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Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. - INVEPAR Relatório do Auditor Independente acompanhado das Demonstrações Contábeis

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Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. - INVEPAR

Relatório do Auditor Independente acompanhado das Demonstrações Contábeis

Em 31 de dezembro de 2016

(2)

2

Índice

Página

Relatório do Auditor independente 3

Demonstrações Contábeis 12

Notas explicativas da Administração às Demonstrações Contábeis

para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 19

(3)

Grant Thornton Auditores Independentes Rua Voluntários da Pátria, 89 – 1º andar Botafogo

Rio de Janeiro | RJ | Brasil T +55 21 2292.5036 www.grantthornton.com.br

 

Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis

Aos

Acionistas, Conselheiros e Administradores da

Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. - Invepar Rio de Janeiro - RJ

Opinião com ressalva sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas

Examinamos as demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. - INVEPAR (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial, em 31 de dezembro de 2016, e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, exceto pelo efeito do assunto descrito na seção “Base para opinião com ressalva”, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. - INVEPAR em 31 de dezembro de 2016, o

desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Base para opinião com ressalva sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas

Conforme mencionado na Nota explicativa 8, a Companhia possui investimento na Concessionária

Rota do Atlântico S.A. – CRA e Concessionária Bahia Norte S.A. – CBN ( “Investidas”), avaliado

pelo método de equivalência patrimonial, que está sendo objeto de investigação conduzida no

contexto da sua acionista Odebrecht Transport S.A.. Em decorrência disso, a auditoria das

demonstrações contábeis das investidas, para exercício findo em 31 de dezembro de 2016, não foi

concluída até a presente data. Consequentemente, não obtivemos evidência de auditoria apropriada

e suficiente em relação ao valor desses investimentos cujo saldo, em 31 de dezembro de 2016, é de

R$ 142.091 mil e o resultado negativo de equivalência patrimonial por eles produzidos no valor de

R$ 6.924 mil para o exercício findo naquela data.

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Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.

Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva.

Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional

Chamamos a atenção para as Notas explicativas nº. 1.a., 13 e 14 às demonstrações contábeis, que indicam que a Companhia incorreu no prejuízo consolidado de R$ 222.545 mil durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e, nessa data, o passivo circulante consolidado da Companhia excedeu o total do ativo circulante consolidado em R$ 2.354.388 mil causados, principalmente, pelo registro no passivo circulante consolidado de empréstimos, debêntures e passivo da concessão de serviço público no montante de R$ 2.821.269 mil. Conforme apresentado nas Notas

explicativas nº.1.a., 13 e 14, esses eventos ou condições, juntamente com outros assuntos descritos nestas mesmas notas explicativas, indicam a existência de incerteza relevante que pode suscitar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Nossa opinião não está ressalvada em função deste assunto.

Ênfases

Investigações do Ministério Público envolvendo a Companhia, acionistas e partes relacionadas

Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a Nota explicativa nº. 1.b às

demonstrações contábeis, individuais e consolidadas, que inclui informações referentes à fatos sob investigação envolvendo a Companhia, acionistas e partes relacionadas da Companhia no âmbito das operações “Lava Jato” e “Greenfield”. O entendimento da Administração sobre esse assunto, atualmente em andamento, está descrito na referida nota explicativa e seu desfecho e eventual efeito para a Companhia ainda é indeterminado.

Procedimento arbitral em controlada

Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a Nota explicativa nº. 26 às demonstrações contábeis, que inclui informações referentes ao recebimento pela Concessionária Auto Raposo Tavares S.A. – CART (controlada da Companhia), em 24 de fevereiro de 2017, de Notificação para Instituição de Procedimento Arbitral encaminhada pelo Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CAM-CCBC), tendo como Requerente a OAS S.A. (em recuperação judicial), a fim de dirimir conflito originado do contrato de execução de obras civis firmado pelas partes. Em 16 de março de 2017, seguindo o Regulamento da CAM-CCBC, a CART apresentou resposta ao pedido de instauração de procedimento arbitral acima referido. No

momento, os advogados da CART não têm condições de realizar uma avaliação da probabilidade

de êxito dos pedidos da requerente, procedimento este, que somente poderá ser efetuado, caso

seja realmente instituída a arbitragem e somente com as evidências apresentadas pelo requerente

durante o curso da arbitragem.

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Redução ao valor recuperável do ativo (“ Impairment ”) - Concessionária BR-040 S.A. – VIA 040

Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a Nota explicativa nº. 8.o, onde a Administração da Concessionária BR-040 S.A. – VIA 040 (“Concessionária”) informa que efetuou teste de recuperabilidade dos seus ativos, comparando o valor contábil com o valor recuperável, tendo como premissa-chave a pretensão da Companhia na relicitação do Contrato de Concessão dos trechos rodoviários da BR-040/DF/GO/MG dentro dos próximos

exercícios sociais, fundamentados pela publicação da Medida Provisória 752, de 24 de novembro de 2016. Tal premissa tem como entendimento a recuperabilidade dos montantes investidos pela Concessionária até o momento da referida relicitação e considera o progresso das discussões e tramitações em torno da conversão em Lei da Medida Provisória 752.

Principais assuntos de auditoria

Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis individuais e consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. Além dos assuntos

descritos nas seções “Base para opinião com ressalva sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas”, “Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional” e “Ênfases”, determinamos que os assuntos descritos abaixo são os principais assuntos de auditoria a serem comunicados em nosso relatório.

Principais assuntos de auditoria Procedimentos de auditoria Reconhecimento de receita (nota explicativa

2.3)

Em virtude da relevância da receita operacional líquida nas demonstrações contábeis consolidadas da Companhia, bem como da rede de sistemas e processos que suportam seu reconhecimento há:

(i) o risco inerente de que a receita seja

reconhecida sem que sejam atendidos todos os critérios mínimos necessários para seu

reconhecimento e (ii) o risco de que os sistemas utilizados na captura, processamento e “interfaces”

que alimentam os valores reconhecidos nos registros contábeis apresentem falhas e, consequentemente, possam produzir erros na forma de apropriação das receitas.

Dessa forma, nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros: (i) obtenção do entendimento sobre o fluxo de

reconhecimento de receitas considerando a

natureza da concessão; (ii) avaliação do

desenho, a implementação e a efetividade dos

controles internos relevantes determinados

pela Administração sobre o reconhecimento

de receitas; (iii) obtenção do entendimento e

aplicação de procedimentos de auditoria

sobre os principais controles internos

desenhados pela administração para prevenir

ou detectar distorções no processo de

reconhecimento de receita; (iv) obtenção do

entendimento dos principais sistemas

utilizados no reconhecimento da receita e a

utilização de nossos especialistas em

tecnologia da informação para exames nos

controles automatizados dos sistemas

relevantes e (v) seleção de transações ao

longo do exercício e confronto com a

respectiva documentação suporte para

verificar se representavam receitas válidas e

condizentes com o curso normal dos

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negócios da Companhia e suas controladas.

Ativos intangíveis - ICPC 01 – Contratos de Concessão (nota explicativa 11)

Todas as concessionárias do Grupo Invepar estão enquadradas na Interpretação Contábil ICPC 01 - Contratos de Concessão, a qual prevê aspectos específicos no registro das operações de concessões governamentais, aplicáveis

estritamente às empresas em atividades comuns relacionadas à estas operações.

Nos termos dos contratos de concessão, o concessionário atua como prestador de serviço, construindo ou melhorando a infraestrutura (serviços de construção ou melhoria) usada para prestar um serviço público, além de operar e manter essa infraestrutura (serviços de operação) durante determinado prazo, sendo esses ativos registrados como intangível, pois são revertidos ao Poder Concedente após o encerramento do respectivo contrato. Desta forma, o assunto foi considerado em nossa auditoria como um risco na constituição dos ativos intangíveis, uma vez que as adições podem representar custos não qualificáveis ou que não representem obras efetivamente realizadas para ativação de acordo com as normas contábeis.

Nossos procedimentos basearam-se, entre outros: (i)avaliação quanto ao processo de registro das operações de concessões governamentais, através de seus respectivos contratos de concessão; (ii) teste documental dos registros contábeis; (iii) revisão das principais práticas contábeis utilizadas pela Companhia, diante das exigências do ICPC01.

Contratação de prestadores de serviços (nota explicativa 11)

O Grupo Invepar mantém contratos

significativos de Construção e Serviços para a cumprimento de suas obrigações de concessão e manutenção de suas operações. Desta forma, o Grupo deve sempre estabelecer os critérios e, também, manter um manual completo e detalhado para orientação quanto aos procedimentos, atitudes e comportamentos à serem adotados nos processos de contratação e gestão de empresas prestadoras de serviços;

buscando, desta forma, a segurança operacional e jurídica e, principalmente, a salvaguarda de seus ativos e boa aplicação dos recursos financeiros.

Concentramos nosso trabalho principalmente nos processos de cotação e contratação de novos fornecedores. Estes incluem,

principalmente, os grandes projetos de infra- estrutura para construção e manutenção de suas concessões através de contratos com empreiteiras. Inspecionamos os contratos firmados entre o Grupo Invepar e seus respectivos prestadores de serviços, observando o atendimento contratual, previsões de serviços futuros e,

principalmente, as evidências dos serviços prestados.

Avaliações quanto à recuperabilidade de ativos ( “Impairment” ) (nota explicativa 11) Ao longo dos últimos exercícios a Companhia

expandiu suas atividades através do início de Nossos procedimentos de auditoria incluíram,

entre outros: (i) utilização de nossos

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operações de novas concessões e por meio de investimentos em ativos intangíveis. Como resultado, os ativos da Companhia e de suas controladas incluem uma quantidade significativa de ativos intangíveis, principalmente formado pelas outorgas de seus contratos de concessão.

Alguns dos novos negócios, principalmente com relação à sua controlada Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A. - GRU AIRPORT, estão em um estágio inicial de seu ciclo de vida e, como tal, há um risco de que eles não se desenvolvam em linha com suas expectativas e previsões iniciais de realização do valor contábil do ativo intangível de concessão, imobilizados e imposto de renda e contribuição social diferidos, quando aplicáveis.

especialistas para nos auxiliar no exame e avaliação das premissas e metodologia utilizada pela Administração da Companhia na preparação do fluxo de caixa; (ii)

desafiamos as principais premissas utilizadas pela Administração da Companhia para calcular o fluxo de caixa descontado, considerando se essas premissas estavam adequadas com base na atual situação de mercado e economia do País; (iii) comparação das projeções com os resultados históricos;

(iv) testamos os cálculos matemáticos do fluxo de caixa futuro elaborado pela Administração da Companhia.

Empréstimos, Debêntures e cláusulas

restritivas ( “Covenants” ) (nota explicativa 13) O Grupo Invepar detém passivos financeiros em montantes significativos, os quais compreendem empréstimos, financiamentos e debêntures emitidas. Adicionalmente, dada a natureza e volume destas operações financeiras, o Grupo Invepar está sujeito ao atendimento de determinados índices financeiros restritivos (“Covenants”). Nós nos concentramos nesses grupos de contas, uma vez que estes apresentam impactos significativos no resultado do Grupo Invepar, além de: (i) sua relevante posição financeira, (ii) alto volume de transações e (iii) número de contrapartes envolvidas.

Nossos procedimentos basearam-se na avaliação detalhada quanto ao processo do registro inicial das dívidas emitidas/assumidas através da análise dos contratos

disponibilizados, revisão e confrontos documentais, através de extratos bancários para as liquidações do período, recálculos dos juros e encargos incorridos, confirmação de saldos junto à terceiros, acompanhamento do atendimento aos índices financeiros

(“Covenants”) exigidos contratualmente e, principalmente, baseado em nossas revisões sobre os procedimentos de elaboração das demonstrações contábeis em atendimento às práticas contábeis brasileiras.

Provisão para riscos processuais (nota explicativa 15)

As provisões para riscos processuais referem-se, principalmente, à processos nas esferas trabalhista e cíveis. Todas as reivindicações recebidas pelo departamento jurídico são analisadas em conjunto com a Administração, sendo que as posições adotadas pela Companhia e suas controladas baseiam-se nas experiências quanto às liquidações de créditos passados e aconselhamentos com advogados externos. Focamos nesta área devido à relevância dos valores envolvidos nos processos, ao grau de julgamento envolvido na determinação se uma provisão deve ser constituída, sua

estimativa de valor e a probabilidade de desembolso financeiro.

Com relação aos riscos processuais, aplicamos os seguintes procedimentos visando a

obtenção de nossa segurança: (i) enviamos cartas de confirmação à 100% dos assessores legais que mantém relação com a Companhia e suas controladas, solicitando que nos confirmassem a totalidade dos processos em que estão envolvidos e suas respectivas probabilidades de ganho/ perda; (ii)

observamos se os montantes constantes nos relatórios apresentados pelos advogados internos e externos foram adequadamente refletidos como provisão nos livros e

registros, e testamos a precisão matemática do

relatório e dados apresentados; (iii) quanto às

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principais questões judiciais optamos por efetuar discussões com os responsáveis no departamento jurídico e com a

Administração, solicitando a documentação suporte para entendimento da situação dos processos e bases utilizadas para as definições quanto ao risco de perda/ ganho.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia, e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações contábeis da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão

conciliadas com as demonstrações contábeis e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor

adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações contábeis individuais e consolidadas tomadas em conjunto.

Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior

O exame das demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, preparadas originalmente antes do ajuste decorrente da reapresentação descrita na Nota explicativa nº 2.26, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relatório de auditoria sem modificação, com data de 27 de abril de 2016, com ênfases sobre a continuidade operacional da Companhia e sobre investigações do Ministério Público envolvendo a Companhia, acionistas e partes relacionadas. Como parte de nossos exames das demonstrações contábeis de 2016, examinamos também os ajustes descritos na Nota explicativa nº 2.26, que foram efetuados para alterar as demonstrações contábeis de 2015. Em nossa opinião, tais ajustes são apropriados e foram corretamente efetuados. Não fomos contratados para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros procedimentos sobre as demonstrações contábeis da Companhia referentes ao exercício de 2015 e, portanto, não expressamos opinião ou qualquer forma de asseguração sobre as demonstrações contábeis de 2015 tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis individuais e consolidadas e o relatório do auditor

A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas não abrange o

Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre

esse relatório.

(9)

Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com o nosso

conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante.

Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis individuais e consolidadas

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante,

independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações contábeis individuais e consolidadas, a administração é

responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.

Como parte da auditoria realizada, de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

 Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis

individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e

executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência

de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção

de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a

(10)

fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

 Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não com o objetivo de

expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.

 Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

 Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe uma incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e suas controladas a não mais se manter em continuidade operacional.

 Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações, e se as demonstrações contábeis individuais e consolidadas

representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

 Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do Grupo para expressar uma opinião sobre as

demonstrações contábeis consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do Grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,

determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das

demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais

assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei

ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias

extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório

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porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

Rio de Janeiro, 28 de março de 2017.

Ana Cristina Linhares Areosa CT CRC RJ-081.409/O-3

Grant Thornton Auditores Independentes

CRC 2SP-025.583/O-1 “S” - RJ

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INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Em milhares de reais)

Nota 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

ATIVO

(Reapresentado)

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 3 7.391 86 196.372 212.804

Aplicações financeiras 4 458.551 159.813 566.198 436.408

Contas a receber 5 - - 302.784 293.310

Estoques - - 58.289 56.590

Tributos a recuperar 6.a 9.472 11.526 86.832 75.578

Adiantamentos 92 71 39.539 32.317

Dividendos e juros sobre capital próprio 7 9.335 39.001 - - Partes relacionadas 7 16.421 61.205 1.495 117 Instrumentos financeiros derivativos 21.e - - - 56.998

Outros 3.083 393 20.874 14.397

Total do ativo circulante 504.345 272.095 1.272.383 1.178.519 Ativos referentes a operação descontinuada 8 e 25 1.811 - 8.698 -

TOTAL 506.156 272.095 1.281.081 1.178.519

NÃO CIRCULANTE

Aplicações financeiras 4 - - 126.741 64.675 Contas a receber 5 - - 47.773 22.596 Tributos a recuperar 6.a - - 450.176 521.341 Impostos diferidos ativos 6.b - - 191.949 199.306

Partes relacionadas 7 134.803 214.291 97.160 30.293

Dividendos e juros sobre capital próprio 7 11.075 27.656 - - Depósitos judiciais 15 200 200 75.344 68.585 Instrumentos financeiros derivativos - 1.401 - 1.401

Outros 322 - 17.271 1.296

Investimentos 8 3.293.762 5.187.636 384.062 360.488

Imobilizado 10 1.651 2.039 1.127.298 994.307

Intangível 11 22.610 22.913 21.783.029 25.702.727

Total do ativo não circulante 3.464.423 5.456.136 24.300.803 27.967.015

TOTAL DO ATIVO 3.970.579 5.728.231 25.581.884 29.145.534

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis (continua)

Controladora Consolidado

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INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Em milhares de reais)

Nota 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

Controladora Consolidado

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

(Reapresentado)

CIRCULANTE

Fornecedores 12 4.341 6.057 254.776 478.049

Empréstimos e financiamentos 13 - - 1.337.684 1.966.918

Debêntures 13 - - 231.789 983.880

Tributos a recolher 6.c 1.240 6.714 73.679 72.511 Obrigações com empregados e administradores 17.126 17.391 114.367 116.383 Concessão de serviço público 14 - - 1.251.796 1.218.953 Adiantamentos de clientes - - 150.068 13.136 Provisão para manutenção - - 1.194 320 Partes relacionadas 7 1.568 103 8.666 2.895 Instrumentos financeiros derivativos 21.e - - 42.071 5.746 Receita diferida - - 19.927 13.100

Outros - - 140.754 101.200

Total do passivo circulante 24.275 30.265 3.626.771 4.973.091

Passivos referentes a operação descontinuada 8 e 25 - - 6.887 -

TOTAL 24.275 30.265 3.633.658 4.973.091

NÃO CIRCULANTE

Fornecedores 12 - - 5.785 6.638 Empréstimos e financiamentos 13 - - 3.916.928 4.660.403

Debêntures 13 390.960 2.088.145 3.067.946 3.966.521

Tributos a recolher 6.c - - 13.068 24.623 Impostos diferidos passivos 6.b - - 219.591 246.144 Concessão de serviço público 14 - - 11.799.185 11.696.128 Provisão para riscos 15 - - 38.599 26.180

Dividendos 7 22.842 22.842 24.073 24.153

Receita diferida - - 203.869 93.313 Provisão para manutenção - - 76.641 75.236 Provisão para passivo descoberto 8 396.302 115.936 - -

Outros - - 3.286 4.468

Total do passivo não circulante 810.104 2.226.923 19.368.971 20.823.807 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 16.a 3.351.958 3.351.958 3.351.958 3.351.958

Reserva de capital 515.961 515.961 515.961 515.961

Ajustes acumulados de conversão - 743.976 - 743.976

Prejuízos acumulados (731.719) (1.140.852) (731.719) (1.140.852)

3.136.200

3.471.043 3.136.200 3.471.043 Participação dos não controladores - - (556.945) (122.407) Total do patrimônio líquido 3.136.200 3.471.043 2.579.255 3.348.636 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.970.579 5.728.231 25.581.884 29.145.534

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

(14)

INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Em milhares de reais, exceto o lucro (prejuízo) por lote de mil ações)

Nota 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado) (Reapresentado)

Receita operacional líquida 17 - - 3.470.595 3.122.839

Receita de construção 17 - - 568.879 1.157.446

Custo dos serviços prestados 17 - - (2.253.976) (2.021.454)

Custo de construção 17 - - (561.679) (1.141.119)

LUCRO BRUTO - - 1.223.819 1.117.712

Receitas (despesas) operacionais

Gerais e administrativas 17 (70.034) (105.920) (581.966) (543.183)

Equivalência patrimonial 8 1.340.416 (750.034) (2.768) (13.743)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 17 e 25 (554.660) 8 2.397.140 (95.858)

RESULTADO OPERACIONAL 715.722 (855.946) 3.036.225 464.928

RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS

Receitas financeiras 18 105.962 89.757 327.459 273.092

Despesas financeiras 18 (458.879) (264.237) (2.597.159) (2.408.295)

Total (352.917) (174.480) (2.269.700) (2.135.203)

LUCRO(PREJUÍZO) ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 362.805 (1.030.426) 766.525 (1.670.275)

Imposto de renda e contribuição social 6.d (10.593) - (1.045.991) (119.519)

Corrente (10.593) - (1.038.867) (72.006)

Diferido - - (7.124) (47.513)

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 352.212 (1.030.426) (279.466) (1.789.794) Atribuível aos acionistas não controladores - - (631.678) (759.368) Atribuível aos acionistas controladores 352.212 (1.030.426) 352.212 (1.030.426) Lucro (prejuízo) líquido do exercício de operações descontinuadas atribuível

aos acionistas controladores 24 56.921 74.243 56.921 74.243

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 409.133 (956.183) (222.545) (1.715.551)

Atribuível aos acionistas não controladores - - (631.678) (759.368) Atribuível aos acionistas controladores 409.133 (956.183) 409.133 (956.183) Lucro/Prejuízo básico por lote de mil ações continuadas (em reais - R$) 19 0,953 (2,228)

Lucro/Prejuízo diluído por lote de mil ações continuadas (em reais - R$) 19 0,950 (2,231) Lucro/Prejuízo básico por lote de mil ações descontinuadas (em reais - R$) 0,133 0,173 Lucro/Prejuízo diluído por lote de mil ações descontinuadas (em reais - R$) 0,133 0,173 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Controladora Consolidado

(15)

INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Em milhares de reais)

31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 409.133 (956.183) (222.545) (1.715.551) OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES (743.976) 456.310 (743.976) 456.310 Diferenças cambiais sobre a conversão de operações estrangeiras (743.976) 456.310 (743.976) 456.310 RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO (334.843) (499.873) (966.521) (1.259.241) Acionistas controladores (334.843) (499.873) (334.843) (499.873) Acionistas não controladores - - (631.678) (759.368)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Controladora Consolidado

(16)

INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Em milhares de reais)

Reserva Ajuste acumulado Prejuízos Total atribuído Participação não Total

subscrito de capital de conversão acumulados aos controladores controladores consolidado

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 3.351.958 432.539 287.666 (184.669) 3.887.494 509.634 4.397.128 Resultado do exercício - - - (956.183) (956.183) (759.368) (1.715.551) Adição de não controladores - - - - - 117.638 117.638

Transação entre sócios 83.422 83.422 9.689 93.111

Ajuste de conversão de moeda - - 456.310 - 456.310 - 456.310 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 3.351.958 515.961 743.976 (1.140.852) 3.471.043 (122.407) 3.348.636 Resultado do exercício - - - 409.133 409.133 (631.678) (222.545) Adição de não controladores - - - - - 197.140 197.140 Baixa do ajuste de conversão de moeda pela alienação - - (743.976) - (743.976) - (743.976) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 3.351.958 515.961 - (731.719) 3.136.200 (556.945) 2.579.255

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Capital social

(17)

INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Em milhares de reais)

Nota 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado) (Reapresentado)

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro (Prejuízo) antes dos impostos 362.805 (1.030.426) 766.525 (1.670.275)

Ajustes:

Depreciação e amortização 28.940 34.337 1.069.800 967.769

Baixa de imobilizado e intangível - 98 59.224 78.917

Provisões diversas - - 51.913 19.641

Provisão para manutenção - - - 18.385

Equivalência patrimonial 8 (1.397.337) 750.034 2.768 13.743

Apropriação receita diferida - - 117.383 (12.605)

Margem de construção - - (7.200) (16.327)

Constituição de outorga variável - - 191.901 187.989

Ajuste de operações de hedge - - 48.920 (41.467)

Variações monetárias e encargos, líquidos 466.692 218.455 747.192 2.060.166

(Aumento) redução nos ativos operacionais:

Contas a receber de clientes 5 - - (76.516) (53.018)

Estoques - - (1.699) (13.222)

Impostos a recuperar 6 2.054 2.620 59.911 (3.990)

Depósitos judiciais 15 - - (4.965) (9.031)

Adiantamentos - 363 129.710 1.716

Recebimento de dividendos e JCP 2.099.773 135.030 5.623 6.253

Outros 44.615 (17.303) 35.947 (48.767)

(Aumento) redução nos passivos operacionais:

Fornecedores (1.716) (2.008) 179.219 165.299

Obrigações com empregados e administradores (265) 4.389 (2.016) 19.053

Impostos a recolher 6 (16.067) 5.439 (970.756) 105.022

Impostos pagos - - (104.818) (61.533)

Receita diferida - - - 18.523

Parte relacionada 7 222.897 (46.425) 34.686 (1.875)

Pagamento de outorga variável - - - (183.308) Outras obrigações e contas a pagar - 9.741 (156.974) 83.616 Caixa líquido gerado pelas (aplicados nas) atividades operacionais 1.812.391 64.344 2.175.778 1.630.674 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aporte em controladas, coligadas e controladas em conjunto 8 (656.078) (1.221.565) (45.970) (138.643)

Redução de capital 8 762.437 - - -

Baixa de ágio por venda de participação societária 592.116 93.111 3.570.470 93.111

Mútuo com coligada (97.160) (30.293) (97.160) (30.293)

Mútuo com controlada - (183.998) - -

Aquisição de imobilizado (189) (471) (316.253) (632.369)

Aquisição de intangível (517) (2.414) (1.633.042) (1.599.164)

Aplicações financeiras 4 (298.738) (95.396) (86.873) 429.391 Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento 301.871 (1.441.026) 1.391.172 (1.877.967) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Captação de empréstimos e financiamentos 13 - 2.950.000 1.824.661 4.559.062 Pagamento de empréstimos e financiamentos 13 (2.059.424) (1.420.000) (3.432.457) (2.686.692) Juros e remununerações pagas sobre empréstimos, financiamentos e debêntures (47.533) (153.991) (829.276) (864.369)

Concessão/pagamento Outorga - - (1.146.310) (1.016.720)

Aporte de capital de não controladores - - - 127.327 Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de financiamento (2.106.957) 1.376.009 (3.583.382) 118.608 AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDA NO SALDO DE CAIXA E

EQUIVALENTES DE CAIXA 7.305 (673) (16.432) (128.685)

Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa 3 86 759 212.804 341.489 Saldo final de caixa e equivalentes de caixa 3 7.391 86 196.372 212.804 AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDA NO SALDO DE CAIXA E

EQUIVALENTES DE CAIXA 7.305 (673) (16.432) (128.685)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Controladora Consolidado

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INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Em milhares de reais)

Nota 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado) (Reapresentado)

Receitas 17 36.932 - 7.393.322 4.665.512

Prestação de serviços - - 3.820.081 3.447.448 Receita de construção - - 666.619 1.229.092 Perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa - - (41.865) (14.079)

Outras receitas 36.932 - 2.948.487 3.051

Insumos adquiridos de terceiros (572.897) 4.352 (2.375.617) (2.207.098) Custos das mercadorias e serviços vendidos - - (625.480) (441.251) Custo de construção 17 - - (561.679) (1.141.119) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (572.897) 4.347 (1.185.050) (622.624) Perda/recuperação de valores ativos - 5 (2.332) (1.498) Outros custos - - (1.076) (606)

Valor adicionado bruto (535.965) 4.352 5.017.705 2.458.414

Retenções (28.940) (34.337) (1.069.800) (967.769)

Depreciação e amortização 17 (28.940) (34.337) (1.069.800) (967.769) Valor adicionado líquido produzido pela entidade (564.905) (29.985) 3.947.905 1.490.645 Valor adicionado recebido em transferência 1.446.378 (660.277) 335.080 270.955 Resultado de equivalência patrimonial 8 (750.034)1.340.416 (2.768) (13.743)

Receitas financeiras 18 105.962 89.757 337.848 284.698

Total do valor adicionado das operações continuadas a distribuir 881.473 (690.262) 4.282.985 1.761.600 Valor adicionado das operações descontinuadas a distribuir 56.921 74.243 56.921 74.243 Total do valor adicionado a distribuir 938.394 (616.019) 4.339.906 1.835.843 Distribuição do valor adicionado 938.394 (616.019) 4.339.906 1.835.843

Pessoal e encargos 47.885 61.230 561.918 519.145

Remuneração direta 42.102 56.228 406.426 385.779

Benefícios 3.558 3.267 115.389 105.134

FGTS 2.225 1.735 28.511 24.937

Outros - - 11.592 3.295

Impostos, taxas e contribuições 19.593 16.259 1.261.547 517.705

Federais 19.593 16.259 1.190.598 457.893

Estaduais - - 5.316 4.524

Municipais - - 65.633 55.288

Remuneração capital de terceiros 461.783 262.675 2.738.986 2.514.544

Juros 402.447 220.821 2.353.356 2.316.643

Aluguéis 2.905 3.394 36.140 29.704

Outras 56.431 38.460 349.490 168.197

Remuneração de capital próprio 409.133 (956.183) (222.545) (1.715.551) Lucro/prejuízo atribuível aos acionistas não controladores - - (631.678) (759.368) Lucro/prejuízo atribuível aos acionistas controladores 409.133 (956.183) 409.133 (956.183)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Controladora Consolidado

(19)

INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EM INFRAESTRUTURA S.A. - INVEPAR NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 e 2015.

(Em milhares de reais - R$, exceto quando mencionado de outra forma) 1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.a) Operações da Companhia

A Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. - INVEPAR (“INVEPAR”, “Companhia”

ou “Controladora”), cuja sede está localizada na Avenida Almirante Barroso, 52, salas 801, 3001 e 3002, Centro - Rio de Janeiro - RJ foi constituída sob a forma de “sociedade por ações”. A Companhia possui registro como Companhia Aberta, na categoria “A”, junto a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, notadamente no setor de infraestrutura, como segue:

Empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas

Rodovias

Linha Amarela S.A. - LAMSA

Concessionária Litoral Norte S.A. - CLN

Concessionária Auto Raposo Tavares S.A. - CART Concessionária Bahia Norte S.A. - CBN

Concessionária Rio Teresópolis S.A. - CRT Concessionária Rota do Atlântico S.A. - CRA

Línea Amarilla Brasil Participações S.A. – LAMBRA Concessionária ViaRio S.A. - VIARIO

Concessionária BR-040 S.A. - VIA040 PEX S.A. - PEX *

Mobilidade Urbana

Concessão Metroviária do Rio de Janeiro S.A. - METRÔRIO MetroBarra S.A. - METROBARRA

Concessionária do VLT Carioca S.A. - VLT

Aeroportos

Aeroporto de Guarulhos Participações S.A. - GRUPAR

Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A. - GRU AIRPORT Fundo de Investimento

Fundo de Investimento CAIXA Mover - Fundo Mover

(*) Empresa reportada como ativos e passivos diretamente associados a operações descontinuadas.

A INVEPAR e o conjunto de empresas controladas, coligadas e controladas em conjunto são denominados “grupo INVEPAR” ou “grupo”.

As demonstrações contábeis das controladas, controladas em conjunto CBN, CRA, VIARIO e

das coligadas CRT e VLT foram contabilizadas com base no método da equivalência

patrimonial (Nota 8 - Investimentos). Os exercícios das controladas incluídas na consolidação

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uniforme em todas as empresas consolidadas.

Em 31 de dezembro de 2016, a INVEPAR apresentou um capital circulante líquido positivo de R$480.070 e negativo de R$2.354.388, na controladora e consolidado, respectivamente (capital circulante líquido positivo de R$241.830 e negativo de R$3.794.572 em 31 de dezembro de 2015, na controladora e consolidado, respectivamente), causado, principalmente, pelo registro no passivo circulante consolidado de empréstimos, debêntures e passivo da concessão de serviço público no montante de R$2.821.269. A Administração da Companhia tem atuado ativamente nas negociações de certas dívidas das controladas, buscando a postergação dos vencimentos e/ou refinanciamentos das mesmas.

Além disso, em 21 de janeiro de 2016 a INVEPAR divulgou ao mercado a contratação de assessores para análise de oportunidades e alternativas de alienação de investimentos. Essa estratégia segue ativa e já trouxe um resultado concreto em 20 de dezembro de 2016, quando a Companhia concluiu a alienação da totalidade das ações da Línea Amarilla S.A.C.

(“LAMSAC”) e da PEX Peru S.A.C. (“PEX PERU”) conforme nota 1c.

A INVEPAR ainda avalia as novas regras introduzidas pela Media Provisória (MP) 752 publicada em 24 de novembro de 2016, que, dentre outras, estabelece as diretrizes gerais para a prorrogação e a relicitação dos contratos de parceria definidos nos termos da Lei nº 13.334 de 13 de setembro de 2016, nos setores rodoviário, ferroviários e aeroportuários da administração pública federal. A Companhia aguarda a regulação e a conversão da MP em Lei para aderir ou não às diretrizes ali definidas em relação às suas controladas alcançadas pela MP.

Em 7 de novembro de 2016, a INVEPAR comunicou ao mercado a descontinuidade operacional de sua controlada PEX S.A e em 10 de dezembro de 2016 as atividades se encerraram.

1.b) Investigações do Ministério Público envolvendo a acionista OAS e controlada GRUPAR.

Como é de conhecimento público, encontram-se em andamento investigações e outros procedimentos legais conduzidos pelo Ministério Público Federal e outras autoridades públicas no contexto da operação “Lava Jato”, que investiga, principalmente, supostas práticas relacionadas a corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo diversas empresas, dentre elas empresas do grupo OAS, acionista que participa do bloco de controle da INVEPAR.

Em 12 de abril de 2016, uma diligência de busca e apreensão no âmbito da "Operação Lava Jato" foi realizada na sede da INVEPAR e em sua controlada Aeroporto de Guarulhos Participações S.A. ("GRUPAR"). O objetivo dos mandados em questão foi relacionado a temas específicos do acionista direto OAS e não continham qualquer referência às atividades exercidas pela INVEPAR ou demais controladas. Em 12 de abril de 2016, a INVEPAR divulgou fato relevante esclarecendo ao mercado os referidos acontecimentos. Em 10 de maio de 2016, conforme Despacho/Decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba, a mencionada investigação foi arquivada.

No dia 5 de setembro de 2016 foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da

INVEPAR e na sede de GRUPAR, no âmbito da “Operação Greenfield”. A INVEPAR

celebrou, em 13 de setembro de 2016, Termo de Compromisso com o Ministério Público

(21)

Federal e com a Polícia Federal, com a finalidade de colaborar com as investigações. Até onde é do conhecimento da Administração, as investigações prosseguem, mantendo a Companhia, seu curso normal de negócios.

1.c) Alienação da LAMSAC e PEX PERU

Em 20 de dezembro de 2016, a Companhia concluiu, nos termos dos contratos celebrados em 5 de agosto de 2016, a alienação da totalidade das ações de emissão da LAMSAC e da PEX PERU.

A transferência da participação societária da LAMSAC e PEX PERU vendidas em favor do comprador foi autorizada pela Municipalidad Metropolitana de Lima, poder concedente, no dia 7 de novembro de 2016, tendo sido as demais condições precedentes cumpridas até 15 de dezembro de 2016.

Os valores de venda da LAMSAC e PEX PERU, recebidos na data da conclusão da operação, foram respectivamente R$4.084.842 e R$37.115.

Os contratos de compra e venda de ações preveem ainda bônus adicionais no valor de S/.253.037, equivalentes a R$241.422 na data do balanço, a realizar em até três anos, vinculados ao cumprimento de certas condições. Tais bônus serão contabilizados quando cumpridos os eventos futuros necessários para sua realização.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS

O encerramento das Demonstrações Contábeis foi autorizado pela Administração da Companhia em 28 de março de 2017 e compreendem:

a) Demonstrações contábeis individuais

As demonstrações contábeis individuais da controladora foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

b) Demonstrações contábeis consolidadas

As demonstrações contábeis consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas internacionais de relatório financeiro emitidas pelo IASB.

As demonstrações contábeis da Companhia estão sendo apresentadas conforme orientação

técnica OCPC 07, que trata dos requisitos básicos de elaboração e evidenciação a serem

observados quando da divulgação dos relatórios contábil-financeiros, em especial das contidas

nas notas explicativas. A Administração confirma que estão sendo evidenciadas todas as

informações relevantes próprias das demonstrações contábeis e que estas correspondem às

utilizadas em sua gestão.

(22)

2.1. Bases de elaboração

As demonstrações contábeis foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos no fim de cada período de relatório, conforme descrito nas práticas contábeis a seguir.

O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de bens e serviços.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação organizada entre participantes do mercado na data de mensuração, independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado usando outra técnica de avaliação. Ao estimar o valor justo de um ativo ou passivo, o grupo leva em consideração as características do ativo ou passivo no caso de os participantes do mercado levarem essas características em consideração na precificação do ativo ou passivo na data de mensuração.

2.2. Bases de consolidação

As demonstrações contábeis consolidadas incluem a INVEPAR e suas controladas. As participações da INVEPAR são:

Ordinária Preferencial Total Ordinária Preferencial Total

LAMSA 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

CLN 99,96 87,25 91,49 99,96 87,25 91,49

CART 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

100,00 - 100,00 100,00 - 100,00

LAMBRA 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00

GRUPAR 80,00 - 80,00 80,00 - 80,00

PEX 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00

METROBARRA 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00

VIA 040 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00

FUNDO MOVER 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00

METRÔRIO

2016 2015

% de participação da INVEPAR

Controladas

Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas contábeis e operacionais, está exposta, ou tem direitos, a retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de usar esse poder para afetar seus retornos. A existência e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis são considerados quando se avalia se a Companhia controla outra entidade.

As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação é interrompida a partir da data em que a Companhia deixa de ter o controle.

Transações, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do grupo são

eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação

forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das

controladas são alteradas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas

adotadas pela Companhia.

(23)

As demonstrações contábeis das controladas no exterior foram consolidadas utilizando-se os métodos de conversão da moeda funcional novo sol (moeda do Peru), previstos no CPC 02 (R2) - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis (IAS 21).

As controladas foram consolidadas somando-se integralmente as contas de ativo, passivo e resultado, destacando-se a participação dos acionistas não controladores, quando aplicável.

A consolidação é feita a partir da data de aquisição de cada controlada e tem como principais procedimentos: (i) a eliminação das transações realizadas entre as empresas consolidadas; (ii) a eliminação das participações no capital, reservas e resultados acumulados das empresas consolidadas; e (iii) a discriminação dos impactos pela mera conversão cambial das demonstrações contábeis no patrimônio líquido.

2.3. Reconhecimento de receita

Uma receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados para a Companhia e quando a mesma possa ser mensurada de forma confiável:

a) Receita de serviços

A receita de serviços é mensurada com base no valor justo da contraprestação recebida, excluindo descontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas, sendo registrada no momento da prestação dos serviços de acordo com Pronunciamento Técnico CPC 30 (R1) – Receitas.

b) Receita de juros

A receita de juros de um ativo financeiro é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A receita de juros é reconhecida pelo método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante principal em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros previstos durante a vida estimada do instrumento financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial deste ativo.

c) Receita de construção

A Companhia possui investimentos em concessões rodoviárias, aeroportuária e metroviária, sendo tais concessões alcançadas pela ICPC 01(R1) - Contrato de Concessão (IFRIC 12).

Dessa forma, a Companhia contabiliza receitas e custos relativos à construção das infraestruturas utilizadas na prestação dos serviços, conforme destacado nas demonstrações de resultado.

As margens de construção são calculadas por empresa, de acordo com a particularidade de

cada negócio, em montante suficiente para cobrir a responsabilidade primária de cada

concessionária e os custos incorridos pelas empresas com o gerenciamento e

acompanhamento das obras.

(24)

2.4. Conversão de saldos denominados em moeda estrangeira

Os itens incluídos nas demonstrações contábeis de cada uma das empresas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a entidade atua ("a moeda funcional"). As demonstrações contábeis consolidadas estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia e de suas controladas no Brasil.

As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconvertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço e todas as diferenças são registradas na demonstração do resultado. Ativos e passivos não monetários adquiridos ou contratados em moeda estrangeira são convertidos com base nas taxas de câmbio das datas das transações ou nas datas de avaliação ao valor justo quando este é utilizado e as diferenças são registradas no patrimônio líquido.

Os ativos e passivos da controlada no exterior foram convertidos para reais pela taxa de câmbio da data do balanço e as correspondentes demonstrações do resultado foram convertidas pela taxa média do câmbio no mês das transações. As diferenças cambiais resultantes da referida conversão foram contabilizadas separadamente no patrimônio líquido.

Na alienação da controlada no exterior, o valor diferido acumulado reconhecido no patrimônio líquido, referente a essa controlada no exterior, foi reconhecido na demonstração do resultado.

2.5. Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras

Caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, contas bancárias e investimentos de curto prazo (três meses ou menos a contar da data de contratação) com liquidez imediata, em um montante conhecido de caixa e com baixo risco de variação no valor de mercado, e mantidos com a finalidade de gerenciamento dos compromissos de curto prazo da Companhia e suas controladas. Esses investimentos são avaliados ao custo, acrescidos de juros até a data do balanço e marcados a mercado sendo o ganho ou a perda registrado no resultado do exercício, exceto àqueles relacionados a juros provenientes de saldos de empréstimos recebidos e não aplicáveis, que são capitalizados ao ativo em construção.

2.6. Contas a receber

As contas a receber de clientes são registradas pelo valor dos serviços prestados incluindo os respectivos impostos diretos de responsabilidade tributária da Companhia, menos os impostos retidos na fonte, os quais são considerados créditos tributários.

As perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa são constituídas com base na avaliação de clientes com parcelas em atraso e em montante considerado suficiente pela Administração para suprir as eventuais perdas na realização dos créditos, levando em consideração o valor do saldo em aberto e o histórico de perdas com contas a receber.

2.7. Estoques

Os estoques são avaliados ao custo ou valor líquido realizável, dos dois o menor, e incluem os

gastos incorridos para levar os itens a sua localização e condição de uso.

(25)

2.8. Investimentos em controladas

Os investimentos da Companhia em suas controladas são avaliados com base no método da equivalência patrimonial, para fins de demonstrações contábeis da Controladora.

Com base no método da equivalência patrimonial, o investimento na controlada é contabilizado no balanço patrimonial da Controladora ao custo, adicionado das mudanças após a aquisição da participação societária na controlada.

A participação societária na controlada é apresentada na demonstração do resultado da Controladora como equivalência patrimonial, representando o lucro líquido (prejuízo) atribuível aos acionistas da controlada. As demonstrações contábeis das controladas são elaboradas para o mesmo período de divulgação que a Companhia. Os investimentos quando negativos são reclassificados para conta apropriada no passivo sendo denominado “Provisão para passivo à descoberto”.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial para fins de demonstrações contábeis da Controladora, a Companhia determina se é necessário reconhecer perda adicional do valor recuperável sobre o investimento da Companhia em sua controlada. A Companhia determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetiva de que os investimentos em controladas sofreram perdas por redução ao valor recuperável. Se assim for, a Companhia calcula o montante da perda por redução ao valor recuperável como a diferença entre o valor recuperável da controlada e o valor contábil, e reconhece o montante na demonstração do resultado da Controladora.

Quando ocorre a perda de influência significativa sobre as investidas a Companhia avalia e reconhece o investimento pelo valor justo, sendo reconhecida no resultado qualquer diferença entre o valor contábil da investida no momento da perda de influência significativa e o valor justo do investimento remanescente.

2.9. Imobilizado

Os ativos imobilizados estão demonstrados ao valor de custo, deduzidos de depreciação e perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. A depreciação desses ativos inicia-se quando eles estão prontos para o uso pretendido na mesma base dos outros ativos imobilizados.

A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo pelo método linear, de modo que o valor do custo menos o seu valor residual seja integralmente baixado. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados no fim da data do balanço patrimonial e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente.

Um item de imobilizado é baixado após alienação ou quando não há benefícios econômicos

futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na venda ou baixa

de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os valores recebidos na

venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado.

(26)

Também podem fazer parte do imobilizado, equipamentos e peças de reposição estocados no almoxarifado que são avaliados ao custo médio de aquisição. O custo desses bens inclui gastos incorridos na aquisição, transporte e armazenagem dos materiais.

2.10. Intangível

Refere-se ao valor da exploração do direito de concessão das controladas e direitos de uso de software, registrados ao custo de aquisição e ativos relacionados às infraestruturas das concessões classificados como ativo intangível.

Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados no reconhecimento inicial ao custo de aquisição e, posteriormente, deduzidos da amortização acumulada e perdas do valor recuperável, quando aplicável.

Os ativos intangíveis referentes ao direito da concessão são amortizados pelo método linear, exceto GRU AIRPORT que é amortizada pela curva de passageiros, pelo prazo remanescente da concessão, contados a partir da data de início da operação do ativo. Os demais itens do ativos intangível, com vida útil definida, são amortizados de acordo com sua vida útil econômica estimada e, quando são identificadas indicações de perda de seu valor recuperável, submetidos a teste para análise de perda do seu valor recuperável.

Um ativo intangível é baixado na alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso ou da alienação. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado.

A Companhia e suas controladas reconhecem um intangível à medida que recebe autorização (direito) de cobrar dos usuários do serviço público e não possui direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro do Poder Concedente.

2.11. Ajuste para recuperação de ativos não financeiros

A Administração da Companhia revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas, e o valor líquido excede o valor recuperável, é reconhecida perda para deterioração ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Essas perdas são classificadas como outras despesas operacionais.

O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda.

Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados

ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos, que reflita o custo

médio ponderado de capital para a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é

determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação

em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas

atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço

de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos

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