UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR ´
A
CENTRO DE CIˆ
ENCIAS
DEPARTAMENTO DE MATEM ´
ATICA
PROGRAMA DE P ´
OS-GRADUAC
¸ ˜
AO EM MATEM ´
ATICA
JOS´
E IVAN MOTA NOGUEIRA
UMA ESTIMATIVA INTERIOR DO GRADIENTE
PARA A EQUAC
¸ ˜
AO DA CURVATURA M´
EDIA
EM VARIEDADES RIEMANNIANAS
JOS´
E IVAN MOTA NOGUEIRA
UMA ESTIMATIVA INTERIOR DO GRADIENTE
PARA A EQUAC
¸ ˜
AO DA CURVATURA M´
EDIA
EM VARIEDADES RIEMANNIANAS
Disserta¸c˜ao submetida `a Coordena¸c˜ao do Curso de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica, da Universidade Federal do Cear´a, para obten¸c˜ao do grau de Mestre em Matem´atica.
´
Area de concentra¸c˜ao: Geometria Diferencial Orientador: Prof. Dr. Jorge Herbert Soares de Lira.
N712e Nogueira, Jos´e Ivan Mota
Uma estimativa interior do gradiente para a equa¸c˜ao da curvatura m´edia em variedades Riemannianas/ Jos´e Ivan Mota Nogueira. – Fortaleza: 2012.
38 f. : enc. ; 31 cm
Orientador: Prof. Dr. Jorge Herbert Soares de Lira. ´
Area de concentra¸c˜ao: Geometria Diferencial.
Disserta¸c˜ao (Mestrado) - Universidade Federal do Cear´a, Centro de Ciˆencias, Departamento de Matem´atica, Programa de P´os gradua¸c˜ao em Matem´atica, Fortaleza, 2012.
1. Geometria Diferencial. 2. Variedades Riemannianas. 3. Hipersuperf´ıcies. 1. T´ıtulo.
`
Agradecimentos
Em primeiro lugar agrade¸co a Deus, pr´ıncipio e fim da minha existˆencia, por ter me dado for¸ca e sabedoria nessa trajet´oria, permitindo que meu mestrado fosse bem proveitoso.
A minha fam´ılia, minha m˜ae Maria Irismar, que por todos esses anos n˜ao mediu esfor¸cos para cuidar e garantir uma educa¸c˜ao de qualidade para mim, meu irm˜ao Ivanilson Mota, que sempre acreditou no meu potencial e com palavras de apoio renovou minhas for¸cas. Minhas tias, que sempre me motivaram.
A Marina Araujo, a quem carinhosamente chamo de meu amor, por sua paciˆencia, incentivo e apoio durante o desenvolvimento desse trabalho, por me fazer t˜ao feliz por esses quase dois anos.
Agrade¸co tamb´em ao professor Jorge Herbert, pela orienta¸c˜ao, a paciˆencia, a ajuda e colabora¸c˜ao para este meu primeiro trabalho cient´ıfico.
Tamb´em agrade¸co aos amigos da p´os-gradua¸c˜ao em matem´atica da UFC, Adriano Al-ves de Medeiros, Anderson Feitoza, Antonio Diego, Diego Eloi, Emanuel Viana, Eur´ıpedes Carvalho, Edson Sampaio, Laerte Gomes, Rob´erio Alexandre e em especial ao meu grande amigo Francisco Yuri, que conhe¸co desde a gradua¸c˜ao.
Agradecimentos especiais aos meus amigos, Charly Silvestre, Everton Cristian, Lina N´aria, Ridley Gadelha, Israel Guedes, Jarbas Marcelino, Justino Cartaxo, Ivaneide Farias, Eder Pereira, Felipe Bento, Neila de Paula, Bernardo Filho, Dayane Araujo, Rodrigo Souza, Pollyana Machado, Priscila Santos, Rafael Silva, Od´ecio Sales.
`
A Andr´ea pela competˆencia e agilidade.
`
”Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas n˜ao esque¸co de que minha vida ´e a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela v´a `a falˆencia. Ser feliz ´e reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreens˜oes e per´ıodos de crise. Ser feliz ´e deixar de ser v´ıtima dos problemas e se tornar autor da pr´opria hist´oria. ´E atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um o´asis no recˆondito da sua alma.
´
E agradecer a Deus a cada manh˜a pelo milagre da vida. Ser feliz ´e n˜ao ter medo dos pr´oprios sentimentos. ´E saber falar de si mesmo.
´
E ter coragem para ouvir um n˜ao. ´E ter seguran¸ca para receber uma cr´ıtica, mesmo que injusta.”
Resumo
Deduzimos uma estimativa interior do gradiente para a equa¸c˜ao da curvatura m´edia para gr´aficos de Killing em variedades Riemannianas inspirado na t´ecnica de perturba¸c˜oes normais devido `a N. Korevaar.
Abstract
We deduce an interior gradient estimate for the mean curvature equation for Killing graphs in Riemannian manifolds inspired by the normal perturbation technique due to N. Korevaar.
Sum´
ario
Introdu¸c˜ao 10
1 Gr´aficos de Killing 12
1.1 Exemplos . . . 15
2 Estimativas interiores do gradiente 20
Introdu¸
c˜
ao
Neste trabalho, nosso objetivo principal ´e estender a estimativa interior do gradiente de solu¸c˜oes da equa¸c˜ao da curvatura m´edia devido a Korevaar-Simon [10] (ver tamb´em [11]) a partir do caso de hipersuperf´ıcies euclidianas para o caso geral de gr´aficos de Killing. O teorema principal em [18] para hipersuperf´ıcies em espa¸cos ambientes Nn+1 =Mn×R´e um caso especial.
Seja M uma variedade Riemanniana (n + 1)-dimensional dotada de um campo de Killing n˜ao-singular completo Y cuja distribui¸c˜ao ortogonal ´e integr´avel. Dada uma hi-persuperf´ıcie integral P da distribui¸c˜ao ortogonal, verifica-se que P ´e uma subvariedade de M totalmente geod´esica. Seja Ω ⊂ P um dom´ınio limitado tal que ´orbitas do fluxo Φ :R×P →M gerado por Y s˜ao completas. Note que γ = 1/hY, Yipode ser vista como
uma fun¸c˜ao em ¯Ω uma vez que Y γ = 0, pela equa¸c˜ao de Killing. Al´em disso, o cilindro s´olido Φ(R×Ω), com a m´etrica riemanniana induzida, tem uma estrutura de produto¯
warped Ω¯ ×ρR onde ρ= 1/√γ.
Dada uma fun¸c˜ao u em ¯Ω, o gr´afico de Killing associado a esta fun¸c˜ao ´e a hipersu-perf´ıcie
Σ = {Φ(u(x), x) :x∈Ω}.
Demonstra-se em [3] que Σ tem curvatura m´edia H(x) se somente se u∈C2(Ω) satisfaz
Q[u] = divP(∇
u W )−γh
∇u
W ,∇¯∂s∂si=nH
onde W = pγ+|∇u|2 e H ´e calculado segundo a orienta¸c˜ao dada pela aplica¸c˜ao de
Gauss
N = 1
W γY −Φ∗∇u
.
Na equa¸c˜ao, ∇ e div denotam o gradiente e o divergente emP e ¯∇a derivada covariante riemanniana em M.
11
Apresentamos a seguir um pouco mais da descri¸c˜ao geom´etrica destes gr´aficos de Killing e a estimativa geom´etrica. E por fim, demonstramos um resultado importante
Teorema 0.1 Sejau∈C2(B
r0(x0))uma solu¸c˜ao negativa da equa¸c˜ao da curvatura m´edia
(1.11) onde H : ¯Ω → R ´e uma fun¸c˜ao em Cα( ¯Ω). Ent˜ao, existe uma constante D =
D(u(x0), r0, γ, H) tal que |∇u(x0)| ≤D.
O Teorema 0.1 ´e principal resultado de [4] e como aplica¸c˜ao desse resultado prova-se a existˆencia e unicidade de um gr´afico radial no espa¸co hiperb´olico Hn+1 com curvatura
m´edia prescrita e limitada. Para curvatura m´edia constante este resultado foi demonstrado por Bo Guan e Spruck [8] e no caso geral foi demonstrado por M. Dajczer, J. H. de Lira. e J. Ripoll [4].
Teorema 0.2 (Veja [4]) Dado H ∈ Cα(Hn) com sup
Hn|H| < 1 e φ ∈ C0(∂∞Hn), onde
φ = u
∂∞Hn, existe uma ´unica fun¸c˜ao u ∈ C
Cap´ıtulo 1
Gr´
aficos de Killing
SejaM uma variedade Riemanniana (n+1)-dimensional dotada de um campo vetorial de KillingY. Suponha que a distribui¸c˜ao ortogonalDdefinida porY ´e de posto constante e integr´avel. Neste caso, as folhas integrais s˜ao hipersuperf´ıcies totalmente geod´esicas. Dada uma folha integral P deD, seja Ω ⊂P um dom´ınio limitado com fronteira regular Γ =∂Ω. Seja Φ :I×P →M o fluxo gerado porY com valores iniciais emM, ondeI´e um
intervalo m´aximo de defini¸c˜ao. O fluxo Φ leva isometricamente P nas folhasPs= Φs(P), onde Φs = Φ(s,·),s ∈I.
Seja u : ¯Ω → I uma fun¸c˜ao suave. O gr´afico de Killing desta fun¸c˜ao u ´e a
hipersu-perf´ıcie Σ⊂M parametrizada pela aplica¸c˜ao
X(p) = Φ(u(p), p), p∈Ω¯.
O cilindro de Killing K sobre Γ ´e, por sua vez definido por
K ={Φ(s, p) :s∈I, p∈Γ}. (1.1)
Seja N um campo de vetores normais unit´arios ao longo de Σ. No que se segue, denotamos por H a curvatura m´edia de Σ com respeito `a orienta¸c˜ao dada porN.
Nosso objetivo ´e deduzir uma estimativa interior do gradiente para a equa¸c˜ao da curvatura m´edia para gr´aficos de Killing em variedades Riemannianas de dimens˜ao n+ 1. Para isso, vamos come¸car descrevendo a geometria local do gr´afico em termos n˜ao-param´etricos, por ser mais adequado para representar todos os invariantes geom´etricos, bem como suas equa¸c˜oes locais em termos de coordenadas em P.
Sejam x1, . . . , xn coordenadas locais em P. Este sistema ´e ampliado para um sistema de coordenadas emM definindo-se x0 =s, o parˆametro do fluxo de Y. O espa¸co tangente
13
de Σ no ponto X(p), p∈Ω, ´e gerado pelos campos de vetores coordenados¯
X∗
∂
∂xi = Φ∗
∂
∂xi +uiΦ∗
∂ ∂x0 =
∂ ∂xi
X +ui
∂ ∂x0 X.
Em termos dessas coordenadas, a m´etrica induzida em Σ ´e expressa em componentes locais por
gij = hX∗
∂ ∂xi, X∗
∂
∂xji=hΦ∗
∂
∂xi +uiΦ∗
∂ ∂x0,Φ∗
∂
∂xj +ujΦ∗
∂ ∂x0i
= hΦ∗
∂ ∂xi,Φ∗
∂
∂xji+hΦ∗
∂
∂xi, ujΦ∗
∂
∂x0i+huiΦ∗
∂ ∂x0,Φ∗
∂ ∂xji +huiΦ∗
∂
∂x0, ujΦ∗
∂ ∂x0i,
o que resulta em
gij =σij+ 1
γuiuj. (1.2)
A vers˜ao contravariante da m´etrica ´e, portanto, dada por
gij =σij − u
iuj
γ+|∇u|2,
onde γ = 1
|Y|2 e σij s˜ao as componentes locais da m´etrica em P.
A fim de calcular a curvatura m´edia de Σ, podemos fixar N como o campo vetorial normal
N = 1
W γY −Φ∗∇u
, (1.3)
onde ∇u ´e o gradiente deu em P e
W =pγ +|∇u|2. (1.4)
A segunda forma fundamental de Σ calculada com rela¸c˜ao a esta escolha do campo vetorial normal tem componentes locais
aij =h∇¯X∗∂xi∂ X∗ ∂
∂xj, Ni, (1.5)
onde ¯∇ denota a derivada covariante em M. Deste modo, calculamos
aij = h∇¯X∗∂xi∂ Φ∗ ∂
∂xj, Ni+h∇¯X∗∂xi∂ ujΦ∗ ∂ ∂x0, Ni
= h∇¯Φ∗ ∂ ∂xiΦ∗
∂
∂xj, Ni+uih∇¯Φ∗∂x∂0Φ∗
∂
∂xj, Ni+ujh∇¯Φ∗∂xi∂ Φ∗ ∂ ∂x0, Ni
+ui,jhΦ∗
∂
∂x0, Ni+uiujh∇¯Φ∗∂x∂0Φ∗
14
Usando o fato de que as aplica¸c˜oes p 7→ Φ(s, p) s˜ao isometrias e que as hipersuperf´ıcies
{Φ(s, p) :p∈P}, s∈I, s˜ao totalmente geod´esicas, conclui-se que
aij =h∇¯ ∂ ∂xi
∂ ∂xj,−
1
W∇ui+uih∇¯∂xj∂ Y, 1
WγYi+ujh∇¯∂xi∂ Y, 1
WγYi
+ui,jhY, 1
WγYi+uiujh∇¯YY,−
1
W∇ui.
Segue da equa¸c˜ao de Killing que
aij =
ui;j
W − ui
Wγh∇¯YY, ∂ ∂xji −
uj
Wγh∇¯YY, ∂ ∂xii −
uiuj
W h∇¯YY,∇ui, (1.6)
com ui;j =ui,j− h∇¯ ∂ ∂xi
∂
∂xj,∇ui, ou seja, (ui;j)ni,j=1 s˜ao as componentes do Hessiano de u em termos das coordenadas (xi)n
i=1 em P. Todavia,aij pode ser tamb´em expressa por
aij =
ui;j
W − ui
W γj 2γ −
uj
W γi 2γ −
uiuj 2Wu
kγk
γ2. (1.7)
Tomando tra¸cos com respeito a m´etrica induzida, obt´em-se a seguinte express˜ao para a curvatura m´edia H sobre a hipersuperf´ıcie Σ:
nH =σij − u
i
W uj
W
ui;j
W −
2γ+|∇u|2
W3 h
¯
∇γ
2γ ,∇ui. (1.8)
Alternativamente, temos
nH =σij − u
i
W uj
W
ui;j
W −
2γ+|∇u|2
W3 γh∇¯YY,∇ui. (1.9)
onde utilizou-se o fato de que
h∇¯YY,∇ui=−h∇¯∇uY, Yi= 1
2γ2h∇¯γ,∇ui. (1.10)
Observe que
ui
W
;i = 1
Wu
i
;i− 1
W3u
iuju i;j−
1 2W3u
iγ i
Verifica-se facilmente que (1.8) pode ser escrita na forma divergente como
divP∇u
W −
1
2γWh∇¯γ,∇ui=nH. (1.11)
Segue de (1.10) que (1.11) ´e equivalente `a
divP∇u
W − γ
Wh∇¯YY,∇ui=nH (1.12)
15
1.1
Exemplos
Nesta se¸c˜ao, apresentamos alguns exemplos elementares, embora importantes, da es-trutura geom´etrica descrita anteriormente. No que segue, Md(κ) denota a forma espacial de dimens˜ao d, completa e simplesmente conexa, com curvatura seccional constante κ.
Fixemos, doravante, M =Mn+1(κ) eP uma hipersuperf´ıcie totalmente geod´esica em
Mn+1(κ). Assim, P ´e um modelo da forma espacial n-dimensional Mn(κ) com a mesma
curvatura. Seja
(r, θ)∈R+×Sn−1 7→p∈P
um sistema de coordenadas polares na variedade P, centradas em algum ponto o em P. Consideremos tamb´em
(θ1,· · · , θn−1)∈Rn−1 7→θ ∈Sn−1
coordenadas generalizadas em Sn−1. Em termos dessas coordenadas, a m´etrica em P ´e
expressa por
dr2+sn2κ(r)dσ2,
onde dσ2 =σ
ijdθidθj ´e a m´etrica usual em Sn−1 e snκ(r) ´e dada pela express˜ao
snκ(r) =
r, se κ= 0 sen√√κr
κ , se κ >0
senh√√−κr
−κ , se κ <0
Sejamca geod´esica em M passando poroe ortogonal a P eY o campo de Killing em
M gerado pela transla¸c˜ao geod´esica ao longo de c. A norma ao quadrado deste campo ´e igual a
hY, Yi=cs2κ(r).
Assim, no ponto o, o vetor Y(o) ´e a velocidade unit´aria de c. Lembremos que a fun¸c˜ao
snκ(r) ´e a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao de Jacobi ¨u+κu = 0 com condi¸c˜oes iniciais u(0) = 0 e ˙
u(0) = 1, onde · indica a derivada com respeito a r. Al´em disso, ˙snκ(r) = csκ(r).
A restri¸c˜ao de Y a P define um campo normal a P fora do conjunto de pontos sin-gulares de Y em P. Como antes, Φ(s, p) denota o fluxo gerado por Y e D = kerω, onde
16
considerado como uma coordenada em M. As coordenadas(r, θ1,· · · , θn) s˜ao ent˜ao esten-didas a M ao longo do fluxo: associamos os mesmos valores dessas coordenadas a pontos correspondentes em P e Φs(P) com respeito `a aplica¸c˜ao Φs : P → Ps. A m´etrica M ´e dada em termos destas coordenadas cil´ındricas (r, θ, s) por
dl2 =cs2κ(r)ds2+dr2+sn2κ(r)dσ2. (1.13) Determinamos agora a conex˜ao Riemanniana ¯∇ de M em termos dessas coordenadas. Temos, pela equa¸c˜ao de Killing,
h∇¯YY, Yi= 0.
Em particular, a norma do campo de Killing ´e constante ao longo das ´orbitas do fluxo
s 7→ Φ(s, p). Al´em disso, o fato de que as folhas integrais de D s˜ao hipersuperf´ıcies totalmente geod´esicas implica que
h∇¯ ∂ ∂rY,
∂
∂ri=h∇¯∂r∂ Y,
∂
∂θii=h∇¯∂θi∂ Y,
∂ ∂θji= 0 Segue igualmente da equa¸c˜ao de Killing que
h∇¯YY,
∂
∂ri=−hY,∇¯∂r∂ Yi=− 1
2∂rhY, Yi=−csκ(r) ˙csκ(r). (1.14) Geometricamente, estas equa¸c˜oes significam o seguinte: parar fixado, a linha de fluxo de
Y passando sobre o c´ırculo geod´esico em P centrado em o com raio r gera um cilindro, dito cilindro de Killing em M.
Afirmamos que estes cilindros s˜ao hipersuperf´ıcies rotacionalmente invariantes com curvatura m´edia constante. Em (1.14), ´e calculada a segunda forma fundamental de um cilindro de Killing na dire¸c˜ao tangente a Y com respeito a normal unit´aria ∂r∂- tendo em conta que tal cilindro ´e hipersuperf´ıcie de n´ıvel da fun¸c˜ao coordenada r. Ademais, conclu´ımos a partir da express˜ao
h∇¯ ∂ ∂θiY,
∂ ∂ri= 0
que Y = ∂ ∂s e
∂
∂θi s˜ao dire¸c˜oes principais desses cilindros. Calculemos, portanto, as correspondentes curvaturas principais. Para tanto, observamos que
¯
∇ ∂ ∂θi
∂ ∂θj =: Γ
1
ij
∂ ∂r + Γ
k ij
∂ ∂θk. No entanto, como P =Mn(κ) ´e totalmente geod´esica, temos
Γ1ij =h∇¯ ∂ ∂θi
∂ ∂θj,
∂
∂ri=h∇
Mn(κ) ∂ ∂θi
∂ ∂θj,
∂
∂ri=−
˙
snκ(r)
17
onde (hij)ni,j−1=1 s˜ao as componentes da m´etrica induzida em P e ∇Mn(κ)
´e a conex˜ao ri-emanniana em P. Assim, (Γ1
ij)ni,j−1=1 s˜ao as componentes da segunda forma fundamental
das esferas geod´esicas em P com respeito ao campo vetorial unit´ario ∂r∂. Finalmente, (Γk
ij)ni,j,k−1=1 s˜ao os s´ımbolos de Christoffel usuais para a esfera euclidiana Sn−1 ⊂ Rn em
termos das coordenadas (θi)n−1
i=1. Conclu´ımos que as curvaturas principais dos cilindros de
Killing nas dire¸c˜oes ∂ ∂s/|
∂ ∂s|=cs
−1
κ (r)Y e ∂θ∂i s˜ao respectivamente iguais a
κs =− ˙
csκ(r)
csκ(r), κi =− ˙
snκ(r)
snκ(r). assim, a curvatura m´edia Hcil dos cilindros de Killing ´e dada por
nHcil=− ˙
csκ(r)
csκ(r)−(n−1) ˙
snκ(r)
snκ(r)
Em seguida, descrevemos mais concretamente estes fatos nos casos particulares em que κ= 0,1,−1. Paraκ= 0, em um ambiente euclidiano, o campo vetorialY ´e paralelo. Podemos fixar Y(p) = a, um campo vetorial constante. Em particular, sua restri¸c˜ao a
P = {q ∈ M : hq, ai = 0} ´e um campo normal. Este campo obviamente ´e livre de singularidades. O fluxo gerado por Y ´e dado por Φ(s, p) = p+sa. As hipersuperf´ıcies de n´ıvel Φs(P) formam a fam´ılia de hiperplanos paralelos a P com a mesma dire¸c˜ao normal
a. A m´etrica neste caso ´e dada por
dl2 =ds2+dr2+r2dσ2.
Quando κ = −1, a hipersuperf´ıcie integral P ´e um hiperplano totalmente geod´esico
Hn(−1)⊂Hn+1(−1). No modelo do semi-espa¸co
Hn+1(−1) ={(x1,· · · , xn+1) :xn+1 >0},
este hiperplano pode ser visto como uma semi-esfera euclidiana centrada na origem o da fronteira assint´otica {xn+1 = 0}. A origem o das coordenadas polares em P pode ser
fixada, por meio de isometrias hiperb´olicas, no ponto de maior coordenada xn+1 em P.
Sendo assim, o tra¸co da geod´esica c pode ser fixado como a semi-reta vertical passando por o. Nesta configura¸c˜ao, o campo de Killing ´e dado por Y(P) = p. Este campo de vetores gera dilata¸c˜oes euclidianas, ou seja, transla¸c˜oes em Hn+1(−1) do tipo parab´olico.
O fluxo de Y ´e dado por Φ(s, p) = esp. As hipersuperf´ıcies Φ
18
esf´ericos euclidianos com v´ertice em o, contendo uma esfera geod´esica emP centrada em
o. O quadrado da norma de Y em um ponto arbitr´ario de P ´e igual a
hY, Yi=h∂Φ
∂s, ∂Φ
∂si
s=0 =
e2s
e2s(xn+1)2 =
1 (xn+1)2.
De outro modo, denotando por ϕ o ˆangulo entre o eixo vertical dado pelo tra¸co de c e a norma do cilindro com dire¸c˜ao p, ent˜ao
1/cosϕ= 1/xn+1.
Por outro lado, a distˆancia geod´esica r entre o e o ponto p r =
Z 1
cosϕdϕ= ln(secϕ+ tanϕ).
Ent˜ao, er = secϕ+ tanϕ= (1 + senϕ)/cosϕe, portanto, e−r = cosϕ/(1 + senϕ). Assim, coshr= secϕ.
Logo,
hY, Yi= cosh2r.
Deste modo, a m´etrica em Hn+1(−1) em termos de coordenadas cilindricas ´e dada por
cosh2rds2+dr2+ senh2dσ2.
Quando κ = 1, o campo de Killing Y possui duas singularidades em pontos ant´ıpodas
a,−a em Sn+1(1). De fato, neste caso, Y ´e o campo gerado por rota¸c˜oes euclidianas
fixando o eixo em Rn+2 contendo ae−a. Consideramos P = Sn como o equador em Sn+1(1), contendo ±a, para o qual Y ´e o campo normal fora dos pontos ±a. A rota¸c˜ao
gerada porY levaSnem uma fam´ılia de esferas totalmente geod´esicas, todas elas contendo
±a. Fixamos, ent˜ao, coordenadas polares (r, θ) com origem em o ∈ Sn, de modo que o
ponto a corresponde ao valor r = π/2. Definimos ϕ = π/2−r. Com isto, as linhas de fluxo Y passando por pontos de Sn quando s= 0 s˜ao c´ırculos geod´esicos centrados em a.
Podemos ajustar a norma de Y ao longo das linhas de fluxo de forma que, nos pontos de
Sn, o campo Y coincida com a velocidade desses c´ırculos geod´esicos com raio geod´esico
ϕ. Sendo assim, temos
hY, Yi=h∂Φ
∂s, ∂Φ
∂si= sen
19
Portanto, a m´etrica esf´erica ´e escrita como
cos2rds2+dr2+ sen2rdσ2.
Uma outra classe natural de exemplos s˜ao os gr´aficos de Killing, descritos anteri-ormente, produtos riemannianos da forma Mn(κ)×R, em que o campo de Killing em
considera¸c˜ao ´e o campo paralelo coordenado ∂s∂ associado `a coordenada naturals do fator
R. Neste caso, coordenadas cil´ındricas s˜ao facilmente definidas, de modo que a express˜ao
da m´etrica ambiente nesta carta ´e da forma
ds2+dr2+sn2κdσ2. (1.15)
Cap´ıtulo 2
Estimativas interiores do gradiente
Nesse cap´ıtulo, por simplicidade, denotamos por ∇ e ∆ o gradiente e o operador de Laplace-Beltrami sobre o gr´afico Σ da fun¸c˜ao u. A seguir, demonstraremos uma proposi¸c˜ao fundamental.
Proposi¸c˜ao 2.1 Prove o que segue:
∆hY, Ni=−nhY,∇Hi −(|A|2+Ric(N, N))hY, Ni.
Demonstra¸c˜ao :
Sejam p ∈ Σ e {E1(p),· · · , En(p)} base ortonormal que diagonaliza A em p, onde A
´e a aplica¸c˜ao linear sim´etrica associada `a segunda forma fundamental. Sejam λ1,· · · , λn autovalores associados a E1(p),· · · , En(p), respectivamente. Denotamos por E1,· · · , En um referencial geod´esico em Σ obtido estendendo E1(p),· · · , En(p) em uma vizinhan¸ca do ponto p em Σ.
Escrevendo f =hY, Ni, temos, em p, ∆f =
n X
i=1
EiEi(f). (2.1)
Temos
Ei(f) = EihY, Ni=h∇¯EiY, Ni+hY,∇¯EiNi e
EiEi(f) =h∇¯Ei∇¯EiY, Ni+ 2h∇¯EiY,∇¯EiNi+hY,∇¯Ei∇¯EiNi. Mas, emp, temos
21
onde a ´ultima igualdade decorre da equa¸c˜ao de Killing. Portanto, emp,
EiEi(f) = h∇¯Ei∇¯EiY, Ni+hY,∇¯Ei∇¯EiNi. (2.2) Da equa¸c˜ao de Killing
h∇¯EiY, Ni=−h∇¯NY, Eii. Derivando em rela¸c˜ao aEi;
Eih∇¯EiY, Ni=−Eih∇¯NY, Eii. ou seja,
h∇¯Ei∇¯EiY, Ni+h∇¯EiY,∇¯EiNi=−h∇¯Ei∇¯NY, Eii − h∇¯NY,∇¯EiEii. (2.3) Observe que, em p, pela defini¸c˜ao de referencial geod´esico, ( ¯∇EiEi)T = 0. Ent˜ao ¯
∇EiEi =αN, para algumα ∈R.Da´ı, em p, h∇¯EiEi, Ni=α. Mas, emp
α=h∇¯EiEi, Ni=−h∇¯EiN, Eii=λi
Logo, ¯∇EiEi = λiN. Temos tamb´em que h∇¯EiY,∇¯EiNi = −λih∇¯EiY, Eii, pois Ei ´e autovetor de A. Aplicando esses resultados a (2.3) obtemos:
h∇¯Ei∇¯EiY, Ni −λih∇¯EiY, Eii=−h∇¯Ei∇¯NY, Eii −λih∇¯NY, Ni. Como Y ´e de Killing ent˜aoh∇¯EiY, Eii= 0 e h∇¯NY, Ni= 0.
Assim
h∇¯Ei∇¯EiY, Ni=−h∇¯Ei∇¯NY, Eii. (2.4) Por outro lado, pela defini¸c˜ao de tensor curvatura, temos:
hR(N, Ei)Y, Eii=h∇¯Ei∇¯NY, Eii − h∇¯N∇¯EiY, Eii+h∇¯[N,Ei]Y, Eii. (2.5) Estendemos {Ei}i=1,···,n a uma vizinhan¸ce. p em N, requerendo que ¯∇NEi = 0.
Ent˜ao, emp, [N, Ei] = ¯∇NEi−∇¯EiN = 0−(−λiEi) = λiEi. Assim
h∇¯[N,Ei]Y, Eii=λih∇¯EiY, Eii. (2.6) Agora, derivandoh∇¯EiY, Eii= 0 com rela¸c˜ao aN obtemos
22
Como ¯∇NEi = 0, temos
h∇¯N∇¯EiY, Eii= 0. (2.7) Substituindo (2.6) e (2.7) em (2.5), obtemos
hR(N, Ei)Y, Eii=h∇¯Ei∇¯NY, Eii. (2.8) Usando (2.4) em (2.8), obtemoshR(N, Ei)Y, Eii=−h∇¯Ei∇¯EiY, Ni e substituindo em (2.2), temos que:
EiEi(f) =−hR(N, Ei)Y, Eii+hY,∇¯Ei∇¯EiNi. Ent˜ao
∆f = − n X
i=1
hR(N, Ei)Y, Eii+ n X
i=1
hY,∇¯Ei∇¯EiNi= = −Ric(N, V) +
n X
i=1
hY,∇¯Ei∇¯EiNi (2.9) Para calcular o segundo termo da equa¸c˜ao (2.9), fazemosyj =hY, Eji e escrevemos
Y = n X
i=1
yjEj+f N.
Ent˜ao,
hY,∇¯Ei∇¯EiNi= n X
i=1
yjhEj,∇¯Ei∇¯EiNi+fhN,∇¯Ei∇¯EiNi. (2.10) Derivando a equa¸c˜aoh∇¯EiN, Ni= 0 em rela¸c˜ao aEi, obtemos
h∇¯Ei∇¯EiN, Ni+h∇¯EiN,∇¯EiNi= 0. Emp, temos que
h∇¯EiN,∇¯EiNi=λ2i. Logo,
h∇¯Ei∇¯EiN, Ni=−λ2i. (2.11) Derivando hN, Eji, em rela¸c˜ao a Ei, duas vezes:
Ei(h∇¯EiN, Eji+hN,∇¯EiEji) = 0, e portanto,
23
Ent˜ao, emp,
h∇¯Ei∇¯EiN, Eji=−hN,∇¯Ei∇¯EiEji (2.12) pois ( ¯∇EiEj)T = 0 emp e ¯∇EiN ´e tangente a Σ
Comoh[Ei, Ej], Ni= 0, h∇¯EiEj, Ni=h∇¯EjEi, Ni.
Assim, derivando a ´ultima express˜ao em rela¸c˜ao a Ei, obtemos
h∇¯Ei∇¯EiEj, Ni+h∇¯EiEj,∇¯EiNi=h∇¯EjEi,∇¯EiNi+h∇¯Ei∇¯EjEi, Ni, e da´ı, em p
h∇¯Ei∇¯EiEj, Ni=h∇¯Ei∇¯EjEi, Ni. (2.13) Considerando o tensor curvatura R de M, sabemos que:
hR(Ei, Ej)Ei, Ni=h∇¯Ej∇¯EiEi, Ni − h∇¯Ei∇¯EjEi, Ni+h∇¯[Ei,Ej]Ei, Ni. (2.14) Note que, em p,
[Ei, Ej] = ( ¯∇EiEj −∇¯EjEi)T = 0 e
Ejh∇¯EiEi, Ni=h∇¯Ej∇¯EiEi, Ni+h∇¯EiEi,∇¯EjNi=h∇¯Ej∇¯EiEi, Ni. (2.15) Assim, usando (2.12), depois (2.13) e na ´ultima igualdade (2.14) e (2.15), temos (em
p) que:
hEj,∇¯Ei∇¯EiNi = −h∇¯Ei∇¯EiEj, Ni=−h∇¯Ei∇¯EjEi, Ni=
= hR(Ei, Ej)Ei, Ni −Ejh∇¯EiEi, Ni. (2.16) Substituindo (2.16) e (2.11) em (2.10), obtemos usando linearidade de termos da cur-vatura:
hY,∇¯Ei∇¯EiNi= n X
j=1
yj(hR(Ei, Ej)Ei, Ni −Ejh∇¯EiEi, Ni)−f λ2i = =hR(Ei,
n X
i=1
yjEj)Ei, Ni − n X
j=1
(yjEj)h∇¯EiEi, Ni −f λ2i = =hR(Ei, Y −f N)Ei, Ni −
n X
j=1
(yjEj)h∇¯EiEi, Ni −f λ2i = =hR(Ei, Y)Ei, Ni −fhR(Ei, N)Ei, Ni −
n X
j=1
24
Ent˜ao, n X
i=1
hY,∇¯Ei∇¯EiNi = n X
i=1
hR(Ei, Y)Ei, Ni −f n X
i=1
hR(Ei, N)Ei, Ni
−
n X
i=1
(yjEj)( n X
i=1
h∇¯EiEi, Ni)−f n X
i=1
λ2i
Usando a defini¸c˜ao de tensor de Ricci, obtemos n
X
i=1
hY,∇¯Ei∇¯EiNi= Ric(N, Y)−fRic(N, N)− n X
j=1
(yjEj)(nH)−f n X i=1 λ2 i (2.17) Note que,
nhY,∇Hi=h n X
j=1
yjEj+f N, n X
i=1
Ei(H)Eii=nh n X
j=1
yjEj, n X
i=1
Ei(H)Eii +nhf N,
n X
i=1
Ei(H)Eii=n n X
j=1
yjEi(H)hEi, Eji= ( n X
j=1
yjEj)(nH).
Usando esse fato e a defini¸c˜ao de A em (2.17) temos, n
X
i=1
hY,∇¯Ei∇¯EiNi= Ric(N, Y)−fRic(N, N)−nhY,∇Hi −f|A|2 E por (2.9)
∆f =−Ric(N, Y) + Ric(N, Y)−fRic(N, N)−nhY,∇Hi −f|A|2.
Portanto
∆hY, Ni=−nhY,∇Hi −(|A|2 + Ric(N, N))hY, Ni.
Agora, iniciamos a demonstra¸c˜ao do Teorema 0.1. Segue de (1.3) quehY, Ni= 1/W, assim, obtemos
∆W − 2
W|∇W|
2 =
hn∇H, YiW2+ (|A|2+ Ric(N, N))W.
Agora, fixado um ponto x0 ∈ Ω considere r0 > 0 de modo que a bola aberta Br0(x0)
ainda esteja contida em Ω. Denote por K− o semi-cilindro Φ(R− ×B
r0(x0)). Assim,
defina uma fun¸c˜ao φ:K−→R por
φ(y) = !
1−
d(x)
r0
2 +Cs
"+
25
onde C =−1/2u(x0) ´e uma constante positiva e d(x) ´e a distˆancia geod´esica parax0 em
P, ou seja
d(x) = distP(x0, x).
No que se segue iremos calcular o gradiente e o Hessiano de φ|Σ nos pontos onde esta
fun¸c˜ao ´e diferenci´avel.
Dada uma fun¸c˜ao η em Σ defina a fun¸c˜ao h = ηW e seja y0 = Φ(u(x0), x0) ∈ Σ um
ponto de m´aximo de h. Segue disto que
∇h=η∇W +W∇η= 0.
Al´em disso, uma vez que a forma Hessiana ´e n˜ao-positiva em y0, temos
∆h =W∆η+η
∆W − 2 W|∇W|
2 Σ
≤0.
Assim,
∆η≤ − η W
∆W − 2
W|∇W|
2 Σ
=−η(|A|2+ Ric(N, N))−ηhn∇H, YiW.
Uma vez que H ´e constante ao longo das linhas de fluxo deY, temos que
h∇H, YTi=h∇¯H, Yi − h∇¯H, NihY, Ni=h∇H,∇u W i
1
W.
Portanto,
∆η ≤ −η(|A|2+ Ric(N, N))−ηhn∇H,∇u W i.
Em seguida, obtemos uma express˜ao expl´ıcita para ∆η quando η´e da forma
η(y) = g(φ(y)), y= Φ(u(x), x),
onde g =g(t) ´e uma fun¸c˜ao suave a ser escolhida e φ foi definida acima. Temos
∇η =g′(φ)∇φ =g′(φ)( ¯∇φ− h∇¯φ, NiN).
Para quaisquer v, w∈TΣ, temos
h∇v∇η, wi= g′′(φ)h∇φ, vih∇φ, wi+g′(φ)h∇v∇φ, wi = g′′(φ)h∇¯φ, vih∇¯φ, wi+g′(φ)h∇¯v∇φ, wi
26
Portanto
h∇v∇η, wi=g′′(φ)h∇¯φ, vih∇¯φ, wi+g′(φ)(h∇¯v∇¯φ, wi+h∇¯φ, NihAΣv, wi). (2.18) Nos pontos onde φ ´e diferenci´avel obtemos, usando que ¯∇s =γY,
¯
∇φ(y) =−2d
r2 0
¯
∇d(y) +CγY(y) = −2d
r2 0
Φ∗(s, x)∇d(x) +CγY(y).
Ent˜ao, temos
h∇¯φ, Ni = 2d
r2 0h
¯
∇d(y),Φ∗(s, x)∇
u
W i+CγhY(y), γ
WY(y)i
= 2d
r2
0W
h∇d,∇ui+C γ W.
Assim,
|∇¯φ|2− h∇¯φ, Ni2 = 4d
2
r4 0
1− 1
W2h∇d,∇ui 2
+C2γ1− γ
W2
− 4rdCγ2 0W2h∇
d,∇ui.
Para quaisquerv, w∈TyΣ, temos
h∇¯v∇¯φ, wi=− 2d r2 0h
¯
∇v∇¯d, wi − 2
r2 0h
¯
∇d, vih∇¯d, wi+Ch∇¯vγY, wi. (2.19) Denotando x=π(y) quando y= Φ(s, x) para algum s ∈R, obtemos
h∇¯v∇¯d, wi=h∇¯π∗v∇¯d, π∗wi+hv, Y
|Y|ihw, Y
|Y|ih∇¯|YY|
¯
∇d, Y
|Y|i
=IId(π∗v− hπ∗v,∇di∇d, π∗w− hπ∗w,∇di∇d) +hv,
Y
|Y|ihw, Y
|Y|ih∇¯|YY|
¯
∇d, Y
|Y|i
onde usamos o fato que P ⊂ Mn+1 ´e totalmente geod´esica. Aqui II
d denota a segunda forma fundamental das esferas geod´esicas centradas em x0.
Ent˜ao, dado um sistema ortonormal local {ei}ni=1 em Σ temos
n X
i=1
h Y |Y|, eii
2 = 1
|Y|2
n X
i=1
hY, eii2 = 1
|Y|2(|Y| 2
− hY, Ni2) = 1− γ
W2 =
|∇u|2
W2
Ent˜ao,
trg∇¯2d=kg+ |∇
u|2
W2 h∇¯|YY|
¯
∇d, Y
|Y|i=kg+
|∇u|2
W2 κd
onde kg a curvatura m´edia da esfera geod´esica centrada em x0 e
κd=h∇¯ Y
|Y|
¯
∇d, Y
27
´e a curvatura principal do cilindro de Killing sobre uma esfera geod´esica centrada em x0.
Agora, calcula-se
h∇¯v∇¯s, wi=h∇¯π∗vγY, π∗wi+hv, Y
|Y|ih∇¯|YY|γY, π∗wi+hw, Y
|Y|ih∇¯π∗vγY, Y
|Y|i
+hv, Y
|Y|ihw, Y
|Y|ih∇¯|YY|γY, Y
|Y|i
Usando o fato que
Y[γ] = 0 e h∇¯YY, Yi= 0 e que P ⊂Mn+1 ´e totalmente geod´esica obt´em-se
h∇¯v∇¯s, wi=hv,
Y
|Y|ih∇¯|YY|γY, π∗wi+hw, Y
|Y|ih∇¯π∗vγY, Y
|Y|i
=γhv, Yih∇¯YγY, π∗wi+γhw, Yih∇¯π∗vγY, Yi
=γ2hv, Yih∇¯YY, wi+γhw, Yih∇¯π∗vγY, Yi
=γ2hv, Yih∇¯YY, wi+γhw, Yi(π∗v[γ]hY, Yi+γh∇¯π∗vY, Yi)
=γ2hv, Yih∇¯YY, wi+γhw, Yi(π∗v[γ]hY, Yi −γh∇¯YY, π∗vi)
=γ2hv, Yih∇¯YY, wi −γ2hw, Yih∇¯YY, vi+γhw, Yiv[γ]hY, Yi =γ2hv, Yih∇¯YY, wi −γ2hw, Yih∇¯YY, vi+hw, Yiv[γ].
Ent˜ao,
trg∇¯2s = n X
i=1
hei, Yiei[γ] =hYT,∇¯γi=−hY, NihN,∇¯γi = 1
Wh∇γ,
∇u W i
= 2 γ
Whγ∇¯YY,
∇u W i Al´em disso n X i=1
hei,∇¯di2 =|∇¯d|2− h∇¯d, Ni2 = 1− h∇d,∇
u W i
2.
Segue de (2.19) que
trg∇¯2φ=−2d
r2 0
trg∇¯2d− 2 r2 0
(1− h∇¯d, Ni2) +Ctrg∇¯2s
Portanto,
trg∇¯2φ = − 2d
r2 0
kg +|∇
u|2
W2 κd
− 2
r2 0
1− h∇d, ∇u W2i
2
+ C 1 Wh∇γ,
28
Tomando o tra¸co em (2.18), obtemos
∆η=g′′(φ)(|∇¯φ|2− h∇¯φ, Ni2) +g′(φ)trg∇¯2φ+nHg′(φ)h∇¯φ, Ni.
Substituindo as express˜oes acima deduz-se que
∆η =g′′(φ)
4d2
r4 0
1− h∇d,∇u W i
2+C2γ|∇u|2
W2 −C
γ W
4d r2
0h∇
d,∇u W i
+g′(φ) !
− 2d
r2 0
kg+|∇
u|2
W2 κd
− 2
r2 0
1− h∇d, ∇u W2i
2
+C 1 Wh∇γ,
∇u
W i+nH
2d
r2 0h∇
d,∇u W i+C
γ W
"
.
Por fim, escolhemos
g(t) = eKt−1.
Observa¸c˜ao 2.2 As fun¸c˜oes g e φ s˜ao definidas apropriadamente da mesma forma que em [10].
A partir da desigualdade
∆η ≤ −η(|A|2+ Ric(N, N) +hn∇H,∇u W i).
denotando-se
˜
C =||A|2+ Ric(N, N) +hn∇H,∇u W i|
temos
0≥∆η−Cη˜
=eKφK2
4d2
r4 0
1− h∇d,∇u W i
2+C2γ|∇u|2
W2 −C
γ W
4d r2
0h∇
d,∇u W i
+eKφK !
− 2d
r2 0
kg+|∇
u|2
W2 κd
− 2
r2 0
1− h∇d,∇u W2i
2
+C 1 Wh∇γ,
∇u
W i+nH
2d
r2 0h∇
d,∇u W i+C
γ W
"
−Ce˜ Kφ+ ˜C
e ent˜ao
0≥∆η−Cη˜
≥eKφK2
4d2
r4 0
1− h∇d,∇u W i
2+C2γ|∇u|2
W2 −C
γ W
4d r2
0h∇
d,∇u W i
+eKφK
!
− 2rd2 0
kg+|∇
u|2
W2 κd
−r22 0
1− h∇d, ∇u W2i
2
+C 1 Wh∇γ,
∇u
W i+nH
2d
r2 0h∇
d,∇u W i+C
γ W
"
29
Agora, note que
4d2
r4 0
1− h∇d,∇u W i
2+C2γ|∇u|2
W2 −C
γ W
4d r2
0h∇
d,∇u W i
≥C2γ|∇u|
2
W2 −
4d r2 0
Cγ|∇u| W2 ≥C
2γ|∇u|2
W2 −
4
r0
Cγ|∇u| W2
Denotando α=γ/2 seque que caso
|∇u|>
4
r0 +
q
16
r2 0 +C
2γ
C , (2.20)
ent˜ao
C2γ|∇u|2
W2 −
4
r0
Cγ|∇u| W2 > αC
2.
Al´em disso, temos
2d r2 0
kg +|∇
u|2
W2 κd
+ 2
r2 0
1− h∇d,∇u W2i
2
−C 1 Wh∇γ,
∇u
W i −nH
2d
r2 0h∇
d,∇u W i+C
γ W
≤ 2rd2 0
Hd+ 2 r2 0 − 2d r2 0
nHh∇d,∇u W i
−2C γ
Whγ∇¯YY,
∇u
W i −nHC γ W,
onde Hd ´e a curvatura m´edia do cilindro de Killing sobre a esfera geod´esica centrada em
x0 com raio d.
Al´em disso,
2d r2
0
nHh∇d,∇u W i ≥ −
2d r2 0
n|H| ≥ −n2d r2 0
h0
e
−2C γ
Whγ∇¯YY,
∇u
W i −nHC γ
W ≤C 2|γ∇¯YY|+n|H|
γ
W ≤C 2|γ∇¯YY|+nh0
.
onde h0 = supBr0(x0)|H|. Resulta que
0≥∆η−Cη˜ ≥eKφK2αC2−eKφK2d r2 0
Hd+ 2
r2 0
+2d
r2 0
nh0+C 2|γ∇¯YY|+nh0
−Ce˜ Kφ
No entanto, isso implica que
0≥αC2K2 −2d
r2 0
Hd+ 2
r2 0
+ 2d
r2 0
nh0+C 2|γ∇¯YY|+nh0
30
Observe que
|γ∇¯YY|= ¯κ,
onde ¯κ ´e a curvatura das linhas de fluxo. Portanto obt´em-se 0≥K2αC2−K2
r2 0
dHd+ 2
r2 0
+ 2
r0
nh0+C(nh0+ 2¯κ0)
−C˜
onde ¯κ0 = supBr0(x0)¯κ. Desde que dHd→ 1 quandod →0 esse termo pode ser estendido
continuamente para uma fun¸c˜ao limitada no intervalo [0, r0]. Segue-se que existe uma
constante ˜˜C >0 tal que
0≥αC2K2−CK˜˜ −C.˜
Isto d´a uma contradi¸c˜ao se considerarmos K suficientemente grande. Segue-se a partir desta contradi¸c˜ao que
|∇u| ≤
4
r0 +
q
16
r2 0 +C
2γ
Cap´ıtulo 3
Uma abordagem anal´ıtica
Teorema 3.1 Sejau∈C2(B
r0(x0))uma solu¸c˜ao negativa da equa¸c˜ao da curvatura m´edia
(1.11) onde H : ¯Ω → R ´e uma fun¸c˜ao em Cα( ¯Ω). Ent˜ao, existe uma constante D =
D(u(x0), r0, γ, H) tal que |∇u(x0)| ≤D
Demonstra¸c˜ao :
Primeiro observamos que para um sistema de coordenadasx= (x1, . . . , xn) a equa¸c˜ao
(1.11) tem a forma
gijui;j −Rh∇γ,∇ui=nHW (3.1) onde
gij =σij − u
iuj
W2.
e por simplicidade vamos denotar
R= 1
2γW2(2γ+|∇u| 2)
Como feito no cap´ıtulo 2, fixe um ponto x0 ∈ Ω e tome r0 > 0 tal que a bola fechada
Br0(x0) est´a contida em Ω. Denote porK
− o semi-cilindro s´olido Φ(R−×B
r0(x0)). Defina
a fun¸c˜ao n˜ao-negativa φ:K− →R como no cap´ıtulo anterior
φ(y) =
1− d
2(x)
r2 0
+Cu(x) +
se y = Φ(s, x)∈K−
onde + significa a parte positiva e C = −1/2u(x0) ´e uma constante positiva, temos
tamb´em d(x) = distP(x0, x). No que se segue as fun¸c˜oes η e h est˜ao definidas como no
cap´ıtulo anterior, e novamente temos
32
onde K > 0 ´e uma constante a ser escolhida depois. Ent˜ao η desaparece ao longo do cilindro R−×∂Br
0 e ´e suave onde ´e positiva.
Seja y0 ∈ Br0(x0) um ponto interior onde a fun¸c˜ao h =ηW tem um m´aximo. Nesse
ponto temos hi = 0, i,e.,
ηiW =−ηWi (3.2)
e a matriz hessiana deh´e semidefinida negativa emy0. Tomando o tra¸co do produto com
a matriz definida positiva W−1gij, temos 0≥ 1
Wg
ijh
i;j =gijηi;j+ 2
gij
WηiWj + gij
WηWi;j.
Usando (3.2), obtemos
gijηi;j+
η Wg
ijW i;j−2
WiWj
W
≤0. (3.3)
De (1.3), temos
Nk =−u k
W. (3.4)
Assim,
Wi =
γi 2W +
uk
Wuk;i = γi 2W −N
ku
k;i. (3.5)
Na sequˆencia, usamos (3.2), (3.4) e (3.5) v´arias vezes como referˆencia. Temos
Wi;j =
γi;j 2W −
γiWj 2W2 −N
k
;juk;i−Nkuk;ij = γi;j
2W + σkl
W ul;juk;i− w
η2ηiηj −N
ku k;ij = γi;j
2W +
1
W σ
kl−NkNl
ul;juk;i+ 1
WN
kNlu
l;juk;i− 1
WWiWj −N
ku k;ij = γi;j
2W + gkl
Wul;juk;i+ γiγj 4W3 −
1
2W2(Wiγj+Wjγi)−N
ku k;ij Assim,
gijWi;j = 1 2Wg
ijγ i;j+
1
Wg
ijgklu
l;juk;i + 1 4W3g
ijγ iγj+
1
W ηg
ijη
iγj−Nkgijuk;ij (3.6) Vamos calcular o ´ultimo termo de (3.6). Para isso, vamos usar as identidades de Ricci para a hessiana de u
33
Assim,
Nkgijuk;ij =Nkgijui;jk+NkgijRlkjiul=Nkgijui;jk − 1
Wg
ijRl kjiukul =Nk(gijui;j);k−Nkg;ijkui;j−
1
Wg
ijRl kjiukul
Segue-se que
Nkgijuk;ij =Nk(nW H);k+Nk(Rh∇γ,∇ui);k−Nkg;ijkui;j − 1
Wg
ijRl
kjiukul. (3.7) Vamos calcular os trˆes primeiros termos de (3.7). Para o primeiro termo, temos
(HW);k =W
Hk−
Hηk
η
. (3.8)
Uma vez que
2γ+|∇u|2 2γW2
;k =
γk
W2 −
γ
W4(γk+ 2u
lu l;k) =
1
W2
γk+ 2γηk
η
e
1
2γh∇γ,∇ui
;k = γl
2γ
;k+
γl 2γul;k=
1 2γ
hγlγk
γ −γk;l
W Nl+γlul;k i
,
obtemos, para o segundo termo de (3.7), a seguinte express˜ao
(Rh∇γ,∇ui);k =R
hγlγk
γ −γk;l
W Nl+γlul;k i
+ 1
W2
γk 2γ +
ηk
η
h∇γ,∇ui (3.9) Temos
g;ijk =−N;ikNj −NiN;jk=− 1
W2(u
i
;kuj+uiu j
;k) + 2
W3W;ku
iuj =− 1
W2(u
i
;kuj +uiu j
;k) + 1
W3(
γk
W −2N
lu
l;k)uiuj
= 1
W(u
i
;k−NiNlul;k)Nj +
1
W(u
j
;k−N jNlu
l;k)Ni+
γk
W4u
iuj = 1
W(σ
il
−NiNl)ul;kNj+ 1
W(σ
jl
−NjNl)ul;kNi+
γk
W4u
iuj = 1
Wg
ilu
l;kNj + 1
Wg
jlu
l;kNi + 1
W2γkN
iNj, donde resulta que o terceiro termo de (3.7) ´e dado por
Nkg;ijkui;j = 1
WN
kgilu
i;jul;kNj + 1
WN
kgjlu
i;jul;kNi+Nk 1
W2γkN
iNju i;j = 2
Wg
il γi
2W −Wi
γl
2W −Wl
+ 1
W2γkN
iNk γi
2W −Wi
= 2
Wg
ijηiW
η + γi 2W
ηjW
η + γj 2W
+ 1
W2γkN
iNkηiW
η + γi 2W
34
Substituindo (3.8), (3.9) e (3.10) em (3.7), obtemos
Nkgijuk;ij = nW Nk
Hk−
Hηk
η
− W2 gijηiW η + γi 2W η jW η + γj 2W
− W12γkN
iNkηiW
η + γi 2W
1
W2N
kγk 2γ +
ηk
η
h∇γ,∇ui
+ Rh γ
2Wσ
ij+W NkNlγkγl
γ −W N
kNlγ k;l+
W η γlη
li
− W1 gijRlkjiukul. Resulta de (3.6) que
gijWi;j− 2
Wg
ijW iWj =
3 4W3g
ijγ iγj+
1
Wg
ijgklu
l;juk;i+ 3
W ηg
ijγ iηj +
1 2Wg
ijγ i;j + 1
WR
l
kjiukul−nNk
W
η (ηHk−Hηk) +
1
W2γkN
kNiW ηi
η + γi 2W
− 1
W2N
kγk 2γ +
ηk
η
h∇γ,∇ui −Rh γ
2Wσ
kl+W NkNlγkγl
γ −W N
kNlγ k;l+
W η γlη
li. Depois de multiplicar ambos os lados por η/W e descartar os termos n˜ao-negativos, ob-temos
η W
gijWi;j − 2
Wg
ijW iWj
≥h−nNkHk−
γk 2γW3N
k
h∇γ,∇ui+ 1 2W2g
ijγ i;j
−R γ
2W2σ
kl+NkNlγkγl
γ −N
kNlγ k;l
+ 1
W2g
ijRl kjiukul
i
η
+hnH+ 1
W2N
kγ k−
1
W3h∇γ,∇ui
Ni+ 3
W2g
ij
−Rσijγj i
ηi. ´
E f´acil verificar que existe uma constante M >0 dependendo deH, γ e do tensor de Ricci de P, tal que
1
W2ηg
ij(W W
i;j−2WiWj)≥ −M η−Aiηi (3.11) onde −Ai denota o coeficiente de η
i. Segue-se de (3.3) e (3.11),
gijηi;j−M η−Aiηi ≤0. (3.12) Por outro lado,
ηi =g′(−r0−2(d2)i+Cui)
e
ηi;j =g′(−r0−2(d2)i;j+Cui;j) +g′′(−r−20 (d2)i+Cui)(−r0−2(d2)j+Cuj)
Por isso
gij(r−2
0 (d2)i−Cui)(r0−2(d2)j−Cuj) = C
2γ
W2|∇u|
2− 2Cγ
r2 0W2
h∇u,∇d2i+ 1
r4 0
|∇d2|2− 1
W2h∇u,∇d 2i2
≥ C
2γ
W2
|∇u|2− 2
Cr2 0
35
e
gij(−r0−2(d2)i;j +Cui;j) =−r0−2gij(d2)i;j +C(nHW +Rh∇γ,∇ui) onde
gij(d2)i;j = ∆d2− 1
W2h∇∇u∇d 2,
∇ui
Segue de (3.12) que
C2γ
W2
h
|∇u|2− 2 Cr2
0h∇
u,∇d2iig′′+h 1
r2
0W2h∇
∇u∇d2,∇ui − ∆d2
r2 0
+C(nHW +Rh∇γ,∇ui)ig′ ≤M g+Ai(−r−20 (d2)i+Cui)g′
Desde que
−Ai(d2)i =nH+ 1
W2N
kγ k−
1
W3h∇γ,∇ui
Ni(d2)i+ 3
W2g
ij
−Rσijγj(d2)i e
Aiui =
nHW + 1
WN
kγ k−
1
W2h∇γ,∇ui
|∇u|2
W2 +
3
Wg
ijγ
jNi+Rh∇γ,∇ui Concluimos que
C2γ
γ+|∇u|2
|∇u|2− 2 Cr2
0h∇
u,∇d2ig′′+P g′ −M g≤0 onde o coeficiente
P = n
WCHγ−
1
r2 0
∆d2− 1
W2h∇∇u∇d 2,
∇ui−CW Nkγk− h∇γ,∇ui
|∇u|2
W4
−W3 CgijγjNi− 1
r2 0W3
nHW3+W Nkγk− h∇γ,∇ui
Ni(d2)i
−r12 0
3
W2g
ij
−Rσijγi(d2)j de g′ ´e limitado para uma constante C
0 =C0(C, H, γ).
Suponha que
|∇u| ≥ 8 Cr0
=−16u(x0)
r0
.
Ent˜ao, temos
|∇u| ≥ 4|∇d
2|
Cr2 0
e
|∇u|2− 2
Cr2 0
h∇u,∇d2i ≥ |∇u|2− 2
Cr2 0
|∇u||∇d2|
36
Assim, existe uma constante L=L(u(x0), r0, γ) tal que
C2γ
γ+|∇u|2
|∇u|2)− 2
Cr2 0
h∇u,∇d2i≥ C
2γ
2(γ+|∇u|2)|∇u| 2
≥L >0.
Por exemplo, fixandoγ0 =infBr0(x0)γpodemos tomarL= 32γ0/(r
2γ
0+256u2(x0)). Desde
que g(t) = eKt−1, obtemos uma contradi¸c˜ao tomando K = K(C, H, γ) suficientemente grande, isto ´e, de tal modo que
Lg′′(y0) +C0g′(y0)−M g(y0)>0
Assim,
W(y0)≤C1 =γ1−
16u(x0)
r0
onde γ1 =supBr0(x0)γ. Desde que h(x0)≤h(y0), obtemos
η(x0)W(x0)≤η(y0)W(y0)
Portanto,
(eK/2−1)W(x0)≤C1eK.
Isto d´a a estimativa desejada e conclui a prova.
Referˆ
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