder. E, por causa disso, ela começou a ficar cada vez mais triste e a se sentir cada vez mais diferente de todo mundo.

Até que um dia o destino quis que a Carol dormisse até mais tarde. Por causa disso, ela chegou atrasada à escola naquele dia e percebeu que tinha acontecido alguma coisa diferente. Não havia ninguém na frente da escola e o portão de entrada estava aberto. Ela entrou e viu que o pátio,

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que àquela hora geralmente ficava cheio de alunos voando e correndo, estava vazio e silencioso.

Depois de verificar que também não havia ninguém nas salas de aula, ela foi andando devagar até a quadra. Lá ela descobriu que um supervilão estava por trás de todos aqueles acontecimentos estranhos.

Quem acha que sabe o nome desse supervilão? (Ouça as sugestões dos alunos com uma expres- são de dúvida e, ao final, diga: “Na verdade, todos esses vilões eram os responsáveis por aquilo!”.) Pois é. Todos os supervilões decidiram se juntar e atacar de uma só vez a Escola de Super-heróis.

A Carol apertou os olhos e viu que todos os professores e colegas tinham sido presos em gaiolas especiais e indestrutíveis. Ao lado deles estavam os supervilões, rindo e comemorando o sucesso de seu plano terrível.

Com cuidado, ela chegou mais perto e ouviu um deles (utilize um dos nomes sugeridos aqui) dizer:

– Finalmente conseguimos. Prendemos todos os professores e alunos desta escola. Agora podere- mos dominar o mundo sem que ninguém tente nos impedir – e continuou a rir.

A Carol percebeu que esse supervilão segurava na mão as chaves das gaiolas. Ela pensou: “Se eu conseguisse pegar aquelas chaves, poderia soltar os professores e alunos e derrotar esses super- vilões! Se eu ao menos tivesse algum superpoder...”. Mas, enquanto pensava nisso, ela não per- cebeu que dois supervilões estavam vindo em sua direção. Estavam perto demais, não havia para onde fugir nem como enfrentá-los. Em breve ela estaria presa ao lado de seus colegas e professo- res. Era o fim. Ela fechou os olhos e esperou que eles a prendessem.

Mas, algo estranho ocorreu: eles se aproximaram de Carol e passaram direto por ela, como se não a tivessem visto!

Alguém sabe por que os supervilões não viram a Carol? (Provavelmente os alunos entenderão que o superpoder de Carol era ficar invisível. Confirme essa hipótese com entusiasmo.)

Carol podia ficar invisível! Esse era seu superpoder! Agora ela poderia ajudar a salvar o mundo.

E foi isso que ela fez. Ainda invisível, foi até o supervilão que segurava as chaves e, em um mo- mento de distração, pegou-as dele. Foi até as gaiolas e, antes que os supervilões pudessem enten- der o que estava acontecendo, abriu as portas e soltou seus amigos e professores, que venceram os supervilões, prendendo todos aqueles que não conseguiram fugir.

No final daquele dia, depois que tudo havia voltado ao normal, Carol recebeu o agradecimento e as palmas de toda a escola. Ela tinha salvado o mundo! Nesse momento, olhou para sua profes- sora favorita e lembrou de suas palavras: “Todos nós temos superpoderes”.

Referências

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