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PARTE 1 - INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

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Academic year: 2021

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES – PB4

Profa.: Marta Geraldini Disciplina: Redação Turma: 9o ano Conteúdos:

Interpretação de prosa poética;

Versificação ou Metrificação;

Figuras de linguagem.

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PARTE 1 - INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS UM ESCRITOR NASCE...

Nasci numa tarde de julho, na pequena cidade onde havia uma cadeia, uma igreja e uma escola bem próximas umas das outras, e que se chamava Turmalinas. A cadeia era velha, descascada na parede dos fundos. Deus sabe como os presos lá dentro viviam e comiam, mas exercia sobre nós uma fascinação inelutável (era o lugar onde se fabricavam gaiolas, vassouras, flores de papel, bonecos de pau). A igreja também era velha, porém não tinha o mesmo prestígio. E a escola, nova de quatro ou cinco anos, era o lugar menos estimado de todos. Foi aí que nasci.

Nasci na sala do 3o ano, sendo a professora D. Emerenciana Barbosa, que Deus a tenha. Até então, era analfabeto e despretensioso. Lembro-me: nesse dia de julho, o sol que descia da serra, era bravo e parado. A aula era de Geografia, e a professora traçava no quadro-negro nomes de países distantes. As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes, e Paris era uma torre ao lado de uma ponte e um rio. A Inglaterra não se enxergava bem no nevoeiro, um esquimó, um condor surgiam misteriosamente, trazendo países inteiros. Então, nasci. De repente nasci, isto é, senti necessidade de escrever. Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis, a não ser bonecos sem pescoço, com cinco riscos representando as mãos. Nesse momento, porém, minha mão avançou para a carteira à procura de um objeto, achou-o, apertou-o irresistivelmente, escreveu alguma coisa parecida com a narração de uma viagem de Turmalinas ao Polo Norte.

É talvez a mais curta narração no gênero. Dez linhas, inclusive o naufrágio e a visita ao vulcão.

Eu escrevia com o rosto ardendo, e a mão veloz tropeçando sobre complicações ortográficas, mas passava adiante. Isso durou talvez um quarto de hora, e valeu-me a interpelação de D. Emerenciana.

– Juquita, que que você está fazendo?

O rosto ficou mais quente, não respondi. Ela insistiu:

– Me dá esse papel aí… me dá aqui.

Eu relutava, mas seus óculos eram imperiosos. Sucumbido, levantei-me, o braço duro segurando a ponta do papel, a classe toda olhava para mim, gozando o espetáculo da humilhação. D. Emerenciana passou os óculos pelo papel e, com assombro para mim, declarou à classe:

– Vocês estão rindo do Juquita. Não façam isso. Ele fez uma descrição muito chique, mostrou que está aproveitando bem as aulas.

Uma pausa, e rematou:

– Continue, Juquita. Você ainda será um grande escritor.

A maioria, na sala, não avaliava o que fosse um grande escritor. Eu próprio não avaliava. Mas sabia que no Rio de Janeiro havia um homem pequenino, de cabeça enorme, que fazia discursos muito compridos e era inteligentíssimo. Devia ser, com certeza, um grande escritor, e em meus nove anos achei que a professora me comparava a Rui Barbosa.

(Carlos Drummond de Andrade. Contos de Aprendiz. 4a Edição, Editora do Autor)

Responda às questões a seguir, baseadas no texto:

01. Como se explica a frase: “Nasci numa tarde de julho, na pequena cidade onde havia uma cadeia, uma igreja e uma escola…”

02. Por que a cadeia exercia sobre as crianças uma fascinação inelutável?

03. Qual era a contribuição dos presos para a cidade?

04. Como se sabe que a professora já morreu?

COLÉGIO ALMIRANTE TAMANDARÉ

Credenc. e autorização de funcionamento do Ens. Fundamental.

Deliberação CEE/MS Nº 10.278, de 19 de dezembro de 2013.

Educ. Infantil – Aut. Del. CEE/MS Nº 1872 de 04 de fevereiro de 2016.

2002

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05. Onde aconteceu o “nascimento” do escritor?

06. Até aquele dia, o que o autor pensava sobre o ato de escrever?

07. Por quanto tempo o autor escreveu o texto, na aula de Geografia?

08. Que reação provocou, na classe, a advertência inicial de Dona Emerenciana?

09. O aluno entregou o papel imediatamente? O que determinou a entrega?

10. A professora fez um elogio ao garoto. Por quê?

11. O elogio levou o garoto a concluir o quê?

12. As previsões da professora estavam certas? Por quê?

13. Qual é o protagonista da história e que idade tem?

14. Localize no texto uma frase que demonstre a respeito do protagonista:

a) obediência –

b) curiosidade –

c) constrangimento –

d) sofreguidão, pressa –

15. A história da narrativa se passa no tempo:

a. ( ) presente b. ( ) passado c. ( ) futuro

16. Qual é a duração e o ambiente físico em que ocorrem os fatos?

17. Qual é a principal mensagem que se encontra no texto?

PARTE 2 - VERSIFICAÇÃO

01. Leia o poema de Vinícius de Moraes:

Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.

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Agora responda:

a) Quanto ao número de sílabas poéticas como podem ser classificados os versos desse poema?

b) E quanto ao número de versos como denominaremos as estrofes?

c) Qual é o esquema de rimas empregado no poema?

d) Classifique as rimas quanto a(o):

- valor:

- disposição:

e) Destaque e identifique as figuras de linguagem que aparecem no poema.

f) Há encadeamento? Justifique.

g) Há chave do ouro? Justifique.

h) Qual é o tema do poema?

i) Explique o título do poema.

J) Quais as principais características deste poema?

k) Descreva a estrutura e a forma usadas neste poema.

l) O autor do poema é Vinicius de Moraes. E quem é o eu lírico?

m) Os poemas podem ser descritivos, narrativos ou argumentativos. Qual é o tipo do poema analisado?

Por quê?

02. O poema que segue faz parte do primeiro livro de Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia, publicado em 1930, e tem como título "Cidadezinha qualquer". Leia o poema e assinale a alternativa correta:

Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras

Pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

(A) O poema denuncia de forma irônica e com uma linguagem sintética a monotonia e o tédio que predominam em pequenas cidades do interior.

(B) O poema mostra com sentimento piedoso o desajuste existencial do homem diante da vida.

(C) O poema retrata de modo triste e melancólico a desventura amorosa do poeta na cidade de Itabira, onde nasceu.

(D) Predomina no poema um sentimento de nostalgia do passado, por meio de uma linguagem muito simples e pouco elaborada esteticamente.

(E) Há no poema uma preocupação de ordem social e política que sintetiza o "sentimento do mundo" do eu lírico.

03. Versos livres são os que não têm métrica, e brancos, os que não têm rimas. Analisando-se o poema de Drummond, percebe-se que seus versos são:

(A) livres e rimados (B) metrificados e brancos (C) livres e brancos

(D) metrificados e rimados (E) impossíveis de confirmar

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04. Responda:

a) Qual é o tema do poema?

b) Explique o título do poema.

c) Que figura de linguagem aparece no poema acima?

d) Comente sobre o poema falando sobre sua estrutura e forma.

e) Quanto ao número de sílabas poéticas como podem ser classificados os versos desse poema?

f) E quanto ao número de versos como denominaremos essa estrofe?

g) Qual é o esquema de rimas empregado no trecho do poema?

h) Classifique as rimas quanto a(o):

- valor:

- disposição:

i) Há encadeamento? Justifique.

j) Há chave do ouro? Justifique.

k) O autor do poema é Cassiano Ricardo. E quem é o eu lírico?

l) Os poemas podem ser descritivos, narrativos ou argumentativos. Qual é o tipo do poema analisado? Por quê?

05. Leia o poema abaixo e responda ao que se pede:

Poética Que é poesia?

uma ilha cercada de palavras por todos os lados

Que é um poeta?

um homem que trabalha um poema com o suor do seu rosto

Um homem que tem fome como qualquer outro

homem.

(Cassiano Ricardo) a) Qual é o tema do poema?

b) Explique o título do poema.

c) Comente sobre o poema falando sobre sua estrutura e forma.

d) Quais as características deste poema?

e) Quanto ao número de sílabas poéticas como podem ser classificados os versos desse poema?

f) Qual é o esquema de rimas empregado no trecho do poema?

g) Há encadeamento? Justifique.

h) Há chave do ouro? Justifique.

(5)

i) O autor do poema é Cassiano Ricardo. E quem é o eu lírico?

j) Os poemas podem ser descritivos, narrativos ou argumentativos. Qual é o tipo do poema analisado? Por quê?

Bons estudos!!!!!!

Prof. Marta

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