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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RODRIGO ALEXANDRE DE ARAÚJO

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

RODRIGO ALEXANDRE DE ARAÚJO

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DISPONIBILIZADOS NO SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO – SNIS COM ENFOQUE

NO COMBATE ÀS PERDAS REAIS.

MOSSORÓ

2018

(2)

RODRIGO ALEXANDRE DE ARAÚJO

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DISPONIBILIZADOS NO SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO – SNIS COM ENFOQUE

NO COMBATE ÀS PERDAS REAIS.

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em engenharia civil.

Orientador: Valder Adriano Gomes de Matos Rocha, Prof. Dr.

MOSSORÓ

2018

(3)

©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Central Orlando Teixeira (BCOT)

Setor de Informação e Referência (SIR)

Setor de Informação e Referência

Bibliotecário-Documentalista

Nome do profissional, Bib. Me. (CRB-15/10.000)

(4)

RODRIGO ALEXANDRE DE ARAÚJO

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DISPONIBILIZADOS NO SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO – SNIS COM ENFOQUE

NO COMBATE ÀS PERDAS REAIS.

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semiárido como requisito para obtenção do título de Bacharel em engenharia civil.

Defendida em: _____ / _____ / 2 018.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________

Valder Adriano Gomes de Matos Rocha, Prof. Dr. (UFERSA) Presidente

_________________________________________

Jesse Wille Gondim Pinto, Prof. (UFERSA) Membro Examinador

_________________________________________

Arthuro Munay Dantas da Silveira, Prof. (UFERSA)

Membro Examinador

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao único Deus verdadeiro, o qual me concedeu a vida através do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Agradeço a Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA, por ter propiciado no decorrer desses anos a minha formação acadêmica de qualidade, através de todo o seu quadro administrativo e de seus professores altamente qualificados.

Agradeço ao meu Orientador o professor Doutor Valder Adriano Gomes de Matos Rocha, por ter dedicado o seu tempo escasso para me dá lições acadêmicas para realização deste trabalho e que levarei para o resto da minha vida.

Agradeço a Banca examinadora constituída pelos professores Arthuro Munay Dantas da Silveira e Jesse Wille Gondim Pinto por sua atenção com este trabalho e por suas contribuições valiosíssimas para melhora do mesmo.

Agradeço a minha família, na pessoa da minha querida mãe Francisca Rosa de Oliveira sem a qual não estaria aqui, pois contribuíram com amor, com incentivo e materialmente para que pudesse realizar mais esse sonho.

Agradeço a minha esposa Ana Néri Araújo Sombra por ter suportando os momentos de ausência muitas vezes necessários para realização das muitas atividades acadêmicas.

Agradeço a todos os meus amigos que no decorrer dessa jornada somaram momentos

de alegria, incentivo e descontração, especialmente a meus grandes amigos Uanderson

Monteiro do Nascimento, Tarcísio Rebouças Braga Filho e Leyvino Bezerra do Nascimento.

(6)

Bosques são belos, sombrios e profundos, Mas eu tenho promessas a cumprir

E milhas a percorrer antes de dormir, E milhas a percorrer antes de dormir.

Robert Frost

(7)

RESUMO

O presente trabalho aborda uma avaliação dos dados disponibilizados no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, com ênfase na aplicação desses indicadores para análise de perdas físicas e nas contribuições desses indicadores para mobilização de ações corretivas para minimização das perdas. O objetivo principal deste trabalho é analisar a qualidade dos dados que as concessionárias disponibilizam no SNIS quanto às perdas físicas.

Se justifica pelo elevado nível de perdas nos sistemas de abastecimento de água do Brasil que gira em torno de 40%, sendo que os indicadores de perdas constituem importante ferramenta para diminuição desses elevados níveis de perdas. Para realização deste trabalho foi feito um levantamento bibliográfico buscando-se encontrar propostas de indicadores mais práticos e diferentes dos propostos pela International Water Association (IWA), além de um estudo profundo sobre os indicadores disponíveis no SNIS e a partir desses estudos foi avaliada a qualidade desses dados. As conclusões que puderam ser tiradas do estudo foi que os indicadores disponibilizados pelo SNIS têm utilidade na comparação entre sistemas, mas devido sua generalidade são deficientes para quando se deseja tirar conclusões para realização de ações estruturantes para melhora dos índices de perdas físicas.

Palavras-chave: Índices de perdas físicas. Ações de combate à perda. Qualidade de

indicadores.

(8)

ABSTRACT

The present work deals with an evaluation of the data available in the National Sanitation Information System - SNIS, with emphasis on the application of these indicators to analyze physical losses and on the contributions of these indicators to mobilize corrective actions to minimize losses. The main objective of this work is to analyze the quality of the data that the concessionaires make available in the SNIS regarding physical losses. This is justified by the high level of losses in Brazil's water supply systems, which is around 40%, and the loss indicators are an important tool to reduce these high levels of losses. To accomplish this work, a bibliographic survey was carried out in order to find proposals for more practical and different indicators than those proposed by the IWA, in addition to an in-depth study on the indicators available in the NHIS and from these studies the quality of these data was evaluated. The conclusions that could be drawn from the study were that the indicators provided by the SNIS have utility in the comparison between systems, but due to their generality they are deficient when it is desired to draw conclusions for structuring actions to improve the physical loss indexes

Keywords:

Physical loss indices. Actions to combat loss. Quality indicators.

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Distribuição de água no mundo ... 17

Figura 2 – Distribuição da água doce disponível no planeta ... 18

Figura 3 – Índice de disponibilidade de água per capita ... 18

Figura 4 – Consumo de água no Brasil por setor ... 21

Figura 5 – Distribuição das classes do IQA ... 22

Figura 6 – Evolução histórica do indicador de perdas... 25

Figura 7 – IVu por quadrícula- Setor Salesópoles ... 37

(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Balanço Hídrico IWA ... 24

Quadro 2 – Parâmetros utilizados para o cálculo de perdas inevitáveis...…...…… 28

Quadro 3 – Características dos índices de perdas ... 33

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Metas do Plano Nacional de Saneamento Básico ...………...26

Tabela 2 – Classificação sugerida ...………..………. 31

Tabela 3 – Indicadores de perdas de alguns municípios do RN ... 36

Tabela 4 – Indicadores da VRP Idioma Esperanto ... 38

(12)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANA Agência Nacional de Águas

CAERN Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte CAESA Companhia de Águas e Esgotos do Amapá

DBO Demanda bioquímica por oxigênio

Dr Doutor

EUA Estados Unidos das Américas

IBNET International Benchmarking Network for Water and Sanitation Utilities IFc Índice de fragilidade de ramais

ILI Infraestructure Leakage Index IQA Índice de Qualidade de águas IFr Índice de fragilidade de redes

IVI Índice de vazamentos na infraestrutura IVu Índice de vulnerabilidade

IWA International Water Association mca Metros de Coluna de Água OD Oxigênio disponível

SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná

SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento UARL Unavoidable Annual Real Losses

UI Unidade de Informação

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (tradução)

(13)

LISTA DE SÍMBOLOS

@ Arroba

© Copyright

® Marca registrada

% Porcentagem

$ Cifrão

(14)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO………...………. 14

2 OBJETIVOS ... 16

2.1 OBJETIVO GERAL... 16

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 16

3 REFERENCIAL BIBIOGRÁFICO……… 17

3.1 PANORAMA ATUAL DA ÁGUA NO PLANETA ... 17

3.1.1 Cenário Global ... 17

3.1.2 Cenário Brasileiro ... 19

3.2 PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ... 23

3.2.1 Classificação de perdas e balanço hídrico ... 23

3.2.2 Padrão mundial e nacional de perdas ... 25

3.2.3 Potencial de ganhos com melhoria na gestão de perdas ... 26

3.3 INDICADORES DE PERDAS ... 27

3.4 INDICADORES PRÁTICOS PARA PERDAS FÍSICAS ... 29

3.4.1 IFr – Índice de fragilidade de redes ... 29

3.4.2 IFc – Índice de fragilidade de ramais ... 30

3.4.3 IVu – Índice de vulnerabilidade ... 30

4 METODOLOGIA ... 32

4.1 BASE DE DADOS ... 32

4.2 INDICADORES AVALIADOS... 32

4.1.1 Perdas de faturamento ... 33

4.1.2 Perdas na distribuição... 34

4.1.3 Perdas por ligação ... 35

4.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ... 35

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 36

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39

REFERÊNCIAS ... 40

(15)

14

1 INTRODUÇÃO

A água doce é um recurso limitado e embora em algumas regiões haja relativa abundância outras apresentam grande escassez, como é o caso de 2 bilhões de pessoas, segundo relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) de 2016. O mesmo relatório aponta que se providências não forem tomadas até 2050, 2,3 bilhões de pessoas viveram severa restrição hídrica.

Levando-se em consideração um olhar global o Brasil é um país privilegiado nesse quesito, sendo o país que possui mais água doce no mundo, mas quando se pensa na distribuição dessa água ao longo dessa país continental surgem preocupações. A região do semiárido, por exemplo, é a mais castigada do país, possuindo apenas 3,8 % da água doce disponível (ANA, 2017).

Diante desse cenário preocupante, toda população, concessionárias, empresas e agentes públicos devem voltar sua preocupação em minimizar as perdas e o desperdício de água, visto que o Banco Mundial , conforme KINGDOM, LEBERGER E MARIN (2006 apud DINIZ, 2012) estima um volume de água não faturada de 48,6 bilhões de m³/ano e que o volume de perdas reais que ocorrem nos países em desenvolvimento seriam suficientes para abastecer cerca de 200 milhões de pessoas. No Brasil as perdas giram em torno de 40%, índice ainda longe do de países desenvolvidos como o Japão em que esse índice é de 11%.

Para quantificação das perdas e para o conhecimento por parte das concessionárias no nível dessas perdas faz-se necessário o estudo de alguns indicadores. O IWA sugere a utilização de alguns desses indicadores como a perda medida em porcentagem, perda medida por economia por litros por dia, perda medidas em litros por quilômetros por dia além da perda medida em litros por ligações de água por dia. Além desses indicadores o IWA elaborou indicadores que tratam do desempenho operacional dos sistemas quanto a vazamentos que são o Op31 e Op32 que tratam do número de vazamentos por quilômetro e por ramais, respectivamente.

O Ministério das Cidades disponibiliza através do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), diversos indicadores de perdas dos municípios do Brasil. Os indicadores de perdas lá disponíveis são: índice de perdas faturamento, índice de perdas na distribuição, índice bruto de perdas lineares, índice de perdas por ligação.

Além dos indicadores propostos pela IWA, alguns pesquisadores estudam a adoção de

indicadores próprios e que são aplicáveis a determinadas situações, como Cabral e Júnior (2015)

(16)

15

que elaboraram indicadores práticos para avaliar a infraestrutura de redes e ramais, quanto a perdas físicas, de determinados setores abastecidos pela SABESP.

No presente trabalho procurou-se avaliar os indicadores disponibilizados pelo SNIS

quanto a sua aplicabilidade, tomando como critérios de avaliação a efetividade na elucidação

de ações ao se ler estes indicadores. O trabalho de Cabral e Júnior (2015) também servirá de

base para avaliação tendo em vista a efetividade dos indicadores, por eles propostos, na prática.

(17)

16

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a qualidade dos dados que as concessionárias disponibilizam no SNIS quanto às perdas físicas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliar a aplicabilidade de dados disponibilizados pelo SNIS no quesito perdas.

• Propor adoção de dados pelas concessionárias de abastecimento de água que subsidiem

ações necessárias a resolução de problemas e melhorias nos índices de perdas.

(18)

17

3 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

3.1 PANORAMA ATUAL DA ÁGUA NO PLANETA

3.1.1 Cenário global

A água ocupa cerca de 70% da superfície do planeta, no entanto, 97% dessa água é salgada, estando, como mostrado na Figura 1, imprópria para o consumo. Além disso, 2,5% da água doce encontra-se na forma de geleiras, logo está indisponível (Figura 1). A maior parte dos 0,5% restantes encontra-se em aquíferos subterrâneos (Figura 2), sendo, portanto, seu acesso mais difícil (SAVEH, 2018). Apenas 1,5% da água doce disponível, isto é, dos 0,5%, encontra-se sob forma de mananciais superficiais (rios e lagos) (DIAS; FARIAS; GHEYI, 2011).

Figura 1- Distribuição de água no mundo

Fonte: Autoria própria

água salgada

97,0%

água doce congelada

2,5%

água doce disponível

0,5%

Água no mundo

(19)

18

Figura 2- Distribuição da água doce disponível no planeta

Fonte: Autoria própria

Além de ser um recurso limitado a água doce no mundo apresenta uma má distribuição, de forma que 60% do recurso disponível está concentrada em menos de 10 países, que são:

Brasil, Rússia, China, Canadá, Indonésia, EUA, Índia, Colômbia e Congo. Dessa forma, observam-se grandes variações de disponibilidade per capita entre as regiões do mundo, conforme pode ser visto na Figura 3 (SAVEH, 2018).

Figura 3- Índice de disponibilidade de água per capita (m³/pessoa/ano)

Fonte: SAVEH, 2018 (2018, online).

água subterrânes

98,5%

água superficial

1,5%

Água doce disponível

(20)

19

Devido esses problemas de má distribuição cerca de 2 bilhões de pessoas, quase um quinto da população mundial, vivem em áreas de escassez. Além disso, outros 1,6 bilhão de pessoas, quase um quarto da população do mundo, enfrentam escassez de água econômica (onde países não têm a infraestrutura necessária para tirar água dos rios e aquíferos) (UNESCO, 2018).

A perspectiva para um futuro ainda é mais preocupante, conforme relatório da UNESCO (2016) há uma perspectiva de aumento de escassez de água até 2050, prevendo-se que 2,3 bilhões de pessoas vivam em áreas com grave restrição hídrica. Além disso, espera-se que o mundo enfrente nos próximos anos um déficit hídrico de 40% até 2030, caso nenhuma ação seja tomada.

Além dos problemas de má distribuição de água no planeta, as atividades humanas têm provocado a poluição dos limitados mananciais superficiais disponíveis. De acordo com Sirigate et al. (2005) o aporte de efluentes domésticos, agropastoris e industriais lançados sem tratamento adequado nestes corpos hídricos e a erosão causada pela má conservação das matas ciliares, entre outros, são alguns dos responsáveis pela perturbação química, física e biológica dos rios e lagos, especialmente quando se tratam de mananciais de abastecimento público de água.

Em 2010, estimou-se que a poluição elevada de origem orgânica – com concentrações de DBO acima de 8 mg/L em trechos de rio – afetaria de 6% a 10% dos trechos dos rios da América Latina, de 7% a 15% dos trechos dos rios da África, e de 11% a 17% dos trechos dos rios da Ásia (UNEP, forthcoming in: UNESCO, 2016).

3.1.2 Cenário brasileiro

O Brasil é o país onde há mais água doce no mundo, embora, tal como no contexto global, existem problemas de distribuição irregular de água ao longo do país. A maior parte da água doce disponível está localizada na bacia amazônica onde habita apenas 5% da população (SAVEH, 2018).

Para se ter uma ideia da má distribuição segundo relatório da ANA de 2017 estima-se

que a disponibilidade hídrica superficial do Brasil é de 78.600 m³/s dos quais 65.617

correspondem a contribuição amazônica. Segundo DIAS; FARIAS; GHEYI (2011) 82,2 % da

água doce disponível no Brasil encontra-se nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde habitam

(21)

20

14,5% da população e somente 17,8% da água concentra-se nas regiões Nordeste, Sudeste, e Sul, onde vivem 85,5% dos habitantes do país.

As informações contidas nos próximos parágrafos foram baseadas no Relatório elaborado pela ANA em 2017 denominado Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil.

A região mais castigada pela baixa disponibilidade de água no Brasil é o Nordeste, mais especificamente o Nordeste setentrional, pois possui baixos índices de precipitação anual, elevada presença de rios intermitentes, forte insolação e elevadas temperaturas durante todo ano. O Nordeste tem cerca de um terço da população brasileira e possui apenas 3,8% da água doce disponível no país. Para melhoria na garantia de abastecimento durante todo ano essa região possui forte presença de açudes, de maneira que 67% do abastecimento público urbano da região se dá por este meio.

O potencial subterrâneo do Brasil é notável com uma disponibilidade de 14.650 m³/s, sua distribuição ao longo do território nacional também não é uniforme, um mesmo aquífero precisa ser perfurado em diferentes profundidades dependendo da localização. Esse é um recurso bastante explorado no país sendo que 42% das cidades brasileiras é abastecida por águas subterrâneas.

Nos últimos anos o país tem passado por crises hídricas devido a estiagens e secas que atingiram principalmente a região mais deficiente neste aspecto que é a região Nordeste. No ano de 2016 foi observado que 65 dos açudes que fornecem água para abastecimento público desta região estavam secos e o volume de água correspondia a 11,5 % da capacidade total. Isso é resultado da seca que durou quatro anos e que entre 2013 e 2016 afetou 48 milhões de pessoas no país inteiro das quais 83% vivem no Nordeste.

Mas a região Nordeste não é a única atingida pelas variabilidades climáticas dos últimos anos. A região Sudeste passou por uma estiagem no ano de 2014 que fez com que em 2014 e 2015 a vazão de vários rios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo terem suas vazões diminuídas, o que provocou uma crise hídrica sem precedentes, atingindo fortemente a oferta de água na região mais populosa do país.

Quanto ao uso da água no Brasil se destaca a irrigação, que em 2016 consumiu uma

vazão média de 745 m³/s, isso corresponde a 67,2% de todo consumo no país. O segundo setor

que apresenta maior consumo é abastecimento animal, consumindo uma parcela de 11,1% de

todo consumo. O abastecimento urbano corresponde a 8,8% e o rural a 2,4%. Na Figura 4 pode-

se observar o consumo de água por setor.

(22)

21

Figura 4-Consumo de água no Brasil por setor

Fonte: ANA, 2017 (2018, online)

Além da forte pressão sobre os mananciais a agricultura afeta a qualidade das águas através da contaminação com agrotóxicos e fertilizantes. A contaminação dos corpos hídricos por efluentes domésticos também é preocupante e embora tenha-se incentivado nos últimos anos, o tratamento dos esgotos o Brasil apresenta alta taxa de esgoto não tratado, aproximadamente 45%.

Para o monitoramento da qualidade das águas brasileiras, a ANA trabalha com um índice denominado IQA (Índice de Qualidade das Águas) que se trata de um indicador que analisa simultaneamente nove parâmetros físico-químicos e biológicos considerados importantes para avaliação da água que são: temperatura da água, pH, OD, DBO, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais e turbidez. A análise feita nos diversos pontos de monitoramento ao longo do país mostra que entre 2001 e 2015 a maioria dos pontos apresentou qualidade “Boa” (figura 5), embora áreas urbanizadas tenham apresentado resultado “Ruim” e “Péssimo” em sua maioria. Estima-se que 4,5% (83.450 km) da extensão dos cursos d’água do Brasil apresentam concentração de matéria orgânica equivalente aos limites que restringem significativamente as possibilidades de uso dessas águas.

Os trechos comprometidos estão localizados próximos às áreas urbanas mais populosas.

(23)

22

Figura 5- Distribuição das classes do IQA

Fonte: ANA, 2017 (2018, online)

Mesmo com grande quantidade de água de boa qualidade ao longo do território nacional, gera preocupação o fato dos mananciais próximos às áreas urbanizadas apresentarem índices ruins, pois isso mostra que os mananciais mais próximos à população apresentam “resistência”

ao uso, sendo necessário alocar mais recursos seja para utilização de águas subterrâneas, seja para captação em mananciais mais distantes.

O processo de urbanização e o desenvolvimento econômico do país nas últimas décadas proporcionou o aumento na demanda por uso da água no mesmo, estimando-se que nas duas últimas décadas tenha havido um aumento de cerca de 80% no total de água retirada. Há ainda uma previsão de aumento de 30% dessa retirada até 2030. Com a demanda por água em crescimento aumenta-se a cada dia a complexidade da infraestrutura hídrica necessária.

É, portanto, imprescindível a melhoria na gestão desse recurso tão importante a fim de se evitar problemas de abastecimento para sociedade como um todo, o que de fato vem ocorrendo no país, tendo em vista o diagnóstico consolidado nacional, consolidado em 2010, o qual apontava que 46% das cidades brasileiras apresentavam vulnerabilidades em relação a produção de água e 9% necessitavam de novas fontes hídricas. Por motivos já citados anteriormente, tem-se no Nordeste mais cidades que necessitam de novos mananciais

Prova da necessidade nordestina, sobretudo do semiárido, é um estudo realizado pela

ANA entre 2014 e 2016, em que foram estudados 204 reservatórios da região, dos quais 154

abastecem sedes urbanas e 198 abastecem a população rural, atendendo mais de 10 milhões de

habitantes, e 51 abastecem cerca de 50 mil hectares de área irrigável. Segundo o estudo, apenas

(24)

23

85 reservatórios possuem capacidade para atender novas demandas e os 119 restantes operam no limite de sua capacidade ou já apresentam déficits frequentes no atendimento das demandas atuais.

Nesse contexto, é importante ressaltar a necessidade de intensificar a gestão sobre a demanda, incentivando o uso mais racional da água e o controle das perdas físicas nos sistemas de água, em torno de 36% na média para o Brasil.

3.2 PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

3.2.1 Classificação de perdas e balanço hídrico

As perdas em sistemas de abastecimento de água público podem ser classificadas em duas categorias, a saber: a perda de água física ou real que corresponde ao volume de água disponibilizado pela concessionária e que não chega ao consumidor final, isto é, é desperdiçado antes de chegar à unidade de consumo, basicamente constitui as perdas por vazamentos no sistema; e a perda de água comercial ou aparente, esta corresponde ao volume que chega às unidades de consumo, mas não é computado corretamente, o faturamento neste caso é inadequado (ABES, 2013).

As perdas reais devem ser estudadas sob a consideração de dois aspectos relevantes.

O primeiro diz respeito à conservação dos recursos hídricos, pois é sabido que quanto menor o índice de perdas reais, menor será a necessidade de se explorar as captações de água e isto é relevante porque essas obras geralmente apresentam grande impacto ambiental. Outro aspecto, não menos importante, diz respeito à saúde pública, pois vazamentos associados à despressurização podem contaminar a água que passa pela tubulação (ALMEIDA, 2018).

Como forma de padronizar a análise de perdas em sistemas de abastecimento, visto que há alguns anos cada companhia e/ou país promovia esta análise de forma distinta, a International Water Association (IWA) organizou os diferentes tipos de perdas através de uma matriz que representa Balanço Hídrico (ABES, 2013).

Segundo Pinto (2013) o balanço hídrico é uma das ferramentas mais eficientes para o controle de perdas sendo sua análise imprescindível para qualquer programa de controle de perdas e tende a ser mais preciso com o tempo de acordo com a utilização de dados mais acurados.

Para Almeida (2018) esse método apresenta muitas vantagens, como a facilidade de

utilização desde grandes sistemas de abastecimento até pequenos subsetores. Além disso, trata-

(25)

24

se de um estudo relativamente barato, pois na maioria das vezes as hipóteses e estimativas requeridas estão baseadas em estudos preexistentes ou em dados da literatura. Soma-se a isso a disponibilidade de dados de micromedição e macromedição nas companhias de saneamento.

No Quadro 1 é apresentado o balanço hídrico proposto pela IWA.

Quadro 1 - Balanço Hídrico IWA

Água que entra no sistema (inclui água importada)

Consumo autorizado

Consumo autorizado faturado

Consumo faturado medido

(inclui exportação) Água faturada Consumo faturado não medido

(estimado)

Consumo autorizado não faturado

Consumo não faturado medido (consumo próprio, caminhões

pipa, etc.)

Água não faturada Consumo não faturado não

medido (combate a incêndio, favelas, etc.)

Perdas de água

Perdas aparentes

Uso não autorizado (fraudes, falhas de cadastros) Erros de medição (macro e

micromedição)

Perdas reais

Perdas reais nas tubulações de água bruta e no tratamento

(quando aplicável) Vazamentos nas adutoras e/ou

redes de distribuição Vazamento e extravasamentos nos reservatórios de adução e/ou

distribuição Vazamentos nos ramais a montante dos pontos de medição

Fonte: ABES, 2013 (Online)

Feito o balanço hídrico pode-se trabalhar na mitigação das perdas, porém só é vantajoso

até certo ponto. O IWA definiu dois limites para os volumes de perdas em um sistema. Um

(26)

25

limite econômico, sendo o limiar entre o gasto para reduzir as perdas e o ganho econômico com os volumes recuperados. O outro é o limite técnico, que estabelece o limite operacional e tecnológico sobre as perdas, ou seja, perdas são inevitáveis, não importando o grau de tecnologia e organização de um sistema de abastecimento.

No entanto, como será mostrado nas próximas seções há muito a ser feito na maioria dos SAA (Sistemas de Abastecimento de Água) dos países em desenvolvimento, o limite técnico está longe de ser alcançado. Segundo ABES (2013) é razoável prever uma redução pela metade nas perdas nestes países.

3.2.2 Padrão mundial e nacional de perdas

Segundo o estudo realizado pelo Banco Mundial, apresentado no livro “Parâmetros Internacionais para Redes de Operadoras de Saneamento” (International Benchmarking Network for Water and Sanitation Utilities – IBNET), nas operadoras cobertas pela IBNET a média de perdas foi de 35%. Esse dado, no entanto, na realidade gira em torno de 40 a 50%, pois a IBNET não contempla grandes países em desenvolvimento (ABES, 2013).

No Brasil as perdas ainda estão em um nível muito elevado, estando longe dos índices de países desenvolvidos. Mas ao longo dos últimos anos as perdas têm diminuído só que com percentagens que giram em torno de 40%, conforme é mostrado na Figura 1. Torna-se mais preocupante ainda quando se leva em consideração que a maioria das operadoras não mede as perdas de maneira precisa.

Figura 6 - Evolução histórica do indicador de perdas no Brasil

Fonte: SNIS, Varios anos. In: ABES, 2013 45,6 45,6

44,4 43,5

41,6 42,6

38,8 38,8

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução histórica do indicador

de perdas na distribuição (%)

(27)

26

Observa-se que de 2004 a 2011 houve uma queda de 45,6% para 38,8% no nível de perdas no Brasil, constituindo uma redução de 6,8 pontos percentuais. Comparando esses resultados com o de países desenvolvidos, percebe-se o quanto a situação é divergente e preocupante. Cidades da Alemanha e do Japão apresentam 11% de nível de perdas e a Austrália 16%. Essa divergência mostra também que ainda é possível o Brasil se desenvolver neste aspecto.

Conforme dados do SNIS, analisando os níveis de perdas sobre o faturamento das maiores companhias de saneamento do país, a média entre essas companhias é de 40,7%, sendo que as companhias com maior e menor índice são, respectivamente, a CAESA (Amapá) com 75% e a SANEPAR (Paraná) com 21,1 %. A CAERN (Rio Grande do Norte) apresenta índice de 52%, encontrando-se acima da média nacional.

Com o objetivo de melhorar as condições de saneamento no Brasil, estabeleceu-se o plano nacional de saneamento. Na Tabela 1 são apresentadas as metas deste plano para o indicador “Porcentagem do índice de perdas na distribuição de água”. Nota-se que a meta é de que o índice de perdas no cenário nacional caia de 39% em 2010 para 31% em 2033.

Tabela 1 - Metas do Plano Nacional de Saneamento Básico

INDICADOR ANO BRASIL N NE SE S CO

A6. % do índice de perdas na distribuição de água

2010 39 51 51 51 35 34 2018 36 45 44 44 33 32 2023 34 41 41 41 32 31 2033 31 33 33 33 29 29

Fonte: Ministério das cidades. In: ABES, 2013

3.2.3 Potencial de ganhos com melhoria na gestão de perdas

De acordo com ABES (2013), a saúde financeira de um prestador de serviços de saneamento básico está fortemente relacionada ao nível de perdas de água de seu sistema, estando seus efeitos incidindo diretamente sobre os resultados positivos ou negativos em termos de faturamento e de lucro líquido. É imprescindível, portanto, apurar e mitigar seus efeitos com todas as ferramentas e recursos disponíveis e viáveis.

Pensando na redução de perdas físicas de água conclui-se ser necessária a implantação

de um programa de redução de perdas que requer uma analise econômica para esta implantação,

nesta análise levam-se em consideração os benefícios e os custos envolvidos. Os custos

(28)

27

envolvidos são custos com: equipamentos e instalações, obras civis, ações operacionais e de manutenção, ações tecnológicas, mão de obra e qualificação profissional (ABES, 2013).

Quanto aos benefícios, são diversos. A redução de perdas físicas permite uma redução na produção de água para atender um mesmo número de pessoas, consequentemente diminui- se os custos com produtos químicos, energia elétrica, eventuais compras de água bruta e mão de obra (ABES, 2013).

“Com a redução das perdas aparentes, decorrentes de fraudes nas ligações, consumo não faturado, falta de hidrômetros, problemas de medição, dentre outros, a principal consequência é o aumento do volume faturado e, consequentemente, da receita.” (ABES, 2013, p. 18).

A redução de perdas apresenta-se também como uma alternativa à ampliação de sistemas de abastecimento, de forma que na maioria das vezes é mais conveniente (menos oneroso) investir na redução de perdas do que na ampliação para atendimento de demandas maiores. Destaca-se também um ganho imaterial com a redução de perdas associado ao ganho de imagem de uma empresa que reduz as perdas e, consequentemente, apresenta preocupação com a degradação dos recursos naturais (ABES, 2013).

3.3 INDICADORES DE PERDAS

Segundo Cabral e Junior (2015) foram desenvolvidos estudos e consulta às diversas companhias de saneamento ao redor do mundo pelo IWA, no inicio dos anos 2000, com o objetivo de padronizar indicadores de desempenho operacional dos sistemas de distribuição de água que permitissem a comparação entre os diversos sistemas e que pudessem ser utilizados por todos.

Para o presente estudo destacam-se os indicadores Op31 e Op32 que medem falhas de redes e ramais, os quais são expressos como segue:

Op31 (vaz/100km.ano) =

𝐹𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜

𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒(𝑘𝑚)

𝑥 100 (eq.1) Op32 (vaz/1000 ramais.ano) =

𝐹𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑎𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜

𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑚𝑎𝑖𝑠

𝑥 1000 (eq.2)

(29)

28

Além destes indicadores alguns outros conceitos foram definidos através de estudos para o cálculo do volume de perdas reais inevitáveis e para comparação das perdas de determinado sistema com estes considerados ideais, como o UARL-Unavoidable Annual Real Losses e o ILI-Infraestructure Leakage Index.

Lambert et al (2000), apresenta valores de referência para o cálculo de perdas reais inevitáveis, conforme é mostrado no quadro a seguir:

Quadro 2 - Parâmetros utilizados para o cálculo de perdas inevitáveis (UARL) Componente

de infraestrutura

Perdas de fundo (indetectáveis)

Vazamentos visíveis Vazamentos não- visíveis

Rede 20 L/km.h 0,124 vaz/km.ano (a 12 m³/h com 3 dias de duração)

0,006 vaz/km.ano (a 6 m³/h com 50 dias de duração)

Ramal 1,25

L/conexão.h

2,25/1000 conexão.ano (a 1,6 m³/h com 8 dias de duração)

0,75/1000 conexão.ano (a 1,6 m³/h com 100 dias de duração)

Predial 0,5 L/conexão.h 1,5/1000 conexão.ano (a 1,6 m³/h com 9 dias de duração)

0,5/1000 conexão.ano (a 1,6 m³/h com 100 dias de duração)

Todas as vazões a uma taxa de 50 mca de pressão

Fonte: Lambert et al (2000)

Determinada a perda real de um sistema, pode-se analisar a sua amplitude comparando esse valor com o nível ideal determinado pelo IWA que é o UARL ou a perda real inevitável.

Essa comparação é quantizada com o cálculo do IVI-Índice de vazamentos na infraestrutura ( ou seja o ILI) que é dado por:

IVI (adimensional) =

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑎𝑑𝑜

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑒𝑣𝑖𝑡á𝑣𝑒𝑙

(eq.3)

(30)

29

Do Quadro 2, considerando os vazamentos visíveis e não visíveis, pode-se extrair os seguintes valores de referência para os vazamentos de rede e de ramal, e que servem de base para o cálculo das perdas inevitáveis:

• Redes: 0,13 vazamentos/km por ano ou 13 vazamentos/100 km por ano, com vazão unitária de 18 m³/h (a 50 mca de pressão);

• Ramais: 3 vazamentos/1000 ramais por ano, com vazão unitária de 3,2 m³/h (a 50 mca de pressão).

A obtenção dos valores de perda real é feita através do balanço hídrico, onde são parcelados os diversos componentes dos volumes de entrada do sistema, inclusive as perdas.

Para realização de um balanço hídrico eficaz na definição das perdas reais são necessárias além das medições de vazão de entrada, as pressões médias e esses dados muitas vezes não estão disponíveis.

3.4 INDICADORES PRÁTICOS PARA PERDAS FÍSICAS

As ideias e informações apresentadas nesta seção foram baseadas nos trabalhos de Cabral e Júnior (2015).

Assim como o IVI busca uma comparação dos valores medidos em determinado sistema com os valores de referência, Cabral e Júnior (2015) propuseram novos indicadores com objetivos similares. Os indicadores propostos, no entanto, são mais práticos, visto que utilizam os dados de vazamentos das redes e ramais que são dados mais facilmente disponíveis nas empresas de distribuição de água, ao invés de volumes de perdas reais, inevitáveis ou inerentes estimados em balanço hídrico.

Estes indicadores por sua praticidade podem servir de base à análise de ações de combate as perdas reais, subsidiando ações estruturantes, como a renovação de redes e ramais e proteção de sistemas quanto às pressões elevadas.

3.4.1 IFr – Índice de fragilidade de redes

O IFr indica a relação entre o Op31 obtido no sistema em estudo e o Op31 de referência do IWA, que conforme já mostrado nas seções anteriores, é de 13 vazamentos/100 km por ano.

É um indicador que mostra o grau de fragilidade da rede, tendo como base o montante de

vazamentos anuais, comparados com um valor ideal, é expresso da seguinte forma:

(31)

30

IFr (adimensional) =

𝑂𝑝31

𝑂𝑝31 𝑟𝑒𝑓

=

𝑂𝑝31

13

(eq.4)

3.4.2 IFc – Índice de fragilidade de ramais

A ideia do IFc é similar a do IFr, mostra a relação entre os operadores Op32 do sistema e o de referência da IWA, que é de 3 vazamentos/1000 ligações por ano. Com esse índice mostra-se o grau de fragilidade de ramais, baseado na quantidade anual de vazamentos da área de interesse em comparação a um valor ideal, como segue:

IFc =

𝑂𝑝32

𝑂𝑝32 𝑟𝑒𝑓

=

𝑂𝑝32

3

(eq.5)

3.4.3 IVu – Índice de vulnerabilidade

Se faz necessário para analisar um sistema de distribuição da água um indicador que pondere o conjunto formado por redes e ramais que refletem basicamente a condição estrutural do sistema.

Buscou-se consolidar os indicadores de fragilidade de redes e ramais em um terceiro que levasse em conta o peso de cada um deles, pois são distintos em três aspectos, a saber:

vazão de vazamentos, tempo de duração e as quantidades unitárias (conforme quadro 1).

• Redes: (0,12 vaz x 12 m³/h x 3 dias x 24 horas/dia) + (0,6 vaz x 6 m³/h x 50 dias x 24 horas/dia) = 15.033, m³

• Ramais: (2,25 vaz x 1,6 m³/h x 8 dias x 24 horas/dia) + (0,75 vaz x 1,6 m³/h x 100 dias x 24 horas/dia) = 3.571,2 m³

• Redes e ramais: 15.033,6 m³ + 3.571,2 m³ = 18.604,80 m³

Resulta que 81 % dos totais são representados pelas redes e 19% pelos ramais. Define- se então o indicador IVu- Índice de vulnerabilidade, que consolida os indicadores IFr e IFc de acordo com seus respectivos pesos, da forma seguinte:

IVu (adimensional) = 0,81 IFr + 0,19 IFc (eq.6)

(32)

31

O nível de vulnerabilidade, medido pelo IVu, considera tanto os qualitativos de vazamentos de redes e ramais, quanto os volumes perdidos por eles, permitindo, portanto, comparar diversas áreas com: setores, subsetores, trechos de rede, municípios e outros. Na Tabela 2 é apresentada uma classificação sugerida para os valores do indicador, que pode ser útil para analisar a situação de algum sistema de interesse.

Tabela 2 – Classificação sugerida Faixas Classificação IVu ≤ 1 Ótimo 1 < IVu ≤ 5 Bom 5 < IVu ≤ 10 Regular 10 < IVu ≤ 20 Ruim

IVu ≥ 20 Péssimo

Fonte: Cabral e Júnior (2015)

(33)

32

4. METODOLOGIA

A metodologia do presente trabalho consiste em um estudo observacional descritivo, baseado em dados disponibilizados pelas concessionárias de serviço público de saneamento ao Sistema Nacional de informações sobre Saneamento (SNIS), com enfoque nos dados referente a perdas nas redes de distribuição de água.

Pretende-se com o estudo destes dados elaborar uma avaliação de sua aplicabilidade.

Analisando o que estes dados refletem na prática e qual a sua utilidade para tomada de iniciativa por parte das concessionárias e dos agentes públicos para mitigação dos eventuais problemas que são mostrados através dos índices disponibilizados.

4.1 BASE DE DADOS

A base de dados utilizada no desenvolvimento deste trabalho é o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) que é, segundo a GO ASSOCIADOS (2018), a base de dados mais completa sobre o setor no Brasil. O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) foi concebido pelo Programa de Modernização do Setor Saneamento (PMSS) e desde 2010 vem sendo desenvolvido e administrado pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades (GO ASSOCIADOS, 2018).

As informações e indicadores do SNIS são de prestadores estaduais, regionais e municipais de serviços de acesso à água, coleta e tratamento de esgoto, além de resíduos sólidos.

Os dados de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto estão disponíveis para o período 1995-2016 e os dados de resíduos sólidos para o período 2002-2016.

4.2 INDICADORES AVALIADOS

Como foi supracitado pretende-se neste trabalho analisar os indicadores de perdas disponibilizados no SNIS, estes indicadores são: o índice de perdas no faturamento (IN013), o índice de perdas na distribuição (IN049) e o índice de perdas por ligação (IN051).

No Quadro 3, apresentam-se as principais características dos índices de perdas

empregados neste estudo.

(34)

33

Quadro 3- Características dos índices de perdas

Indicador OBJETIVO VANTAGENS DESVANTAGENS

Índice de Perdas de Faturamento

Avaliar, em termos percentuais o nível da água não faturada (sem o volume de serviço)

Apresenta uma visão sobre o que a empresa está produzindo e não consegue faturar

- As empresas definem o volume de serviço de maneira muito diferente, logo, a comparação desse índice para pode trazer distorções.

- As perdas são calculadas com base no volume faturado. A depender da metodologia utilizada (ex:

faturamento pelo consumo estimado), pode não refletir o nível de eficiência da empresa

Índice de Perdas na Distribuição

Avaliar, em termos percentuais, o nível de perdas da água

efetivamente consumida em um sistema de abastecimento de água potável

Fornece uma aproximação útil para a análise do impacto das perdas na distribuição (físicas e aparentes), em relação ao volume produzido

- As empresas definem o volume de serviço de maneira diferente, logo, a comparação desse índice pode trazer distorções – A comparação pode ser prejudicada pelos baixos níveis de macromedição e micromedição de algumas empresas

Índice de Perdas por Ligação

Avaliar o nível de perdas da água

efetivamente consumida em termos unitários (l/dia/ligação).

Reflete a variação do nível de perdas por ligação

- As empresas definem o volume de serviços de maneira diferente, logo, a comparação desse índice pode trazer distorções – Na medição de eficiência, a comparação entre as cidades não pode ser feita diretamente. Mantendo-se tudo constante, cidades com maior verticalização e maior consumo por habitante terão indicador maior do que cidades menos verticalizadas e com menor consumo por habitante.

Fonte: GO Associados (2018)

4.2.1 Perdas de faturamento

O Índice de Perdas de Faturamento (IN013), procura aferir a água produzida e não faturada. O indicador obedece a seguinte expressão matemática:

Volume de Água (Produzido + Tratado Importado − de Serviço) − Volume de Água Faturado 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 ( 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 + 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜 − 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜)

O SNIS define cada componente da expressão como:

(35)

34

Volume de Água Produzido (AG006): corresponde ao volume anual de água disponível para consumo, compreendendo a água captada pelo prestador de serviços e a água bruta importada, ambas tratadas na(s) unidade(s) de tratamento do prestador de serviços, medido ou estimado na(s) saída(s) da(s) ETA(s) ou UTS(s). Inclui também os volumes de água captada pelo prestador de serviços ou de água bruta importada, que forem disponibilizados para consumo sem tratamento, medidos na(s) respectiva(s) entrada(s) do sistema de distribuição.

Volume de Água Tratado Importado (AG018): caracteriza o volume anual de água potável, previamente tratada (em ETA(s) ou em UTS(s)), recebido de outros agentes fornecedores.

Volume de Água De Serviço (AG024): é o valor da soma dos volumes anuais de água usados para atividades operacionais e especiais, acrescido do volume de água recuperado. As águas de lavagem das ETA(s) ou UTS(s) não são consideradas.

Volume de Água Faturado (AG011): corresponde ao volume anual de água debitado ao total de economias (medidas e não medidas), para fins de faturamento. Inclui o volume de água tratada exportado (AG019) para outro prestador de serviços.

4.2.2 Perdas na distribuição

O Índice de Perdas na Distribuição é calculado pelo SNIS segundo a fórmula que segue:

Volume de Água (Produzido + Tratado Importado − de Serviço) − Volume de Água Consumido 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 ( 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 + 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜 − 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜)

Conforme definido pelo SNIS o “Volume de Água Consumido (AG010)” é definido como o volume anual de água consumido por todos os usuários, compreendendo o volume micromedido, o volume de consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado, acrescido do volume de água tratada exportado para outro prestador de serviços.

Os demais componentes foram definidos nas seções anteriores.

(36)

35

4.2.3 Perdas por ligação

O Índice de Perdas por Ligação (IN051) é calculado da seguinte forma:

Volume de Água (Produzido + Tratado Importado − de Serviço) − Volume de Água Consumido

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑥 1000000 365

Conforme definições do SNIS a Quantidade de Ligações Ativas de Água (AG002) diz respeito a quantidade de ligações ativas de água ligadas à rede pública, providas ou não de hidrômetro, que estava em pleno funcionamento no último dia do ano de referência. No caso dessa informação, o SNIS considera a média aritmética dos valores do ano de referência e do ano anterior ao mesmo para cálculo deste indicador.

Os demais componentes já foram definidos nas seções anteriores.

4.3 CRITÉRIOS PARA ANÁLISE

Para avaliação da efetividade dos indicadores disponibilizados pelo SNIS, partiu-se da ideia de quanto mais detalhada e específica for a informação melhor será sua qualidade em termos práticos.

Um indicador muito interessante e prático é o IVu que já foi detalhado neste trabalho,

pois trata-se de um indicador simples de ser determinado e que expressa de maneira detalhada

as perdas físicas. Portanto, será estudada aqui a possibilidade de determinação deste indicador

a partir das informações disponibilizadas no SNIS.

(37)

36

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tomando-se como exemplo alguns munícipios do Rio Grande do Norte, será avaliado quais informações podem ser extraídas dos indicadores de perdas disponibilizados, que são: o índice de perdas no faturamento (IN013), o índice de perdas na distribuição (IN049) e o índice de perdas por ligação (IN051). Conforme pode-se ler na Tabela 3.

Tabela 3- Indicadores de perdas de alguns municípios do RN

MUNICÍPIO

Índice de perdas faturamento

Índice de perdas na distribuição

Índice de perdas por ligação percentual percentual l/dia/lig.

IN013 IN049 IN051

Acari 9,66 37,15 74,91

Açu 54,65 66,32 664,89

Afonso Bezerra 13,48 32,95 171,56

Água Nova 5,22 31,32 129,07

Almino Afonso -39,93 3,86 3,50

Alto do

Rodrigues 32,48 46,99 338,88

Angicos 1,32 27,38 123,77

Apodi 36,18 46,58 326,53

Areia Branca 8,87 24,16 141,47

Arês 22,84 32,65 181,71

Augusto Severo 18,52 41,74 170,92

Baía Formosa 64,47 69,05 784,43

Baraúna 25,33 40,18 233,63

Barcelona 61,74 71,05 834,38

Bento Fernandes 72,95 78,52 1.189,82

Bodó -21,79 17,56 65,41

Bom Jesus 36,67 53,08 367,69

Fonte: SNIS, 2016

Observa-se que estes indicadores são úteis para se comparar a situação de um

munícipio e de outro, como por exemplo pode ser observado que em relação as perdas por

faturamento há uma grande diferença entre o munícipio de Acari que apresenta 9,66 % de

perdas de faturamento e o município de Bento Fernandes que apresenta perda de faturamento

de 72,95 %. Observa-se também que o município de Areia Branca apresenta baixo nível de

(38)

37

perdas na distribuição, 24,16 %, enquanto Bento Fernandes apresenta elevado índice de 78,52%.

No quesito de perdas por faturamento o indicador IN013 é propositivo, ele mostra a necessidade de uma ação concreta que é a aquisição de hidrômetros por parte das concessionárias e a necessidade de investimento em controle de fraudes.

Tratando-se de perdas físicas os indicadores deixam a desejar especialmente quando se pensa na adoção de medidas para diminuição desses índices. Esses índices não indicam em que parte da rede está ocorrendo as maiores perdas nem em que setores da rede apresentam mais vazamentos, para que ações sejam tomadas nos locais críticos.

Diferentemente desses indicadores, o IVu proposto por Cabral e Júnior (2015), fornece informações detalhadas no que diz respeito a perdas físicas. Em seu estudo realizado no Município de São Paulo, que tem os serviços de saneamento concedidos a SABESP foi possível identificar os setores de abastecimento mais críticos e dentro do próprio setor as regiões mais críticas. Na Figura 6 são apresentados os valores de IVu para as regiões do setor de abastecimento de Salesópoles.

Figura 6 - IVu por quadrícula- Setor Salesópoles

Fonte: Cabral e Júnior (2015)

Em 2013, foi realizada uma renovação da rede de uma área de abastecimento

denominada VRP Idioma Esperanto, localizada no bairro São Miguel Paulista no município de

São Paulo. Com o cálculo dos índices IFc, IFr e IVu, pode-se avaliar o nível de melhoria no

quesito perdas físicas para região. Conforme pode ser observado na Tabela 4.

(39)

38

Tabela 4 - Indicadores da VRP Idioma Esperanto

Período Extensão (km)

Ligações Vazamento/ano IFr IFc IVu Classificação

Rede Ramal

Antes (2012)

5,61 1401 22 70 30,2 16,7 27,6 Péssimo

Depois (2014)

5,61 1401 4 10 5,5 2,4 4,9 Bom

Fonte: Cabral e Júnior (2015)

Tal avaliação é impossível de ser realizada somente com os dados disponíveis no

SNIS, pois os indicadores são apresentados de maneira global para os municípios. Vale salientar

que medidas para diminuição de perdas físicas requerem investimento e sem a determinação do

nível de perdas de cada setor ou região se faz necessário investimento em toda a rede, a ação

torna-se, portanto, mais onerosa.

(40)

39

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O índice de perdas no faturamento (IN013) é muito útil para avaliação do sistema de distribuição de água quanto a esse tipo de perdas, tratando-se de um indicador que retrata a situação do sistema e subsidia ações necessárias à sua correção, pois esse índice pode ser melhorado com a simples implantação de hidrômetros nas economias e controle em relação as fraudes.

O índice de perdas na distribuição (IN049) é útil para comparação entre municípios, concessionárias, estados e regiões. No entanto, quanto a tomadas de decisão a partir de sua análise deixa a desejar, pois fornece apenas uma visão global da rede, não aponta pontos específicos que necessitam de maior controle e renovação de infraestrutura. Caso se tomasse esse indicador como base para elaboração de ações para melhorias no quesito perdas seria necessário um investimento alto, pois por falta de especificidade do índice, deverá ser realizada uma melhora em toda a rede.

O índice de perdas por ligação (IN051) apresenta características semelhantes ao índice de perdas na distribuição, com o diferencial de fornecer a eficiência no quesito perdas quando se comparam municípios, estados e concessionárias.

De acordo com os estudos realizados os indicadores propostos por Cabral e Júnior (2015) se mostraram mais eficientes para análise de perdas reais, principalmente quando se pretende utilizar dos indicadores para realização de ações de combate a perdas físicas.

Portanto, fica como recomendação para as concessionárias de abastecimento de água

a adoção de indicadores mais práticos como os propostos por Cabral e Júnior (2015). A mesma

recomendação serve para o SNIS que se utilizado da maneira correta e com o aprimoramento

dos indicadores disponibilizados, havendo um maior número de informações, bem como as

informações por setores de abastecimento e bairros, se constituirá uma ferramenta poderosa no

combate as perdas físicas nos Sistemas de Abastecimento de Água.

(41)

40

REFERÊNCIAS

ABES- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL.

Perdas em sistemas de abastecimento de água: diagnóstico, potencial de ganhos com sua redução e propostas de medidas para o efetivo combate. São Paulo, SP, 2013.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA. (2017). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil – Informe, 2017. Brasília: ANA. Disponível em:< http://conjuntura.ana.gov.br/>.

Acesso em: 04 jun. 2018.

ALMEIDA, D. F. C. Controle e redução de perdas reais em sistemas de abastecimento público. Disponível em: < http://www.pha.poli.usp.br/LeArq.aspx?id_arq=1408 >. Acesso em: 23 jul. 2018

CABRAL, R. C.; JUNIOR, E. G. S. Indicador de vulnerabilidade da infraestrutura de redes de distribuição de água: uma proposta para a tomada de decisões no combate às perdas. In:

CONGRESSO NACIONAL DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE, 11. São Paulo, SP, Brasil, 4 ago. a 6 ago. 2015.

DIAS, N. S.; FARIAS, M. R.; GHEYI, R. H. (Org.). Recursos hídricos: uso e manejos. São Paulo: editora livraria da física, 2011

DINIZ, Aldo Roberto S. Avaliação do controle de perdas físicas em redes de distribuição de água da Região Metropolitana de São Paulo. Campinas: Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, UNICAMP, 2012. 99p.

LAMBERT, A. et al. A Review of Performance Indicators for Real Losses from Water Supply Systems. AQUA/IWA–International Water Association, 2000.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Disponível em: http://www.snis.gov.br/. Acesso em: 20 maio 2018.

GO ASSOCIADOS. Perdas de água 2018 (snis 2016): desafios para disponibilidade hídrica e avanço da eficiência do saneamento básico. São Paulo, SP, 2018.

PINTO, Luiz Celso Braga. A evolução na gestão de perdas: novas ferramentas e

metodologias. In: CONGRESSO NACIONAL DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE,

9. São Paulo, SP, Brasil, 29 jul. a 01 ago. 2013.

(42)

41

SAVEH. A disponibilidade de água no mundo e no Brasil. Disponível em: <

https://saveh.com.br/artigos/a-disponibilidade-de-agua-no-mundo-e-no-brasil/>. Acesso em:

23 fev. 2018.

SIRIGATE, Priscila et al. Gestão da qualidade ambiental da água de mananciais de abastecimento público como estratégia de redução de custo. In: XXV Encontro nacional de engenharia de produção. Porto Alegre, RS, Brasil, 29 Out. a 01 Nov. 2005.

UNESCO. Fatos e figuras. Disponível em: <http://www.unwater.org/water-facts/scarcity/>.

Acesso em: 25 fev. 2018.

UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Relatorio mundial das nações unidas sobre desenvolvimento recursos hídricos. Colombella, 2016.

12 p.

Referências

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